Textos de Mar
És linda Olinda
És linda Olinda,
Mar verde feito esmeralda,
território histórico dos Quatro Cantos.
Vento forte a soprar as ondas que se quebram na praia.
Mal posso ver da Sé.
Espumas no ar e o sabor da maresia nos lábios dão uma sensação de conforto.
Farol a iluminar as noites de verão.
És linda, és Olinda.
NÔMADE
Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante
Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar
E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante
Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Simplesmente amar você
Procurei outros acordes pra tocar.
Procurei outro céu, outro mar,
Outra lua pra te dar.
Procurei outra forma de caminhar
Sem dor, sem rancor, sem pudor,
Sem pra trás olhar.
Procurei outro jeito de te desejar,
Inocente, sacana e não vulgar.
Procurei outra pista pra decolar
E sequei minhas asas pra poder voar.
Encontrei em teus olhos
Uma ilha perdida no mar.
E em teu coração eu fiz pista pra pousar.
Nas curvas do teu corpo
Encontrei meu caminho.
Segurei tua mão e vi que não estava sozinho.
Encontrei em teu sorriso
Uma forma de me libertar.
Olhei teus olhos e vi o mar
E do teu abraço fiz meu lar.
Você me fez acreditar
Que o nosso amor vai se eternizar.
E nem em poesia consigo descrever
Hoje sei que amar
É simplesmente amar você...
Será que o mundo é contente?
onde alguém que é diferente
enfrentando um mar de gente lutando por igualdade,
quem sabe essa vontade esse almejo por igualdade pode se tornar verdade
e um dia acontecer.
seja amor e amizade, dê presença de verdade pra alguém que precisa de você.
plante o bem e colha o bem, ofereça tudo que tu tem, faça algo faça o bem.
Te Adorar
O sol, a lua, estrelas e o mar
Nada se compara
Ante a Tua Formosura
Os homens, os reinos, principados e potestades
Se prostram
Ante a Tua Majestade
Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas
Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas
Só me resta Te adorar, Te adorar
Eu só quero Te Adorar, Te Adorar
Eu nasci pra Te Adorar, Te Adorar
E dizer que Te amo, Te amo, Te amo.
Efêmero
O vento de ontem não é o mesmo de hoje,
Nem o mar permanece igual quando navegado,
A certeza torna-se incerta no amanhã,
Basta uma palavra, um gesto, um pensamento e o próprio tempo contribuem para o efêmero.
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que, vem e passam e que por alguns instantes alegraram a nossa existência,
Deixam em nosso coração a sensação que poderia permanecer mais.
Mas, a vida providencia a efemeridade
Tristeza? Às vezes!
Entretanto, me acostumei ao efêmero.
A vida também me ensinou a entender as quimeras interrompidas pelo acaso ou destino.
o que sei, é que caminho, a paciência e a fé é o que resta.
Talvez algumas das efemeridades da vida ainda venha trazer a primavera.
Ela era poesia, e ele não sabia ler.
Ela era mar, e ele só sabia molhar os pés.
Ela pensava no futuro, e ele não sabia o que queria.
Ela orava pra dar certo, ele fazia nada.
Ela tinha planos para vida toda, e ele não honrou ela.
Ela, por fim, resolveu ser como o sol: brilhar sozinha.
Ela, por fim, preferiu ser a própria leitora de suas próprias poesias.
Ela, por fim, passou a viver mais o presente e a pensar no próprio futuro.
Ela, por fim, passou a rezar mais e pediu a Deus que só permita quem vier para fazê-la feliz.
Ela, por fim, passou a priorizar os planos dela e a se amar em primeiro lugar...
Índios habitavam em paz as suas ocas,
até que as raposas deixaram suas tocas,
vieram pelo mar com a cruz e a espada,
pra roubar e violentar a nova terra imaculada.
Pretenciosos, senhores da razão,
queimaram na fogueira o valor da intuição,
Extermínios, catequeses e a ‘Santa’ Inquisição,
são séculos de crimes, tortura e escravidão.
Navios negreiros não cruzam mais o oceano,
mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando.
Impondo ao mundo a cultura do capital,
materialismo, acumulo e o pensamento individual.
Quando me assento no coração do Seu mundo
brilha a luz de um milhão de sóis,
um mar de azul incandescente se espalha pelo céu,
o tumulto da vida se aquieta,
todas as manchas do sofrimento são lavadas.....
Esta é a música
do encontro entre a alma e o corpo,
do esquecimento de todo sofrimento.
Esta é a música
que transcende todas as idas e vindas.
A PÉROLA NA TENDA
Você estava escondida
pérola no fundo do mar
as ondas lhe trouxe
como presente ao luar
agora numa praia deserta
o coração aperta
matar minha saudade
das coisas incertas
saudade contida
coração apertado com um nó
mirando seu corpo suado
conheço cada parte de cor
fazer de uma tenda um harém
harém de uma mulher só
Alma gêmea:
Eu sol, ele luar.
Eu terra, ele mar.
Que em meio
tantas incertezas,
vagaram
até se encontrar.
Duas almas
entrelaçadas,
pelo tempo e lugar.
Que desde
o nascimento,
estavam ligados
na linha do olhar.
Quando os olhos
se conectam,
até o tempo
parece congelar.
Duas almas que
não são perfeitas,
são os opostos,
que vieram para
somar.
O vôo continua
além da vida.
Como numa
linda poesia,
com letras coloridas,
um verso
de amor,
que
nunca pode findar.
Elas sempre
se reconhecem,
demore o tempo
que precisar.
No momento
que uma,
olhar para outra,
a badaladas do relógio,
toca a sintonia
de amar.
Como a brisa leve,
da manhã
de primavera.
O amor se aconchega,
e não
há mais espaço,
pra saudade ficar.
E ela se vai,
com véu negro
da noite.
A lua linda
e bela, é a
única testemunha,
que o amor
chegou para ficar.
E ao nascer do sol;
o amor irá acordar,
a cor dar por dentro,
borboletas coloridas
rodopiando no
estômago,
indicando
que a felicidade,
é o momento.
Poema de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 30/09/2019 às 17:00 horas
Manter créditos ao autor original #Andrea_Domingues
Tudo que eu penso advém de você!
Que mar inexorável é esse que só faz o caos?
Onde devo me esconder do cheiro permeado na memória?
Achei que essa história seria uma visita de fim de tarde,
Mas inerente você disse ir embora quando ficou, na verdade.
Que som é esse que me atormenta quando te vejo?
E que hora é essa que me surpreende de tanto desejo?
Achei que, agora, você fosse de vez para fora daqui,
Mas, insistente você decidi ficar sem a sua permanência.
Que tom é esse que você usa para vingar dentro mim?
E que instência é essa que você mantem mesmo sem um fim?
Tudo que eu penso advém de você!
Sua visita de fim de tarde, sem qualquer aviso,
Decidiu ficar para o jantar.
“O espírito do homem é como um rio que procura o mar. Represem-no e aumentarão a sua força. Não responsabilizem o homem pelas suas explosões devastadoras! Condenem antes a força da vida! O espírito que nos anima pode assumir as mais diversas formas: tornar-nos semelhantes a anjos, a demônios ou a bestas. A cada um a sua escolha. Nada barra o caminho ao homem para além das fantasmagorias dos seus medos. O mundo é a nossa casa, mas teremos ainda que a ocupar; a mulher que amamos está à nossa espera, mas não sabemos onde encontrá-la; o atalho que buscamos está sob os nossos pés, mas não o reconhecemos. Quer sejamos deste mundo por muito ou pouco tempo, os poderes por explorar são ilimitados.”
(O Mundo do sexo)
Tantas incertezas
Tantos desdizeres
Tantas dúvidas
E tantas respostas...
Somos um lindo mar revolto e ambulante.
Procuramos tão longe, o mais difícil, o quase impossível. E quando nossa última primavera na terra chega, no rosto nos brota um sorriso por finalmente perceber, que mesmo sem se lembrar de todos os detalhes, as respostas estavam embaixo de nossos próprios pés, mas como sapateamos incansavelmente, acabamos descuidando nossa atenção, e o mar revolto no fim de tudo se acalma ao findar a bela primavera da vida.
Desvia o foco do teu olhar…
como vinho, posso te embriagar.
Como mar, posso te fazer flutuar.
Como a água, posso te afogar.
Como o fogo, posso te queimar.
Desvia o foco do teu olhar…
como uma lança, posso te ferir.
Como um alvo, posso te atingir.
Como um poeta, posso te seduzir.
Como um sonho, posso te iludir.
Como uma brecha, posso te invadir.
Como uma brasa,posso te consumir.
Desvia o foco do teu olhar…
como Deus, posso te conhecer.
Como anjo, posso te proteger.
Como a dor, posso te fazer sofrer.
Como o tempo, posso te envelhecer.
Como o tédio,posso te desfalecer.
...
Desvia o foco do teu olhar!!!
Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo
o eterno ruído do mar batendo
No entanto, como está longe o mar
como é dura a terra sob mim...
Felizes são os pássaros que chegam mais cedo
que eu à suprema fraqueza
E que, voando, caem, pequenos e abençoados,
nos parques onde a primavera é eterna.
Desequilíbrio
Minha alma ora tem a altura do monte Everest
Ora a depressão do mar morto.
Ora a profundidade da Fossa das Marianas
Ora a extensão do Amazonas.
Às vezes tem a grandeza do continente Asiático.
Às vezes a pequenez da Oceania.
Ora tem o isolamento da Ilha da Páscoa.
Ora o reboliço de Xangai.
Algumas vezes minha alma tem o calor do Deserto Dasht-e Lut
Outra vezes o frio da Antártida.
Algumas vezes é ressequida como o Saara.
Outras vezes tem a biodiversidade brasileira.
Fico, então, nessa gangorra do ter muito
E ser tudo e minguar numa vazante descontrolada de vida
Ora sou tudo, ora nada sou
E atravesso a eternidade como um Ser
Em desequilíbrio permanente.
Ora sou ateia.
Ora fervorosa crente.
e as Ondas
Era noite. O alto mar se enfurecia...
Para o barco veloz que à morte avança,
Não restava uma simples esperança
De incólume rever a luz do dia...
Entre as brumas, porém, da noite fria
Aparece uma sombra, calma e mansa...
Era um fantasma? – Não! – era a bonança
Que em Jesus, como bênção, se anuncia.
Inda hoje o mar do mundo se encapela;
E, no barco da vida, já sem vela,
Não nos resta sequer uma ilusão...
Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
Volta a trazer às almas torturadas
O consolo da tua salvação!
E hoje
Sinto o aroma do café,
Vi o mar ferver,
Vi o sol brincar,
Vi o dia sorrir,
Vi um domingo sem fim,
Para quem quer vivê-lo.
E vi o seu amor passar
E vi o meu amor passar,
E vi o nosso amor se
Encontrar.
Vi o bem e o mal.
Vi a face e sua personalidade
Vi o viver, vi o impossível.
Hoje eu lhe beijei, e senti
O gosto de beijo, beijo
Gostoso, beijo bom.
A vida ...
É como um barquinho no mar!
Nos exige paciência e força de,
a cada dia, seguindo...
Querer continuar .
Tem dias ...
Que navegamos em calmarias
Em outros...
Precisamos tempestades superar
Mas sempre continuamos !
Mesmo sendo frágeis e tão pequenos
Deus nos ampara diante dos desafios
e nos permite também
passarmos por ventanias para que
aprendamos o valor dos Re(começos) .
No fim...
O que nos resta é um novo horizonte
Bem ali
Ali na fronte
Mesmo que para nós pareça distante.
O que jamais devemos permitir
É afundar
e perder o rumo em busca da felicidade .
Somos navegantes
Timoneiros dos nossos instantes !
É como disse o grande poeta Fernando Pessoa:
"Navegar é preciso!"
E eu vou mais além:
Naufragar é questão de escolha!
