Textos Fortes
O Tédio e o Labirinto
O tédio é um labirinto silencioso,
Onde o tempo se arrasta, lento e espesso
Nas paredes do vazio, ecoam passos
De uma alma que busca, inquieta, o repouso
É espelho que reflete a inquietude
A vacuidade que invade a quietude
Mas, no fundo do abismo, há uma luz
Um convite à transcendência, uma cruz
Pois o tédio, mestre disfarçado
Nos leva ao cerne do não revelado
Nas profundezas do existir
A epifania que desvela o véu do precipício
Absorção
Não é a retina
Que desvenda o mundo
Mas
O olhar que se demora
Na superfície das coisas
A pele da realidade
Tênue membrana
Onde a luz e a sombra
Tecem efêmeros reflexos
O toque do visível
Aveludado e sutil
Desliza
Sobre a epiderme do tempo
Revelando
Onde o efêmero se torna eterno
Olhar do Desatino
Perdi-me em labirintos
Onde a alma se desfaz
E a dor tece seus hinos
Busquei em sombras frias
O eco de um amor
Que em mim, só ardia
Vi o tempo em descompasso
A esperança em desalinho
E o futuro, um mero passo
Mas em cada desatino
Encontrei a força oculta
De um destino peregrino
E agora, em paz serena
Na vastidão do infinito
A alma se torna plena
Não fui
O que os outros foram
Não vi
O que outros viram
O que amei, amei sozinho
Leia Isso Marx
Trabalhei de graça
Não achei graça
Fiz a obra toda
Mas parece uma desgraça
Atrasado o capital
Na mente o Capital
Fui à Capital
A dívida cresce, um monstro voraz
Que a alma consome, em dor atroz
Noites em claro, um tormento sem paz,
O futuro incerto, um vazio feroz
O suor vertido, em vão se esvai
A recompensa, um sonho distante
A corda aperta, a esperança se vai
E a angústia domina, num instante
Mas a força reside, em cada fibra
A resiliência, um escudo tenaz
Ergue a cabeça, não te entregues à libra
A luta continua, a vitória se faz
A Vida
Da vida, espere a dança
Entre o sol e a sombra
A melodia do inesperado
E a força para florescer
Mesmo no inverno da alma
E quando a noite se alonga
E a dor tece seu véu
Lembre-se da aurora que irrompe
Com seu pincel
A vida, um rio que serpenteia
Entre pedras e jardins,
Reflete o céu em sua alma
E cura os teus confins
Que a esperança seja teu farol
Na tempestade e na calmaria
E que o amor, como um girassol
Te guie em cada melodia
Pois a vida, em sua grandeza
É um mistério a desvendar
E em cada instante, a certeza
De que podemos recomeçar
Inelutavel Modalidade do Visível
Se tem uma coisa
Que
Acaba com o meu dia
É a noite
Não aguento mais a ânsia de ter
Bendita seja a ultima gota
Que transbordou
E fez você sair
De onde não merecia ficar
A existência
Agora, um eco vazio
Onde a nostalgia pinta
O céu de ausência
Em labirintos
De
Memórias e silêncio
A noite
Antes palco de sua presença
Agora
Um espelho que reflete imagem
Onde
Seu reflexo
Dança
Em cada sombra
E o tempo
Cruel
Insiste em não voltar
E a existência
Enfim
Encontrará sentido
Agora
O silêncio ecoa
Não mais o som
Da sua voz
Do arrastar de pés casados
Nem a sombra da sua presença
Apenas
O vazio que nos deixou
A sombra do que foi, memória vã
Na alma, um eco que jamais se finda
A saudade, um rio que não deságua
Em margens onde o tempo não se abriga
Mônica
Felizes são os pássaros
Que chegam mais cedo
Onde a primavera é eterna
E dos velhos frutos caídos
Surgem árvores estranhamente calmas
Tarde
De sol
Morteiro
Tarde
De
Domingo passante
Marasmo
De
Segunda sem lei
Rua
Sem
Movimento
Vazio
Cheio
De alguém
Num rádio
Ruído e frequência
Pensamento longe
Abismo de um ser
Frustrado por assim dizer
Distantes são os caminhos
Que vão para o templo
E no meu ser
Todas agitações se anulam
Como na mente de um ser que sente
Nas ruas noturnas
A alma passeia, desolada
E só, em busca de Deus
E de repente, não sei
Me vi acorrentado no descampado
Eu sou como o velho barco
Que guarda no seu bojo
O eterno ruído do aiar batendo
Longe está o espaço
Onde existem os grandes vôos
E na cidade deserta
É o espaço onde o poeta
Sonha os grandes vôos solitários
No chão vejo rastros
Pegadas enlaçadas
De onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.
Fico imóvel e no escuro tu vieste
A chuva batia nas vidraças e escorria nas calhas, vinhas andando e eu te via
Eu me levantei e comecei a chegar, me parecia vir de longe
E não havia mais nada
Havia você na minha frente.
Vaga-lume
Vagando
Pelos reinos
Do pensamento
E da mente
Abstratos
Povoam
Seu universo
Permeando
Tudo
Dos céus
À ética
Humana
Inato
Desejo
De entender
Chegar
Ao fundo
Princípio
Fonte
Raiz
De todas
As coisas
Fez
Da fantasia
Seu real
Livre Pensar
A estupidez
Tem origem
No estudo
Sistemático
Dos métodos
Sofisticados
De como
Se destruir
A insensatez
Na intolerância
Incapacidade
De convivência
Sapiens
Toma tento
Desse jeito
Seu destino
Num orna
O Grito
Toda felicidade
Numa vontade danada
De bem viver
Quem fala o que quer
Ouve
O que precisa ouvir
Se poeta foi
E és
De entre papéis
Quem sabe onde andará
Fui também
Tu és um estado
De
Espírito
Igual a Bahia
Aonde vai nossa atenção
É
Onde nossa energia flui
E
Não há beleza rara alguma
Sem
Algo de estranho nas proporções
São demais os perigos
Desta vida
E
Se ao luar
Que
Atua desvairado
Vem o espaço
Desvairado eloquente
Que esculpiste
No arder da lucidez
Das
Coisas frias
Chegamos
Onde passaremos à noite
Abrigados
Volatilidade & Hominídeo
Em uma semana de 8 dias
Onde
Confundo a Sexta
Como um sábado passado
Não consigo distinguir
Um campo verde
De um dia em que a noite
Trouxe cinzas frias
No corredor de ferro
Um trilho de aço frio
Talvez
Um gosto de saliva quente
Do corpo de uma assanhada
Uma fumaça
De
Um navio distante
Para um novo horizonte
Um tijolo enquadrado
Perfeitamente
Parece por si só
O aluno na sala de aula
O conteúdo nativo
O sarcasmo velado
Nós somos apenas
Mais um tijolo
Encantado em um muro
Estampado na sala
O conforto frio
Para
A mudança
A destruição do cerne
À remontar
Nossas cinzas quentes
Para árvores
Na ancestralidade do Homem
Talvez de novo o mistério
Morasse em seus olhos fundos
Um desgosto incoercível
Com seios moços no colo
Que sentem a ida e a vinda
Ainda, não sejam bem vindos
Não deixem marcas visíveis
Qual perfil que ele gosta?
Que não foi destruída
Por diversas
Gravidezes consecutivas?
No amargo da máscara
Na doce máscara menina
No imaginário deixar
Crescessem ventres
E
Não deixasse passar
Mais do que tristeza íntima
Pelo canto do olho
Tive uma visão fugaz
E virei para olhar
Mas
Já havia ido
Seja Como For & Venha Como Quiser
Sem pedir licença
Nem para tentar
Adentrou
Assustando a sombra
Daquele
Que não quer ver
Sem
Conferir o que é seu
No
Entusiasmo de maré calma
No balanço
De velejar
Os olhos
Perdidos no naufragar
De ondas cansadas
Atentado ao mar
Que chega à vista
Norte ou sul
Colorido nas luzes
À piscar
No sabor do vento
No exagero
Da vida eterna
Agora
Essa força contida
De nenhum ser
Aqui vou eu
Se é assim que se vai
Sem nenhum pudor
Sem medo qualquer
Sempre por amor
Sem desistir agora
Assim é o amor
Tece a verdadeira trama
Vive cada segundo
Como
Nunca o fez
No velho papel
De embrulho
Embaixo assinado
Ninguém
Sabe de quem
Sem medo qualquer
Seja como for
Seja por favor
Sempre à seu dispor
Venha como quiser
Assimétrica
Hoje,
Sonhei que existia
Mais um estágio
De relacionamento
Chamado significante
Ali, sentado na cadeira de balanço
Como um pêndulo
Silêncio de uma sala
E no silêncio
A sensação exata
Nascem ondas de amor
Que
Se desfazem
O silêncio corre lentamente
Na dura esquina
Estracalha a vidraça
E deu
De sonhar
Que sonhar
É coisa
Do absurdo
Possível
Cada um
No âmago
De sua
Singularidade
A longeva saudade
Guardou a felicidade
Quando se perdia
No andar em círculos
A estrada é um labirinto
Em
Todos os dias da semana
Na dúvida
Em um dia qualquer
Quanto menos alguém entende
Mais quero discordar
Em um aperto de mãos
Do inevitável intocável
Estrangeiro
Na natureza do visível
Sensatez individual
Passageiro
Que
Não passa por aqui
Eu me sinto passageiro
Eu me sinto um estrangeiro
A mar
Rápido estado
Ancestral de um indivíduo
Que vem do vento
Um sossego, uma unção
Estado leve anuncio seu lugar
Leve estarei parado aqui
No seu lugar
E eu te espio da varanda
Indo embora
Mas você vem
Hoje a janela
Me ofereceu a paisagem
Ressuscitando formas
Era um sujeito
Realmente distraído
Na hora de dormir
Beijou o relógio, deu corda no gato
E
Enxotou o olhar pela varanda
Venha pra cá deixe de ser
Bem acanhado
Do seu ditado
Agitado
Cabelo ao vento
Do saculejo
Dessas roupas
No varal
A mar
De onde
Que tu tiras tantas ondas
De onde
Que tu tiras vai e vem
De onde
Que tu vens tão descolado
Prá onde vai só do seu jeito
Descansado
Volte amanhã bem de manhã
Aqui estarei
Prá ver de perto
Seu molejo
Arretado
Agitando o ar
No
Seu espaço confinado
Tomando a fresca
Tomo o ar
Quarando o corpo
Em alguns lugares estratégicos
Já foi mar
Voou por sobre as montanhas e cabeças
Fez dali seu Espinhaço
Passou por cima
Do seu mundo
Seu lugar
Busca
Bem de lá
De onde vem seu infinito
Se esperar
Possa estar marcado em horas
Rochas
E no nascer
De
Espectativas fulminantes
Lá vem o mar
Trazendo a fonte e o defronte
Cavalga ventos
E a voz do sussurrado
Ginetes pronto aparado
A cavalgar
Alados ventos
Sobe e desce das areias
Ao espairecer espalha
Espuma em seu olhar
Já sinto aqui
O seu perfume estrangeiro
Bebendo em tua boca
O perfume dos sorrisos
Que o vento forte acaba aqui
De me entregar
Epifania
Sem
Estética própria
Orgânica
Tão-pouco
Um nome
Indefinível
Ainda
Que perceptível
Sutilmente
Sensual
Ninfas
E
Sátiros
Sobre deuses
Do Olimpo
A frívola
Comédia
Sobre
A nobre
Tragédia
Austera
Grandeza
Palaciana
Grandiloquente
Inquietante
Estranheza
Um possível
Novo
Áureo
Modo de
Vir a ser
Uma
Noble
Simplicité
Lá Nem Longe
Era uma vez
Lá nem longe
Num tempo
Em que
As tardes tinham cheiro
De ontem
Bem
Que havia
Já não mais
Um quintal
Onde o mundo
Cabia
Num pé de goiaba
E a vida
Era medida
Pelo ritmo
Da rádio
Noite adentro
Vozes baixas
Contavam
O que o dia
Não ouviu
Agora
Só sobra
O vento
Que toca
À porta vazia
E um relógio
Que teima
Em marcar
Horas exatas
Que não existem mais
Era uma vez
Lá nem longe
O que restou
Como saudade
De coisa
Que nem chegou
A acontecer
E no álbum sem fim do vento
Um retrato de mim
Sem ninguém
E no canto esquecido da estante
Um abraço que nunca se desfez
E no relógio parado da cozinha
Os ponteiros
Ainda marcam tua hora
O menino que Vendia Palavras
Na esquina,
Nesta pedra de Assuntá,
Rabiscava o chão
Escrevia em muros
Vendia versos
Por trocados de lua
Palavras miúdas
Que o vento dispersava
Quem compra um sonho?
Gritava à tarde
Enquanto a cidade
Passava sem ver
Nas mãos,
Só lhe restavam sílabas gastas
E o eco das frases
Que ninguém levou.
Mas ele, teimoso,
Escreveu letras no chão
E assim,
Entre riscos e poeira
O menino poeta
Se fez eterno
A fotografia, onde o tempo em pedra reside
A memória, qual névoa sutil que persiste
No cérebro reside, jardim onde a vida
Cultiva lembranças, em sombra e em luz se veste
O jardineiro interno, com arte e cuidado
Poda o que não nutre, o que é vão e passado
Deixando florescer o essencial
Livre o espaço da alma de um fardo pesado
Assim, a mente dança, leve e serena
No ritmo do tempo, que cura e acena
Guardando em seu âmago a beleza plena
E o esquecimento, em paz, a erva daninha acena
Tem lugar
Que
Só é sagrado
Enquanto é silencioso
Mas
Quando o vento passa
Arranha a memória
Até que um dia
A gente volta
E
Já não é tudo
O altar era a infância
O chão
Promessa viva
O vento traz lembranças
Mas
Leva a voz das coisas
Mas
Quando a luz se inclina
Mostra a poeira do tempo
Estou feliz ha como estou , hoje sim me sinto que estou nas nuvens, ah vou falar o por que , pensei que meu amado tinha me esquecido nossa, como doeu fiquei dias tristes , sorria, falava ,cantava mas , so Deus sabia o que estava no meu coraçao ate , o dia de hoje,que meu amor novamente falou comigo, ha que alegria eu falei a ele amor voce me, esqueceu ? Ele me disse nao, te esqueci ,Ha que alegria! ha que alegria!. Nossa estou nas nuvens espero em breve meu amor abraçar amo te .....
