Textos para Mensagens de Bodas de Ouro

Cerca de 31355 frases e pensamentos: Textos para Mensagens de Bodas de Ouro

Punção

O passado é a marca deixada pelo punção, no agora, para que se abra um furo futuro. O passado é o Ser no presente, que se desloca para a bancada, onde trabalha todos os dias. É o Ser de mãos calejadas e duras, às vezes até dormentes, que de forma expedita pega com a sua mãos direita e mais forte no martelo, com a sua mão esquerda, a sua mais precisa, segura o punção e com sagacidade desfere sua energia no ferro e deixa a sua marca no tempo. Essa marca e a energia que ela contem, o seu propósito para o Ser... é o seu sentido de orientação. É onde ele vai fazer o seu furo, orientar a sua peça, construir o seu engenho e moldar o seu futuro!

O Ser Humano tem Pulsões que o próprio Punção desconhece.

Direccionemos sempre as nossas pulsões para o bem, por mais difícil que isso seja. Esse caminho exige observação, consciência e identificação do que nos leva a determinados actos na nossa vida. É no amor e nos afectos que o ser humano descansa as suas pulsões. Seja autentico e entusiástico. Abrase, beije e ame, deixe a ocitocina fluir no seu cérebro. Já fez alguma destas coisas hoje?

Inserida por ruialexoli

Espaços vazios


Espaços vazios, sem ninguém
porque nelas havia medo também
Medo de quem?
Do invisível,
pois o impossível aconteceu!

Óh! Pai de bondade
Protejei - nos neste momento,
porque o sofrimento se alastrou...
E só parece forte, a dor que nos acomete,
mas Deus é maior...
Eu sei que ele nos promete:
- Vencer!

Venceremos, venceremos!
Juntos venceremos
Venceremos...
Com fé e união!

Inserida por marialu_t_snishimura

Virose Fatal


Vírus, vírus, vírus, vírus...
Virose fatal
Pessoal toma cuidado
Com sabão, com sabão,
com sabão ensaboado
laves suas mãos...
O corona vírus é fatal
Já virou pandemia internacional,
se tiver doente procure o hospital!

Ao espirro, intercepte com o braço
Evite o abraço e o aperto de mão
Cuidado com a aglomeração
O vírus se espalha com grande extensão
se alguém tiver doente e faz a transmissão
pela tosse, pelo espirro
e o contato com as mãos!

O álcool gel tem aí?
E a máscara no nariz?
É a pandemia internacional
É viral, é viral...
É a virose fatal!

Inserida por marialu_t_snishimura

Rosas Perfumadas

Uma flor se fores me dar...
Dê-me rosas perfumadas...
Ah! Eu gosto disso...
No seu perfume vou me embriagar!

Me embriago e deixo-me ir,
Por onde você me conduzir...
Deixo - me levar,
no seu jeito quente de me amar!

Até posso te seduzir
com meu corpo e meu calor,
mas deixo - me conduzir,
embriagada neste amor!

Rosas perfumadas eu gosto,
Trazes - me rosas perfumadas...
Nenhuma cor causa-me desgosto,
a menos que estejas perfuradas...

Daí, jogo fora
E te boto pra fora
Com afinco e gosto!

Rosas perfumadas eu gosto...
Mas, traga - me tenras e vigorosas...
Amo as rosas com sedução,
principalmente com um belo cartão...
Marcando o encontro de paixão!

Inserida por marialu_t_snishimura

Baile do coração


Girei o ombro
Abri o peito
Seu corpo colado no meu
O corpo tremeu, desceu até o chão...
E o meu coração bailou junto do seu!

Baile do coração é assim mesmo
Tem que ter par
Senão ele não dança
e fica a esmo!

Vem pra junto de mim,
Vem bailar com meu coração
Vem fazer tremer meu corpo e descer até o chão.
Se o ritmo for bom
dançaremos por todo o salão!

Eita...que tá bom...
Este baile do coração!
Nosso corpo treme que treme...
Dançando pelo salão!

Inserida por marialu_t_snishimura

Via Dolorosa

Sigo o trilho do meu ser,
Sem querer ser nem saber
O que me ha-de prover.

Munido de cobardia,
Arde em mim o adágio.
Propender que não agia,
Juiz pobre do ser,
Encostado à lombada
Julgava ter carácter
E menção para contender.
Certezas à chumbada,
Injustiças solver,
Casos vindos do nada,
Que o soldado na parada
Jurou não mais combater.

Sofrimento rio em que nado
Rumo à margem ansioso e crente.
Escapa-me da mão o tronco pendente,
De tanto nadar contra a corrente.

Rio que me lavas a vida,
Cada vez que engulo o vazio
E encharco meu pulmão doente.
Mas não desisto da braçada,
Escapa-me a margem à tangente,
Miro-a daqui enquanto trago água.

Miragem que é sinal de fumo,
Onde o apache escreveu resumo,
Da minha ofegante falta de coragem.
Padecem-me as forças,
Deste rio me inundo.
Sinto com a pontas dos dedos
Os seixo e lodo no fundo.

Dura pedra, vil mensagem,
Culminar esta viagem
No barranco da mesma margem.
Pois do profundo trouxe pedras.
Da peleja não mais miragens.
Das pedras o saber de aprendizagens.

Reconheço no vazio
Um sentir contra o sentido,
Pois não fora outrora um prodígio
E talvez nunca serei um ser bem entendido!

Inserida por ruialexoli

Entimema

Castelo que reflecte o azul,
Cidade vazia que daqui te vejo,
Do chá que tomo fervido no bule.
Sou eu homem que daqui praguejo,
Palavras que das pedras do castelo escorrem,
Que de tão bela que és exercito delas solfejo.

Escore-me da vista da janela o mirar,
Cidade vazia do teu pro meu praguejar,
De onde não mais sou capaz de tragar,
A camomila do meu chá em desgosto só posto.
Sou só porte aqui sentado a tentar solfejar.
Canto pra paralelos rijos que orvalho faz brilhar.

Oh cidade na minha prima esta que foste bera.
Oh cidade que deambular-te tanto eu quisera.
Oh cidade despida de tudo menos da quimera.
Que outorgas tu agora passeios de ninguém,
Por ti na calçada não mais cruzo rostos,
Rostos não cruzam mais por mim também.
Silencio profiláctico na noite em desgostos,
É bera forma de palavra austera que a pedra tem.

No vago e no vão e até no vagão parado,
O carril de ferro é frio pois não mais lá travo,
Não mais lá vejo a engrenagem que faz a viajem,
Que transporta o frenesim que eu outrora ouvia sem fim.
Pregões a vender maresia do outro lado de lá da margem,
Janela onde eu estou só, minha vista alegre arria em mim.

Agora desta janela eu não mais abro mão.
Daqui não me vou, tranco a chave a razão.
Outrora vivi meses à esquadria das paredes,
Vida de janela fechada na mais bela fachada
Da cidade vazia, despida de gente,
Ausente do ruído, que agora se fez silente.
Não mais me escondo, não mais me tranco,
Não mais penso ser doente, nem da vida decadente.
Ouço o vazio do som, augúrio calado,
Vivo uma mescla entre o triste e o desarmado.
Tempos em que debaixo de cobertor vida doía,
Me escondia da alegoria do dia e da orgia dos olhares.

Hoje sou eu na noite que é mais húmida e fria,
Daqui sinto quem da vida se despede e padece,
Sinto aconchego na praça vazia, onde o espírito tece,
Sinto as almas que aqui passam de quem falece.
Cidade parada, sobre o olhar desencanto e me encanto,
Com a telha das casas e alma dos telhados de Almada.
Praça mais pequenina do que nunca, desprovida de vida,
Praça do ardina, do quiosque e da fofoca amada.
Da folia, da disputa, do cheiro a sardinha assada,
Da menina que de tanto rir parece princesa encantada.
Praça do dizer só por dizer nada, do subir por ela a cima,
És agora só minha parte vita da rima.

Lisboa parada, é cidade que dorme.
Sonha à noite o que era enquanto ser dia,
Suspensa dos amores, agora dominam gaivotas.
Dos beijos na boca, da cerveja que tarda,
Dos finais de tarde reunida de actores,
Que encantam quem lhes presta atenção.
Lisboa da criançada, da correria pro nada,
Dos que não se agarram... cidade de vida,
Dos que so andam pela calçada de mão dada,
Dos que pedem pela vida uma esmola
Pra taça de vinho, pró carapau e pra arrufada
Lisboa despida do sonido da vida,
Escorre por tudo que é canto letras... palavra!

E eu daqui da minha janela vejo, pois dela não me arredo.
É tão bela esta cidade, por ela não mais medro.
Tão minha, tão nobre vista que vejo desta janela,
Tão imponente fachada que a suspende, bela parede caiada,
Que daqui dou trovas à inspiração e assas à imaginação,
Daquilo que outrora não prestei verdadeiramente atenção.
Ao negro do Tejo que à noite lava na corrente o pesar,
À esperança de poder voltar a abraçar a vizinhança.
Os ferros da ponte que a atravessam, que lhes dão sustentação,
Erguidos outrora por homens à força de braços mil,
Construída pra travessia e para que um dia se volte a formar
Um cordão tão forte como o que um dia formou Abril.
Cordão na consciência humana, libertou-nos da má sorte tirana
E agora nos libertar da morte que por vezes a natureza emana!

Inserida por ruialexoli

É COVID-19


É Covid-19!
É gente que briga
É gente que morre
Gente que espera
Gente que explode.

É Covid-19!
É doença que atordoa
E prisão que apavora
É gente que ri à toa
E gente que pára e chora.

É Covid-19!
É gente com pouca fé
Que não vê a solução.
É gente que crê em DEUS
E vive com o terço na mão.

Seja de um jeito ou de outro
No mesmo barco estamos
Do vírus morremos de medo
E com ele todos brigamos,
Mas o que devemos, mesmo,
É crer que DEUS tem um plano!

Precisamos de oração
E crença na medicina.
O vírus chegou com tudo
Mas vão descobrir a vacina
Que combata e que devolva
Nossa fé, abalada e sofrida.

Do fundo do coração
Que possamos levar a DEUS,
Na voz de uma só oração,
Os desejos dos filhos seus.

"SENHOR, livrai-nos do mal
Desse vírus tão invisivel,
Que abala a vida normal
Dos teus filhos queridos.
Perdoa os nossos pecados
E as faltas que cometemos,
Estamos muito assustados
E ao Vosso amor nos rendemos".

Nara Minervino

Inserida por NaraMinervino

NOSSO AMOR VERBALIZADO

Eu queria
Tu devias
A gente podia.
Nós vivíamos
Vós aceitaríeis
Eles contribuiriam.

Eu esperei
Tu demoraste
Ele programou.
Nós investimos
Vós apoiastes
Eles ajeitaram.

Eu acreditei
Tu insististes
Ele resistiu.
Nós vencemos
Vós sorristes
Eles aplaudiram.

Eu te ganhei
Tu me presenteaste
Ele se alegrou.
Nós nos casamos
Vós vos animastes
Eles se procriaram.

Nara Minervino

Inserida por NaraMinervino

Encrespado Aureolo

Bloco de vida coisa que é dura.
Costura de agulha sem ter saída.
Nó de tristeza, embelezas a natureza,
Agarras-te aos vãos das manhãs,
Pois tecidos te envolvem a beleza.

És o ar rarefeito no meu peito,
Sabor a café e saliva que rejeito.
Musa toda assim delicado deleito,
És quem os meu olhos saboreiam,
Pele quente que ferve como efeito.

De leve suspeitas da mocidade,
Sinto encrespado aureolo que sabe,
Ao toque do lábio seco de inverdade.
A tensão sobe para mil sem fim
E eu no teu ventre afundo de mim.

Minha morte lenta meu medo cerrado,
Onde me enrolo, me excedo, me advenho.
Meu respirar venta no teu corpo molhado
E a cadência do teu coração tenta,
Percutir o auscultar do teu afago.

Que é ser só breve este momento,
Não pequei ao tragar-te o rebento.
Em ti eu sou a ternura do castigo,
O som que salivo e estremece por dentro,
O intimo ardor que partilho contigo.

Tragarei de ti inacabados amanheceres,
Tal como a agulha costura os doces plangentes,
Que a tua natureza pura de incastos prazeres,
Debita em mim dos teus segredos vigentes,
Que curo com a dura doçura de a mim tu te cederes.

Inserida por ruialexoli

Viva Lá Vita

O valor da minha vida é um peso desconhecido,
Da minha própria não meço pois sei o que é ter que a ter sido,
Que a vida vale o valor do amor e o preço de o ter vivido,
Vale a minha dor pelas amostras que te dei depois de ser esquecido.

Mas ouvi dizer da vida que pelo cano se mata.
Que pelo desengano o cravo vermelho vaia o tirado.
Tirano a quem o diabo passou rasteira à força da chibata
Lhe foi finda a vida à cabeçada, caído da cadeira forrada de napa.

Oh vida quanto valor tendes
Pra chuva que do vapor pendes?
Oh vida quanto valor tendes
Pro vento e para as palavras que trago cá dentro?
Oh vida quanto valor tendes
Pra luz que auguro tirar-nos do escuro?
Oh vida quanto valor tendes
Pra flor que de ti ceifo e ofereço ao meu amor?

Produto da equação sem diferença nem matemática,
É o grito do Ser que faz estremecer toda a galáxia.
Pergunta errante a quem navegou miríade de anos luz.
Vida que me seduz a ilusão de criar unidade de medida,
Deslumbro a aurora sei que vivo num núcleo sem saída.
Esfera do mundo onde tu vida deixaste por todos os lugares,
Aurora boreal centelha nuclear que separas a morte do imaginar.
Vida, fractal infinito que redopia no tecido espacial,
Viver que me permite falar de ti mesma e ao mesmo tempo ser
A mim próprio digo aquilo que não podia dizer sem viver.

Foi chuva que me deu a parra da uva e o vinho.
A vontade de ser eu a redopiar sozinho,
Pelas ruas do pender à sorte de tostão ter,
Que me fez ver o quanto a vida podia valer.

Foi vento que me segurou na estrada do verter,
Atento e sem contratempo à sorte do escolher,
Se as palavras que trago cá dentro são morte
Ou escritas frases que ditam as alegorias do viver.

Foi luz que trouxe a mente da outra ponta norte,
Que me ofereceu a mais humilde água-forte,
Que guardo para não desvanecer do por do sol,
Porque a vida é maior valida se for a ver o sol nascer.

Foi flor que ainda vive nas veias do meu amor,
Que ceifei da vida pro saber como dar valor à minha dor.
Orquídea, antúrio, cravina, gerbera ou girassol,
Vida é deixar florir a flor onde se alimentará o caracol.

Inserida por ruialexoli

20/02/2020

Esse dia pareceu - me especial,
mas talvez isso seja um mito,
pois não pode existir apenas um...
afinal todos os dias os são!

Em todo caso fiz uma oração
ao Santo Anjo de cada um
para que abram seus caminhos
e que tragam- lhes tudo de bom.

Numericamente o dois pode
O três, o quatro, o cinco, o seis...
Todos podem do um ao nove!

Daí, somei tudo e vi um oito
e infinitamente se propõe
na continuidade da linha, a vida!

Inserida por marialu_t_snishimura

Altíssimo Espírito Santo

Ó Pai, altíssimo Espírito Santo
glorioso Senhor,
generoso e grandioso Pai,
Santo de Deus!

Sois o caminho e a verdade;
a paz e a felicidade
firme caminho a seguir...

Altíssimo Espírito Santo
fraterno coração de bondade e amor
és benevolente glorioso
repleto de sabedoria e glória...

Em seu altar justo altíssimo Espírito Santo,
Deus glorioso Senhor generoso
ó Jesus Cristo Senhor de bondade, Amém!

Inserida por marialu_t_snishimura

Versos brancos

Ah! Esse versos brancos...
não têm rimas!

Eles são livres e soltos,
correm no vento simplesmente!

Mas, não deixa de ter sua graça
porque tem poesia...

A poesia não é a forma
e sim o sentimento e uma emoção!

Poema sim é a estrutura;
Poema é a forma;
Poema é o corpo da poesia!

Então decide aí!
Sejam todos poetas
e poetisas....

Afinal para sentir...
basta ter um coração,
um lápis ou uma caneta azul! 😜

Inserida por marialu_t_snishimura

MINHA PESSOA INGRATA


Em rua deserta me encontro.
Solidão. Silêncio. Sofrimento.
Tudo em mim é tão muito!
Tudo em mim é intenso!

Nenhum som me ensurdece.
Nenhuma luz me encandeia.
Vazio. Ausência. Falta.
A cor de uma vida cheia,
Que outrora corria em minhas veias,
Agora se sente exausta.

Falta de ar me sufoca.
Peito em chamas me queima.
Passado já não tem mais volta.
Presente a mim trapaceia,
E a sina de quem já fui tantas
Agora é viver-me alheia!

Que fazer de mim, que não sei
Quem fui e quem já não serei?
Se tudo que me alegrava,
Já não faz sorrir quem amei:
Essa minha pessoa ingrata
Que fui e que não mais serei!


Nara Minervino

Inserida por NaraMinervino

⁠Então Natal

Então Natal,
as luzes estão piscando,
as pessoas comemorando
e num abraço vem Jesus!

É ele que nos conduz,
a termos a fraternidade
e abraçarmos como irmãos.

E neste gesto apenas,
que se renove as esperanças
em cada coração!

A felicidade vem à esta união,
vem também a solidariedade
e a bondade faz a renovação!

Em meio a linda festa,
os sorrisos se espalham
e não há presente maior!

A leveza no coração
nos toca em silêncio a emoção
e numa prece do Senhor
a paz se estabelece!

Os sinos vão tocar,
e ainda a ouvir
um coração pulsar,
então é Jesus!

Maria Lu T S Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Amor é status quo

Amor é uma invenção humana
Se encaixa na poesia mas na vida real é um status quo

Tente ser amado sem ter nada
Terá encotrado algo real
Só que em momentos inoportunos
Se o amor prevalecer AGARRE

Não jogue fora seu amor próprio
Alimente seu ego com o que for bom
Volte atrás sem regressão

Ame e seja amado

Inserida por rafael_de_almeida

⁠Do Que Somos Feitos?
Pelas andanças da vida, pergunto-me, hoje, do que somos feitos?
Somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas. Talvez, alguma reminiscência atávica, que carregamos em nossos genes, memórias da infância, quem sabe?
Lembranças, que nossos ancestrais nos deixaram, gravadas em nós, como faz um canivete em uma pedra ou num tronco de árvore.
Quem somos nós, afinal? De que matéria somos feitos?
Somos feitos, sim, de esperança. De insondáveis desejos, muitas vezes, ocultos. Noutras, bem visíveis, estão eles lá, à espera de que o realizemos.
Somos feitos de sangue, suor, músculos, força de vontade.
Alguma desesperança, algumas decepções...
Mas, somos feitos, principalmente, de um material impalpável:-lembranças de nossas andanças, pela infância, juventude e, quando nos tornamos adultos, saímos pela porta da frente, com esperança no futuro.
Ou será que somos feitos do nosso mundo interno,
onde carregamos, na nossa inconsciência, memórias?
Não sou eu capaz de responder a essas questões, que me tenho feito ao longo das minhas andanças...
Mas, ando sendo capaz de pescá-las, eu mesma, lá, nesse fundo insondável, infinito e misterioso de mim mesma...
Porque somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas.
Feitos, somos sim, de esperança e sonhos, de insondáveis vontades, de realizar nossos desejos, que, muitas vezes,estão ocultos. Noutras, lá estão eles, nossos desejos, bem visíveis,à espera de que os concretizemos.
Andamos à procura do que fomos, do que somos e do que seremos. Mas, não precisamos correr atrás para sabermos do que somos feitos...
Somos feitos de desejos, só não sabemos como resgatar o tanto de nós mesmos que ferimos e deixamos escondido...
Agora, é correr atrás do tempo perdido, procurando buscar, lá, no passado, o que ficou escondido e se transformou em dúvidas... Mas, agora, temos a certeza do que somos feitos...
Vamos continuar nossas andanças pela vida...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Andanças pela vida"...página 170

Inserida por MarilinaBaccarat

⁠Morar em condição de rua não

Morar em condição de rua não!
Isso é desumano para um humano,
mesmo que não tenhas condição!

É preciso fazer algo, urgentemente...
gente não pode ser tratado mal,
até...pior do que um animal!

Há que ter um jeito,
fico martelando no meu peito
em cada pulsar do meu coração...

Piedade, doação...
onde se guarda o dinheiro
do imposto da Nação?

Deus ilumina o coração dos homens,
que comanda este país,
pois não podemos aceitar...
pessoas ao relento, sob o vento,
o frio, a tempestade e o trovão
quase à riscar o chão ...com o nariz!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Diáfano Impreciso
Entre o meu ente e o teu ente,
Há uma colisão, um encontro de um só ser.
Acordo de duas almas qualitativamente
Que se encontram por prazer.
Do lado de um fado, há um lado!
Do fado ao lado, outro fado!
Do lado da fronteira, há uma asneira!
Ao lado da asneira, outra fronteira!
Uma reza,
Rotina
E rotineira!
Entre os entes há as mentes.
Há o sentido figurado,
Onde o meu coração,
Foi começado,
E o teu... foi destroçado!
A ambígua maneira de dizer,
Em suma o que acontece:
É que o teu ente quis viver;
O meu ente, ao que lhes parece,
Fez da curva, reta, não quis ser!
Um ente foi para o que veio!
Outro ente veio para o que foi... ser meio!
Ao lado do que padece, há um que se estabelece!
Do lado do um que se estabelece, o outro, de si... se esquece!
É uma escuridão.
Diáfano turvo,
Que enlouquece!
Entre o teu ente e o meu ente,
O que não colide passa ao lado.
Passa sem comum e repete concomitantemente
Que o prazer não foi encontrado!
Dois lados esburacados,
No meio da fronteira.
Dois soldados,
No meio, uma trincheira,
Onde as munições são fados!
O prazer... é a asneira,
E o ente,
Dois corações despedaçados!
O círculo é laranja.
O traço é eufemismo.
O polígono é o que se arranja,
E o dormir,
É o que da vida...
Se esbanja!

Inserida por ruialexoli