Textos de Rita Lee
Opinião é uma coisa que cada um tem a sua. E rede social não é fonte científica da verdade absoluta de nada. Aqui ilustres desconhecidos externam seus pensamentos, desfrutando de plena liberdade de expressão. Podemos concordar ou divergir, mas precisamos de uma coisa muito importante, que é respeitar a opinião alheia. E além do mais, ninguém é dono da verdade, mas sim da necessidade. Porque necessitamos uns dos outros, até dos divergentes, porque quando se trata de seres humanos, não existe unanimidade.
Nunca poderemos suportar ou fazer “vista grossa” num relacionamento onde as agressões físicas e psicológicas ditam as regras, quando o desrespeito e a falta de interesse imperam, quando o amor e o cuidado de fato acabaram, quando tudo se foi tentado e investido, mas mesmo assim o amor morreu, findou, acabou.
"Viver desde o coração é viver desde o centro da consciência, naquele 'fundo insubornável' de que falava Ortega y Gasset. Só isso pode assegurar que, na barbárie que nos cerca, o espírito não desaparecerá de todo e a civilização não se tornará a mera lembrança de um passado perdido e irrecuperável."
Os velhos continuam vivendo como se não houvesse coronavírus. A recessão, os jovens a usam apenas para o lazer. Porém, nem a covid-19 os tira do senso comum, com seu arsenal de informação e em velocidade incrível, ainda Impera a iniciativa da ignorância. Todavia, Cada um tem seu destino, no qual todos morrem no final. A vida é um filme ruim! Este mundo desgraçado pode tirar de mim tudo que o amor construiu, já que me desclassifica por critérios egoístas. Além do mais, não me empolgo em sua companhia. NA POBREZA MORA O DESCUIDO, NA JUVENTUDE A FALTA DE EXPERIÊNCIA, NA DOENÇA OS MAUS TRAÇOS DA VELHICE. (Cifa
Páscoa, mais do que uma festa com banquetes e bebidas, é tempo de reflexão e retomada do verdadeiro sentido de libertação. É momento de voltarmos à nossa tradição judaico-cristã e lembrarmos da História de nossos pais, os expatriados e explorados por um sistema injusto e violento. É momento de ressignificar o tempo que se chama hoje. Páscoa é tempo de celebrar, mas é principalmente tempo de conscientização e conversão de nossas ideias que, muitas vezes, infelizmente, combinam com a dos poderosos deste mundo.
"Você não CONHECE sua mãe, sua namorada, seu pai, seu irmão, seus amigos? Conhece. Agora diga: pode PENSÁ-LOS, abrangê-los mentalmente como abrange o conceito de triângulo e defini-los como se define uma palavra no dicionário? Não, não pode. Mutatis mutandis, isso se aplica mais ainda à REALIDADE. Você pode conhecê-la, mas não pensá-la. Por isso mesmo não pode reduzi-la a nada que se consiga 'pensar'. De tentar morreu um burro."
"Se, como dizia Husserl, não há consciência 'em si', consciência vazia, mas toda consciência é consciência de alguma coisa, estão é absurdo dizer que a consciência está 'no' sujeito cognoscente: ela está numa relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto, a qual não pode estar inteiramente neste nem naquele, mas simultaneamente nos dois."
"O universo à nossa volta, com o nosso próprio ser dentro dele, compõe-se de objetos materiais estruturados em formas, sendo portanto inseparavelmente material e imaterial, corporal e espiritual. A consciência é a relação formal que se estabelece entre duas formas, a forma de uma individual psicofísica humana e a forma de uma presença corporal imediata ou mediata."
"A identidade do 'eu' é a própria unidade do real que se manifesta na existência de uma substância em particular que sou eu. Nenhuma explicação causal tem o poder de reduzi-la a qualquer fator, pois é ela que unifica todos os fatores. A existência do 'eu' é o inexplicável por trás de tudo o que é explicável."
"A consciência cresce na medida em que se reconhece, e não pode reconhecer-se senão abrindo-se permanentemente a conhecimentos que transcendem o seu patrimônio anterior. A abertura para a transcendência – para aquilo que está para além do horizonte atual de experiência – é portanto um dado permanente da estrutura da consciência."
A filosofia parece ser compatível com todas as posições de classe, com todas as condições profissionais e econômicas. Sócrates era um empreiteiro aposentado, Platão um aristocrata, Aristóteles um filho de funcionário público, Epicteto um escravo. Descartes era militar, Bacon juiz de direito, Espinosa técnico em fabricação de lentes, Leibniz diplomata, Vico mestre-escola, Marx jornalista e, last not least, Gramsci operário e depois agitador profissional.
Hugo de S. Victor explicava que pensar é transitar de uma idéia à outra (seja vagando pela floresta das analogias, seja subindo ou descendo na escala das proposições, do geral para o particular e vice-versa). Meditar, ao contrário é retroceder metodicamente desde um pensamento até seu fundamento ou raiz na experiência que o tornou possível.
O eu que responde – o eu responsável – é a realidade humana mais direta, universal e permanente. Mesmo culturas que não chegaram a ter uma noção clara da individualidade psíquica já sabiam disso, como o prova o fato de que em todas elas quem é chamado a responder por seus atos é o autor deles, não um terceiro. Não há sociedade, por mais primitiva, onde as noções de autoria, culpa e mérito não estejam perfeitamente identificadas entre si.
A consciência responsável é a verdadeira situação do ser humano no mundo. Observa-se isto nas interações mais simples, onde aquele que fala sempre espera que o outro o compreenda: não apenas que apreenda o sentido de uma frase, mas que adivinhe uma intenção e por trás dela capte a presença de um eu consciente semelhante ao seu.
O eu responsável é um dos fundamentos primários da sociedade humana. Ele é a origem de todas as idéias, criações, instituições, leis, hábitos, estruturas. Tudo o que, na sociedade, não possa ser rastreado até sua origem no eu consciente assume a aparência de coisa externa vinda ao mundo por pura magia espontânea. É o coeficiente de fantasmagoria que resta em toda sociedade por efeito da alienação e da perda de memória.
A música, em suma, tem não apenas ordem – o ruído de um motor também tem. Ela tem significado: aponta para algo que vai além dos elementos sonoros que a compõem. A distância entre ouvir sons e apreender uma melodia é a mesma que há entre ouvir palavras e compreender o que dizem – ou, pior ainda, entre compreender o mero sentido verbal das frases e reconhecer a que elas se referem na vida real.
"Não importa do que você esteja falando, o milagre da linguagem abstrata permite que você se refira aos objetos não só sem necessidade de que eles estejam presentes fisicamente, mas sem necessidade de que você pense neles como coisas reais. [...] No entanto, nada de parecido se dá com a consciência. Você não pode falar dela sem que ela esteja presente e em ação naquele mesmo instante. O verdadeiro discurso sobre a consciência tem, ao contrário, o dom de intensificar a consciência no instante mesmo em que você raciocina a respeito dela [...]."
Um filósofo é, afinal, um especialista em unidade: raramente ele enunciará alguma proposição solta, sem raiz em princípios gerais e sem uma rede de conexões com a totalidade de suas idéias. Um bom leitor de filosofia não se perde na discussão de detalhes isolados, mas, guiado por um instinto de coerência que já o torna um pouco filósofo, busca por trás de tudo os princípios e fundamentos.
Em filosofia [...], nenhuma proposição significa nada quando considerada independentemente das razões que a ela conduzem. Nas discussões vulgares, ao contrário, cada afirmação vale por si; os argumentos podem torná-la mais aceitável, mas nada lhe acrescentam: sobra-lhes apenas a função de floreados enfáticos, destinados a sublinhar e colorir uma decisão tomada antes e independentemente deles.
"Esta expressão [tune deafness], para a qual não achei uma tradução unanimemente aceita em português (pode ser 'privação melódica'), designa a pessoa que, embora sem sofrer de nenhuma deficiência auditiva, simplesmente não consegue captar uma melodia. Ouve as notas separadas, mas não atina com a frase musical que compõem. Se o cantor desafina, ou o pianista toca um ré onde deveria entrar um fá, ela não nota a mínima diferença. Nos casos mais graves, o doente não consegue nem mesmo entender o que é música: não nota a mínima diferença entre os Concertos de Brandemburgo e o som das buzinas no tráfego congestionado. A doença é esquisita, mas não rara: segundo dados recentes, dois por cento das pessoas têm algum grau de tune deafness."
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