Textos de poema
Acordei. Mas desta vez foi diferente.
Acordei. Onde está o mundo que costumava conhecer?
Acordei. Que sol é esse que queima a minha face?
Acordei. O vento canta aos meus ouvidos.
Acordei. Em meio a incertezas, me pus à prova.
Acordei, pisando e caminhando em uma nova vida.
Acordei. O medo não me acompanha mais.
Acordei. E, dessa vez, para nunca mais dormir.
Quem é esse que faz do espelho sua morada e insiste em me encarar toda vez que o olho?
Seu olhar é tão profundo... Como se, ao me observar, ele visse quem eu realmente sou.
Por que insiste em me encarar? Será que quer me dizer algo?
Ele parece mais confiante do que eu. Mais forte. Mais bonito.
Mas ele não sai de lá. Está preso, e eu estou livre. Algo meu é dele, e algo dele é meu.
Por isso, sempre que eu me esquecer de quem eu sou, voltarei aqui em busca de conselhos.
Espelho, espelho meu, diga-me: em que momentoeunãofuieu?
Incontáveis são os reinos que existem no coração do homem. Milhares de mundos e vidas já vivemos.
O que vemos, o que criamos, o que sonhamos... Mundos diversos, repletos de magia e encantos a cada dia.
Talvez façamos parte do Criador quando acordamos a cada manhã e, em nosso pensamento, dizemos: Que haja luz!
E vemos que houve luz — e que ela era, e ainda é, muito boa.
SE NÃO HOUVER AMANHÃ
Se o amanhã não houver,
ainda assim estarei contente,
pois vivo o hoje com glória.
Sobre a vida, digo eu:
Entendo,
mas às vezes me deixo desentender.
Ouso buscar sentido,
mas, em outras,
só quero ser ignorante.
Busco sentir as paixões mais intensas,
mas também saborear a solidão,
e me permitir sentir o vazio.
Sou impulsivo nas vontades,
mas disciplinado quando necessário.
Filho exemplar, respeitoso,
que ao cair da madrugada,
só deseja fugir
e ser rebelde.
Amigo fiel para poucos,
mas superficial para tantos outros.
Namorado e parceiro,
que, no silêncio,
reprime os instintos mais carnais.
Às vezes sou aventureiro,
querendo desbravar o mundo,
outras vezes busco um canto,
um lugar só meu.
Sou o irmão que protege os seus,
mas, em tantos momentos,
estive à beira de destruí-los.
Aquele que sempre tem a palavra certa
para os outros,
mas, muitas vezes,
não encontra uma para si.
Nas dificuldades, limpo as lágrimas alheias,
mas, quando choro, corro para debaixo das cobertas,
onde me desfazem.
Busco a maturidade constante,
mas às vezes,
só quero ser imprudente,
querendo ser imaturo.
Sei que sou difícil,
mas é isso que me torna único:
um céu limpo e ensolarado, que traz vida,
sorrisos e beleza,
mas também,
um furacão que destrói tudo por onde passa.
Não digo que me orgulho disso,
mas isso é ser humano.
Agora, me pergunto:
aonde isso tudo me levará?
Não sei.
E nem quero responder.
Agora,
só quero ser ignorante.
acho que apenas quero verbalizar o que ando sentindo, será que eu parei no tempo? Será que eu não sei mais escrever como antes ou talvez apenas queira descansar de tudo? Independente, sinto como se isso me esmagasse, como se isso tivesse vida própria e quisesse sempre me ver assim pra baixo e triste comigo mesmo... Sei lá, a vida tem dessas, desde o início eu não ando nos meus 100%, continuo caminhando em uma trilha da qual talvez eu necessite de mais ajuda, mais conhecimento sobre mim mesmo, sobre como lidar melhor com essa dor infundada e definida que está dentro de mim. Uma dor que não dói por doer, mas sim por ser! Me sinto como uma vidro rachado que ainda permanece de pé, mesmo após trincar... Espero conseguir arrumar essa bagunça mais cedo ou mais tarde ao menos sei que tá tudo bem se as vezes esses sentimentos parecerem que não vão embora, importante ouví-los e dar a eles o palco... Deixem que falem, deixem que gritem, deixem que se cansem, deixe queimar... Observe atentamente o que você almeja alcançar em meio a bagunça ou até mesmo em meio ao conforto, nunca se sabe onde pode surgir inspiração ou uma luz, a certeza nunca será absoluta ou acertiva, talvez para matemática... Mas na vida em sí há momentos dos quais nós nos sentimos perdidos e até mesmo deslocados, não vou dizer que sei como isso ajuda ou como refletir sobre o tema, só sei que isso passa. Sempre passa.
Esperando o cansaço se dar por vencido, esperando o imprevisto previsto pelo tempo inigualável que está a espreita do meu castelo de areia, se movendo pela lama que carrego nas minhas costas, se adaptando ao... Imperfeito, ao que digo ser impuro na sua alma e contrastante será a lua cheia desse final de semana, uma tarde vazia e monótona, uma criatura ancestral se senta em um banco no parque e procura entender o que se passa, mesmo entendendo tudo sobre si mesmo ainda existem mais maneiras de se observar e olhar pra si mesmo. Direi que a hora chegará sem pressa, que chegará em qualquer ser que possua sonhos, incertezas e inseguranças.
AMORTECER, AMOR TECER:
Amor só é amor se for transforma-dor.
Amor só é amor se amor-tecer.
Amor só é amor se for verifica-dor.
Amor só é amor se limpar a janela antes de chover.
Amor só é amor se for simples, mesmo no complexo.
Amor é ser o nome do outro, extensão em grande anexo.
Amor não faz silêncio para gargalhar ou defender, não se ama baixinho.
Amor não quer ser engraçado se for para ferir qualquer parte do ninho.
Amor é coisa de espelho, ato que faria por si.
Amor não é vermelho. É sensação de estar livre do que não pude e não li.
Amor é marrom. Dourado. Bege? Tanto faz.
Terra firme. Sol quentinho. Pergunta longa? Nunca mais.
Amor é fazer um só pulmão para a letra de música no carro. É gostar do silêncio pelo caminho n’outro dia.
Amor é esperar internamente para tirar o sarro. Intimidade é não sentir agonia.
Porque para saber se é amor, basta saber o que não é.
Amor se prova amor sem precisar testar a profundidade com mais de um pé.
Amor borda versão aprimorada de cada qual, com toque de saber se amar melhor.
Idem.
Amor tira a paciência cultural. Mostra que há raridade maior.
Duvidem!
O amor é um abrir de mão bonito. Não ser humilhante pedir. Se der, ceder.
O amor é um contrato infinito. Ajustar. Decidir.
Esclarecer-Saber.
Amor nem tudo tolera, nem tudo perdoa, nem em tudo crê.
O amor é um choro livre, um poder falar o que dói sem medo
de mais doer.
O amor óbvio está nos dias difíceis, mas amor de fato está nos dias em que a constância é pista e a prova.
Vento forte não derruba (profundas) raízes, assim como o amor, sim,
pode dizer que isso e aquilo
ele reprova.
Vanessa Brunt
Buscando a Cristo
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme
Quando o tempo não for mais o tempo
E o doer não for a-versão
Quando tanto não der n’outro pranto
Quando o sim for menos que o não
Ela chora, ardendo, gritando
Faz calar toda, tanta, ilusão
E o peito, cremado, berrando
Diz, enfim, que chorou de emoção
Sabe, aqui, que tudo faz motivo
Quando a hora não é de moer
E o bordado, bordado agressivo
Sabe, enfim, n’outra mão se caber
E o sentido que ninguém achava
Escondido, no que era pra’si
Faz resposta, assim, intuitivo
Como se choro pudesse sorrir
Entre adeus, chegadas e meios
Prefere ter tudo onde possa ficar
Porque voltar, já não suficiente
Faz a dor calejada sarar
Mas fica inda batendo tão roxo
E assim ninguém volta a sua cor
Aprendido que o cadarço frouxo
Não segura nenhum caçador
E agora ela entende o momento
De agradecer somente a quem fica
Casa, ninho, asa que descansa
Quando ir não destrói o que habita
Quando o tempo não for mais o tempo
Quando a marca não mais desbotar
Ela vai terminar o bordado
Ela vai saber se podar
Porque horta, para crescer grande
Só se poda quando se rega
Quando o tempo não for mais o tempo
Ela vai enxergar quando cega
Quando tudo não for mais a tora
Quando a hora não for o seria
Toda cura será para agora
Todo precisar saberia
Pelo belo de (se) achar mais bonito
Dentro d’olho de quem faz caminho
Casa, tranca, risco na parede
Quando tempo não se faz sozinho
E ela vai saber ceder,
Vai pedir
Demorado
Quando o tempo não for mais o tempo
Finalmente não será (mais) calado
Que de tanto corpo sem vida
Parou de ter tempo para viver
Mas quando o tempo não for mais o tempo
Não terá tempo é para morrer
(Vanessa Brunt • @vanessabrunt)
Queda que eleva o espírito, águas cristalinas que caem pelas pedras, amostras do poder divino que mostram o que é ter uma persistência contínua, seguindo o seu fluxo,
enfrentando os empecilhos por mais fortes que pareçam, uma perspectiva que faz com que uma cachoeira seja bem mais do que um belo atrativo da natureza, onde estive recentemente
e pude desfrutar de um dia incrível como tomar um banho de vida, que me deixou naturalmente reflexivo e refleti sobre este ponto de vista que para mim, é imprescindível, assim, este meu simples poema ganhou vida.
O oceano
Vivido brilho azul intenso
Em ti nasce e morre um Sol extenso;
Lindas são as tuas ondas
E mansos são os teus segredos;
Na imensidão das profundezas
Por onde andas os teus desejos;
Salgadas são as tuas águas
Doces são os teus manejos;
Sempre belo azul celeste
Na minha vista sempre o perco.
Carlos Mandetta
Ontem sonhei com você
E se a gente se mudasse para uma casa distante, longe de tudo e a praia em frente?
Amor, por que a gente não se entende?
Se tudo que você faz e sente é movido a mim,
Se tudo que você menos quer é o nosso fim.
As noites seriam tranquilas e as taças de vinho seriam mais quentes
E sempre que entrelaçássemos nossos corpos, não seria apenas amor…
Seria pura poesia, aquela que agride, que toca bem no fundo
E me faz soltar o melhor suspiro do mundo.
E todas as vezes que você me faz sentir o seu amor eu sinto medo…
Sua paciência sempre cessa com todo esse receio.
"Por que sentes medo?"
Medo de que tudo não passe de um devaneio.
As mulheres são navios:
elas sempre estão pensando
em ir embora
mesmo que tenham de enfrentar
Netuno, o rei dos mares.
As mulheres tem ancoras
que as prendem na areia:
filhos, casa, família
mas seus olhos estão sempre
sonhando com um mundo sem horizontes.
Quando as mulheres cortam as ancoras
não pensem que voltam atrás:
vão para longe
bem longe
navegando no alto mar!
O Medo
Sob o luar, busquei te entender,
como pode um amor ferir,
se nunca chegou a acontecer?
Nos teus olhos, um frio a brilhar,
medo de ir, medo de ficar.
E por isso, não ousas me olhar.
Temes sentir e não saber,
temes o fogo a te envolver.
O coração pulsa, quer acelerar,
mas o amor te faz hesitar.
Já te feriram, eu sei, eu vejo,
e agora temes um novo desejo.
Mas será o medo de me olhar
ou o medo de se encontrar?
Se não estás pronto, eu sei esperar,
pois entre o limbo que habita em meu peito,
sei que um dia irás me amar.
Pressa
Flor em jarro, edredom e fé
Música em carro, som que faz maré
Cor da lua, teto que faz pensar
Tudo quando diz que estás por "perder tempo". Será?
Esperas elevador, bates pés em chão
Esses dois minutos poderiam ser até a decisão De um olhar que está ao lado, esperando ou a calar
Um futuro que tu, não estando, acabas de desperdiçar
Ganhaste uma carta, não mais a leste
Tocaste em rosa, nem sentes aroma
Só sentes espinhos, porque são desses
O presente que vislumbra o coma
Sem nada para fazer, foi o homem redigir
E descobriu mais um dom, que a pressa veio a retrair
E aquele a reclamar das horas que ainda faltariam
Perdeu a chance de cantar e descobrir que aplaudiriam
Ó, pois! Foi em um desses tempos sem tempo
Que me peguei decalcando tua mão
Sentindo teu cheiro destempo
Vendo teu olhar em adjeção
Quando reparar a importância deste momento
Ou apenas, e até, a leveza do que pressuposto estava
Este, será então arquivo: Vento
Que passa, e apenas quando cessa mostra o que arrastava
Quando reconhecer o que quis dizer-me
Tu já terás ido
E só entenderei em uma destas perdas de tempo
O que terá partido
Pois colocar-me-ei a relembrar
Já que estarei ignorando horas ao recostar
A cabeça na cama, até ver que a luz queimou E aprenderei a religar isto e aquilo que intimou
Só compreenderei disto, a intensidade
Quando estiver por esperar o elevador
E olhar ansiosa para o lado, e em verdade
Não enxergar a parede, e sim, o amor
E em uma manhã engarrafada
Tu lerás a carta esquecida
E perceberás que esta jornada
É das horas exprimidas
Então, não anseies no sinal vermelho
Que até que verde fique, tudo pode acontecer Não fiques sentindo as dores de um joelho Que nem ralou, e pode inda fortalecer
(Vanessa Brunt)
ERMO;
Aquela sexta-feira, foi naquela tarde!
Durante o tráfego de meus pensamentos,
Quando estava a caminhar pela cidade,
Me recordo bem daquele momento.
Foi quando percebi onde não estava,
eu percebi que somente eu gostava.
Então Silenciei-me,
Eles notaram a falta.
E ainda lhes resta no coração,
afirmativas de que eu me afastei,
Não, Não apenas me encontrava a perdido,
De onde nunca nem perto cheguei...
Me encontro em uma situação de que me vejo ignorando meus sentimentos
Você me disse que estaria tudo bem, infelizmente não ficou,pois você me abandonou
Eu te entendo, mas não ignorei por completo, você sumiu sem nenhuma explicação
Me isolei de outros e esqueci que você havia me abandonado por completo
Porque eu te amava,mas você não sentia o mesmo por mim.
Eu transbordo
Transbordo sentimentos inimagináveis
Transbordo como a água que pinga sem parar
Transbordo ouvindo Gal Pensando em como reparar
Reparar algo que sempre reparei
Te proferir palavras que jamais imaginei
Eu transbordo o inimaginável
Sou grande demais pra um amor miserável
Cresci ouvindo MPB
Então me perdoe se eu transbordo
É que tenho uma idealização de amor diferente...
Amor que acrescenta
Aquece
Conforta e..
Quando acaba
Acaba com a gente
Sinto falta das conexões que tínhamos
Mas não é sobre você
Até por nem mais existimos
Sinto falta de te ter.
O carinho que me aquece
A chama que me acende...
Agora me esquece...
Não estou mais tão carente.
Só sinto falta de ter
Mas não de ter a ti
Sinto falta de você
Mas nunca vou admitir.
Sinto você perto
Mesmo estando longe
Mas meu coração tá esperto
Não quero que seja como antes.
Este é o meu mundo
Este é o meu pouco
O que tenho, sou
O que sou, não temo dar
Mesmo que pouco
Mesmo que inteiro
Este é o meu eu
Este é quem sou
O que deveria ser, é
O que é, muito
Mesmo que tudo
Totalmente… eu
Este meu tudo é teu
Este que tão pouco é
O que é meu eu te dou
O meu tudo, o meu mundo
Mesmo que leve a nada
Mesmo que seja a muito custo
Que meu tudo não seja, pra ti, nada
Se lembrequecustoutudo
POESIA CODA
Sou muitas mãos
E muitas vozes
Também sou muitos ouvidos
E tantas outras expressões
Sou telejornal e novela das 8
Encarte de mercado
Promoção de biscoito
Sou a pausa – do sinal afoito
Astronauta em dois mundos
Indo e vindo neles... amiúde
Alguém que se reinventa
Sou um poema (nas mãos) de Nelson Pimenta
Sendo assim, deixa-me suspenso
Entre configurações de mãos
e grunhidos de meus pais
Sinto deles o cheiro
(até hoje)
Quando falo em sinais
