Textos que Falem eu Nao Vivo sem Voce

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Não peça para eu te mostrar o que vejo,
porque o que meus olhos enxergam em ti
não cabe em nenhuma explicação humana.
É um choque de luz e sombra,
um terremoto silencioso rasgando tua alma.
Eu não posso traduzir a amargura
que se esconde no breu do teu olhar,
essa dor antiga que você guarda
como se fosse relíquia,
como se fosse destino.
E também não posso te convencer
de que em cada palavra tua —
seca, dura, cortante —
mora um ódio que não é teu,
um veneno que alguém te ensinou a beber,
corroendo o que há de mais sublime em você.
Mas ainda assim… é no meio dessa fúria maravilhosa
que meu amor te reconhece.
Porque teu caos chama o meu,
teu desespero conversa com o meu peito,
e tua verdade — mesmo áspera —
me envolve como chama que não destrói,
apenas revela.
E se um dia você permitir,
eu te mostro que, por trás do teu espanto,
ainda existe um coração pedindo para amar,
implorando para viver livre e feliz,
gritando para ser salvo.
Salvar você é o mesmo que salvar o mundo
das dores que sonham felicidade.
E eu vou te salvar.

Se um dia eu reencontrar o que se foi,
quero que me encontre irreconhecível —
não mais refém dos meus próprios gritos silenciosos,
mas dono das minhas cicatrizes,
firme como uma rocha que não se quebra,
claro como o sol depois da tempestade.
Carrego na pele as marcas da coragem,
a força que nasce ao olhar de frente
o abismo onde o medo tentou me soterrar.
Não há sombra que me assombre agora,
Sou o autor da minha história,
livre para ser tudo o que um dia temi ser.

Eu não vou por ninguém — vou por mim.
Caminho na direção que minha alma aponta,
sem pedir licença, sem buscar aplauso.
Porque quem vive para agradar o mundo
acaba perdendo a própria voz.
Eu não faço pra agradar ninguém,
faço porque é minha essência,
porque carrego na pele a marca
de quem aprendeu que liberdade
não se negocia, se conquista.
E eu não posso te amar antes de mim.
Antes de oferecer o peito, eu cuido dele.
Antes de entregar o coração, eu o fortaleço.
Porque amor que nasce do abandono de si
não sustenta ninguém — apenas destrói.
Se eu escolher ficar, será inteiro.
Se eu escolher amar, será verdadeiro.
Mas nunca mais deixarei minha alma por último.
Minha prioridade sou eu —
e quem quiser caminhar comigo
precisa saber que amor não é prisão,
é parceria.
E começa sempre dentro da gente.

Eu não sei bem o quanto as pessoas dizem,
nem decifro os delírios que habitam suas consciências.
Será que a ciência, com seu farol incansável,
ainda vai revelar algum mistério?
Uma parte de mim é pura consciência;
a outra, ciência que tenta me compreender.
No sim, nasce a certeza que acende o pensamento;
no não, repousa o silêncio que insiste em nos questionar.
Assim como as estrelas, que não revelam sua beleza
a quem não levanta os olhos para o alto.

O que vou fazer quando eu chegar
e não sentir o calor da tua presença
esperando por mim na porta?
O silêncio da casa vai doer,
como se cada parede perguntasse por você.
O que fazer nessa hora em que o mundo parece maior,
e eu me sinto menor sem o teu abraço?
Ficar longe de você é uma ausência que pesa,
um vazio que não se disfarça,
porque é você quem me faz bem,
quem acende o meu dia,
quem acalma o meu coração.
E é nessa distância, ainda que breve,
que eu descubro o tamanho do meu sentir:
a verdade de que a tua falta ecoa,
e o meu amor por ti permanece firme,
esperando o momento de te reencontrar.

Por favor, mantenha a porta fechada.
Não temas — não há risco de invasão.
Eu já estou do lado de fora,
e não existe em mim sequer a sombra de voltar.
Quando a porta se fecha, não é apenas madeira e ferro.
É escolha. É sentença.
É o fim que não precisa de palavras,
apenas do silêncio que pesa e confirma.
Alguns caminhos não se desfazem em gritos,
nem em despedidas longas.
Eles se encerram assim:
com a firmeza de um gesto,
com a certeza de que não há retorno,
com a dignidade de quem sabe que partir também é necessário.

Pouco não basta



Eu não cobro o mínimo porque apenas o muito me satisfaz,

é engraçado sentir a dor da saudade sem poder ir atrás na maioria das vezes,

um dia você está fazendo planos que envolvem lugares, pessoas, sentimentos com sabor de mel e até lembranças do que não deveria ter acabado por algum motivo qualquer,

na dor ou na sensação do prazer a abundância se faz presente mesmo que com conotações diferentes,

tudo que nos marca muda a nossa forma de ver ou se entregar a vida, as vezes queremos viver por muito tempo e profundamente dentro do mesmo segundo que ganhamos a confiança e a esperança na medida certa vistos através daquele olhar,

o importante é viver o projeto e se ele tiver que ser reiniciado várias vezes, a desistência não terá fôlego nas decisões.

Questiono, faço a minha realidade.

Desculpas não vencem.
Eu aprendi que a vida não muda por acaso: muda quando eu encaro minhas próprias verdades.
Questiono.
Questiono meus limites, minhas crenças, meus medos e tudo aquilo que tentaram impor como destino.
Porque quem não questiona, aceita.
E quem aceita tudo, vive pouco.
Faço a minha realidade.
Realidade não é algo que encontro — é algo que construo com disciplina, visão e coragem.
Cada passo, cada escolha, cada renúncia molda o mundo que eu decido viver.
A diferença entre quem vence e quem reclama está na capacidade de assumir o próprio poder.
Desculpas aliviam por um dia.
A atitude transforma por uma vida inteira.
Por isso, não espero.
Eu ajo.
Eu crio.
Eu me movo.
E sigo escrevendo a história que eu escolhi viver.

"Eu não sou a minha fonte. Tudo o que tenho, tudo o que sou e tudo o que alcanço vem do Senhor.
Nada em mim é autossuficiente;
minha força, meu sustento e minha vitória têm um único nome: Jesus Cristo.
Ele é o Dono de tudo, e eu sou apenas o vaso que carrega a graça que d’Ele transborda."

Hoje, ao cuidar do jardim
Eu pensei assim:
de que me vale cuidar da flor
se não tenho um amor
pra quem eu a possa ofertar?
E logo em seguida
surgiu-me mais uma pergunta
De que me valeria amar alguém
Se não a tivesse junto a mim
E se junto a mim, o amor acabasse
Pode ser que o amor durasse
E o desenlasse não fosse feliz
De que me valeria fazer tanta coisa
Se o mais importante eu não fiz
E de que me valeria fazer o mais importante
Se de instante em instante
A vida passa
E se a vida não passasse
Qual seria a graça
De ficar pra sempre nessa dor
E qual é o motivo da pressa
Em morrer sem viver
Sem flor a chorar por mim?
E então, nessa hora eu pensei assim:
Acho melhor eu cuidar desse jardim

Edson Ricardo Paiva

Eu queria saber
Por que é que eu insisto em me perguntar
Sobre coisas que não tem resposta
É como morrer mil vezes
Enquanto se vive uma vida
Que nem chega a ser assim ...
Tão longa
O mundo esconde o valor das coisas
Enquanto a vida vai vendendo
O que não vale quase nada
Até que um dia
Vem o tempo e nos desvenda
A esses e a tantos segredos
Carregados de mais perguntas
Somos cegos
Seguindo os caminhos traçados
Guiados pelas vozes de lobos vorazes
Que a bem da verdade sempre foram
Muito mais cegos do que nós
Não percebem, não sabem
Que aquilo a que se busca
Não se pode alcançar
É como um raio de luz colorido
Caindo do Sol pela manhã
E o azul do Céu, que desaparece
No momento em que a gente o toca
Felicidade, uma ilusão
O brilho da Estrela deixou de estar lá
E a vida não é como se pensa
Durante a guerra sempre os rios congelam
E os seus invernos são mais frios
Parece que foi sempre assim
A vida nos nega um sorriso
Justamente nos momentos
Em que tudo que mais se precisava
Era de um sorriso, simplesmente
Eu queria ter palavras
Pra explicar que não tenho respostas
Tem dias que o que mais desejo
É saber a verdade das verdades
Mas a única palavra que me vem
Me causa o querer e a vontade
de não querer saber mais nada.

Edson Ricardo Paiva.

Por muito tempo eu estive assim
Esperando por quem não me quis
pensei que iria ser feliz
Sem perceber, que algo não era verdade
e já havia passado do fim
E eu aguardava o dia todo pra estar
com quem não quer saber de mim
Quer saber?
Até que não foi tão ruim
A saudade
que haverá de doer depois
Se tiver que escolher um dos dois
Vai fazer como eu fiz
e querer ficar com ela
Que fugiu de viver um amor
E pela vida sem sabor de nada
Me trocou
e achou, então
Que era bom rir assim
Enquanto eu sofria
Mas eu não vou estar perto nesse dia
Quando seu peito deserto
Vai chorar de madrugada
Vai me buscar e descobrir
que eu já hei de estar feliz
vai procurar, então, os poemas que eu fiz
e que ela rasgou, de malvada que era
Sem pensar nas lágrimas que a esperam
desesperada
Vai então, nessa hora descobrir
Que ao meu lado não tem mais lugar
E que já não será para mim
Mais nada.

Não tenho medo da morte
Da fome, da estupidez ou do frio
Destas coisas eu sempre me esquivei
Porquanto, a solução pra todas elas
Podem ser encontradas por mim
Meu medo é não saber achar
Aquelas coisas que independem
da boa vontade da gente
Pois, sem elas
Tudo mais não tem valor algum
E sem elas não se vive uma vida
Sobrevive-se somente
Engole-se diariamente
O gosto amargo das desilusões
O peso da carga que advém
Resultantes do desdém
e da maldade alheia
Não tenho medo de parar meu coração
Eu tenho medo de não conseguir
Estancar o corte ou espantar a dor
Se porventura alguém a quem amar
Me pedir pra curar um corte em seu dedo
Não tenho medo de perder
Nada daquilo
Que novamente vai brotar
Eu tenho medo pelas coisas singulares
Coisa que não se conta
Não se recria, depois que se desmonta
Incomparáveis, sui generis
Coisas sem par
Tudo que eu preciso
é de um singelo sorriso
Não peço ao vento que me traga
Me diga onde está
Que eu vou buscar

Edson Ricardo Paiva

Eu
Vivendo minha vida
Num mundo que não é meu
Uma lâmpada
Acendida anteontem
Esquecida
Quando amanheceu
Uma voz rouca e profunda
Fruto
De relação desarmônica
Vendo outros olhos
Que veem
Entendo
Que vendo o que veem
Não enxergam nada
Ou pouco dizem
Creio-lhes eu
Pode ser que sofrendo
Insuficiência verbal aguda
Mudas
Corações moldados
Em rocha intrusiva
Uma relação harmônica
Plutônica erosiva
Crônica, agudizada
Cínica em seu modo
Em desarmonia com o meu
Uma lâmpada acesa lá fora
Cá dentro, um lugar à mesa
Creio eu
Pode ser um dia.

Edson Ricardo Paiva.

Eu vejo o Sol nascendo
eu vejo o Sol se pondo
não necessariamente
nesta ordem
às vezes tudo depende
se ontem eu fui dormir
enquanto Deus permitir
que os pássaros me acordem
enquanto Deus quiser
eu vou tentar honrá-lO
com meus poemas imperfeitos
mal-feitos e cheios de arestas
e assim vou tentando encontrar
o motivo que O fez fazer de mim
algo além de folha morta
compreendo e entendo que sou
uma simples amostra de gente
muito aquém de semente torta
que queria ser floresta.

Eu não sei escrever direito
Poema nem poesia
Se soubesse, faria pra ela
O melhor poema do dia
Minha mente tem duas metades
Uma delas eu usava
pra viver a vida
a outra pra pensar nela
Não havia neste Mundo
Nenhuma grade que me prendesse
Mas eu estava preso a ela
Por causa desse amor
Nunca fui bom em amor
Poesia e nem palavras
Agora vem aqui,
termina de esburacar meu peito
...escava
Aquele amor não existe mais
Era pouco pra você
Mas era tudo que ainda restava.

Diga-me
Diga-me que o amor é uma alegria que não tem fim;
Diga-me uma frase ´para eu pensar em você sem intervalos durante o dia;
Diga-me sussurrando no meu ouvido que eu não estou sonhando;
Diga-me que amanha será melhor que hoje;
Diga-me que a nossa história tem capítulos infinitos;
Diga-me que o mundo já sabe que é tudo verdade, o que existe entre nós;
Diga-me em fim, que não haverá fim.

Que na minha lucidez eu não implore paz, amor ou felicidade. Que eu não peça a ninguém — nem mesmo a Deus — para carregar o peso que é meu. Que eu não busque fé, alegria ou riqueza como desculpa para escapar da realidade. Que eu jamais deposite minhas dores, falhas e dificuldades nas mãos alheias.
Preciso ser adulto. Preciso ser consciente. Preciso ser responsável por cada atitude incerta, por cada erro, por cada pensamento que nasce em mim.
Não quero atalhos.Não quero o caminho fácil. Não quero terceirizar a minha própria vida.
Que eu enfrente, de frente, sem fuga e sem desculpas, tudo aquilo que me pertence. Que eu não entregue a Deus as dores que cabem a mim resolver. É simples transferir tudo para as mãos de Deus — difícil é assumir a própria história com coragem.

Esse é o seu mal,achar ou melhor vê coisas onde não tem, até porque eu acho que não faço nada pra você, que faça com que você venha achar ou melhor pensar que não estou nem aí pra você.
O dia que você conhecer ou conviver com uma pessoa que não está sem aí pra você,aí sim vai conhecer o que realmente é,como é uma pessoa que não se importa com você.

Ainda Há Cacos Espalhados
​Eu ando em pontas, lento e distraído,
Pois sei que a dor não foi de todo embora.
A ferida fechou, mas o chão, o meu chão querido,
Guarda o que foi quebrado, mesmo que lá fora
O mundo ache que o tempo já cumpriu o seu castigo.
​Ainda há cacos espalhados no tapete,
Fragmentos de um espelho que não soube mentir.
Eu tento varrer, juntar no meu colete,
Mas há estilhaços que insistem em luzir,
Lembrando-me de cada passo que se repete.
​A mão que tateia a escuridão é a mesma
Que um dia segurava o vaso inteiro.
Agora ela recolhe a dor, essa gema
Transparente e cortante, sem um paradeiro
Certo, apenas o peso de uma descrença extrema.
​É preciso ter cuidado ao recomeçar,
Pois a pressa faz o pé sangrar de novo.
A cura não é um instante, é um lugar
Onde aprendemos a coexistir com o povo
De fantasmas que a memória teima em guardar.
​E eu respiro fundo, sabendo que amanhã
O Sol vai nascer sobre os pedaços que restaram.
Não para uni-los, mas para que a manhã
Me encontre a caminhar, mesmo que me custaram
O peso e a prova de que nada é mais de lã.