Textos para Mensagens de Bodas de Ouro

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MINAS ETERNA

Minas dos sinos que tangem
E despertam vida em nós,
“Libertas quae sera tamen”,
Terra de grandes heróis.

Minas de ouro e rosas,
De sítios e ruas formosas,
Por onde a história passou...
São tantos os teus segredos
Que, aqui e no degredo,
O tempo nunca apagou.

Rios, vales e montanhas,
Os filhos dessas entranhas
São pássaros, são Minas Gerais.

Minas de sonhos imortais,
Do pássaro, doce canção;
Do poeta, a inspiração;
Dos homens, mil ideais.

Minas de igrejas e arte,
Espelhos em todas as partes
Refletem os caminhos teus;
Nos passos da Inconfidência,
Buscando a independência
Com as mãos benditas de Deus.

Rios, vales e montanhas,
Os filhos dessas entranhas
São pássaros, são Minas Gerais.

Inserida por chicogente

⁠NÃO HÁ LEITE SEM CHUPETA ("A chupeta do capeta é o pecador sem Deus." — Helgir Girodo)
Aluno DE MEIA REDAÇÃO, brigando por maior nota, HUMILHA SEU PROFESSOR! Quem não sabe fazer um bom texto e simples, vai saber avaliar os critérios de correção de um professor experiente? Aí, outro da letra "garrancheira", ilegível, encheu as trinta linhas, eu dei 10 mesmo sem conseguir ler, vai que é um ser evoluído demais com cultura interestelar e a culpa está em mim por não saber entendê-lo. Sempre há um incompetente nas relações sociais: sou eu por não compreendê-los ou eles por não me compreender. Há até aqueles supostos colegas de trabalho, vivendo as mesmas circunstâncias, porém, aconselha-me a ir ao psicólogo em busca de tratamento. Quem é o doente, senão o que mente e finge mais? Adotei esse comportamento porque sou professor autêntico e tenho de convencer a muitos. Meu destino será construído pela loucura criativa na ânsia de ensinar o que é útil. O deles, pela hipocrisia estagnada, é a promessa vazia! O futuro promissor é o lugar dos loucos; enquanto os hipócritas atribuem amizade interesseira! Não é pecado ser louco, o pecado é ser hipócrita e condenar os loucos para o inferno em nome do "politicamente correto". Estou sabendo que o parasita não conserva, sempre quer a vida regalada, então consome seu hospedeiro. Deixa-o sugar... "Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" (Lc 12:20). CiFA

Inserida por Kllawdessy

⁠Uma vez... Há muito, muito tempo atrás, eu fui amada brevemente por alguém que se tornou meu referencial de amor. Pelo fato de dizer o que sentia sem medo do que eu poderia pensar, de ser ele mesmo, de dizer o que se passava na cabeça, independentemente de qualquer coisa, sem reservas. Era intenso em relação ao que sentia.Era real. Era puro. Era simples.

Descobri agora que eu sou exatamente igual a ele.
Eu demoro para amar... mas, quando acontece, eu amo intensamente. Sem reservas, sem medo e sem culpa.

Tornei-me uma versão do meu referencial de amor.
E amo saber disso tão claramente agora.

Eu tento ser marcante na vida das poucas pessoas que permito se aproximarem de mim, para que, daqui a um tempo, elas possam olhar para trás com nostalgia por um dia já terem vivido um amor tão forte assim.

Inserida por elainedepaula

⁠Onde vivo

Vivo numa casa, rua, cidade e pais,
Mas logo mudarei pelo tédio que há ali á
a chance de prosseguir ali não há
Liberdade sem saber, é necessário procurar
Eu preciso me desvincular
Dessa forma de me enxergar
Entre esse abismo de desinteresse
Por esse lugar
Encontrar, procurar me perder sem me
Achar, acredito que em algum lugar
Longe ou perto do mar na tranquilidade
Vou me refugiar

Inserida por nicksilvaz057

⁠A MENINA DE PALMARES


Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores

Inserida por joaquimcesario

⁠O HOMEM E O MENINO

O homem pergunta ao menino: o que queres?
E o menino responde: crescer
Crescer para quê? - indaga o homem
Para ser como você, replica o menino
Porém se crescer e for como eu – diz o homem – vai sentir saudade de você. A gente pode até crescer, mas não pode decrescer
E o menino retruca: ainda assim este é meu destino.

Inserida por joaquimcesario

⁠Se pudesse descortinaria o tempo,
revelando a nudez da infinitude
encoberta por detrás de sua passagem.
No desaparecer das horas e dos relógios,
quando não houver mais calendários,
réveillons, natais e aniversários,
quando os despertadores se calarem
e todas as noites forem imutáveis,
como um único retrato nunca mais fotografado,
nada mais restando que o rio de Heráclito,
estático, imóvel, quieto e congelado,
é lá que encontrarei meus antepassados,
com a mesma fisionomia com que me deixaram

Inserida por joaquimcesario

⁠Deitado na cama visitei Cairo, Roma, Marraquexe, Budapeste e Paris. Andei pelos quatro cantos do mundo, escalei o Everest, surfei no Havaí, cacei rinocerontes nas savanas africanas, pesquei marlins no alto mar de Havana, separei-me de Audrey Hepburn e me casei com Mariinha, a menina mais bonita da sala de aula.
Quando me levantei da cama o quarto era o mesmo, a casa era a mesma e o mundo era apático, distante, fosco e indiferente. Estava atrasado, havia perdido o metrô das onze, apenas porque passei da hora, inerte no leito quieto, batendo as asas e planando no teto do quarto.

Inserida por joaquimcesario

⁠Ela é a cara da mãe,
que em tudo puxou de sua avó.

A avó, por sua vez,
é idêntica à mãe que um dia teve,
que vejo em apagados retratos,
e que, conforme antigamente contavam,
era cópia fiel da bisavó da mãe
da mulher que hoje amo,
e que é a cara esculpida da minha sogra.

Creio que me apaixonei
foi por uma mulher do começo do século XIX

Inserida por joaquimcesario

⁠⁠Acordei,vesti os sonhos,
calcei os desejos,e sai de casa
fantasiado de realidade.
Quando voltei,
a roupa estava suada,
os sapatos estavam gastos,
deitei a fantasia de lado,
enxaguei os desejos manchados,
ensaboei meus sonhos molhados,
deitei-me na cama cansado,
encobri-me com o véu da noite
e esperei o corpo dormir
no acordar da minha alma

Inserida por joaquimcesario

⁠E eu aqui com meu dente doendo
e eu aqui com meu saldo bancário
e eu aqui preso no trânsito engarrafado
e eu aqui com o cartão de crédito atrasado
e eu aqui com o namoro acabado
e eu aqui desempregado procurando trabalho
e eu aqui estressado e arretado
tem dias que a gente não devia ter acordado

Inserida por joaquimcesario

⁠A vida é como um prato de sopa de carne, Uma sopa de carne é feita de carne, água, batatas picadas, legumes, sal, cuminho, salsinha, pimenta do reino, às vezes um pouco de alho e outros condimentos diversos.
Depois a gente diz que a sopa de carne estava deliciosa, esquecendo os outros pequenos detalhes

Inserida por joaquimcesario

⁠Quando aqui cheguei
as crianças eram crianças
os adultos já eram adultos
os velhos eram sempre velhos
e o mundo estava pronto
concluído e imutável para se viver

Quando daqui me for
as crianças cresceram
os adultos são outros
todos os velhos morreram
o mundo havia tanto mudado
e eu não sou mais o mesmo

Inserida por joaquimcesario

Princípios: Deus, família, trabalho e amigos. Essa é a ordem das coisas. Quando se invertem, perde-se a disciplina. Perdeu a disciplina, ganha-se a desordem e onde há desordem, não existem princípios. Portanto, cuidado, não queira colocar a carroça na frente dos bois, certamente será irreversível o desastre. Estrago que causa dor, feridas e perdas, sobretudo, arrependimentos.

Deus no comando sempre!

Inserida por helio_assuncao

Busque equilíbrio entre o feminino, o masculino, o bicho e a criança que habitam dentro de você. E larga mão de ser meninão criado com a avó.

Busque equilíbrio entre o feminino, o masculino, o bicho e a criança que habitam dentro de você. E larga mão de ser ogro.

Busque equilíbrio entre o feminino, o masculino, o bicho e a criança que habitam dentro de você. E larga mão de ser bicha despeitada.

Busque equilíbrio entre o feminino, o masculino, o bicho e a criança que habitam dentro de você. E larga mão de ser machista.

Inserida por maurosergio

Tinha todas as árvores,
todos os galhos
e todas as folhas.
E todas as águas,
de todos os rios,
de todas as chuvas.
Tinha todos os ares,
de todos os climas,
de todas as horas.
E os insetos, todos,
das flores, todas,
que dão grãos e frutos.
Tinha os montes, as planícies,
os arbustos dos campos.
O solo, a areia, o barro.
E um só legado:
o de sonorizar paisagens.
Até cair num alçapão
e acabar encarcerado.

Inserida por maurosergio

⁠⁠"Nas penitenciárias há muita gente inteligente e quase nenhuma esforçada" Ademar de Borba
É verdade "Inteligentes" que procuram ludibriar os outros e acabam na prisão, enquanto os esforçados não têm tempo para maquinar (planejar coisas erradas). Eles vivem do próprio esforço e contam com ajuda de Deus"

Inserida por Ademarborba46

⁠Uma civilização que tem apenas um deus não deveria ter a pretençao de catequizar gerações que têm vários deuses.
Isso ocorre porque o individualismo é sempre traiçoeiro e mal intencionado.
Já a coletividade é sempre acolhedora, inclusive ao ponto de acolher o individualismo como mais uma manifestação do próprio coletivo.
Seja nas questões humanas, nos seus costumes ou crenças, seja nos seus sagrados, individualismo e coletividade são características que afetam diretamente o desempenho e a sustentabilidade da humanidade.

Inserida por pedro_de_alexandre

⁠REZO ELEMENTAR

Que ser é esse, escorrendo-se em vida, o presente
Derramando-se como relva, regando-nos ao deleite
Como se lírios fôssemos, no paraíso do onipotente
Mesmo que vivamos no dúbio inferno de estimação.

Banha-nos a torre de nosso ego, a insensibilidade
Batiza-nos nos refúgios e sagrados altares pagãos
Em mantras noturnos da santíssima ancestralidade
Pelos tambores cardíacos dos corações irmãos.

Lava-me em acolhimento e amor, ao recém nascido
Antes que o cordão se rompa da raiz, da querência
A mãe germe do broto divino, sagrado, adormecido
Aurora de minh'alma, desabrochando-se, à sequência.

Que ser é esse que me banha de fluidos universais
Que transborda-me em pensamentos, e vontades
Que transcende-me de meus desertos sentimentais
Que irriga os amores eternos das minhas mocidades.

Que ser é este, que me põe a ser, ser elementar
Que me põe a olhar meu espelho vivo e trágico
Que me pare no leito de morte de minha ancestral
Ao mesmo tempo em que me mostra, mágico.

Batiza-me, oh santa medula mãe, de mãos serenas
Pondo-me no espelho interno de minh'alma
Na quietude de seus lírios, artemísias e sucenas
Na edificação da verticalidade de minha calma.

Prontifica-me em verbo à luz, em ética, à direção
Põe-me em silêncio, poetizando-me de memórias
Ao procurar as notas do amor, da paz, da emoção
Esperando minhas verdades ou crenças irrisórias.

Pedro Alexandre.

Inserida por pedro_de_alexandre

⁠A "POSSE" DOS LIVROS

De nada vale a inteligência adquirida pelos livros?
Quando eu desmereço a leitura aos "deslivrados",
Quando os impeço ou os escondo da História escrita,
Quando lhes impeço do protagonismo da escura cor.

Não aprender a compartilhar as fontes da construção
É não abstrair da evolução o intelecto, a real lição.
É ilusão pensar-se como sábio, intelectual ou mestre,
Comprimido pela avareza e a condição da ignorância.

Sabedoria é abstratismo, depósito, mas não é refúgio!
É verbo, mergulho, navegação, não culto a si mesmo.
Por vezes, inversa, desobedecendo as normas de ser,
Voa livre das folhas, para além, nem sempre escritas.

Ah se os meus livros saíssem todos voando por aí!
Ah se viesse um tempestuoso vento forte, a tempo.
Um vento desses que com descaso causam o caos!
Que açoita o ego, ou as folhas do limoeiro ácido.

Ah se visse um vento intruso, rabugento e mal criado,
Capaz de "livrar" os "meus livros" do pueril cativeiro!
Prisões, "minhas posses", insanidades, "meu apego",
Levando-os aos lugarejos "desmerecidos e opacos".

Ah se esse vento me deixasse, sem "ter meus livros"!
Jogando-os todos sobre as minhas carrancas tristes!
Dando-me lições abstratas, inversas, desconhecidas,
Mostrando-me as faces atrofiadas pelo meu egoísmo.

Ah se esse vento viesse sem avisar-me de seu tempo!
"Livrando-me" ante as crenças, os apegos e os muros.
Entulhos que aprisionaram-me ao abismo da ilusão,
Impedindo-me a refrigeração dos mundos externos.

Ah se esse tempo chegar e causar o caos nos livros!
Isso seria literalmente um atentado, um "livramento"!
Seria como uma recomposição, uma composição!
Talvez eu saberia lutar, mas não faria o contra-tempo.

Talvez eu sentiria prazer, por uma estranha liberdade...
A "minha liberdade"; por não ver "meus livros presos".
Talvez a liberdade dos livros me causaria inveja, dor!
Libertando-se, libertam outros seres, outros livros.

Alguns contos ou poesias não existiriam à revelia,
Sem que o vento causasse um caos nos incipientes.
Os livros vêm com o caos, a sabedoria vem depois!
Os livros sopram o vento, o tempo cristaliza os livros.

(Pedro Alexandre).

Inserida por pedro_de_alexandre