⁠Preconceito Linguístico na... Samuel Eduardo Fortes

⁠Preconceito Linguístico na Avaliativa Temporalidade Nossa avaliação do real é intimamente ligada ao auto conhecimento, dentro de uma abordagem psicoterapeuta. ... Frase de Samuel Eduardo Fortes.

⁠Preconceito Linguístico na Avaliativa Temporalidade

Nossa avaliação do real é intimamente ligada ao auto conhecimento, dentro de uma abordagem psicoterapeuta. Tal processo, quando trabalhado com um bom psicólogo, elucida gradativamente na mente das pessoas, seus " fantasmas" , que na verdade todos nós temos, o subconsciente. Ter uma ideia lúcida sobre as coisas, é algo mutável, pois depende do grau de consciência de cada pessoa. A diferença entre filosofia e psicologia, é justamente a leitura que se faz sobre a vida. Logo, num processo terapêutico, o sujeito muda muito seu ponto de vista, ( isso é terapêutico, curador de bloqueios emocionais), pois emerge do amago do ser. A filosofia, não, ela analisa os fatos reais, a história, as correntes de pensamentos, mas não são terapêutica. São apenas análise do externo, então, se pretende olhar a realidade sobre a influência de sua singularidade, faça terapia, se dedique a ela, pois é através desta que se cria sua própria história, que no futuro, quem sabe, poderão utilizar sua história como alguma fonte fidedigna de pensamento.
Há alguns anos, ao ler o epíteto do livro "Preconceito linguístico: o que é, como se faz", do linguista Marcos Bagno, deparei-me com a referência de Spinoza. Conforme está neste livro, a tradução se coloca da seguinte maneira:
“Tenho me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por entendê-las.”
Baruch Spinoza.

É uma ideia que me impactou bastante quando me deparei com ela pela primeira vez, e nunca me esqueci dela. Optei por reproduzi-la aqui, na íntegra, porque acho que o modo como o respeitável professor a parafraseou, deixou de apontar a parte em que Spinoza esclarece que "tem se esforçado" para atingir um objetivo tão sábio e nobre (não rir, não deplorar, nem odiar as ações humanas, mas entendê-las) mas, não necessariamente fácil de se atingir, por isso, agir assim requer esforço. Lembro-me de achar especialmente interessante a humildade do filósofo de não dizer "não rio, não deploro, nem odeio", mas que tem se esforçado por não agir de tais maneiras, a fim de que possa entender as ações humanas.