Textos Interessantes
A ARTE DE SER VELHO
É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.
Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.
Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer?
Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.
Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.
Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.
Nossa mente mente.
Intrigantemente temos a tendência de prorrogar mudanças positivas em nossas vidas.
Na manhã em que escrevo este capítulo, no mês de dezembro exatamente em uma quarta feira, percebo que , para muitos esse não é um dia próprio para implementar novos hábitos, ingressar em cursos, começar dietas, nem mesmo se matricular em uma academia.
Isto porque nossa mente nos convence com o argumento absurdo que o ideal é começar em uma determinada data, mês, ou dia específico da semana, para muitos é segunda-feira, ela faz isso com o simples intuito de nos manter na zona de conforto atual.
Insistentemente nossa mente criará argumentos para nos manter parados, para economizar energia, o que para ela é bom, para nós é péssimo.
Nossa mente mente, e se acreditarmos nela, não conseguiremos nenhum objetivo, e até perderemos o que já conquistamos.
Acontece sempre, é aquela sugestão de merecimento, propostas de recompensa que em vez de ser um prêmio, é uma sabotagem em nossos planos.
Algo do tipo, Você merece aquela roupa nova, essas comprinhas, afinal você trabalha tanto, você se esforçou tanto, Com isso os sonhos e metas da pessoa fica em segundo plano, ficando cada vez mais distante dos seus reias objetivos, como um curso, a CNH, aquela viagem , aquele bem duravel, etc, pois a mente induz a recompensa imediata, prazerosa, porém fugaz e supérfluo.
é assim também para quem quer perder peso, a mente induz que por você ter alcançado 40%, 50%, ou até 70% do objetivo, mercere comer aqueles doces, ir naquele rodizio, enfiar o pé na jaca naquela festa, afinal você se esforçou tanto ano todo, e então, jogamos todo o esforço fora.
Aliás, a pior coisa que uma pessoa pode fazer, é adotar o famigerado "dia do lixo" dia em que a pessoa está liberada a expor seu cérebro a um nível de dopamina altíssimo, proporcionado pelo consumo de alimentos extremamente prazerosos e altamente viciantes como doces e chocolates.
Não são poucas as vezes que nossa mente nos direcionarar a assistir um filme, buscar um entretenimento divertido, seja qual for, na véspera da prova de um concurso, de uma entrevista de emprego, ou em qualquer coisa que necessite preparo e dedicação.
Da mesma sorte, querendo comprar um um bem durável, carro, casa, moto, celular etc, ela indicará uma recompensa como refeição em restaurante caro, roupas, sapatos etc, coisas não acrescentam em nada, e muitas vezes nem precisavamos no momento.
Nossa mente mente, quando nos compara com outras pessoas.
Com o desafio desleal de tentar ser ou superar tais pessoas, estamos fadados a frustração, e junto com toda frustração vem o desânimo e angústia.
Só devemos nos comparar a nós mesmos, podemos admirar e se inspirar em exemplos, mas devemos decidir sermos uma versão melhor de nós mesmos.
Nossa mente mente, sabe porque nos assustamos ao ver um filme de terror? ou choramos em um filme comovente, mesmo sabendo ser ficção? porque nossa mente mente para nós, e naquele momento acreditamos ser verdade.
Da mesma forma nossa mente não nos deixa viver uma vida plena, ela insiste em nos dizer, que as coisas precisam ser do nosso jeito, e então geram os atritos e a insatisfação.
Chega ao ponto de querermos que o outro mude para sermos felizes, que é algo sem cabimento.
seria cômico se não fosse trágico, a visão que temos do outro é um aspecto nosso.
Reflita nisso, ninguém gosta de você pelo que você é, as pessoas gostam de você pelo que elas enxergam em você.
Deixe-me ser mais claro, você pode ser honesto, altruísta, bondoso, mas se alguém não exergar isso em você, ou até enxergar, mas se isso não for interessante para ela, serás apenas mais um na multidão.
Da mesma forma é o aspecto físico e o emocional, quando digo exergar, me refiro a percepção, ou seja o valor que tal pessoa dá a esses aspectos. a beleza está nos olhos de quem vê.
Você é a mesma pessoa para todos, mas nem todos gostarão de você, porque não é pelo que você é, é pelo que elas te enxergam.
Nada que façamos muda a percepção do outro sobre nós, a menos que eles queiram, e passem a nos enxergar de outra maneira.
Até o ciúme é invenção da nossa mente, Não temos o controle nem de nossas próprias emoções, muito menos das emoções e sentimentos dos outros.
Nossa mente mente quando nos sugere que somos menores que nossas conquistas.
Emprego, casamento, bens, empresas e oportunidades são nossas conquistas, não faz sentido pensar que a perda de alguma dessas coisas é o fim da nossa vida.
Quem as conquistou? se fomos capazes de fazer uma vez, somos capazes de fazer de novo e melhor ainda, pois atualmente somos mais experiente.
A mente mente quando sofremos uma rejeição, a dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é um engano de nossa mente, muitos ficam se questionando sobre o que fizeram de errado, sobre que aspecto físico ou comportamental culminou no ocorrido, poucos entendem que não é nada a ver conosco, tudo a ver com quem nos rejeita.
Nem você gosta de todo mundo, porque todo mundo deveria gostar de você?
Nós vivemos rejeitado, ou você aceita tudo e todos ? e nem por isso aquilo, ou quem você rejeita é uma opção ruim, apenas não se equadra no que você deseja, ou gosta.
Portanto cuidado com as mentiras ditas por sua mente, não sofra atoa, pois nossa mente mente.
É impressionante como nossa mente tende a percorrer o caminho mais curto para nós colocar para baixo, com nove elogios e duas afrontas no mesmo dia, é bem provavel que a ruminação dessas afrontas estrague nossa noite.
Nossa mente é especialista em esquecer das coisas boas que nos acontece, e tornar maior o que sofremos de ruim.
Ela age de maneira eficaz, somos atraídos por má notícias, e temos a tendência de valorizar mais o que não temos, objeto do nosso desejo, do que tudo aquilo que possuímos.
Muitos são enganados por pouco tempos, enquantos outros transformam essas mentiras em suas realidades.
Devemos duvidar de nossa mente, não aceitar as mentiras impostas por ela, na verdade temos um mundo de possibilidades, e você pode escolher sempre o melhor para se sentir bem, e para criar a realidade que você precisa
Bônus
Neste capítulo pós créditos,
compartilho algumas curiosidades, que para muitos, servem de dicas.
Provavelmente, você já ouviu sobre linguagem não verbal, mas não pretendo entrar na discussão dos 7+38+55, que pode ser algo questionável, me detenho naquilo que é unânime, as pessoas prestam mais atenção em nossa postura e tom de voz, do que naquilo que a gente fala.
Sem abrir a boca, comunicamos ao mundo o que somos ou como estamos nos sentindo no momento.
Como isso pode ser importante para a saúde mental?
É que, como estamos nos sentindo, determina nossa postura, e nossa postura gera reações químicas que reforçam este sentimento.
Ao recebermos um elogio, tendemos a endireitar nossa postura, com isso, nosso cérebro libera neurotransmissores que promovem sensação de bem estar, é um processo químico e fisiológico.
Importante saber, que é possível fazer o processo inverso, promover a sensação de bem estar. induzindo nosso cérebro através de nossa postura.
Pessoas em depressão tendem adotar a postura de cabeça baixa e curvatura no corpo, além dos ombros caídos. Não é a cura, mas a mudança na postura, faz uma significativa diferença.
Outro assunto que quero abordar, tem a ver com nossas escolhas.
É verdade que ninguém é totalmente livre pra realizar suas escolhas, somos permanentemente influenciados pelo que já vivemos.
Além é claro das circunstâncias momentâneas, e padrões introjetados pelo ambiente em que vivemos.
Sabemos, que quanto maior for as opções de escolha, mais difícil será a tomada de decisão.
O ponto que realmente quero abordar, é sobre a satisfação que temos com a opção escolhida.
Estudos científicos revelam que, quanto mais parceiros você tiver na vida de solteiro, menos feliz será no casamento.
E não para por aí, nossa satisfação também tem a ver com as opções de escolha.
Em um estudo, uma empresa ofereceu uma viagem com tudo pago, como premiação de fim de ano, a um grupo de funcionários apresentou-se duas opções de escolha, Paris ou havai.
já para outro grupo, não houve opções.
No grupo em que foi dado as opções, o nível de satisfação era menor, se comparado ao outro.
Muito além de que qualquer eventual decepção durante a viagem, a expectativa de novas experiências no destino desconhecido, limitou o nível de satisfação dos envolvidos, gerando em alguns casos, até frustração.
Frustração também é o sentimento vivenciado para quem desconhece os seus próprios gostos. pode parecer incrível, mas acontece muito mais que imaginamos.
Temos dificuldades em saber o que gostamos de fato, e provavelmente você já se questionou "Porque me sinto atraído por determinada situação, coisa ou pessoa.?" e pra isso precisamos de autoconhecimento.
Entretanto há uma verdade absoluta, buscamos sempre familiaridades, sem perceber, vamos de encontro as semelhanças.
Aquilo que mais nos marcou negativamente na infância, é o comportamento que tendemos a repetir, ou procurar alguém que reproduza a mesma experiência.
No livro ciclo de autossabotagem, do Dr Stanley Rosner, o autor relata casos reias que confirmam essa tese.
"Um garoto de 12 anos, abandonado pelo pai, promete que nunca fará à sua futura família o que lhe foi feito. No entanto, 30 anos depois, o menino agora um homem deixa sua própria família. Uma jovem que rompeu um relacionamento abusivo agora é atraída pelo mesmo tipo de personalidade em um namorado em potencial." trecho do livro ciclo de autossabotagem
Existe uma máxima na psicologia que diz: Se não nos curarmos daquilo que nos feriu, iremos ferir quem não nos fez nada.
Eu acrescento, se não nos curarmos daquilo que nos feriu, iremos procurar na vida, pessoas que nos firam ainda mais.
Encerro por aqui, novamente obrigado!
Aguardem a próxima obra...
Passividade
Interessante notar que a maioria dos pregadores, enfatiza as atitudes dos libertos e não a do libertador.
Nos milagres do evangelho, cita-se muito mais as atitudes das pessoas que obtiveram os milagres; toque como a mulher do fluxo de sangue, faça como cego bartimeu, veja a gratidão do leproso , olha a atitude de Jairo, veja o esforço que zaqueu fez, escolha a boa parte como Maria e não faça como Marta, etc etc....
Perceba que quase sempre, analisamos mais os comportamentos dos que receberam, e não do protagonista. estamos sempre à espera do milagre, quando na verdade, Jesus falou para fazermos os milagres(quem crer em mim fará as obras que faço e fará maiores ainda)
Foi ele mesmo quem disse que nós seríamos a luz do mundo, como ele.
Temos mais Pregações inspiradas na vida falha de humanos como: atitudes de Esther, vida de Elias, história de Gedeão, de Davi, Josué, Rute ou Abraão, que de Jesus.
Quando queremos imitar alguém, sermos parecido com essa pessoa, precisamos observar seu modo de agir, seu comportamento e atitudes.
Qual a chance de ter bons resultados querendo imitar o Silvio Santos, estudar a história do chacrinha? Nenhuma.
Nossa missão é, tornamos iguais a Cristo, cristão significa pequeno Cristo.
Agir como ele agia, fazer o que ele fazia, inclusive os milagres.
Ser um com ele, assim como ele é um com o pai, então fazer as mesmas obras.
Em vez de expectador, ser protagonista.
Precisamos romper com essa falta de método, em que uma parte de um texto bíblico é verdade, e outra não é bem assim.
A realidade é um conceito paradoxal e intrigante. Por um lado, acreditamos que a realidade é algo tangível e objetivo, algo que podemos experimentar com nossos sentidos e observar com nossos olhos. Mas por outro lado, a realidade é subjetiva e depende das nossas próprias percepções e interpretações.
Pensadores ao longo da história questionaram a natureza da realidade e se ela é algo que podemos realmente conhecer ou apenas uma ilusão criada por nossas mentes. O filósofo grego Platão acreditava que a realidade física era apenas uma sombra do mundo das ideias, que existia em um reino transcendental. Já o filósofo francês René Descartes acreditava que a única coisa que podemos ter certeza é que existimos, e que a realidade pode ser apenas uma ilusão criada por um gênio maligno.
A realidade também é paradoxal porque muitas vezes ela é influenciada pelo nosso próprio pensamento. Por exemplo, a Lei da Atração afirma que podemos atrair coisas positivas ou negativas para nós através dos nossos pensamentos e emoções. Isso significa que a realidade é influenciada por nossas próprias percepções e crenças, e que aquilo que acreditamos pode se tornar realidade.
Outro paradoxo da realidade é que muitas vezes ela parece ser objetiva e imutável, mas na verdade ela está em constante mudança e evolução. A ciência está constantemente descobrindo novas verdades sobre o universo e redefinindo nossa compreensão da realidade. Por exemplo, o que pensávamos ser verdade sobre o universo há cem anos atrás é completamente diferente do que sabemos hoje.
Em última análise, a realidade é um paradoxo fascinante e intrigante. Embora acreditemos que ela é algo que podemos conhecer e entender, ela é subjetiva e influenciada pelas nossas próprias percepções e crenças. Ao mesmo tempo, a realidade é objetiva e está em constante mudança e evolução. Talvez a verdadeira natureza da realidade esteja além da nossa compreensão, mas ainda assim continuamos a questioná-la e a explorá-la em nossa busca pela verdade e sabedoria.
Eles exigem tanta postura...
Decência e inteligência...
Mas se mostra competência, ah!
Logo eles te julgam!
Julgando minhas vestes?
Vão cuidar das tuas!
Meu pai me criou mulher
Fique tranquilo, não sou qualquer uma!
Engula suas palavras...
Pois aqui elas se mutam!
Só me de opiniões
Quando estiver ao meu lado em minhas lutas!
Netinho, curioso, pergunta ao seu vô:
— Vovô, por que você conversa com as estrelas e lhes dá nomes?
Resposta:
— Como as estrelas estão aqui e em todos os lugares do universo, são minhas mensageiras e, para não parecer mal-educado, eu as chamo pelo nome.
Mensageiras?
— Sim, elas levam minhas mensagens para aqueles que o vovô tanto gostou e amou, mas que partiram para muito longe.
E você recebe resposta vovô?
— Sim, melhor que no WhatsApp: diretamente no meu coração.
Há um olhar negro eluarado que pulsa em meu peito já cansado. Olhar meio de alma encantada, com um sorriso bobo de mulher desejada.
Há uma pele clara que cheira a flor, um aroma familiar, coisa de infância, um grande amor.
Há um quadro pintado em meu imaginário quando ela aparecia do nada na minha tela já bloqueada.
O fim do meu quase (S.S)
O luto é uma coisa intrigante: ao mesmo tempo que a gente sente e sofre, com o passar dos dias ele também descama os nossos olhos, permitindo que a dor se dilua em lembranças.
Você já teve que sepultar alguém vivo? É uma dor que se prolonga, latejando no peito, pulsando em compasso fúnebre.
Você quer esquecer, mas a pessoa está a poucos segundos de uma ligação, a um botão de "enviar" no WhatsApp, e às vezes, a poucos metros de distância... E você tem que lutar contra a vontade de falar, o desejo de correr para os braços, o desespero de querer estar perto... É como se o tempo se arrastasse em câmera lenta, enquanto a saudade tece uma teia invisível ao seu redor.
Eu ainda guardava a caixa do "nosso 1º mês". A lembrança triste daquele jantar à luz de velas, flores e balões da minha explosão de amor por ter encontrado a minha versão idealizada de felicidade, que nunca se concretizou. Um castelo de areia que desmoronou com a primeira onda da realidade.
Agora estou aqui, diante das poucas lembranças que me restam, pondo fim a tudo o que não vivemos, um futuro que se esvaiu, como areia entre os dedos.
Eu fui apenas uma frase na tua vida, e ainda assim enchi meus pensamentos com imensas bibliotecas sobre você, sobre nós: as viagens que não fizemos, os roteiros rabiscados em mapas que agora amargam poeira. Idealizei nossas sextas-feiras cozinhando juntos, o aroma do molho de tomate caseiro impregnando a cozinha, as risadas soltas enquanto debatíamos sobre a vida. O gosto do vinho em noites frias, em dias quentes, o vinho de dia qualquer... as conversas na varanda de casa, nossas cadeiras na areia da praia vendo o sol se despedir no horizonte, as discussões acaloradas sobre nossas diferenças, que seriam pequenas desde que estivéssemos juntos. Os domingos preguiçosos, o café da manhã na cama, o cheiro de café fresco invadindo a casa... as visitas na casa da sogra, o bolo quentinho, o sorriso acolhedor... o almoço em família com aquele barulho de felicidade ensurdecedor, os cafés com amigos, as gargalhadas... A felicidade comum, aquela que se encontra nas pequenas coisas, na rotina extraordinária do dia a dia...
Agora tudo se resume a cinzas, literalmente. Difícil fazer morrer o que ainda está vivo, pulsante e palpável... é como arrancar um órgão do corpo sem anestesia.
O que fazer com tantos planos? O que fazer com tantas promessas? O que fazer com a nossa música, que tocava especialmente pra nós sem que precisássemos pedir, que embalava nossos sonhos e agora soa como um réquiem...
Uma vez o poeta perguntou se "se morre de amor"? Eu não conheço ninguém que tenha morrido de amor. Eu queria viver de amor. Ironicamente não morri de amor, mas estou tendo que matá-lo. E isso dói. Dói fisicamente. Aperta o peito, a alma chora, a sensação de morte é terrível. A dor nos mostra o quanto amamos. É a prova de que o amor existiu, mesmo que breve e incompleto.
O nosso "quase" ainda vai me assombrar por um tempo... Como um fantasma que habita os cantos da casa, sussurrando lembranças e reacendendo a chama da saudade.
Eu ainda acordo com coisas pra te contar. Como agora. Hoje eu decidi pôr fim a ideia que eu tinha de você. Queimei tudo o que me lembrava você, e com o coração ainda sangrando de tanto amor, joguei as cinzas no mar... e com os olhos cheios de lágrimas eu te disse adeus...
Mas ainda dói. E eu sei que ainda vai doer por um tempo, até que um dia o som de ouvir o teu nome me faça sentir nada... Apenas uma brisa suave, um murmúrio distante, uma lembrança adormecida.
Lília Raquel Farias Nunes
16/02/2025
Conspiração
Conspiração da
Minha mente
Demente
Vem inconsciente
Domina e me fascina
Coração de menina
Inocente
Vem ardente
Domina minha sina
Os meus anseios
A alguém
Os meus delírios
A além
Os meus desejos
A aquém
Os meus devaneios
A ninguém
Sanidade
Como é saudável
Tê-la
Quando não
Estou louco
Lembro-me de todos
Os problemas
Loucura
Como é formidável
Vivê-la
Quando não
Estou são
Esqueço-me de todos
Os dilemas
Jeazi Pinheiro in "O Último Poema".
O mundo é perverso, mas encantador.
É triste perceber que o antes se passou,
mas um novo amanhecer nasce,
jogando fora o que passou.
Apesar de utopia e invisível ao olho nu,
ainda permanece o ontem enquanto o hoje se faz presente,
mas o futuro já passou e também é futuro agora.
Tudo está entrelaçado e sufocante,
como as amarras da jiboia na presa,
que vê a última imagem do fim.
Mas também é lindo,
pois foi uma experiência única.
Nada pode ser jogado fora.
O mundo é feito disso:
entre desastres de cataclismo e de criação.
E a lição que vem em meio a tudo é:
tudo vai passar
e será uma parte do que virá.
Mas os rostos, os sacrifícios,
as alegrias, os costumes... passaram.
E talvez o fim de tudo já tenha acontecido,
pois o mundo é cíclico.
Civilizações desapareceram
e você desaparecerá.
Então, seja o ser único que veio ao mundo
entre tantas possibilidades.
Traga a unificidade
que a presa, nas garras da jiboia,
viu ao encarar seu último dia.
Relembre, entre suas memórias,
o momento de euforia
que teve ao sobreviver
em um belo dia.
"Para um sábio o corpo fala sem verbalizar pela boca o que quer;
Para um inteligente não é tão fácil convencer com as palavras;
Para um menino a ilusão não é o que os outros dizem; e para um aventureiro!
Aaah! Um aventureiro; palavras, exemplos e ilusões são necessárias quando não interferem na aventura que sua vida se torna a cada respirar; oposto a isso! O aventureiro pega sua bagagem e deixa para trás o que não consegue lhe acompanhar, seja a palavra, o exemplo ou as ilusões."
Desde minha primeira infância sou uma pessoa tranquila e bem resolvida. É incrível como durante a minha jornada a vida me cercou de pessoas desequilibradas, loucas e desafiadoras. É por isso que eu sou forçado a acreditar que eu escolhi passar por essas experiências no além. Justamente por isso eu continuo tranquilo, porque o louco não sou eu. @mcmarombado
Rayssa Ramos
Quando me peguei fascinado em seu olhar
Acabei falhando em admirar o seu magnífico esplendor
foi então quando o próprio tempo em humilde redenção a mim desacelera
fazendo meu relógio vital descompassar para que eu pudesse capturar a sua inefável beleza
E me sinto exultante ,pelo designo do cosmos
na aventura de cruzar a travessia da sua existência.
Me perdendo no oceano do seu fascínio
Sem âncora para retornar
Despertar
Um dia, deixei hibernando o amor que me servia
De guia, encantamentos e prazeres.
Hoje, desperta pelas águas mansas do futuro,
Compadeço-me por ter dormido tanto
Sem abrir meus olhos à verdade!
Entorpecida pelo dia a dia que me sugava e consumia,
Inativa, busquei viver por meio
De mil afazeres e enganos violentos.
Hoje, desperta pelas águas mansas do futuro,
Agradeço a oportunidade do reencontro e do resgate!
2024
Sorrir é um gesto que me ajuda à cativar o carinho das pessoas que estão à minha volta ..
O nosso coração transborda de alegria...
Quando o nosso interior é exterior estão de harmonia plena do verdadeiro amor que estamos transmitindo...
Grandes portas se abrem para gente...
Bora espalhar amor...
Dias Fátima
O valor da maturidade e o poder das escolhas
por Diane Leite
É curioso, não é?
A maturidade chega de mansinho.
Às vezes como um sopro,
às vezes como um vendaval.
Mas quando chega, muda tudo.
Quando eu era mais nova e ouvia alguém dizer:
“Ah, se eu tivesse essa idade com a cabeça que tenho hoje...”
eu não entendia.
Achava graça. Soava como lamento.
Mas hoje… hoje eu compreendo.
Cada fase da vida tem sua beleza.
A infância é descoberta — e também o terreno onde, sem saber, plantamos traumas.
É nela que a identidade começa a ganhar contorno.
A adolescência é turbilhão.
Queremos caber no mundo.
Queremos agradar — ou rejeitar tudo.
Alguns se rebelam, outros se retraem.
Tudo depende da infância que os moldou.
E então vem a juventude.
Ah, a juventude…
Ela é o cruzamento entre sonho e responsabilidade.
Entre o querer tudo e o precisar escolher.
É fogo e fardo.
É paixão e propósito se esbarrando dentro do peito.
É aí que a vida começa a te testar:
Você constrói sua história… ou permite que ela seja escrita por outros?
Porque, veja bem, maturidade não se mede por aniversários.
Ela é escolha, não cronologia.
Há jovens de vinte com almas ancestrais.
E há adultos de sessenta presos em espelhos de infância.
Maturidade é quando você decide ser quem é.
É quando para de apontar culpados e assume o leme.
Quando para de deixar o barco à deriva e aprende a navegar —
mesmo com medo.
Se você deixa o barco correr solto, o mundo escolhe por você.
E o mundo nem sempre escolhe com carinho.
Então, se você ainda é jovem, viva essa juventude com toda a sede.
Mas lembre-se:
Plante agora o que deseja colher depois.
Escolha com consciência.
Ande com direção.
Sim, o dinheiro importa.
Ele move estruturas.
Ele constrói caminhos.
Mas ele não pode ser bússola.
Porque dinheiro sem alma é prisão.
Escolha o que você ama.
E aprenda a fazer disso algo possível.
Porque quando amor e propósito se encontram,
a prosperidade é consequência.
E quando você faz o que nasceu pra fazer,
nada — e nem ninguém — pode te parar.
Então respira.
Pensa.
E começa.
Nem todo amor fala. Alguns se movem.
É curioso como, por tanto tempo, a gente aprende a lutar sozinha. A se defender, a sobreviver, a não esperar nada de ninguém — porque quase sempre, quando precisávamos, não tinha ninguém. A gente acaba confundindo amor com palavras bonitas, com discursos ensaiados e juras vazias. Mas com o tempo, a gente entende que amor mesmo... tem mais a ver com movimento do que com fala.
Amor é quando alguém te protege do mundo — não com grades, mas com gestos. Quando percebe sua vulnerabilidade e não se aproveita dela, mas estende a mão. Quando não tem muito a oferecer, mas oferece tudo o que tem.
É aí que mora a diferença.
Tem gente que diz “cuida” e nunca cuida.
Tem gente que não promete nada, mas aparece. Fica. Aguenta. E ama no silêncio das atitudes.
É hora de prestarmos mais atenção nas ações.
Em como as pessoas nos olham quando estamos frágeis.
Em como elas reagem quando erramos.
Em quem nos defende quando o mundo vira as costas.
Palavras qualquer um diz.
Mas o cuidado… o cuidado exige presença.
E a presença, essa sim, é a maior declaração de amor.
A libélula de Asas de Purpurina
A Libélula é um inseto interessante, parece até um ser mágico. Com asas que mudam de cor, baila majestosa e veloz, driblando seus predadores.
Vários são os sentidos atribuídos às libélulas. Em algumas partes do mundo, são vista como um símbolo de liberdade e de paz, ou ainda, sinônimo de sorte e de prosperidade. Outras vezes, são associadas às bruxas enviadas por Satanás para criar confusão.
Para mim, as libélulas representam a transformação interior, a busca pelo equilíbrio mental e pela preservação da identidade, elas nos inspiram a ir além das aparências.
A sua beleza será elogiada, quando já se sentir belo;
A sua inteligência será notada, quando já se achar inteligente;
A sua presença será sentida, quando já transmitir energia positiva;
A sua capacidade será comentada, quando já se fazer capaz;
A sua cia será procurada, quando já for o melhor companheiro pra si mesmo;
A sua força será observada, quando já se fizer forte;
A sua simpatia será vista, quando já for simpático pra si próprio;
O seu cheiro será percebido, quando já se sentir cheiroso;
O seu amor será desejado, quando já se achar amoroso;