Textos Fortes Morte

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⁠O Entardecer

No zênite áureo, o sol, fulgurante brasa
No ocaso se esvai, em apoteose de luz
O dia fenece, a noite se anuncia
No crepúsculo vespertino, que seduz

Nuvens, nimbos de algodão, emolduram o céu
Pintadas de tons ígneos, de rubi e carmim
O astro rei, em êxtase de beleza
No horizonte se dissolve, em sublime fim

Sombras se alongam, em espectros da penumbra
Enquanto a lua, pálida, surge no arredores

O silêncio da noite, canção que acalma
Em contraste com o fragor do dia que se extinguiu

Pássaros
Em algazarra vespertina
Buscam abrigo em entre as vestes forragem em Camanducaia


A natureza se recolhe, em sono profundo
Sob o manto estrelado, infinito e multicor

O entardecer, enigma indecifrável
Momento de transição, de melancolia e paz

A esperança que renasce, jamais se desfaz
E se a nostalgia paira no ar
A certeza de um novo alvorecer nos conforta

O sol, em sua dança milenar
Promete um despertar, que a alma transporta

Noite adentro, o cosmos se revela
Em constelações que nos guiam na escuridão

O entardecer se cumpre, a vida segue
Em eterna busca por luz e razão

Inserida por samuelfortes

⁠Mônica Em Puro Balanço

Mônica, farol que me guia na existência,
Em teu olhar, a luz que me alumia

Alma cativante, de essência e persistência
Em teu sorriso, a melodia que me extasia

Deusa de beleza ímpar, graça divina,
Em teu corpo, a perfeição que me encanta

Musa inspiradora, em ti a poesia se inclina
Em teu amor, o meu coração se acalma e se agiganta
Mulher de fibra, de garra e de audácia,
Em teu espírito, a força que me move

Em tuas palavras, a sabedoria que me sacia
Em teu abraço, o porto seguro que me envolve

Mônica, a flor que desabrocha em meu jardim
Em teu perfume, a doçura que me embriaga

Em teu amor, a mais bela canção que existe
Em tua presença, a alegria que me contagia

Mônica, a estrela que guia o meu caminho
Em teu brilho, a esperança que me acende.
Em teu coração, o amor que me define,
Em tua vida, a felicidade que me transcende.

Inserida por samuelfortes

⁠As Rodoviárias

No ventre de concreto e aço, a rodoviária se revela
Um portal para o labirinto do asfalto, onde o tempo se congela
Cacofonia de vozes, almas em trânsito, anseios e despedidas
Um microcosmo humano, onde a vida pulsa em batidas

Sob o teto, a luz, sombras inquietantes
Viajantes e fardos, histórias errantes.
O cheiro de café e saudade no ar
E a melodia melancólica de um violão a ecoar

Nos painéis, destinos se anunciam
Cidades distantes, sonhos que se adiam
Embarques e desembarques, abraços apertados
Lágrimas contidas, sorrisos forçados

Nos rostos, a marca da jornada
A esperança de um novo amanhã, a alma desnortada.
Corpos cansados, mentes em devaneio
Na rodoviária, a vida se revela em seu roteiro

Ônibus serpenteiam como feras famintas
Devorando quilômetros cruzando estradas infindas
No horizonte, o sol se põe, tingindo o céu de sangue
E a rodoviária se ilumina, como um farol que nunca se extingue

Em cada plataforma, um drama
Em cada rosto, uma epifania
A rodoviária, palco da existência
Onde a vida se mostra em sua essência

E eu, poeta peregrino contemplo este cenário
Eternizando em versos este itinerário
Na rodoviária, a alma humana se desnuda
E a poesia encontra sua musa

Inserida por samuelfortes

Metrô

Uma Odisséia Urbana
No ventre sombrio da terra, a multidão se acotovela
Corpos exaustos, almas inertes, a esperança que se revela
Nos rostos, a marca do cansaço, do tempo que se arrasta

E a melodia do silêncio que nos basta
Nos vagões, a solidão se agiganta
Cada um em seu canto, perdido em suas fantasias

Olhares vazios, palavras sussurradas
E a sensação de que a vida nos ignora e nos distancia

Nos túneis, a escuridão nos engole
E a voz do abandono ecoa

Somos sombras errantes, perdidas no labirinto
Buscando um fio de luz, uma razão, direções
Nas estações, o tempo se suspende
E a multidão se transforma em um mar de rostos

Em cada um, uma história, um drama
E a certeza de que a vida nos prega tantos gostos
Mas, no meio do caos, a esperança renasce

No metrô
A vida pulsa
E a poesia
Floresce

Inserida por samuelfortes

Você & Sítio

Na quietude do sítio
Onde o tempo
Se curva
À melodia da natureza

A alma encontra
A sinfonia da terra

E o espírito se eleva
Na dança cósmica
De sua existência


"Na quietude do sítio, onde o tempo se curva à melodia da natureza, a alma encontra a sinfonia da terra e o espírito se eleva na dança cósmica da existência."

Inserida por samuelfortes

⁠No Real

O encanto
Da coisa
Sonhada

Viajar
À toda
No tempo
No espaço

Perceber
Em sua
Singeleza
Primitiva

O verdadeiro
Sentimento
Da
Existência

No real
A busca
Incessante

A miragem
Do oásis
No deserto

A fé
Naquilo
Que não se vê

A esperança
Que nos
Mantém vivos

No real
A dor
Alegria

O ódio
O amor

A vida
Em sua
Dualidade

No real
O medo
A coragem

A sombra
A luz

O eterno
Conflito

No real
A saudade
O presente

O passado
O futuro

A roda
Do tempo

No real
O sonho
A vigília

A fantasia
A realidade

A linha
Tênue

No real
O encontro
O desencontro

O abraço
O adeus

A dança
Da vida

No real
O silêncio
A palavra

O vazio
O infinito

O mistério
Da criação

No real
A busca
Continua

A miragem
Se afasta

A fé
Vacila

A esperança
Se esvai

No real
A dor
Aumenta

O ódio
Cresce

A vida
Se complica

No real
O medo
Paralisa

A sombra
Aterroriza

O conflito
Persiste

No real
A saudade
Aperta

O presente
Escorre

O passado
Assombra

No real
O sonho
Desaparece

A fantasia
Se desfaz

A linha
Se rompe

No real
O encontro
Se perde

O abraço
Se desfaz

A dança
Cessa

No real
O silêncio
Ensurdece

O vazio
Aterroriza

O mistério
Se aprofunda

No real
A busca
Se intensifica

A miragem
Se revela

A fé
Renasce

A esperança
Se reacende

No real
A dor
Diminui

O ódio
Se dissipa

A vida
Se simplifica

No real
O medo
Se enfrenta

A sombra
Se dissipa

O conflito
Se resolve

No real
A saudade
Se transforma

O presente
Se aproveita

O passado
Se aprende

No real
O sonho
Se reconstrói

A fantasia
Se reinventa

A linha
Se fortalece

No real
O encontro
Se realiza

O abraço
Se perpetua

A dança
Continua

No real
O silêncio
Se preenche

O vazio
Se completa

O mistério
Se desvenda

No real
A vida
Se revela

Em sua
Essência
Divina

Inserida por samuelfortes

O Arquétipo


⁠É sorrindo
Que se passa a vida

E no caminhar
Que se encontra caminho

É no caminho
Que se encruzilham Rumos

É no destino
Que sou levado


No labirinto da existência
O riso floresce
Qual raio de sol

A cada passo
Uma bifurcação

No palco da vida
A dança se cumpre

Na fenda incerta
A alma persiste

Rumos se cruzam
Destinos se cumprem

No livro do tempo
Cada momento

É
Uma página escrita

Inserida por samuelfortes

⁠O Tédio e o Labirinto

O tédio é um labirinto silencioso,
Onde o tempo se arrasta, lento e espesso
Nas paredes do vazio, ecoam passos
De uma alma que busca, inquieta, o repouso

É espelho que reflete a inquietude
A vacuidade que invade a quietude
Mas, no fundo do abismo, há uma luz
Um convite à transcendência, uma cruz

Pois o tédio, mestre disfarçado
Nos leva ao cerne do não revelado
Nas profundezas do existir
A epifania que desvela o véu do precipício

Inserida por samuelfortes

Absorção


⁠Não é a retina
Que desvenda o mundo

Mas

O olhar que se demora
Na superfície das coisas

A pele da realidade
Tênue membrana

Onde a luz e a sombra
Tecem efêmeros reflexos

O toque do visível
Aveludado e sutil

Desliza
Sobre a epiderme do tempo

Revelando

Onde o efêmero se torna eterno

Inserida por samuelfortes

⁠Olhar do Desatino

Perdi-me em labirintos
Onde a alma se desfaz
E a dor tece seus hinos

Busquei em sombras frias
O eco de um amor
Que em mim, só ardia

Vi o tempo em descompasso
A esperança em desalinho
E o futuro, um mero passo

Mas em cada desatino
Encontrei a força oculta
De um destino peregrino

E agora, em paz serena
Na vastidão do infinito
A alma se torna plena

Não fui
O que os outros foram
Não vi
O que outros viram

O que amei, amei sozinho

Inserida por samuelfortes

Leia Isso Marx

⁠Trabalhei de graça
Não achei graça
Fiz a obra toda
Mas parece uma desgraça

Atrasado o capital
Na mente o Capital
Fui à Capital

A dívida cresce, um monstro voraz
Que a alma consome, em dor atroz
Noites em claro, um tormento sem paz,
O futuro incerto, um vazio feroz

O suor vertido, em vão se esvai
A recompensa, um sonho distante
A corda aperta, a esperança se vai
E a angústia domina, num instante

Mas a força reside, em cada fibra
A resiliência, um escudo tenaz
Ergue a cabeça, não te entregues à libra
A luta continua, a vitória se faz

Inserida por samuelfortes

⁠A Vida

Da vida, espere a dança
Entre o sol e a sombra
A melodia do inesperado
E a força para florescer
Mesmo no inverno da alma

E quando a noite se alonga
E a dor tece seu véu
Lembre-se da aurora que irrompe
Com seu pincel

A vida, um rio que serpenteia
Entre pedras e jardins,
Reflete o céu em sua alma
E cura os teus confins

Que a esperança seja teu farol
Na tempestade e na calmaria
E que o amor, como um girassol
Te guie em cada melodia

Pois a vida, em sua grandeza
É um mistério a desvendar
E em cada instante, a certeza
De que podemos recomeçar

Inserida por samuelfortes

⁠Inelutavel Modalidade do Visível

Se tem uma coisa
Que
Acaba com o meu dia

É a noite

Não aguento mais a ânsia de ter
Bendita seja a ultima gota
Que transbordou
E fez você sair
De onde não merecia ficar

A existência
Agora, um eco vazio
Onde a nostalgia pinta
O céu de ausência

Em labirintos
De
Memórias e silêncio

A noite

Antes palco de sua presença
Agora
Um espelho que reflete imagem

Onde
Seu reflexo
Dança
Em cada sombra

E o tempo
Cruel
Insiste em não voltar

E a existência
Enfim
Encontrará sentido

Agora

O silêncio ecoa
Não mais o som
Da sua voz
Do arrastar de pés casados

Nem a sombra da sua presença
Apenas
O vazio que nos deixou

A sombra do que foi, memória vã
Na alma, um eco que jamais se finda
A saudade, um rio que não deságua
Em margens onde o tempo não se abriga

Inserida por samuelfortes

Mônica

Felizes são os pássaros
Que chegam mais cedo
Onde a primavera é eterna

E dos velhos frutos caídos
Surgem árvores estranhamente calmas

Tarde
De sol
Morteiro

Tarde
De
Domingo passante

Marasmo
De
Segunda sem lei

Rua
Sem
Movimento

Vazio
Cheio
De alguém

Num rádio
Ruído e frequência

Pensamento longe
Abismo de um ser
Frustrado por assim dizer

Distantes são os caminhos
Que vão para o templo

E no meu ser
Todas agitações se anulam
Como na mente de um ser que sente

Nas ruas noturnas
A alma passeia, desolada
E só, em busca de Deus
E de repente, não sei
Me vi acorrentado no descampado

Eu sou como o velho barco
Que guarda no seu bojo
O eterno ruído do aiar batendo

Longe está o espaço
Onde existem os grandes vôos
E na cidade deserta
É o espaço onde o poeta
Sonha os grandes vôos solitários

No chão vejo rastros
Pegadas enlaçadas
De onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.

Fico imóvel e no escuro tu vieste
A chuva batia nas vidraças e escorria nas calhas, vinhas andando e eu te via

Eu me levantei e comecei a chegar, me parecia vir de longe
E não havia mais nada
Havia você na minha frente.

Inserida por samuelfortes

Vaga-lume

Vagando
Pelos reinos
Do pensamento
E da mente

Abstratos
Povoam
Seu universo

Permeando
Tudo

Dos céus
À ética
Humana

Inato
Desejo
De entender

Chegar
Ao fundo

Princípio

Fonte
Raiz
De todas
As coisas

Fez
Da fantasia
Seu real

Inserida por samuelfortes

⁠Livre Pensar


A estupidez
Tem origem

No estudo
Sistemático

Dos métodos
Sofisticados
De como
Se destruir

A insensatez
Na intolerância
Incapacidade
De convivência

Sapiens

Toma tento
Desse jeito
Seu destino
Num orna

Inserida por samuelfortes

⁠O Grito

Toda felicidade
Numa vontade danada
De bem viver

Quem fala o que quer
Ouve
O que precisa ouvir

Se poeta foi
E és
De entre papéis

Quem sabe onde andará
Fui também

Tu és um estado
De
Espírito

Igual a Bahia

Aonde vai nossa atenção
É
Onde nossa energia flui

E

Não há beleza rara alguma
Sem
Algo de estranho nas proporções

São demais os perigos
Desta vida

E

Se ao luar
Que
Atua desvairado

Vem o espaço
Desvairado eloquente
Que esculpiste

No arder da lucidez
Das
Coisas frias

Chegamos

Onde passaremos à noite
Abrigados

Inserida por samuelfortes

Volatilidade & Hominídeo

⁠Em uma semana de 8 dias
Onde
Confundo a Sexta
Como um sábado passado


Não consigo distinguir
Um campo verde
De um dia em que a noite
Trouxe cinzas frias

No corredor de ferro
Um trilho de aço frio
Talvez
Um gosto de saliva quente
Do corpo de uma assanhada

Uma fumaça
De
Um navio distante
Para um novo horizonte

Um tijolo enquadrado
Perfeitamente
Parece por si só
O aluno na sala de aula

O conteúdo nativo
O sarcasmo velado

Nós somos apenas
Mais um tijolo

Encantado em um muro
Estampado na sala

O conforto frio
Para
A mudança

A destruição do cerne
À remontar
Nossas cinzas quentes
Para árvores

Na ancestralidade do Homem
Talvez de novo o mistério
Morasse em seus olhos fundos
Um desgosto incoercível

Com seios moços no colo
Que sentem a ida e a vinda

Ainda, não sejam bem vindos
Não deixem marcas visíveis

Qual perfil que ele gosta?

Que não foi destruída
Por diversas
Gravidezes consecutivas?

No amargo da máscara
Na doce máscara menina

No imaginário deixar
Crescessem ventres

E

Não deixasse passar
Mais do que tristeza íntima

Pelo canto do olho
Tive uma visão fugaz

E virei para olhar
Mas
Já havia ido

Inserida por samuelfortes

⁠Seja Como For & Venha Como Quiser


Sem pedir licença
Nem para tentar
Adentrou

Assustando a sombra
Daquele
Que não quer ver

Sem
Conferir o que é seu
No
Entusiasmo de maré calma

No balanço
De velejar

Os olhos

Perdidos no naufragar
De ondas cansadas

Atentado ao mar
Que chega à vista
Norte ou sul

Colorido nas luzes
À piscar
No sabor do vento
No exagero
Da vida eterna

Agora

Essa força contida
De nenhum ser
Aqui vou eu

Se é assim que se vai

Sem nenhum pudor
Sem medo qualquer
Sempre por amor
Sem desistir agora

Assim é o amor

Tece a verdadeira trama
Vive cada segundo
Como
Nunca o fez

No velho papel
De embrulho
Embaixo assinado
Ninguém
Sabe de quem

Sem medo qualquer
Seja como for
Seja por favor
Sempre à seu dispor
Venha como quiser

Inserida por samuelfortes

Assimétrica


⁠Hoje,
Sonhei que existia
Mais um estágio
De relacionamento

Chamado significante

Ali, sentado na cadeira de balanço
Como um pêndulo

Silêncio de uma sala
E no silêncio
A sensação exata

Nascem ondas de amor
Que
Se desfazem

O silêncio corre lentamente
Na dura esquina
Estracalha a vidraça

E deu
De sonhar

Que sonhar
É coisa
Do absurdo
Possível

Cada um
No âmago
De sua
Singularidade

A longeva saudade
Guardou a felicidade
Quando se perdia
No andar em círculos

A estrada é um labirinto
Em
Todos os dias da semana

Na dúvida
Em um dia qualquer
Quanto menos alguém entende
Mais quero discordar

Em um aperto de mãos
Do inevitável intocável
Estrangeiro

Na natureza do visível
Sensatez individual

Passageiro
Que
Não passa por aqui

Eu me sinto passageiro
Eu me sinto um estrangeiro

Inserida por samuelfortes