Textos que Descreva a Si Própria
Deus no Divã
- Saudações Sigmund! Quem diria que, um filho meu, desafiaria minha própria existência?!
- Por uma questão de educação retribuo suas saudações, Criador. Mas persiste minha descrença.
- Problemático, diria. Qualquer mente um pouco lógica teria plena consciência de que alguém precisou criar tudo isso.
- Qualquer mente obsessiva…
- Cale-se Freud. Esta parecendo aquele meu outro filho herege lá…
- Karl Marx?!
- Exato!
- Não vou, por enquanto, questionar a falsidade de sua existência. Deite no divã! Meu sonho é aplicar a psicanálise em Deus!
- Faremos um acordo.
- Pois fale!
- Lembre-se que o último que traiu um acordo meu, foi para as demoníacas trevas.
- Prossiga!
- Deite primeiro no divã. Se eu lhe convencer, com suas palavras, da minha existência, você aposenta seus estudos sobre os mecanismos psíquicos que eu, sutilmente, criei!
- Parece seguro no que diz!
- Com efeito!
- Sendo assim, não seria provocativo inverter os papeis: se eu provar, com suas palavras, que você não existe, você some daqui e não atrapalha mais minhas noites de estudos.
- E se você falhar?
- Caso eu não consiga tal feito, deitarei no divã e terei a honra do Criador de Tudo aplicar minha psicanálise em mim.
- Aceitável. Pois deitarei.
- Vamos começar com uma pergunta básica: se uma das suas características é a onipotência, porque precisou de sete dias para criar o mundo?
- Não sei. É divertido fazer as coisas aos poucos.
- Segunda e fundamental pergunta: se é onisciente, por que liga que os humanos atribuam-lhe crédito pela origem do universo?
- É uma questão, simplesmente, de autoria.
- Porque precisa do amor de seres tão pequenos perante a você, como os humanos?
- Assim como os cachorros manifestam afeto pelo seu dono, vocês precisam ter um certo amor por mim, o Criador de Tudo!
- Fabulosa comparação: Homem está para Deus, assim como cães para seu dono.
- Abstenha de sarcasmos, Freud! Pelo amor de mim!
- Passamos para a próxima: considerando que possuímos o livre árbitro e que você conhece o futuro, por que não nos manda direto para o céu ou para o inferno?
- SEM MAIS UMA PALAVRA!
Morre, aos 83 anos, o psicanalista Sigmund Freud. A causa foi uma overdose de morfina para aliviar o sofrimento de um câncer na mandíbula. Freud passou por trinta e três cirurgias e não teve intervenção divina que curasse o hematoma.
(Londres, 23 de setembro de 1939)
Solidão A Dois
Minha companhia
Sempre esteve aqui,
Não de fato estando.
Perto dela própria,
Junto a mim.
Somos um,
Mas éramos dois.
Perdidos, enfim achados,
Depois.
Um-dois, um-dois.
Sozinho fiquei
E ela também.
Juntos ficamos,
Mas houve um porém:
Éramos dois,
Nos tornamos um,
Separamo-nos em dois.
Achados, enfim perdidos,
Depois.
Felicidade
Não olhe a tristeza dos outros, pois eles já destruíram,
A sua própria felicidade olhe sim, a beleza que brota...
Quando a chuva cai a, pois é um dia quente.
Não imagine a poluição dos mares e suas praias
Imagine uma água cristalina e que nela pode haver
Um golfinho com seu nado sincronizado.
Não fique triste com um amor que partiu seu coração,
Mas fique alegre com os amores que estão por vir,
Pois a tristeza de um homem destruindo, uma.
Floresta, e que a chuva ácida queima o frescor.
Da beleza e sua felicidade.
Veja a felicidade nas coisas simples, pois a felicidade.
E simples, não tente complicar uma coisa simples,
Pois a simplicidade e o carinho, talvez sejam o.
Melhor lugar para a felicidade.
Mas cada um é o rei de sua própria razão.
Ideias antagônicas não cabem num mesmo copo.
Ou você convence, ou é convencido.
Para tanto
é preciso atacar conceitos alheios,
argumentar, arrazoar...
Com isso você aprende
e também ensina.
É a vida.
E sem isso estaríamos fadados
à passividade tépida
de um amém eterno.
Seria capaz de te amar com tanta doçura
Num canto voraz de minha própria loucura
Serei verso cantado, amado.
Quando em teu colo, findar a procura
Ah!! teu amor que me dá acalanto
Transforma meu mundo, num apaixonado manto.
Até chegar a tarde com aquela euforia
E pintar o amor ... Por mais um dia
Por todo o belo que exuberantemente és
Me cativas com tua graça e beleza
Deixando em meu mundo a grata certeza
Que sigo assim, com a vida cheia de encanto.
Toda vez que em ti me faço tanto.
Nesse encontro do sonho com nossa paixão.
Nada é estável.
E quando um homem coloca a própria paz nas mãos de outras pessoas, a conta sempre chega.
Quem já passou por histórias desastrosas sabe, depender dos outros é pedir para cair de novo.
É como construir no terreno errado qualquer vento derruba, qualquer ausência pesa, qualquer traição destrói o que levou tempo pra levantar.
Com o tempo, a gente aprende que estabilidade não se recebe, se constrói.
E ela não vem de ninguém lá fora.
Vem da forma como a gente reage, da força que a gente segura mesmo machucado, da disciplina de continuar mesmo cansado.
Homem que leva cicatriz no peito não volta a ser o mesmo.
Mas pode se tornar mais forte, mais consciente, mais inteiro.
Ele para de mendigar presença, de buscar validação, de aceitar migalhas emocionais.
A real é simples
Confiar nos outros é bonito, mas confiar em si mesmo é o que mantém de pé.
No fim, o maior risco não é perder alguém.
É perder a si mesmo tentando sustentar o que já estava desmoronando.
Antes de julgar os erros dos outros, olhe para o espelho da sua própria alma. Quantas vezes você tropeçou e se levantou? Quantas vezes você errou e se arrependeu? Nós somos especialistas em apontar as falhas alheias, mas muitas vezes somos cegos para as nossas próprias.
Quem somos nós para condenar? Talvez devêssemos começar a entender, a perdoar e a nos olhar com a mesma compaixão que desejamos para os outros.
Muitas pessoas não tem personalidade nem opinião própria.
Elas se adaptam de acordo com o que lhes convém: se algo traz vantagem, aceitam; se querem agradar alguém, mudam totalmente para se encaixar. Mas, quando já não precisam ou não fazem mais parte daquele grupo, voltam atrás e mudam de opinião ou até de comportamento.
O problema de ser assim é que essas pessoas nunca transmitem confiança. Sua personalidade depende apenas de quem querem agradar no momento. Não falo de pessoas simpáticas nos ambientes e sim daquelas que mudam seus valores, opiniões, gostos e até hábitos só para serem aceitas. No fim, nunca mostram quem realmente são.
Ouço tua boca me chamar em silêncio, como se o desejo tivesse voz própria. e teu olhar diz pra ficar, mesmo quando devo partir.
me deixa ser a tua fantasia, não só no agora, mas no depois. guarda na lembrança o meu cheiro, como quem guarda um segredo bom, que não se explica. só se sente...
x
Ser humano…
é sentir a dor do outro como quem escuta a própria alma.
A empatia… é o idioma que une os mundos, a tradução silenciosa entre o que somos… e o que poderíamos ser.
Nenhuma palavra cura mais… do que a escuta.
Porque ouvir… é tocar o invisível com o coração desperto.
A verdadeira humanidade começa… quando o eu se curva diante do nós, reconhecendo… que não existe plenitude sem partilha.
A compaixão é o gesto que transforma o sofrimento em elo, o abismo em ponte, a dor… em comunhão.
Quem se comove diante do outro… já está em oração.
Porque, nesse instante, a alma recorda… que toda vida…
é uma só respiração.
Tudo se torna música pra quem olha através da sua própria visão, além do que sua vista permite enxergar.
Não estou falando de enxergar, mas muito mais que isso... de sentir!
Tudo que é bom não é visto, é sentido.
Uma vez ouvi que a vida não é feliz, ela somente tem momentos felizes dos quais guardamos por uma vida inteira!
Sinta até que não possa sentir mais... viva!
Do que se trata viver?
Viver trata-se de entender a própria dor, para que assim não se atinge os males e socos que o mundo nos dá.
Se trata de viver sabendo que valerá cada segundo o dedicado no que estamos fazendo.
Saber que, de uma hora ou outra não veremos os rostos que estamos assimilarizados
Morrer, sabendo o que foi viver.
Porque você criou a palavra saudade,
Voce é a sua própria definição.
Todas as saudades do mundo moram aí, amanhecem aí, renascem aí.
Minha casa, meu lar.
Eu moro no sorriso de cada pessoa,
Na simpatia de cada um.
No sol que brilha para sempre, na lua tão linda de se contemplar.
No céu mais azul, no azul da cor do seu mar... de tantos mares que habitam aí. E todos lindos, todos quentes, todos ardentes, não importa onde, nem quando, nem como, nem o que, nem pra que. A gente só sente.
É assim... o poder e a delícia de ser brasileiro.
Só me entende quem teve de te abandonar.
Quem experimentou estar só noutro lugar.
Quem experimentou buscar sorrisos difíceis de encontrar.
Quem vivenciou a solidão de em ti não mais habitar.
É assim... dá saudade da sua bagunça, do seu calor... do seu cheiro, de todo o seu explendor.
Do sabor da sua fruta, do sabor do seu amor... e de tantas abundâncias que não damos valor.
É você... quem eu vim buscar aqui. E eu só te encontrei em mim, quando pude, enfim, me distanciar.
Brasil...
O homem que pensa por conta própria assusta mais do que o homem armado.
Porque ele é imprevisível, indomável, livre da obediência cega.
Não segue dogmas, não se curva a partidos, não precisa de pastor ou político para ditar seu caminho.
Ele é uma ameaça a qualquer sistema que vive da repetição, da massa de manobra.
Não repete o que ouve, não se submete a figuras de autoridade travestidas de moral.
Ele ouve tudo, mas decide sozinho — e isso o torna perigoso.
Uma arma pode ser controlada, um homem armado pode ser vigiado,
mas um homem livre no pensamento, ninguém prende.
Ele não pertence, não segue, não teme a solidão, porque aprendeu a viver com sua própria lucidez.
Mesmo que isso o afaste da manada.
Não idolatra políticos, não ajoelha diante de líderes que vendem fé para comprar poder.
Sua força está no silêncio, na decisão, na mente que pensa, questiona e age por si mesma.
A mente independente é mais afiada que qualquer lâmina.
Mais perigosa que qualquer exército.
Mais libertadora que qualquer lei.
Ela não se dobra, não se compra, não se controla.
E é exatamente por isso que incomoda, porque quem pensa de verdade não serve de massa, não se encaixa em sistemas.
Ele é a liberdade que eles temem.
–Purificação
Ser autêntica é devoção a própria verdade
Ser você mesma exige coragem para encarar a própria sombra sem fingir luz para assumir que nem sempre você é calma, correta, doce ou fácil de entender.
Você é intensidade.
É verdade.
É fogo e silêncio.
Enquanto muita gente se esconde atrás de máscaras brilhantes, você prefere a sua nudez emocional crua, imperfeita, real.
Ser inteira não é ser perfeita e sim saber que existe caos, mas ainda assim escolher consciência. É ter defeitos que você não maquila, dores que você não enfeita, sentimentos que você não recalcula só para agradar. Você não está preocupada em caber.
Você está ocupada em existir e sem pedir licença. A solitude é o seu templo. Nesse espaço onde ninguém exige versões editadas de você, a alma respira.
A leveza nasce quando o desapego chega: do que não soma, do que não vibra, do que não enxerga você. Quem tenta te deter, não entende: gente que tem coragem de olhar para a própria escuridão também sabe brilhar e com uma luz que não cega, ilumina.
Ser autêntica não é rebeldia é devoção à própria verdade.
Que te chamem de intensa...
É melhor ser fumaça e incêndio do que cinza e apatia.
Que te chamem de difícil...
É melhor ser rara do que disponível demais.
Continue sendo você.
Com luz e com sombra.
Com profundidade e silêncio.
Porque ser inteira assusta os rasos.
Mas é exatamente isso que te torna inesquecível.
Criar expectativas pode embaralhar as diretrizes da própria vida.
É nesse impasse que surgem outros atrativos, envolventes e incertos, trazendo novos dias, oportunidades renovadas, sorrisos frescos e horizontes inexplorados.
A vida se desenha como um desafio a cada instante — e, a cada passo, florescem novos sonhos, mesmo que alguns se percam no mesmo propósito.
O ciclo da existência insiste em repetições, e talvez seja por isso que ninguém se surpreenda com as surpresas do destino...
Fica só em teus pensamentos,
onde ninguém alcança,
onde a alma se deita para ouvir a própria verdade.
Na escuridão, quando o mundo silencia,
é ali que as lembranças voltam
com a delicadeza de quem conhece teu coração.
Reflete, sem pressa,
as memórias que um dia te deram alegria.
Elas não são apenas passado:
são luz guardada, chama que não se apaga,
força que te sustenta quando tudo parece sombra.
Às vezes, é preciso esse mergulho silencioso,
esse encontro consigo mesmo,
para perceber que a vida, mesmo dura,
sempre deixou rastros de beleza
esperando para serem encontrados de novo.
E quando a luz voltar — porque sempre volta —
essas lembranças serão o caminho
que te conduz de volta ao teu próprio sorriso.
Estou diante de um mundo engessado, preso em correntes invisíveis, atado ao peso da própria decomposição.
As ruas carregam silêncios sufocados, os olhos se perdem em horizontes sem cor, e o coração humano pulsa em descompasso com a essência da vida.
As dores não nascem apenas da fome, da guerra ou da injustiça. Elas brotam também da incompreensão: da incapacidade de olhar para o outro e reconhecer nele o mesmo sopro de existência.
O mundo sofre porque esqueceu de compreender. Sofre porque se afastou do sentido do viver, reduzindo a vida a sobrevivência, o encontro a disputa, o amor a mercadoria.
Mas há uma verdade que resiste:
Enquanto houver quem perceba as fissuras, quem nomeie as dores, quem não aceite o silêncio imposto, ainda haverá possibilidade de reconstrução.
A decomposição não é o fim — é o chamado para que despertemos, para que rasguemos os véus da indiferença e devolvamos ao viver sua dignidade moral.
Brasil, terra de homens acovardados,
amordaçados pela própria natureza,
um espetáculo vergonhoso de espíritos quebrados,
que deixaram a coragem morrer no silêncio. Homens sem voz, sem luta, sem alma,
reféns do medo e da resignação,
que em suas próprias correntes se prendem,
e deixam o país afundar na inércia. Um homem com o espírito quebrado
é nada que sombra de sua essência,
e não há liberdade possível onde há medo,
não há futuro sem coragem para enfrentá-lo. Brasil, levanta essa voz que não pode calar,
ressurge desses escombros de fraqueza,
pois homens verdadeiros não se dobram,
eles lutam, persistem e renascem quando tudo parece injusto impossível, acorda Brasil.
O ser humano que não tem audácia para ser honesto já anuncia sua própria derrota.
Porque a honestidade exige coragem — coragem de assumir erros, de falar a verdade, de encarar a vida sem máscaras.
Quem não faz o bem não representa ninguém.
Não representa família, não representa valores, não representa nem a si mesmo.
É apenas um vazio ambulante, um corpo caminhando sem propósito, sem raízes, sem honra.
Afinal, caráter não se herda, não se compra, não se finge.
Caráter se prova.
E só quem tem coragem de ser íntegro, mesmo quando ninguém está olhando, é que pode dizer que realmente vale alguma coisa.
O resto… é só aparência tentando se passar por gente.
