Textos de Saudade de Falecido
SOLIDÃO ATROZ
Quando fores dormir, ó saudade tenebrosa
na noite negra insone de uma agonia, e não
tiveres por alcova o ardor e o abraço, senão
o silêncio, uma ausência dum dedo de prosa
Adormeça-te, enxugue tua lágrima medrosa
na vil dor, e me deixe nesta aflitiva lassidão
com o meu pranto e o arfar do meu coração
então, não venhas me consolar aventurosa
O suspiro que tem um confidente em mim
pois, o esbaforir há de adormecer o poeta
da insônia sombria dessas noites sem fim...
Dir-te-ei: de que serve a calma completa?
se os teus estardalhaços, nos faz mais sós!
E ao sentimento, falto, uma solidão atroz...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de maio de 2021 – Araguari, MG
DOR DE AMOR
Ao pesar, o poema meu, pela solta saudade
do vosso encontro, onde o querer palpita
por vosso olhar extasiante, beleza infinita
triste afeto distante, de uma vil crueldade
É que, ai de mim! Aperto que no mal brade
me arde, sai exaltado, vai louco, em grita
sentidos vagos em sensações tão eremita
haurindo em mim a sorte duma felicidade
Eu choro, e choro... e sofro, tanto, tanto
no entanto cada gemido de dor é pranto
e cada pranto um gemido em canto e dor
O suspiro dado é desilusão e não apenas
o penar amargurado, são fados e penas
de um poeta em sua sofrência de amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de maio, 2021, 05’44” – Araguari, MG
MAIO
Um mês especial
Pra muitos um abraço
Pra outros a saudade
De um colo maternal.
Amor maior não existe
Mãe é insubstituível
Pela felicidade dos filhos
Na vida ela nunca desiste.
Amor assim não tem preço
Vira leoa para defender a cria
Se existir amor maior
Juro eu desconheço.
Amor que nos enche de emoção
Pra mim essa data é saudade
Mas não deixo de homenagear
A você mãe toda a minha gratidão.
Autoria- Irá Rodrigues
Eita saudade que não passa;
Saudades que me mata de saudades de você.
Que quanto mais passa o tempo, mais amarrota meu coração.
É um silêncio que grita baixinho
Explodindo como um vulcão.
Saudade de teu sorriso
Do verde de teus olhos
Quando brilhando sorriam pra mim .
Eita saudade !
Quanta saudade,
Dessa tal felicidade
De te-lo juntinho a mim !
Dia das Mães chegando e um sentimento ambíguo me domina: "alegria e saudade" caminham juntas!
Alegria pelos filhos que tenho ao meu lado e saudades pelo filho que se foi.
Aparentemente me iludi.
O tempo não cura tudo!
O luto sempre existirá, ele apenas modifica-se ao longo do tempo, torna-se suportável.
A perda de um filho jamais é superada.
A ausência está presente todos os dias e se materializa em todas as datas comemorativas.
Em especial neste dia, em que não o ouvirei me chamar de mãe.
Saudade é o único sentimento que eu não sei lidar, mas é o que está mais presente na minha vida e o que mais me mata.
Queria que tivesse um remédio que pudesse me fazer esquecer da saudade e somente restar as boas lembranças, vai que assim essa dor passasse um pouco pelo menos e essa confusão na minha cabeça mudasse.
"Ô saudade!"
A saudade é um perfume forte que quase não se suporta a princípio, porém com o passar do tempo, aquilo vai suavisando e o que fica são doces nuances no ar. É assim que deve ser a tal saudade, de coisa boas ou pessoas queridas que fizeram parte de nossas vidas.
Saudade
Num abraço gelado
A saudade vem
Vem fria e rápido
Rápido como um trem
Quebrando o calor da madrugada
O meu coração congela
Batendo saudades
Muitas saudades dela
Saudade essa que é incontrolável
Chega até a ser desconfortável.
Saudade desgraçada,
Saudades de você minha amada.
SGE
AGRADO ..
Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado
Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado
Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento
Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG
Saudade
Uma incessante necessidade
Que me enche de uma falsa verdade
Um pensamento recorrente
Traiçoeiro como uma serpente
Uma euforia
Um grito de agonia
Um insuportável pranto
Uma dor cheia de desencanto
Sinto falta daquele tempo
Sinto falta daquela pessoa
Eu apenas lamento
Não ter mais aquela época boa
Só te quero ao meu lado
Por que está tão longe
Preciso de teu afago
Quero o seu toque
Hoje a saudade me abraçou
É que eu sou de uma época
Que contava estrelas no céu
Onde o cheirinho de terra molhada
Era a alegria estampada no olhar
Que correr atrás de vagalume
Fechar o guarda chuva de propósito
Apertar às campainhas
Subir no pé de fruta
Sentar na beira do fogão a lenha
Era a maior riqueza do mundo
Que andar descalço não dava nenhum resfriado
No máximo bichinho de pé, oh coceira boa
Não tinha essa de marcar horário de ir para rua
A gente ia e todos estavam lá
Ah, se a gente soubesse que aquele dia seria a última brincadeira de infância
A gente teria pelo menos dado um adeus
Três beijinhos no rosto e um abraço de urso tipo quebra ossos
Ah, se a gente soubesse...
Bater o dedinho no móvel dói
Ralar os joelhos no chão dói
Cair da bicicleta dói
Mas, quanto dói uma saudade?
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 27/03/2021 às 00:45 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
A saudade sussurrou baixinho ao meu ouvido... falou seu nome..
Na mesma hora eu fiquei triste ..lembrei de tudo... saudade bandida porque fazes isso comigo ? Isso dói tanto , não sabes? Porque judiar assim de mim.. eu que queria tanto esquecer ... hoje doeu na alma.. apertou lá no fundo do peito ...eu que queria ser forte ..desabei ... fui ao chão... chorei ... a saudade , que maldade.. eu que não queria lembrar ..hoje lembrei ...
Caravelas
Origem profunda tem aquelas dores de saudade,
que do peito não se consegue arrancar,
que viajam aglomeradas em formas de angústias
através de dezenas de caravelas por um mar
de águas obstinadas de memórias em liberdade.
Memórias são como as águas barulhentas de uma cachoeira,
que desce encostas pedregosas a chorar,
porque memórias tem vida própria e tem lágrimas,
que ninguém consegue fazer calar.
Um dia um cavaleiro selou o seu cavalo e foi embora,
com a sua bagagem transbordante de ilusão,
e os olhos tristonhos de uma peregrina,
ficaram na longa estrada a esperar por ele em vão.
Ela começou a seguir persistente os rastros deixados pelo cavaleiro,
mas a pressa dele fez crescer asas no dorso de seu cavalo,
e o cavaleiro começou a voar no seu cavalo alado,
vencendo as barreiras invisíveis do tempo
para então alcançar novos tempos,
além das esferas inimagináveis de sua existência.
Pobre peregrina que exausta perambula com sua bagagem de esperança,
peregrinando vai noite e dia na tentativa de o cavaleiro encontrar.
Caos no peito, caos na alma, um assombro de medo faz seu coração palpitar,
medo de nunca mais poder o seu cavaleiro encontrar,
porque rumo às estrelas ele está velozmente a cavalgar.
Ainda existem os campos floridos daquele lugar?
E onde estão as vinhas com seus rebentos a prosperar?
Ela se pergunta repetidamente, sem cessar,
pois está perdida tentando o cavaleiro encontrar.
Oh Paraiso, dê depressa o teu endereço,
esse deserto é incomplacente para quem vai ele atravessar!
A peregrina jura, que se o deserto em seus próximos pensamentos não findar,
embarcará no primeiro trem da vida que corre nos trilhos da alvorada,
rumo a outros cenários menos devastadores.
Já sentistes o badalar do relógio das horas da angústia?
Essa angústia devora uma mente cheia de pensamentos de solidão.
Acaso será mesmo tudo em vão?
Será em vão todas as esperas ancoradas,
adormecidas naquele porto sem compaixão?
Nuvens fugitivas ao soprar dos ventos primaveris alertam,
que logo o cavaleiro a peregrina vai encontrar,
Mas será? Será mesmo verdade?!
Até a primavera chora e se compadece por ela,
as flores percebem seus olhos cansados,
escondidos debaixo de suas pálpebras,
tanto exaustos que não conseguem mais se levantar.
Os seus pés decidiram que é hora de parar,
porque já não conseguem mais seus rastros pelos caminhos deixar.
O insistente balançar das árvores na floresta encantada
anunciam o tempo oportuno da viagem astral,
um túnel se abre através das infinitas vias do universo.
E quem foi que disse que aquelas caravelas da saudade
não navegam o mar encantado acima da terra?
Quem foi que disse que isso é assim, e só pode ser assim,
porque a lógica diz que assim o é?
A lógica também se engana e as vezes até se contradiz,
assim também o que está entrelaçado a um contratempo,
o próprio tempo se equivoca, se contradiz.
Há um cânion além das planícies quietas da serenidade,
suas paisagens convidam para um voo fantástico,
entre os paredões misteriosos e secretos que o ladeiam.
E como a cegonha faz quando está no pico mais alto do seu voo migratório,
assim voa também a alma que procura novas terras.
Caravelas ligeiras são os suspiros de uma saudade apressada,
Caravelas também são aqueles pensamentos,
que navegam obstinados num mar violento,
cujas velas são os desejos do coração humano.
Rozilda Euzebio Costa
TORTURA ...
Aqui – um soneto de amor enrabichado
Torturado, com saudade, cheio de emoção
Lembrando cada olhar e cada beijo dado
Em ti, que fez de teu servo o meu coração
Aqui – um ritmo poético e compassado
De um sentimento tão pleno de paixão
Afeto e promessas dum desejo arrojado
Onde minh’alma teve mais que sensação
Aqui – é um soneto de minha sofrência
De um passado no cerrado de carência:
Da tua atenção, teu abraço, o teu calor
Vai, aqui, a minha poesia falar-te, então,
Do quão de te sinto falta, falta de vazão
Da dor, que sinto no vazio do teu amor! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/03/2021, 05’05” – Araguari, MG
Saudade de você...
Estava lembrando de você, tenho pensando em você todos os dias, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, você não saí da minha cabeça, todos os dias sinto a sua falta, sinto falta de tudo, daquela sua risada, daquelas suas brincadeiras, daquelas ligações, sinto falta daquele seu olhar de apaixonado, sinto falta daqueles "eu te amo", daquelas suas esperanças do nosso futuro juntos. Eu me odeio, me odeio por não ter ficado mais acordada naquelas noites, me odeio por não ter te dito mais vezes "eu te amo", me odeio por não ter te mandando mensagem mais vezes, me odeio por ter brigado com você por coisas tão insignificantes, me odeio por muitas vezes não ter deixado o meu orgulho de lado, me odeio por não ter me esforçado mais...Me odeio pelo simples fato de não ter me empenhado mais, de não ter feito tanta coisa...Tudo que eu queria era voltar no tempo e não cometer os mesmos erros que cometi, não queria te perder, eu só queria continuar sendo a sua garota...
SAUDADE
Saudade porque maltrata desse jeito minha vida,
que sofre sem ter guarida e aos pouquinhos me mata.
Você chega de mansinho se apossando do meu ser,
torturando o meu viver, interdita meu caminho.
E me fazendo de ninho vai furando como espeto,
tal qual coroa de espinho faz ferida no meu peito.
Já não sei o que fazer saudade do amor bandido,
fui banido por você e meu coração foi ferido.
Outrora eu fiz um pedido ao fogo da paixão,
que apagasse a solidão e currasse meu suplício.
Hoje sei que a saudade manda no meu coração,
e mesmo causando dor, é melhor que a solidão.
A nossa vida é uma eterna
Coleção de saudades
Saudade de tudo o que foi bom
E dos tempos que não voltam mais
Saudade do que doeu
Mas nos fez crescer
E do que já deixamos pra trás
Saudade daquilo nem vivemos
Mas que sempre nos deixam aquela
Pergunta
Quem nós seríamos, se tivéssemos feito outras escolhas ou percorrido outros caminhos?
Quando as palavras não cabem na boca e as lágrimas não conseguem se conter, deixa fluir, a saudade é apenas um adjetivo perto da dor de quem perde alguém que ama. Vá em paz, enverede pela áurea desconhecida do infinito e quem sabe você chegue em algum lugar.
O adeus muitas vezes se torna um até breve. Serás lembrado como um ser de luz que onde chegavas o tempo sorria, essa é a tortura de se viver, nunca sabemos quando será o último adeus. Só que um dia será.
Intensificação
A falta que você me faz é grande
E quando paro para pensar,
a saudade é intensificada,
quando você chegou, preencheu o vasto vazio,
que havia em meu coração
Mas quando você se foi,
meu coração quebrantou-se aos pedaços
Te espero, te aguardo, pois sei que tu irás voltar...
Cartas só para um Amor
Da rua da saudade,
Despedi e peguei minhas bagagens,
Na ferrovia,
O trem estava de partida,
Dias de viagem,
Em um daqueles vagões eu viajei,
Cada dia,
Uma estação,
Cada dia,
Uma carta eu escrevia,
E em cada parada eu postava na caixinha dos Correios,
Não dava para esperar chegar para depois eu mandar,
Uma vez que na minha saída,
Não tive o prazer de olhar para minha amada e confessar tudo que eu sentia,
Cartas só para um Amor,
Quem sabe mais cedo chegando,
Ela pode ler,
E alcançar esse trem,
Assim,
Chegaremos juntos ao destino tão sonhado,
Uma boa surpresa posso ter,
Mas sonhar não custa nada,
Chegando ao destino,
Olhei para trás,
E nem sinal do meu amor,
Tristeza e solidão,
Imagino como um pequeno menino,
Agora estou aqui,
Distante e tão ausente,
Olhar para o passado eu não posso,
Voltar muito menos,
Me render ao sofrimento.
É.!
Tudo é possível quando a saudade fala mais alto...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
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