Textos de Loucura
Estar lúcido talvez seja a experiência mais louca que possamos sentir.
A lucidez me assusta, prefiro ver o mundo com toque de alucinação.
Um toque de loucura torna tudo mais fácil.
Estar lúcido não me agrada, não me faz bem...
Prefiro as alucinações que me são permitidas por drogas lícitas .
Autor: Alma e mente
Perco-me na profundidade do teu olhar,
na tua feição tão bonita
com a precisão dos teus lindos traços,
a maciez da tua boca,
pois não tem como não te apreciar,
e, agora, só nós dois é o que importa,
o tempo nem parece passar,
a noite até se prolonga,
já que és uma mulher capaz de provocar
uma sensação bastante aprazível
como nenhuma outra,
então, espero proporcionar-te o mesmo
com uma dose prazerosa de loucura
pra que venha se tornar inesquecível
pra nós, este nosso raro momento.
Conspiração
Conspiração da
Minha mente
Demente
Vem inconsciente
Domina e me fascina
Coração de menina
Inocente
Vem ardente
Domina minha sina
Os meus anseios
A alguém
Os meus delírios
A além
Os meus desejos
A aquém
Os meus devaneios
A ninguém
Sanidade
Como é saudável
Tê-la
Quando não
Estou louco
Lembro-me de todos
Os problemas
Loucura
Como é formidável
Vivê-la
Quando não
Estou são
Esqueço-me de todos
Os dilemas
Jeazi Pinheiro in "O Último Poema".
O TEMPO
Maldito tempo que passa numa velocidade incrível;
Na mente, as lembranças da orla da fantasia;
Nos olhos, a beleza que encanta e deixa saudades;
Nos lábios, o gosto do prazer que extasia;
No coração, as marcas do Príncipe que eterniza;
Na marca do prazer, os quadrantes de plena loucura;
No caminhar do tempo, a beleza encantadora das manhãs de primavera;
No calor do meu ataúde, a eternidade que consola minha alma;
Na reencarnação, a possibilidade de se repetir a lembrança da minha mente.
A beleza dos meus olhos, o prazer de princesa, lhaneza do tempo que esvaiu na atmosfera
O caminhar fugaz, em tempo primaveril, de chuva fina na Lagoa da Pampulha
O frenético valor do meu sepulcro e o reencontro em tempos de Paraíso.
O Inominável
Sua existência absurda jaz no topo
Não pertencente a leis universais
Vive trancafiado, separado da graça que antes o pertencia
Construído abaixo sua montanha de olhos devassos
De pele áspera e sangrenta
Atinge-o na constante agonia
Solvendo-o na familiar melancolia
Abraçando-o nas puras gotículas rubras
Na desesperança de retorno a moradia
Ao seu antigo lar na imensidão
Amaldiçoou novo mundo em obscura selvageria
Servindo de banquete malicioso
Montou seu reino maléfico sob pontudas angustias
Como antes fizera seu antepassado Azmuth
Os obcecados na magnífica rubidez vociferam
“Malithet, Inominável Lorde Rubro
Conceda-nos a graça de seu sangue
E voltai ao teu cosmos pertencente”.
►Passageiro ao Tempo
Às vezes eu espero o relógio soar,
Como se estivesse aguardando mudanças
Às vezes só quero alguém para me abraçar,
Torcendo que assim, eu me levante desta cama.
.
Às vezes eu acompanho os carros passarem,
Me perguntando se algum deles irá voltar
Às vezes fecho os olhos quando estou chorando,
Como se, ao não enxergar, proibisse aquela lágrima de rolar.
.
Às vezes eu escuto o bater de meus pulsos,
Esperando uma nota tocar mais alto
Às vezes eu mergulho os meus olhos em águas frias,
Para acalmar a vista, em noites mal dormidas.
.
Quem sabe o que posso fazer a seguir?
Talvez eu viaje pelas madrugadas, sem destino
Ou talvez eu me ache, perdido neste labirinto
Ainda não sei, tudo está tão incerto
Talvez eu me afaste, fuja para longe, em busca do arco-íris
E acabe encontrando um lugar quieto,
Para refletir, e acalmar os pensamentos e tormentos.
Psicose
Não sei quem sou
Ando confuso
Quem foi que falou?
O que eu escuto
Sua voz me atormenta
Onde quer que eu vá
Ou minha mente inventa
Me pedindo para voltar
É psicose que tenho?
Nitidamente te vejo
É tão real não é desenho
Vai além de um desejo
Deve ser loucura
Talvez não tenha cura
Me controlar é impossível
Em minha mente você visível
Só você consegue
Me equilibrar
Meu coração te pede
Nova chance de te amar.
Roney
A vida é curta, então, sabiamente curtida deve ser, não apenas com rotinas e lutas,
mas também com algumas doses saudáveis de loucura, quiçá, eu e você, homem e mulher numa inesquecível aventura
de um insaciável e genuíno viver,
uma benção divina, uma sábia conduta,
a qual não devemos esquecer.
Canção / Samba
Samba de Um Amor com Triste Fim
Se meu pranto não cessar, até que o dia amanheça
Eu vou te procurar, me dê um remédio que me adormeça
Meu coração já não sabe o que faz, com tanto sentir
Passo a noite acordada, sonhando...
Me sentindo culpada por não dormir
Na sua mesa eu vou chorar
Pois o devaneio se instalou em mim
Me seduzi pela beleza
De um amor com triste fim
A manhã já passou
Mas o meu pranto não quer cessar
Se seca ele; chora o meu coração
Em segredo a fantasiar...
Se meu sono não voltar
Até que eu enlouqueça
Eu vou te procurar
Me dê um remédio que me entorpeça
Para você vou implorar, na sua mesa....
Não deixe que eu me perca
Ter razão para amar dói na alma e na cabeça.
Ao meu herói, psiquiatra e artista, Silvio José:
ETERNA IMPACIENTE
A manhã já passou,
Me lembro quando ontem fiquei mal,
Com pensamentos corridos
Vendo o mundo colorido
Além do real.
Eu sou louca, mas tenho razão
O amanhã já passou
E eu continuo a te amar
Os médicos, foram eles
Os primeiros artistas e os loucos
Sempre, os primeiros a acreditar no amor.
Eu te amo, com toda razão.
– (...) Você está vendo o que eu tenho no pescoço?
– Uma gravata.
– Muito bem. Sua resposta é lógica, coerente com uma pessoa absolutamente normal: uma gravata! Um louco, porém, diria que eu tenho no pescoço um pano colorido, ridículo, inútil, amarrado de uma maneira complicada, que termina dificultando os movimentos da cabeça e exigindo um esforço maior para que o ar possa entrar nos pulmões. Se eu me distrair enquanto estiver perto do ventilador, posso morrer estrangulado por este pano. Se um louco me perguntar para que serve uma gravata, eu terei que responder: para absolutamente nada. Nem mesmo para enfeitar, porque hoje em dia ela tornou-se símbolo da escravidão, poder, distanciamento. A única utilidade da gravata consiste em chegar em casa e retirá-la, dando a sensação de que estamos livres de alguma coisa que nem sabemos o que é. Mas a sensação de alívio justifica a existência da gravata? Não. Mesmo assim, se eu perguntar para um louco e para uma pessoa normal o que é isso, será considerado são aquele que responder: uma gravata. Não importa quem está certo – importa quem tem razão.
– (...) Lembra-se da primeira pergunta que lhe fiz?
– O que é um louco?
– Exatamente. Desta vez vou lhe responder sem fábulas: a loucura é a incapacidade de comunicar suas ideias. Como se você estivesse num país estrangeiro, vendo tudo, entendendo o que se passa à sua volta, mas incapaz de se explicar e de ser ajudada, porque não entende a língua que falam ali.
– Todos nós já sentimos isso.
– Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.
"A Lua, com sua palidez, me seduz uma vez mais.
Me traz aquelas lembranças, que nem mesmo o tempo desfaz.
Aquelas, ora doces, por vezes amargas, lembranças de anos atrás.
Não sei o que me fez, ou o que ainda me faz.
A balança do universo é um tanto eficaz.
Não existiria guerra, se não existisse a paz.
Por falar em paz, ela só existe quando em nosso abraço, um só ser se faz.
O que seria de nós se nossos corações fossem iguais?
Amaria eu, você, ainda mais?
Ou nossa igualdade nos separaria ainda mais?
É certo, você se amaria ainda mais.
Nessa adição de loucura, quanto mais penso em ti, mais e mais suas lembranças, a razão me subtrai.
Bem da verdade, a muito que em solo frio minha razão jaz.
Nas raras orações implorei ao Deus que fizesse daquele amor algo fugaz.
Mas coração parvo, para amores infundados é solo feraz.
Lembrei-me de quando, sob a luz da Lua, seu olhar me devorava com apetite voraz.
E como você, ela com sua palidez, me seduz uma vez mais..." - EDSON, Wikney
Não sofro de Transtorno Narcisista.
Uma sensação que provém de certas seres que se acham a ultima bolacha do universo, isto costuma ser proveniente de seres onde educação familiar lhe promoveu uma educação competitiva. Mamãe, papai, vovó, vovô que a em todo momento faziamcomparações cruéis com suas crianças.Ninguém é maravilhoso em tudo aprendam. Possuir uma autoestima elevada, e a fofa autoconfiança, acreditar em todas suas capacidades, talentos, (dons), habilidades, é super positivo. Porém vem a via de mão dupla, quando isso supera o limite do bom senso, o velho semancol e passa a ser espécie de possessão de megalomania,uma crença exagerada em si mesmo e uma hiper autovalorização, a convivência pode se tornar um pouco difícil pra você aí fica difícil . Afinal a calçada da fama de Hollywood sempre perde alguém somos mortais como qualquer outro ser respeite seu semelhante é para de loucura, respeite a vida alheia!
►Contemplação à Madrugada
Me sinto perdido
Sozinho neste mundo obscuro
Me sinto como um menino
Com medo do céu noturno.
.
As ruas barulhentas
O ar pesado que acoberta a cidade
As pessoas moribundas junto as suas algemas
Em fileiras encadeadas em várias partes.
.
Em noites turbulentas,
Pela janela enferrujada
Bem longe, estrelas espalham-se em beleza
Vê-las me preenche, como rosas perfumadas.
.
O aroma da morte em repouso sobre meus ombros entristece
O peso não desaparece na neblina
Passo, como um carvalho, a enraizar preces
Refletindo o que fiz de errado em minha vida.
.
Fiz versos como meu íntimo tanto pede
Pernas padecem pelas ladeiras que desci
Neste caderno confesso meus piores remédios
Doutor, espero melhora, mas, irei embora a sorrir.
Eu gostei de te conhecer, homem!
Eu gostei do pouco que conversamos, do muito que nos beijamos, do tanto que nos amamos, até desfalecer em seu peito.
E aninhada em seus braços, no calor do teu regaço, deixaste eu ouvir teu coração acelerado:
É tum tum ritmado acalmando nossos corpos suados.
Me perdi em teu cheiro e nos teus olhos labirintos.
Confesso, sou culpada! Já me rendi ao teu sorriso.
E falando de sorriso...
Suas covinhas... que covardia!!!
Tô viciaste em te querer.
E te querendo todo dia
Gosto dessa tua língua, sabe?
Desses beijos, desse calor
Das tuas mãos imploro tudo:
Todo desejo, prazer e dor!
Ah... como gosto da tua anatomia!!!!
Gosto do teu corpo ligado ao meu
Mas me diz: quem de nós foi mais feliz
Na exaustão que nos venceu?
Pirei nessa voz que me elogia,
E a rouquidão dos teus gemidos
Quando tu explode e delira,
São canções aos meus ouvidos!
A vida que dói e nos corrói,
Vai lua vem sóis,
Tudo na mesma,
pressionado em nossas cabeças
Sofrimento por felicidade,
Sem saber ao certo a verdade,
Pois tudo é vão
Quando a paz não está ao alcance das mãos.
Felicidade planejada,
Mente e mãos calejadas,
A troco de nada,
Pois no final tudo acaba,
Em consultório com a cabeça "zuada"
Sem ânimo para nada,
Apenas olhando a cor da tarja na caixa.
Nasci para ti.
Sonhei-te ainda criança
e perguntava, com esperança
se eras realidade.
Já mulher
se existias na verdade
não sabia
Mas meu corpo conhecia
onde quer que fosse
estar na tua presença.
Tal como seria, foi.
O resto é o que em mim dói
desde então
Uma alegria triste,
uma saudade sem fim.
Eu respiro fundo para não pirar, enquanto o mundo tenta me enlouquecer no contar de cada segundo do dia a dia.
Loucura; uma sensação que foge do controle da razão.
Estou perdido em minha mente, procurando novamente os dias mais contentes, tudo culpa de um coração baleado que sangra e perde a razão dos seus atos, para ele a felicidade se esconde atrás de uma porta do outro lado do oceano.
Mesmo assim eu espero que a felicidade, o meu coração e a minha mente se reencontrem em meio a todas as lembranças.
Até lá estou perdido e sem razão!
O louco olha para o céu
Observa a lua e se delicia no seu mel.
Ele pede que ela lhe traga respostas.
Ele pede para que seja levado junto à ela.
Seu olhar é de socorro, desespero.
Como desvendar os segredos da lua?
Como desvendar seus próprios pensamentos?
Talvez a lua consiga tirá-lo do sofrimento.
Talvez ela consiga desvendar sua mente, tirá-lo de sua própria prisão.
A pior prisão não é atrás das grades, mas sim, a da nossa mente.
A lua não tem luz própria,
Mas se completa com o sol.
O louco procura a lua, pois assim como ela, ele também necessita de uma luz.
