Textos Perfeitos
A descoberta.....
"Depois da tempestade, vem a calmaria."
Sinto-me leve,
Flutuando.
Os pensamentos mais organizados
A alma mais pura
O coração bate num ritmo normal
Enfim, consigo respirar.
Ela trouxe uma mudança profunda
Levou embora os desassossegos:
As angústias, as expectativas, enfim
Todo o sofrimento que estava me deixando cega.
Agora posso ver uma pequena luz
Que passa através de uma porta fechada.
Consigo sentir que o amor ficou aqui
Está olhando-me?
Rindo de mim?
Não, está feliz!
Agora o caminho vai ser seguido
Com luz.
Abrimos florestas,
Descemos montanhas,
Atravessamos rios,
Chegamos num campo:
Coberto de flores, 🦋, e pássaros.
Música!? Da melhor soa no tempo
A descoberta deixe-nos perplexos?
Uma sensação maravilhosa!
Vem de dentro,
E transborda,
Evapora pelos poros
E se perde no ar
Com uma fragrância própria
Que se chama amor.
Ultimamente fiz uma pequena descoberta, descobri que tentar encontrar a resposta pras nossas maiores questões existenciais é como entrar na auto estrada em contra mão, mais depressa levamos com o que não queremos do que chegamos a saída que procuramos.
Querer saber quem somos ou porque existimos... Só nos traz mais dúvidas e questões. Acho que o segredo é mesmo aceitarmos quem somos, sem questões. Apesar de a partir desse momento, passarmos a ter que lidar com um estranho que vive em nós.
A Descoberta
Pequenas gotas,
Incríveis gotas pequenas
Tão cheias de sabor.
De tão marcantes,
Apontaram o caminho.
Sem pistas e marcos pela estrada,
E um único horizonte a frente.
O amor então se mostrou....
E se ele tem mil faces
Encontrou uma para se comunicar.
Brotando como mina d’água,
Como coisa natural e simples de Ser.
Reavivando nossas memórias,
Inaugurando a beleza que se fez em nós.
Habitados estamos na morada do:
Amor real
Amor de almas
Amor de admiração
Amor de coragem
Amor de homem e mulher
Amor de serenidade
Amor de encanto e ternura
Amor sincero e recíproco.
Luiza Ricotta
Sobre dar a volta por cima.
"O movimento de descida e descoberta começa no momento em que você conscientemente fica insatisfeito com a vida. Ao contrário da opinião mais profissional, essa insatisfação com a vida não é um sinal de "doença mental", nem uma indicação de um ajuste social pobre, nem de um distúrbio de caráter. Pois, ocultado dentro dessa infelicidade básica com a vida e a existência, está o embrião de uma inteligência crescente, uma inteligência especial geralmente enterrada sob o imenso peso dos shams sociais. Uma pessoa que está começando a sentir o sofrimento da vida está, ao mesmo tempo, começando a despertar para realidades mais profundas, realidades mais verdadeiras. Para sofrimento quebra em pedaços a complacência da realidade ordinária Sobre nossas ficções, e nos obriga a tornar-se vivo em um especial sentido-para ver com cuidado, para sentir-se profundamente, para nós mesmos e nossos mundos em formas que têm até agora evitado tocar. Foi dito, e verdadeiramente penso, que o sofrimento é a primeira graça. Em um sentido especial, o sofrimento é quase um momento de regozijo, pois marca o nascimento do insight criativo.
Mas apenas em um sentido especial. Algumas pessoas se apegam ao seu sofrimento como mãe de seu filho, carregando-o como um fardo que não serão depositadas. Eles não enfrentam o sofrimento com consciência, mas se agarram ao sofrimento, secretamente paralisados com os espasmos do martírio. O sofrimento não deve ser negado à consciência, evitado, desprezado, não glorificado, apegado, dramatizado. O surgimento do sofrimento não é tão bom quanto é um bom sinal, uma indicação de que alguém está começando a perceber que a vida vivida fora da consciência da unidade é, em última análise, dolorosa, angustiante e dolorosa. A vida das fronteiras é uma vida de batalhas - de medo, ansiedade, dor e finalmente morte. É somente através da maneira de compensar entorpecentes, distrações e encantamentos que concordamos em não questionar nossos limites ilusórios, a raiz da infindável roda de agonia. Mas, mais cedo ou mais tarde, se não nos tornarmos totalmente insensíveis, nossas compensações defensivas começam a falhar em seu propósito calmante e dissimulado. Como conseqüência, começamos a sofrer de uma forma ou outra, porque nossa consciência é finalmente direcionada para a natureza conflituosa de nossos falsos limites e para a vida fragmentada que eles sustentam ”.
- Ken Wilber, No Boundary: Abordagens Orientais e Ocidentais para o Crescimento
_Sem sorriso sem sentimento_
Agonia descoberta reatada
Somente olhar atravessa cada camada
Do seu corpo e chega nas profundezas da alma...
Sensatez no absurdo da vida...
Tenta mais uma vez deixar seus sentimentos,
Obscuro a dor num fonte clara de solidão.
Adeus torna se singular há um pedido de amor.
Nesse diluvio dessa vida as lagrimas parecem nunca acabar,
Na visão que oprime,
Te amo,
Torna se um diário,
Singularmente os vultos das pessoas se passam...
No teor do momento que penso existir algo para imensidão.
Não diga que descobri uma nova coisa, mas sim fiz uma nova descoberta.
Porque só descobrimos o que já existe, e se existe não é nova, só demoramos para a conhecer.
Tudo na vida é um circulo, a vida é um livro aberto. Erramos querendo, porque os nossos erros são uma repetição dos erros dos outros. Que ignorância!
A descoberta
Eles montam cavalos que correm sobre os mares azuis
E eu me esqueço do ritmo, e amo o vento que sopra nos ouvidos de cada planta que aprendi a amar quando nada tinha além da incerteza de um horizonte singelo
Surgiu então o homem amarelo, como o monstro, a praga
Me enganaram como é comum, e como se no olhar da medusa, minha terra virou pedra, meu verde agora é cinza, como as cartas ao rei, como as doenças que me destes, como as roupas que tu vestes, como o sorriso que tu mentes, como o desprezo que tu sente quando me olha a pele, os olhos, o cabelo
A cor do mundo novo, um futuro brilhante, mão de obra acolhedora, acolhedores
Agora somos eu e as minhas dores, de cima da pedra, do jogo de flechas, eu e a companhia, a que me resta
Pois tu tirastes de mim meu povo na noite de ontem, e ainda amanhã eu choro, eu grito e tu não me escutas, então me ensina teu idioma, tua língua orgulhosa e grotesca, pra que eu te fale sobre a vida antes que anoiteça
De fato, o que dói quando descobrimos a verdade, não é a descoberta dela em si, mas sim, a ferida provocada pelas mentiras e atitudes covardes.
A verdade, demonstra coragem, e é digna de carinho e respeito. No entanto quando ela é sufocada pela covardia, provoca feridas que troca confiança por mágoas.
Podemos dizer que a mentira é como uma casca, que uma vez descoberta, deve apenas ser jogada fora. Não tem perdão, o mentiroso se equivale ao ladrão, porque rouba seu direito de saber a verdade dos fatos .....
E quando a verdade começa a aparecer cada dia um pouquinho, muitas sensações vêem à tona : A raiva, o ódio, a pena de nós mesmos, a decepção.
Saber pelos outros, saber por você mesmo, não existe alternativa menos ruim...
A vontade é realmente se enfiar em um buraco e sair quando tudo passar, as pessoas começam a falar contigo em tom de proteção, de cuidado, porque sabem que você é a idiota da história....
Os amigos sentem um misto de pena e cuidado com as palavras, porém todos participam do grande circo, onde existe apenas um personagem : O palhaço, você mesmo !
Meu Deus !!! Porque permitiu que eu me abandonasse, e me deixasse cegar a este ponto ??
Assim como a criança que aprende a engatinhar
Que a cada nova descoberta se anima
Sorri e vibra
Que seja assim a nossa vida
A cada novo amanhecer, a cada nova descoberta
Sejam boas ou ruins
Iremos vibrar
Se forem boas, iremos apenas comemorar
Se derem erradas, iremos aprimorar
Mas jamais iremos desanimar
O copo vazio, o corpo cheio, o coração indeciso, a coragem, o devaneio.
A descoberta parada, a saudade calada, a esperança cansada e a vontade de ser amado.
O medo de perder, a angustia de esquecer, a incoerência de não ver, a desventura de não ter.
Os beijos roubados, os abraços dados, corações apertados, delírios evaporados.
Os gritos roucos, os desejos loucos, a verdade de poucos e a mentira de outros.
O copo encheu-se, o corpo perdeu-se, o medo esqueceu-se e a mentira abandonou-se.
Caindo, caindo, caindo.
Deixando-me pouco a pouco, matando-me muito a muito.
Esquece-me, porque de mim já não lembro mais. ''
MINHA DESCOBERTA
Quero falar o quando você está me fazendo feliz. Tenho medo de me magoar depois, mas o que vale é agora e meu agora é você.
Penso em você como um presente divino, algo desceu do céu para me fazer feliz, você não sabe o quanto eu me sinto especial ao seu lado.
Talvez para você não seja complicado amar, mas para mim foi difícil descobrir o que é o amor.
Mas desde que ouvi a sua voz pela primeira vez, meu coração bateu mais forte e mais sorrisos brotaram na minha face.
Nada neste mundo é perfeito, por isto, existe uma coisa que nos impede de amarmos, à distância. Um dia eu li uma frase que dizia “A Distância traz a saudade, jamais o esquecimento”, e eu não consigo te esquecer. Você é amizade, Você é amor, Você para mim é tudo! Você é muito especial para mim, quero que saiba disto, pois eu falo do fundo da minha alma.
Todos os momentos que passamos juntos foram simplesmente perfeitos e ainda vamos ter muitos momentos agradáveis.
Desculpe se eu estou te deixando um pouco confusa, mas eu quero é esclarecer as coisas dizendo que EU TE AMO... E muito, hoje e sempre.
Ganância
A cada descoberta
Se vê portas abertas
Mas são lacradas
Quando se tem seres que querem sua expressão dar por acabada
A doença se espalha nesse planeta
Nas mãos sujas se escreve o destino obscuro por essas "" canetas ""
Algo possui o corpo desses manipuladores
É uma doença que não se tem dores apenas estimuladores
Esta se chama ganância
Perante esse praga me causa uma imunda ânsia
Ver essa mancha tomando uma geração
É uma perfeita decepção
Esse é um eterno veneno
Que existe desde os tempos helenos
" Eu quero mais poder ""
Esse é o lema de quem é cegado pela obsessiva vontade de querer cada vez mais ter e ter
Nem parece que é um ser
Nem podemos considera como um animal
Vive a vida querendo pisar sobre quem está ao seu redor , pensando unicamente em ver seu capital crescer
Esse eu denomino como " canibal "
Não se deixe vender pelas propostas
Indignas que nos venda as verdadeiras respostas
Nesse mal se vê alienado
Que muito mais que um perfume te deixa vidrado
Numa perfeita ganância
Que nem de longe se enxerga a relevância
Preferível ser um tolo puro
Do que um ganancioso sábio sem futuro
Ainda bem que esse não é um defeito meu
Sinceramente não tem a cara do verdadeiro "" eu ""
Tenho pena desses ridículos que tira muitos inocentes sorrisos
À esses ""insetos "" tenho certeza que certamente não terão pisaram no "" paraíso ""
A DESCOBERTA
Como poeta da noite
Tendo a lua como testemunha.
Moça morena foi motivo, de corte.
Sem que a negrura da noite se opunha...
A conversa sem controvérsia, foi esperta
E o alvo quase sempre certeiro.
- Poeta de frases certa
Se deu ao respeito, foi ordeiro.
A vida é feita de metas
Que ninguém atinge sozinho.
E quando se descobre, a pessoa certa!
Para tudo se acha um "jeitinho".
Honrar a mulher é poesia,
é uma viagem plena de emoções,
é eterna descoberta da alma
que nos hidrata o olhar.
A gênese da mulher
é a solidez da verdade
de qualquer poema,
sem que fique indiferente
à ternura feminina.
Respeitar a mulher
é imensitude que intersecta
a nudez de todas as palavras
ditas num gesto carinhoso.
Amar uma mulher
é um encontro
com a vida perfeita
onde a poesia acontece
na meiguice das flores,
como quem desperta
o infinito da Primavera
abreviando o sol radioso
nas palmas das mãos.
A descoberta de um amor.
Era em você...
Que todo momento pensava,
que a todo instante queria,
foi assim que percebi o quanto o amava...
Era por você...
Que o pensamento buscava,
somente por você...Que meu coração disparava,
Que meu corpo implorava,
que meu coração tanto pedia.
Era com você...
Que a minha felicidade estava,
Que o meu coração estava,
Apenas com você estava o melhor de mim.
Foi com você...
Que descobri como é se apaixonar,
Que pude perceber que o amor é abrir mão do orgulho pelo bem de relação,
Que mudei meu pensamento sobre a felicidade,
Pois felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido.
Descoberta
Você quer saber se sou feliz
Você sabe o que é ser feliz
Você acha que é breve nas palavras
Consegue ver algum ponto positivo em crescer,
Você pensa que podemos seguir adiante
Você representa alguma insatisfação
Já reparou que tem tanta gente girando
Já se viu no espelho e sorriu para os defeitos,
Você quer saber se sou feliz
Tenho uma mãe que me trata como príncipe
Um pai que realmente se importa comigo
Tenho sonhos que represento em sonhar,
Você precisa de provas para construir
Já tentou ser deixado de lado
Já olhou aquele excluído dentro dos olhos
Já tentou ser despercebido,
Você ainda precisa saber se sou feliz
Você já pensou na distancia antes de chegar
Você já teve vontade de fazer o que não devia
Já quis tentar ser seu próprio deus,
Você precisa ser sempre o futuro
Você já quis ter uma grande doença
Já se amarrou ou se fez sangrar
Você já pediu para nascer outra vez,
Ainda precisa saber se sou feliz
Olha agora em volta as montanhas
Existem tantas pedras que nem existem
Assim como as grandes verdades.
O Achado Arqueológico
Há pouco mais de um ano, este periódico publicou a descoberta que abalou os sistemas planetários. Assim dizia o resultado da pesquisa:
Descobriu-se na tumba de um homem que viveu no século vinte e um, um chip muito rudimentar, ocasião em que especialistas da área de mecatrônica e desenvolvimento cibernéticos, após restaurarem um leitor ciclelétrico ionizante, conseguiram decifrar o conteúdo do objeto.
Devido ao desgaste sofrido pelo tempo e as condições eletromagnéticas-atmosféficas-turvóticas, pouca coisa pôde ser salva.
Os cientistas estão otimistas, pois conseguiram restaurar parte de um arquivo magnético e alguns códigos sem sentido. Tal arquivo, que após decifrados os códigos binários, foi possível transcrevê-lo da forma seguinte:
“Uma praga social assola a humanidade. A sociedade científica não consegue descobrir um remédio. Tal praga é mais daninha que a lagarta da maçã, o purgão, o capim arroz e a curiola.
Parte da comunidade mundial(pessoas poderosas) tem conhecimento da causa, profilaxia e dos efeitos da doença, mas há notícias de que pelo fato de interesses que a praga se prolifere, quem deveria combatê-la, guarda o remédio a “sete chaves”.
A incomensurável praga ataca a comida das crianças nas escolas, os salários dos trabalhadores, a moradia das pessoas de baixo poder aquisitivo, o meio ambiente, entre outros vários valores financeiros e morais. Dentre várias outras dotações, corroe a verba da educação, da saúde e da segurança.
Montamos uma comissão composta por membros de todos os países, sob a orientação da Organização das Nações Unidas para descobrir a cura de tal enfermidade, pois as causas e efeitos já foram descobertos.
Várias medidas foram tomadas por todos os países, mas têm sido apenas paliativas.
Todos os defensivos conhecidos já foram usados, mas tal praga tornou-se resistente. Os venenos são inofensivos para ela. Chega até ao absurdo, tal praga, de debochar dos venenos.
O mais grave de tal corrosão, é o fato de contaminar pessoas.
Os cientistas estão estarrecidos pelo fato de as pessoas contaminadas perderem o senso da razão e, conseqüentemente perdem a voz, a moral e a decência.
O que mais aterroriza os pesquisadores é o fato de tal praga exalar uma névoa invisível e imperceptível que paralisa e cala a sociedade que ainda não foi contaminada.”
O mais interessante é que após um ano de exploração tecnológica ultrapassada, os mesmos cientistas conseguiram decifrar os códigos, que há época eram indecifráveis e, chegaram a conclusão que as causas da praga que assolava a humanidade, naquele período, era um ser mitológico.
Descobriram os eméritos cientistas que a sociedade daquela época, era de fácil manipulação e acreditavam em deuses dogmáticos.
Comprovaram, os doutos, que as causas da sobrevivência da praga eram pessoas inescrupulosas que incutiam nas pessoas fracas, ambiciosas e domináveis (maioria da população há época), a existência de uma deusa, com o propósito de manipular a sociedade. Mas realmente, tais pessoas, não acreditavam nem seguiam os mandamentos do fabuloso ser mitológico.
O que chegou até ser motivos de risos por parte dos cientistas, é que tal divindade era apenas um modo de viver socialmente, como se vive hoje e, que aquela sociedade pré-histórica chamava tal divindade de DEMOCRACIA.
Vanderlei Ramos
A DESCOBERTA
Todos sonham,
muitos amam os sonhos.
E eles são bons porque são a razão de manter homens e mulheres de pé,
de guiarem suas vidas em busca do que tanto almejam.
Eles vão longe pelos sonhos,
pelos ideais construidos ao longo de suas vidas.
Se não alcançam, paciência!
Todos nós erramos e falhamos.
Vi uma mensagem interessante que dizia
que o mar era imenso porque estava abaixo de todos os rios.
E isso é verdade.
Por sua modéstia ele é maior que qualquer rio que o mundo pode ter.
Quem aprende que o erro, a falha e perda fazem parte da vida
finalmente perde o medo de tentar.
E deste modo triunfa.
É o destino daquele que escolher deixar o medo de lado,
baseando suas ações nos bons princípios em busca daquilo que a vida lhe reserva,
que ele sabe que existe!
Existe bondade para todos,
existe um presente para todos.
Paciência é a chave para essa descoberta.
Leitura: uma odisséia rumo à descoberta
É impressionante como o mar e a leitura estão ligados de forma indelével há milhares de anos. O escritor argentino Jorge Luis Borges - amante inveterado dos livros - dizia uma frase que sintetiza bem esse conceito: "Toda a literatura declina de Homero". A afirmação impactante do autor de Ficções expõe a importância do poeta grego, cujas obras Ilíada e Odisséia podem ser consideradas verdadeiros marcos da literatura ocidental. Ambos são belíssimos, mas, em Odisséia, Homero criou uma das mais belas e instigantes histórias já escritas e na qual o mar exerce um papel fundamental no desenvolvimento de seu enredo. Afinal, o que seria de Ulisses (ou Odisseu) sem o mar como pano de fundo para suas aventuras? Da mesma forma, Luís de Camões e Fernando Pessoa - para citar apenas dois ícones da literatura de língua portuguesa - muitas vezes fizeram uso da pena para versificar sobre o mar, sua grandiosidade, sua imponência, sua beleza e sua relevância crucial para o progresso da civilização (grandes descobrimentos, novas rotas de navegação, possibilidade de expansão econômica, comercial etc.) Por meio da História e da Literatura, percebemos que o mar sempre foi palco de grandes aventuras, conquistas e numerosos feitos heróicos da humanidade. Esse mesmo sentimento de descoberta, de desbravamento e de heroísmo presente no espírito dos grandes navegadores também se apodera de todos os personagens reais da vida quando se envolvem, se entregam e se deixam levar pela fascinante viagem proporcionada pela leitura. Quando nos tornamos leitores e passamos a apreciar e valorizar devidamente essa condição, percebemos o quão maravilhoso é poder desvendar o universo e cruzar suas fronteiras de forma ilimitada. Em outras palavras, ler é singrar os mares em direção à esplêndida aventura do conhecimento e do aprendizado. Temos nos livros uma espécie de bússola que nos orienta - piratas e vikings curiosos e sedentos de experiências diversas - na direção exata de um tesouro singular: o saber. Passaporte imprescindível para quem deseja realizar a verdadeira viagem da vida. Neste novo tempo em que o verbo "navegar" ganhou conotações cibernéticas devido às novas ferramentas tecnológicas que nos auxiliam na busca contínua do entretenimento e da informação (leia-se internet), é preciso deixar claro: nada substitui o prazer e os ganhos proporcionados pela leitura de um bom livro. Sem uma sólida formação cultural, acabamos por subutilizar tanto a rede mundial de computadores como todas as demais criações tecnológicas, recebendo suas informações de forma fragmentada e descontextualizada. A leitura nos fornece as condições necessárias para ampliarmos nossos horizontes ao infinito. Aumentamos nossa capacidade crítica, nosso poder de argumentação, de discernimento, de persuasão... Adquirimos a força, a coragem, o entusiasmo, o dinamismo e o espírito adequado para enfrentar as grande tempestades, turbulências e desafios da jornada. Os livros nos credenciam para empreender com sucesso as expedições mais variadas, traçando o rumo de nosso próprio destino com talento, sabedoria e confiança. Em seu poema O Livro e a América, o poeta brasileiro Castro Alves mescla com maestria a relação metafórica mais do que pertinente entre o livro e o mar. Uma visão magistral e que, certamente, irá nos inspirar para que prossigamos esta reflexão que apenas iniciamos : "Oh, Bendito o que semeia / Livros... livros à mão cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n'alma / É gérmen - que faz a palma, / É chuva - que faz o mar".
Publicado na Revista E - Sesc SP