Textos de Filosofia
DUAS PERGUNTAS
Não há palavras soltas!
Um enorme vazio nos cobre, e uma pequena esperança sequer molha nossos lábios.
Mas estamos vivos!
O melhor caminho para sermos grandes é aquele que nos torna pequenos.
Sonhar nos braços da mulher amada, diz Rilke,
já nos basta.
Que dia é hoje?
Que importa?
LÁPIDE
Talvez ainda não saiba quem sou,
mas sigo como seguem os ventos.
Há um mar para olhar,
as libélulas sobre o rio, as borboletas, que numa manhã qualquer,
me animam os olhos.
Nada sou... Apenas um homem em busca de si, mesmo quando me encontro.
É duro morrer, ser cadáver, ganhar plástico preto no corpo, e não fazer nada.
Não quero reza, velas, velório, caixão, nada...
Um túmulo me basta com uma lápide dizendo assim: "Para ter que morrer um dia, este que aqui jaz, preferia não ter vivido."
ZOE
Você não sabe quem sou
ou não me conhece.
Não temo, não peço, só amo!
Carrego comigo o sangue dos vikings, e o calor dos poetas antigos.
Não minto quando digo que sou capaz de te engravidar com apenas um beijo, tal é a fúria dos meus hormônios.
Louco como as mentes mais sãs, posso, sim, te proporcionar orgasmos
que só Zeus é capaz.
O Sol para quando peço,
a Lua chora em meus braços...
E eu, de violino na mão,
apenas ordeno que a noite se ajoelhe, Zoe, cantando a canção que você mais gosta...
Paradoxo de Fermi
Descrição
Paradoxo de Fermi é a aparente contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências para, ou contato com, tais civilizações.
1 – Racionalidade
Devemos levar em conta que seres mais evoluídos serão também mais racionais.
2 – Ordem Natural
Também devemos observar que a racionalidade nos diz que não devemos atrapalhar a ordem natural.
3 – Evolução Tecnológica
Se são realmente evoluídos tecnologicamente, então por que ainda usariam ondas de rádio?
Não teriam eles melhores formas de comunicação?
A teologia tem que partir do clamor dos mais pobres, encontrar Deus nos humildes e mansos para poder anunciar um Jesus Cristo que salva não pela religião, mas pela FÉ.
Entendendo que fé , todos tem, pois é dimensão humana que se abre para o metafísico, assim, ateus tem fé, cristãos tem fé, budistas tem fé, ninguém foi destituído da fé, alguns, apenas não a compreendem e acham que fé tem que estar dentro de uma doutrina.
Fé, portanto, é aquilo que nos move para o outro, para a outra e no fim, para Deus.
Esqueça a religião, apague da sua mente a doutrina e entenda de uma vez por todas: Ninguém foi deixado de lado pelo criador, e Ele não os olhou pelo Continente onde nasceram, pela cor de sua pele, pelas suas preferências sexuais ou políticas, pela sua posição religiosa ou estudiosa acerca D'Ele, Ele os olhou como parte de sua CRIAÇÃO.
Rogério SIDAOUI- Teólogo e Cientista das Religiões.
Definição de Deus: ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si só; causa necessária e fim último de tudo que existe.
Onipotente: Deus tem todo poder.
Onipresente: Deus está em todo lugar.
Onisciente: Deus sabe de tudo.
Energia: ente infinito, eterno e existente por si só; sem início ou fim.
Energia constitui tudo, logo pode tudo.
Energia constitui tudo, logo está em todo lugar.
Energia constitui tudo, logo sabe tudo (energia não é um ser, logo não é vivo,).
O que é a consciência? Em que lugar ela fica? De que ela é feita? Ela existe?
A consciência para mim é algo que fica além dos pensamentos, a racionalidade que nos diferencia de seres irracionais. Localiza-se no cérebro, o órgão mais complexo do nosso corpo, constituída de energia a consciência está ligada a inteligência e o livre arbítrio de cada um. De fato existe, são aprendizados e intuições que nos fazem diferir o que é certo e errado, coisas que seus pais disseram para você em sua infância serão carregados consigo até o final de sua vida provavelmente, a educação e o bom senso são os conceitos mais básicos para se explicar a consciência humana.
De onde vem a calma, o desejo, o pensamento?
Vêm de lugar nenhum, apenas aparecem, sendo convidados ou não.
Somos lançados na vida sendo forçados a acreditar que tudo depende de nossa vontade, do nosso (bem) querer para que a vida flua, para que o propósito se encaminhe.
Grande engano.
A vida já acontece, como o vai e vem das marés.
Tudo está conectado, tudo já existe, nenhum átomo novo poderá ser criado. O que é criado e modificado é somente a sua forma (física).
A vida é um eterno testemunhar das belezas do Universo. Achar que somos algo além disso, é cair nos jogos (de ilusão) do ego.
Embora a divindade nos habite, não somos Deuses (ainda).
Ainda há muito o que testemunhar e desapegar para nos tornarmos um com o todo.
E a ponte, a escada, a cola, o pulsar da vida que conecta o mundo dos homens ao mundo do(s) Deus(es) é somente o amor, sendo o primeiro e mais desafiador degrau o auto-amor.
Na frase "Amai ao próximo como a ti mesmo" já está subentendido que o amor próprio já deve estar estabelecido em seu ser antes de querer abraçar o mundo.
Nunca desista de caminhar em direção a esse amor divino que permite humanos se tornarem constelações. Desapegue-se de pretenções do ego, do controle. Seja apenas uma testemunha do seu trilhar que logo reconhecerá os padrões energéticos que regem a existência, e quem sabe, a moradia da calma, do desejo e do pensamento.
FÔLEGO DE LÁGRIMAS
"Ruas enlatadas em sonhos de valsa, baila a noite no dia que se acaba. O céu se quebrou em cacos de chuvas, quem diria, o Senhor Deus fez nascer flores nas feridas! Nas plumas dos anos, me apego no balanço, logo no colo da paz, em meu lance te lanço. A conjugação conjugou minha ação, e no cabeçalho da dor, um alívio no meu topo brotou. Quero remar! Não só quero remar! [...] Quero, na verdade, nocautear os meus erros, com os levantes dos acertos. Quero navegar na esperança, mesmo quando minhas lágrimas forem meu único ar".
Gleydson Sampaio das Neves
Belo Horizonte, Março, 2019.
A busca espiritual não é feita de respostas, mas de perguntas.
Toda caminhada nasce quando despertam questionamentos que jamais imaginamos que um dia poderíamos nos fazer.
Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Qual o propósito da minha vida? Afinal, o que é existir?
O verdadeiro despertar é feito de perguntas.
LABAREDAS
De João Batista do Lago
Minha poética ‒ chama eterna que arde! ‒
Movimento são de vívidas labaredas
Inquietas procuram todas as consciências
Seja nos casebres ou salões das nobrezas
É flecha mortífera que fere a destreza
Miserável luz de toda dominação
Capaz da subjugação sobre qualquer néscio
Incapaz de perceber sua escravidão
É bala de ouro matando a servidão
Do fiel encantado pelo vil discurso
Hóstia de fel ofertada como pão
Alimento de toda opressão miserável
Que mascara de toda vida o amargor
Encarcerando o ser na história de dor
DIAFANEIDADE
De João Batista do Lago
Essa vontade de potência rege a vida
Transmigrando almas para novas essências
Transgredindo toda a inútil moral servida
Nos banquetes de vetustas inconsciências
Essa moral enfatuada por certo é morte
Da sublime nobreza que sempre te reluz
Deseja enganar-te… quer ser litisconsorte
Oferecer-te a alcova que a tudo reduz
Foge de tão loucas e insensatas promessas
Jamais te deixará alcançar toda virtude
Roubará por certo o vigor da juventude
Corolário supremo de toda verdade
Que te premia a carne-vida desde o princípio
Alma pura retornarás se te cuidares
ANTIALEXANDRINO
De João Batista do Lago
Inclino-me a quebrar
todas tuas santas regras
Não há coisa mais ve-
lha que tê-las presente
Todas as suas amar-
ras são paletas negras
Que prendem o pensar
livre em virtual corrente
A tua linguagem sô-
frega afasta o ser jovem
Espírito sui ge-
neris... indiferente…
Avesso do teu ver-
so tão insignificante
Que nada faz sentir…
pois é tudo desordem
Deixa-me aqui liberto trovador vetusto
Toma teu veludoso fardão nobre bardo
Mortalha ele será para tua pobre lira
Não me queiras tu indicar novos caminhos
Seguirei os meus com os meus pergaminhos
As pedras do meu caminho eu mesmo as tirarei
Choque cultural.
Antigamente era algo normal a família sentar, todos juntos, para almoçar. Era normal uma reunião de família.
Hoje não é mais assim, ao que parece, a nova geração não é mais tão ligada nisso. Isso provoca um choque cultural e datas como a de hoje viram motivos de desentendimentos.
Para os mais antigos hoje era um dia de reunir a família e comemorar. Hoje em dia para os mais novos, em sua maioria, é um dia comum. Esse choque cultural é o pivô das reclamações dos mais antigos para com os mais novos.
As coisas mudam, as culturas mudam, mas nem todos mudam junto. A antiga geração não entende muito bem a nova geração onde não existem mais laços tão fortes com a família. Não que eles não existam, mas não são tão fortes quanto eram antes.
Para a nova geração: Entendam que as reclamações fazem parte da cultura dos mais velhos, na criação deles a presença era algo muito importante, quase que sagrado, dias comemorativos era "o dia da reunião da família". Como isso quase não existe mais, seus parentes mais velhos sentem falta e reclamam tentando falar "isso está errado"
Para a antiga geração: Entendam que hoje vivemos num mundo onde tudo que envolva laços emocionais perdeu valor, as coisas não são mais como antes. Entendam que não é que os mais novos não ligam para nada, mas eles tem o jeito deles de gostarem baseado na geração deles. Não criem expectativas em cima deles. Eles gostam sim de vocês, mas o "gostar"de hoje não é mais igual ao "gostar" de antigamente porém isso não quer dizer que gostem menos ou mais. Apenas gostam.
É complicado sim de entender, mas não briguem, apenas tentem ver com os olhos dos outros, o mundo está passando por um grande processo de mudança cultural e as coisas já estão complicadas o suficiente para todos. Não piorem!
Você é responsável por você e não pelos outros. Tenha a capacidade de assumir suas responsabilidades sem ter que jogar nas costas dos outros. Nem todo mundo aceita carregar o fardo que não lhe compete (Ainda bem!)
Ninguém é obrigado nem "tem que" fazer você ser ou se sentir. Isso é seu papel. Sua vida, suas escolhas, seu corpo, sua mente... seu, seu, SEEEEEU!!! Quando você for mais seu e menos dos outros aí sim vai conviver em paz com você e com os outros.
Aprenda a viver só, para ter maturidade e capacidade de viver com outras pessoas. É egoísmo? Não, é apenas o jeito que você irá aprender somar com outras pessoas.
Não seja igual, não subtraia e não divida, some.
Dizem que os verdadeiramente humildes nunca pronunciam sua humildade. Me pergunto até que ponto isso é verdadeiro. Se não a pronunciam: ou não sabem que são, ou privilegiam a aparência de sê-lo pela própria omissão.
No primeiro caso, ou há ignorância, ou desinteresse; no segundo, há vaidade, incoerência. O humilde não pode ser ignorante, não pode agir sem ter ciência do resultado das suas ações, ou mesmo o que elas acarretam. Um animal não pode ser humilde, pois não sabe porque faz o que faz.
Logo, só resta uma forma: o desinteresse. O verdadeiramente humilde só pode ser o desinteressado, que não age por vaidade, que tem consciência, mas não se importa o suficiente com etiquetas. Somente faz porque o quer, porque não poderia agir de outra maneira. Esse sim, é humilde.
Não considerando o amor como necessidade e sim como complementação, vamos refletir um pouco.
Todo mundo deve ter esse pensamento de se casar e ter filhos, acreditam na perseverança, na felicidade ao lado de alguém; porém, eu tenho um pensamento bem platônico a respeito disso, acredito que aqui na terra vamos conhecer apenas sensações, nunca vamos saber ao certo o que é de fato o amor, vamos descobrir inúmeras outras coisas, como ilusão e falta de reciprocidade por exemplo; vivemos apenas um devaneio, um sonho de como é o amor verdadeiro, e a todo momento tentamos alimentar esta perspectiva com qualquer outro ente que se preze a essa situação,é praticamente manter acesa a chama em meio a tanta umidade.
DESPERTAR DO SER
De João Batista do Lago
Sinto o desespero dos sujeitos
que se desgraçam em seus desejos,
que se perdem no lodo de suas verdades,
que se encavernam em suas culpas,
que se morrem sem a possibilidade do renascer!
Esses garimpeiros de desejos
são profetas cosmológicos insanos,
enclausurados em suas distopias seculares;
pouco sabem da potência da força
que lhes podem transformar em demiurgos!
Plenos de suas verdades seculares
subjugam o outro sob o canto do amoral,
arrastando massas para o sepulcro abismal
sob o em riste da espada ditatorial,
que degolará qualquer mente que não se pretenda igual!
Ó irmãos de culpas várias e impostoras,
Não vos acomodeis com o jugo opressor,
Não aceiteis as sombras como realidades únicas,
há, por certo, força luminosa em vosso corpo
capaz de livrá-los dos proféticos grilhões
(Aí, então, sabereis do novo renascer e
aprenderás que a única liberdade possível
é a liberdade que te permitirá demiurgo do ser.)
As três naturezas filosóficas do ser humano:
Egoísmo;
Alienação;
Ignorância;
Somos alienados, egoístas e ignorantes por natureza.
Egoísmo:
O mais egoísta é aquele que vive dentro de e somente de si.
O menos egoísta é aquele que se mata, porque assim não interfere na existência de outrem.
Alienação:
O mais alienado é o indivíduo que vê apenas o que lhe convém.
O menos alienado é aquele que não se limita somente a própria visão.
Ignorância:
O mais ignorante é aquele que não tem consciência da própria ignorância.
O menos ignorante é aquele que tem consciência da própria ignorância.
Pensamentos Soltos
Algumas pessoas querem nos fazer crer que para pensar, nos mulheres precisamos abdicar do amor, como se o amor fosse com cancro infeccioso que afetasse essa rede de neurônios que dá sustentação ao pensamento. Ora, ora, o que seria do dito humano sem o sustentáculo do amor? Não foi do amor que nascemos? Não foi graças a ele que ganhamos força, coragem para nos erguemos como senhoras de nós mesmas? E quando se fala de amor, não se abre um leque enorme de possibilidades, todas com o "rótulo" de amor? O próprio Nietzsche falou de amor com tanta propriedade em vários momentos nos seus livros.
Será que é o machismo que nos impõe a condição de que mulheres só respiram na atmosfera do amor, ou somos nós mesmas que não nos sentimos mulheres suficientes para atuar em todas as esferas do cognitivo?
Para ser uma pensadora eu não preciso abrir mão de ser mãe, mulher, amante, profissional ou qualquer outra "função" biológica, sociológica, psicológica... e outras "lógicas" destinadas à mulher.
Sempre achei pobreza intelectual, fraqueza emocional colar no peito o estandarde oco de niilista e olhar para o ser humano como uma "coisa" meramente biológica.
Não somos só isso! Somos um corpo biológico habitado por uma alma.
E digo mais, de que adianta ter lido todos os livros de Nietzsche, Sartre, Schopenhauer, Dostoiévski e tantos outros, se você não sabe lidar com questões que envolvam amor, com seus sentimentos, com suas inquietações.
Para mim essa pessoa é apenas um ser pela metade. Jamais na minha vida eu quero ter a limitação dos que não sentem, dos que só filosofam e jogam no dia a dia a poeira venenosa da sua intelectualidade mórbida. Sou mulher, amo, penso, e não tenho medo do amor, porque amor é o ar que nutre a própria filosofia que me sustenta.
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