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⁠Botuverá dos Ribeirões

No Rio Itajaí-Mirim és
o meu destino eternamente,
Unidos pelas correntezas
da vida simplesmente,
Minha linda, Botuverá,
te amo perpetuamente!

Na palma da mão de Deus
está escrita os seus afluentes,
Como sou a poetisa
deste Médio Vale do Itajaí,
eu consegui ler que
que Ele nos ama simplesmente.
E no final da História seremos
o nosso amor eternamente.

No Ribeirão Cristalina
encontrei o teu amor
a poesia da minha vida,
És a Botuverá infinita
que já estava prevista
prá ser para toda a vida.

No Ribeirão do Sessenta
tu já era mais que um poema,
e eu ainda não estava atenta...,
Botuverá és minha fortuna,
o teu amor sempre compensa
e tudo o quê vale a pena.

No Ribeirão Porto Franco,
sempre foi motivo para lembrar
o porquê de eu te amar tanto,
Posso navegar a noite toda
e andar por cada pedaço teu,
que jamais desta vida eu me canso.

No Ribeirão da Gabiroba,
te vejo a cada dia mais próxima,
Porque no fundo, linda Botuverá,
somos uma inseparável História.

No Lageado Alto e no Baixo
de ti jamais me separo,
Só de ouvir o teu nome,
o meu coração fica disparado
e nestes ribeirões deixei
o poemário um dia ocultado

No teu Ribeirão do Ouro,
minha Botuverá valiosa,
declaro para devidos fins
que o seu valor é de poemário
e acima está de qualquer tesouro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Braço⁠ do Norte

Entre a Serra Geral e o Mar
a história do povo originário
e dos desbravadores onde
arpeja o Rio Braço do Norte
ergueu uma cidade de gente
honrada e forte que emoldura
com beleza o sul catarinense.

Montes, vales e colinas
repletam com mistérios
o imaginário contemplativo,
Quedas d'água, córregos e rios
adornam com ternura
a terra que retribui com fértil
e gentil beijo ao Homem.

O curso da água doce
com o mar se encontra,
O tamanho do amor que tenho
por Braço do Norte perdi a conta:
Só sei que verei a Lua surgir
e o Sol nascer além da conta.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Se soa do
jeito dele
como vós,
ele não
pertence a nós,
mesmo que
tente reescrever
a história tal fato
não apagará
da memória:
ele não é santo,
ele se trata
de um algoz,
ele é feroz.
O mascarado
proferiu
que ele soa
como
os 'deles',
não há
como fingir
que não,
o quê saiu
da boca
o condena,
e agora
quer fingir
que nunca
foi investido
na discórdia,
mas Deus está
evidentemente
vendo e não
há como
dissimular para
Ele e para quem
sabe observar,
só Ele concede
a misericórdia,
ele quer apagar
a História.
Ofendendo
da pior maneira
quem quer
defender
a sua existência
fazendo a justa
resistência,
ele não merece
a sua confiança
porque é incapaz
de debater e de
colocar freios nos
seus servos,
e sobretudo
nos seus lacaios
das profundezas
dos infernos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Brunópolis


Nomeada em honra
ao teu orientador espiritual
Padre Bruno Paris,
nasceste com forte
condão norte e celestial.

Fortuna poética do Planalto
Sul de Santa Catarina,
A tua História foi escrita
com ternura, bravura
e entusiasmo da tua gente.

Marombas, Palmares,
picada aberta e lavoura
com muito amor erguida
no profundo do Estado
erguido pela imigração.

Nos teus sabores postos
na mesa que percebe-se
a sutileza do teu coração,
a tua terra é pura paixão
e tem inigualável sedução.

Na Cachoeira do Marombas
das horas sempre perco
as contas e ganho sossego,
e tenho a nossa História
escrita com romance e apego.

Na Cachoeira do Butiazinho
sem encontro o meu
doce e dileto refugiozinho
nesta cidade que acolhe
a todos com muito carinho.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Testemunha daquilo
que eu não vi
ao mundo tenho que
fazer esse relato:
ecoou o som do
berimbau quebrado,
no chão o Moa
foi estirado por
causa das doze
facadas de um
sujeito autoritário.
Avança a violência
política programada,
só não vê a verdade
aquele que não quer:
avança o plano da
instalação de um
regime de exceção,
engulo a seco o meu
receio por ser mulher.
Implacável é a dor
pátria que sinto no
meu peito que ecoa
a indignação contra
os repressores dos
dois lados que com
ambas as retóricas
tornaram o diálogo
quase impossível
impedindo que o
povo unido encontre
o melhor caminho.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Dizem que as urnas
não funcionaram
no primeiro turno,
uns até as filmaram,
eu não sei o quê irá
daqui para frente
conosco acontecer.
O povo mesmo que
não cedeu a sedução
passou por um
caminho apertado,
e os que caíram
na tentação do papo
estão arrependidos.
É triste ver que
tem gente que
não se permite
fazer o caminho
de volta porque
reduziu a sua
crença na vida
em viver da
aprovação alheia
só por achar que
pode fazer uma
plateia para
sempre satisfeita.
Você que gosta de
zombar com os
nervos alheios só
para aparentar
fazer parte de um
plano que nunca
te pertenceu,
é bom que saiba
que a vida cobra,
e que tens a total
a responsabilidade
de responder pela
democracia que
ajudou a esconder.
Quando o segundo
turno passar não
adianta querer
fingir que a mim
não provocou
e que a honra
de ninguém atingiu,
porque o quê
deveria ser falado
por causa da
sua baderna
foi impedido de
ser esclarecido,
e levará o país a
um destino maldito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em noites de imensa escuridão apenas com a luz do luar
Onde gritos tão altos quanto as estrelas nem sequer eram percebidos,
Minha alma acorrentada ao fundo de um imenso mar
Cego com uma venda perdido na dor

A morte era tão bela ao meu olhar
e sem perceber que ela era eu, almas gêmeas, duas almas em um só
E dentro de um olhar frio e penetrante veio uma
luz divina, uma deusa tão deslumbrante quanto a cor do sangue

Agora, solto e liberto sou um Deus,
do mar, as estrelas e da noite
Um imenso poder dentro de mim foi despertado
Um poder capaz de salvar ou devastar
Sim, curar com um simples toque
ou devastar tudo ao redor

As chamas são minhas servas
O vento envolve meu corpo
A terra está enraizada em mim
E a água está completa-se dentro de mim

Só agora serei o deus mais poderoso
As escolhas foram feitas e ainda virão
ao ponto de mudar tudo...
A guerra começou e apenas um pode ganhar
Um deus ou um ser vendado com poderes
iguais mas mentes e poderes tão diferentes

Quem vai ganhar esta batalha de dois seres iguais mas tão diferentes?

Inserida por Pedro666

⁠Quando o ódio programado
é percebido muito fácil
e entender a força dele
através da comunicação
por se tratar de ser
um sentimento pesado.

Os dois lados orbitando
ao redor do poder
em função do que
estamos vivendo hoje,
eles já haviam sido
escolhidos para tais
papéis que estamos
testemunhando.

Existem sinais óbvios
de orquestração
para dominar a população
e nada têm haver
com a imaginação.

A estratégia tem haver
com a liberdade
de expressão,
e começa com o poder
vigente querendo
direcionar como você
deve falar e se comportar,
e o outro lado acordado
com ele fica te infernizando
dizendo que vai te libertar.

Quando você for
ver já é tarde,
pois estás mais preso
agora que nunca a uma
estratégia de dominação
que nunca te pertenceu,
mas na verdade és
o alvo e fizeram abraçar
ela como se fosse tua.

[Os dois lados têm
deixado pegadas no caminho... ]

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Olhos alucinados visam superfície rosada
Lacrimejando meu espasmo nervoso
Por que é penoso
Quando aprecio de seu ouro?
Lorde clemente, não suporta intenção divina
O presente que me foi dado, tomado para mim
Santificada sob mãos cautelosas
Agasalhada angelical
Longe dos indignos
A felicidade esbelta platina
Marcada desde nova em sua inocente serventia
Chacoalhava tempo a tempo em seu balanço na pradaria cinza
Sem o tempo importar
A quem mais importaria?
Um paraíso preso a um jardim cinzento
Carregava consigo seu reflexo primaveril
Refletida em carne e sangue
A alma dividida unicamente igual
Uma imperativa garota ao rumo da outra
Razões existênciais que vibram
Construindo sem parar meu mártir ensandecido
O caminho criado a base de prazer sem fim
Sou o guia desta viagem lasciva
Rumando direção contrária dos valores
Ó destino incolor marcado por mim
Trajando vestes brancas como marfim
Leva-me aos céus, minhas flores do pecado

Inserida por cawan_callonny

⁠Brusque

O teu Rio Itajaí-Mirim
e as correntes beijadas
pelo vento relembram
a trajetória das tribos
que ali te pertenceram,
E desta História delas
eu sou o arco e a flecha
contra o esquecimento.

O teu nome é reverência,
nasceste filha do Barão,
Brusque do meu coração,
Te amo antes de tudo isso:
no Santuário de Azambuja
sou a perpétua oração
e no Calvário a procissão.

O teu amor na Fenarreco
me leva e faz viajar
no tempo e na herança
européia da tua imigração,
Brusque eu amo a tua
gente de todo o coração
nesta cidade amo morar
e nunca vou te abandonar.

O teu amor é memória
nestes tempos desafiadores,
de tudo me lembro
que nem mesmo o tempo
apaga o quê ergueu a cidade
feita de doce, tecido, paixão
e de esperança por nossa Nação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não sei mais como
falar ao meu povo,
estou o desconhecendo,
ele luta por um projeto
de poder e ignora que
vive bem abaixo dele.

Não foi por falta de luta,
falei tanto e constatei
que ninguém me escuta,
onde foi que eu errei?

Não foi por falta de aviso,
mas quando alertei que
o sentimento pátrio havia
se esvaziado já imaginava
de que estávamos em risco,
e a democracia em perigo.

Não sei o quê fazer,
antecipo o meu desterro,
e a única coisa que fica
deste presente é o medo.

Não sei o quê fazer,
só sei que povo que
não age com civilidade
entre si colabora para
que tiranos se instalem
e se perpetuem no poder.

Não sei por onde começar:
mas sei que terei de algum
dia na minha vida recomeçar,
mistério do tempo samovar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Inaugurada foi a Primavera
pelo clamor da volta
do mar aos povos
que foi feita pelo poeta.

O dia 1° de outubro
é um cais que fica logo
ali aonde desembarcar
de uma longa espera
é inadiável e justo.

Já não tenho dúvida
que é por mim que
você há desassossegar,
conhece os meus
poemas e prantos
de fazer apaixonar.

Entusiasmada é a canção
que guardo a sete-chaves
que está preparada
para fazer o teu
coração bater
pelo meu forte como
uma onda no mar.

Doces ondas sonoras
do meu coração
sul-americano,
e me traga o livro
do Coco Manto,
que te retribuo
com um beijo
levando você
para comigo
navegar no mar
que a Bolívia
bem nasceu,
e a história vai
levar ao seu lugar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Escolha

Eu tenho a alma voando
no encalço de uma ave cega:
se escolho rumo do escuro
me apoio à sombra do muro
pousado na minha testa.
Se elejo o rumo da alvura
falseio os passos da vida
e me descubro gritando
um grito que não é meu.
Que faço das mãos cobertas
de um sol doído só de África?
E do tantã nestas veias,
turbando o ritmo ao sangue?

Na face o dia não pousa
o seu cesto de alegria
e a manhã precipita
ventos e noites amargas.

Oswaldo de Camargo
O estranho. São Paulo: Roswitha Kempf Editores, 1984.
Inserida por pensador

Meu grito

Meu grito é estertor de um rio convulso…
Do Nilo, ah, do Nilo é o meu grito…
E o que me dói é fruto das raízes,
ai, cruas cicatrizes!,
das bruscas florestas da terra africana!

Meu grito é um espasmo que me esmaga,
há um punhal vibrando em mim, rasgando
meu pobre coração que hesita
entre erguer ou calar a voz aflita:
Ó Africa! Ó África!

Meu grito é sem cor, é um grito seco,
é verdadeiro e triste…
Meu deus, porque é que existo sem mensagem,
a não ser essa voz que me constrange,
sem ecos, sem lineios, desabrida?
Senhor! Jesus! Cristo!
Por que é que grito?

Oswaldo de Camargo
15 poemas negros. São Paulo: Edição da Associação Cultural do Negro, 1961.
Inserida por pensador

Em maio

Já não há mais razão para chamar as lembranças
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora Liberdade se alvoroça
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
é uma senhora esquálida, seca, desvalida,
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
ou se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!

Oswaldo de Camargo
O estranho. São Paulo: Roswitha Kempf Editores, 1984.
Inserida por pensador

⁠►Passageiro ao Tempo

Às vezes eu espero o relógio soar,
Como se estivesse aguardando mudanças
Às vezes só quero alguém para me abraçar,
Torcendo que assim, eu me levante desta cama.
.
Às vezes eu acompanho os carros passarem,
Me perguntando se algum deles irá voltar
Às vezes fecho os olhos quando estou chorando,
Como se, ao não enxergar, proibisse aquela lágrima de rolar.
.
Às vezes eu escuto o bater de meus pulsos,
Esperando uma nota tocar mais alto
Às vezes eu mergulho os meus olhos em águas frias,
Para acalmar a vista, em noites mal dormidas.
.
Quem sabe o que posso fazer a seguir?
Talvez eu viaje pelas madrugadas, sem destino
Ou talvez eu me ache, perdido neste labirinto
Ainda não sei, tudo está tão incerto
Talvez eu me afaste, fuja para longe, em busca do arco-íris
E acabe encontrando um lugar quieto,
Para refletir, e acalmar os pensamentos e tormentos.

Inserida por AteopPensador

Calmon Profunda

⁠Do broto a queda
da Araucária
dos nossos destinos,
Foste parte protagonista
da Guerra do Contestado
e da Saga da Ferrovia.

Na foz do Rio do Peixe
tu levas o curso
da vida ao Meio Oeste,
Calmon profunda,
a bênção do teu
padroeiro permanece.

Na Cachoeira da Esmeralda
tu me levas pela mão
para tocar o Sol,
a Lua e as estrelas
com os meu poemas.

Calmon profunda,
eu te devoto todo
o meu amor à tua
feita de amor para toda a vida.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠poesia antes da escrita

A poesia veio antes da escrita, existe tanto semianalfabeto um poeta e tanto, daqueles que gramática nenhuma poderia botar defeito e nenhum "dotô", falaria mais bonito. A poesia é alma, poesia boa mesmo é do tipo cantiga no mato, na roça com a vó, ou buscando a lenha pra acender o fogão. Poesia também já veio numa "borná", com um lápis e uma folha de papel de pão. Poesia já veio até no "calcanhar", já veio no joanete que contava muita história no tempo do frio. Não se nasce alfabetizado na língua dos homens, mas. Pode-se nascer alfabetizado na língua do amor e da poesia, portanto, pra ser poeta, basta-o ser.

MARIA, O AMOR SEMPRE VENCE!

(Livro: Amar Até Dizer Chega)

Inserida por MariaDePaula

⁠Verdade absoluta

Eu nem sei o que dizer
Estou sendo estreada de novo com você
Já te falei né? Então... Também to descobrindo coisas em mim junto contigo. Você é tão mais do que você imagina pra mim, que não tem idéia. Ahm
Eu acredito e vivo isso como se fosse uma verdade absoluta. De verdade.
Pode até ser que você desista ali na frente por milhões de motivos, mas uma coisa é certa, eu vou viver isso, viver você, viver nós até a última gota. Mergulhei.
Tu me convenceste a mergulhar.
Você é tão foda, tão importante.
Putz... Fora o amor.
Ainda tem o amor.
Você sabe disso.
Não morra agora, pode demorar mais uns 60 anos pelo ao menos... Será pouco, mas será um bom começo.

MARIA, O AMOR SEMPRE VENCE

(Livro: Amar Até Dizer Chega)

Inserida por MariaDePaula

⁠TROFÉU DE VOLTA

Já ganhou seu TROFÉU de volta?
Já sentiu o que eu senti quando resolveu partir e encher meu coração de mágoa, como se enche um pote d'água?
Já sentiu o gelo na espinha por saber que minhas costelas e entranhas vindas das suas, estavam vivendo sem você, em qualquer esquina?
Já recebeu seu TROFÉU? Aquele de conquistar barato, que vai por um motivo tão pequeno e que tá estampado onde os seus olhos, olharem e que te lembra todo dia a besteira que fez em partir?
Não! Não é por mim. É por ti...essa dor é por ti. Eu amei e depois do depois eu ainda amei. Mesmo tu me deixando ir, aliás, implorando pra eu ir, eu amei. Sou resistente, mas como sempre obediente, fui...segui.
Achei triste, desconcertante, vergonhoso e delirante, até descobrir que "aquilo" era presente e não algo ruim.
Eu sempre pensei que eu faria tudo outra vez, tudo! Mas, eu não poderia fazer, eu mudei por culpa sua. Você me ensinou que amor igual ao meu, completo, esse você não terá por aí, assim, do nada...Claro que não!
LEMBRA quantas noites, dias, anos, me pertenceu?
LEMBRA que de tudo que você poderia escolher, você escolheu ser ausência?
Como boa em solitude, aprendi a viver sem você.
Aprendi que o que doía e já não dói, só doeu enquanto eu te dei poder.
Você não sabe, mas vou te contar, pra você ver se já ganhou esse TROFÉU também:
Enquanto meus ossos se contorciam, meu corpo tremia e meu estômago embrulhado doía, você sorria. Lá estava você vivendo um "Amor" tão bonito. Quem poderia duvidar de tamanha felicidade?
Enquanto eu colocava o dedo na tomada 220volts pra levantar todos os próximos dias e tentar seguir viagem, lá estava você, fazendo juras eternas de amor, mas eu conheço você, então, eu sabia até onde as juras iriam. Eu sabia. Você sabe que eu sabia.
Enquanto meu quarto emprestado e vazio gritava na minha cabeça, lá estava você, criando um lindo ninho de amor. Igual ao que você fez comigo. Sem nem muita criatividade.
Você não sabe ainda, mas talvez venha saber, mas vou te adiantar:
Meu sorrisão nunca mais foi o mesmo, isso é fato! Você quebrou meu encanto, você tem esse dom de DESESPERANÇAR o ESPERANÇADO.
Uma nuvem de fumaça embaçou meus olhos e deles saíram tempestades e raios que lancei pro universo pra não acabar com você.
Minhas pernas perderam as forças e eu perdi o senso de direção. Esqueci meu nome, meu endereço, minha alma se perdeu por um tempo, vaguei no lugar onde o sal não salga e o açúcar não adoça.
Não saia uma palavra da minha boca, mas dentro de mim o barulho era tão alto que parecia ensaio de escola de samba.
E você? Ahn, você estava em um momento incrível, daqueles pra não colocar defeito.
Um dia, uma eu de mim, me encontrou, sentada na calçada, cabisbaixa, olhos cansados e fundos e me deu a mão. Levantou-me e começou a caminhar do meu lado. Me disse várias coisas que eu havia esquecido, inclusive que EU ERA MELHOR SEM VOCÊ. Claro que eu não acreditei na hora, coloquei tudo em pauta, fiz várias perguntas. Lembrei que sim, eu fui tudo pra você, mas você sempre achou o meu tudo insuficiente, e não era porque eu era pouco, era porque Você era pouco. Então, nada que eu te desse seria suficiente pra cobrir esse buraco aí.
Lembrei que deixei de ser exigente pra que você pudesse ter um pouco de felicidade, já que parecia ter recebido tão pouco amor antes de mim. Foi aí que te inunde com o meu, mas tu não soube receber, achou melhor descartá-lo.
Lembrei que eu ficava feliz por te deixar feliz e Por isso eu fazia qualquer coisa que você quisesse, até coisas que eram quase humilhantes pra mim e que eu não tinha necessidade, mais nenhuma necessidade.
Por último me lembrei que é bom poder viver sem você, porque assim eu pude ser eu de novo, sem carregar o peso do seu mundo triste nas minhas costas. E agora o que eu tenho a dizer é simples, ouça-me bem.
NÃO SE ARREPENDA! Mas, se houver arrependimento, guarde pra você. Não sou obrigada a carregar o peso de suas escolhas mal feitas também. Fique com seu Troféu, de volta.

MARIA...MARIAS...MARIÁ

(Livro: Amar Até Dizer Chega)

Inserida por MariaDePaula

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