Textos de Esquecimento

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Eu sou aquela enganada, que diz que te esqueceu mas daria a vida por mais um beijo seu. aquela segura, que muda de opinião toda hora. aquela perfeição, que tem mil defeitos. aquela quieta, que adora conversar. aquela vingativa, que te perdoa. aquela malandra, que cai feito patinha. aquela insegura, que sabe o que quer. aquela apaixonada, que ama com medo de se arrepender e ignora pra não sofrer mais. aquela indecisa, que vai embora quando quer ficar. aquela fácil de acreditar em promessas, que acredita nas suas palavras, mas não tem certeza. aquela confiante, que confia no hoje e desconfia do ontem. aquela só, que se sente sozinha quando há tantas pessoas ao seu lado. aquela esperta, que entende quando precisa ser entendida. aquela decidida, que de vez em quando volta atrás. aquela cantora de chuveiro, que canta músicas pra tentar esquecer. aquela corajosa, que tem medo. aquela diferente, que não te vê do jeito que todos veêm e percebeu que o comum não a atrai. aquela que sempre quer um começo, mas tem medo do fim...

Esqueceram de me avisar que procurar motivos pra viver é uma luta eterna, e que essa guerra é só minha, embora nem sempre eu esteja sozinha. Esqueceram de me avisar que o mundo não é justo e que a verdade nunca é uma só. Não há fórmulas certas pra ser feliz. Esqueceram de me avisar que eu não posso me entregar na mão de ninguém, pois mais cedo ou mais tarde as pessoas vão embora e eu vou ter que saber o que fazer comigo. Esqueceram de me avisar que a vida é curta, mas se eu não souber viver ela será mais curta ainda. Deveriam ter me contado que existir quase nunca é fácil, mas que sumir do mundo é bobagem quando se lembra que amanhã é outro dia e tudo pode acontecer. É natural se perder de vez em quando, só não desista de se encontrar.

É difícil compreender o rumo da vida em alguns momentos. Mas de uma coisa não se pode esquecer: nada é a toa. Às vezes, o melhor parece ser o pior, e o certo aparenta ser errado, mas tudo faz parte, tudo contribui ao crescimento e tem um porquê. Viver vai muito além de explicações e ultrapassa todo e qualquer entendimento.

O essencial é aquilo que, se nos fosse roubado, morreríamos. O que não pode ser esquecido. Substância do nosso corpo e da nossa alma... Os poetas são aqueles que, em meio a dez mil coisas que nos distraem, são capazes de ver o essencial e chamá-lo pelo nome. Quando isto acontece, o coração sorri e se sente em paz...

Rubem Alves
O Retorno e Terno

Nota: Da crônica intitulada: As Coisas Essenciais

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Eu sou o tipo de pessoa que, quando quero bem, quero muito. Se não, esqueça. Não desejo mal a ninguém, pode apostar. Mas não tire meu sossego. Meu sono. Não tire minhas palavras. Não roube o que é meu. Eu só tenho um coração. Sou bondade, vontade, e, às vezes, sou leal se quiser. Mas não me confunda: sou boa. Boazinha, jamais! Ah, não mesmo. Tenho cara de menina, mas minha intuição já foi e voltou enquanto você planejava e se distraía com meus cílios grandes. Quer saber? Só não entendo o motivo de tanto esforço. Eu só queria descobrir o que você pretende. Você quer me entender? Eu não sou de entender. Eu sou de amar. De matar. De morrer. Por que você sente prazer em descobrir minha vida? Você não cabe nela. Desculpe, não mesmo. E tudo o que falo pra você é mentira. Sabia? É. Minhas verdades são, para você, deliciosas mentiras que ensaiei.

Estou tão cansada de estar aqui, tentando viver um dia de cada vez, tentando esquecer as coisas, querendo uma coisa que está parecendo cada vez mais complicado de se conseguir. E parece que o meu medo de tomar alguma atitude sobre essas coisas, me corroe por dentro e me impede de agir, de colocar tudo a perder. Isso me confunde a cada momento.

Nunca se esqueça de uma coisa: a lei do retorno tarda, mas não falha. Nunca faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. Às vezes a gente até acha que está fazendo a coisa certa e nem nos damos conta de que estamos prejudicando alguém. Por isso, antes de tomar qualquer atitude diante de uma situação que envolva outras pessoas, pare e reflita: e se fosse com você?

porque, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. o quanto uso das partes que brigam dentro de mim. há muito, eu me confundo. porque metade não tem medo e levanta os braços, na descida da montanha-russa. olhos abertos, enquanto outra acha melhor enfrentar a queda com as mãos na barra. segurando forte. espremendo os dois olhos, fechados, desde o começo do percurso. metade prefere brincar na beira da praia. no raso. enquanto outra não vê problemas em pular dezenas de ondas e nadar onde a pequena bandeira vermelha, agitada pelo vento, avisa sobre o risco. sobre o possível afogamento. porque, há muito, eu erro a receita do equilíbrio. uso a parte que não deveria na hora em que não poderia. me confundo com as metades que brigam dentro de mim. porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada. pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa. seta torta, avisando sobre o perigo. metade não suporta a burrice, a pequenez, a lerdeza. outra, sempre calada, tolera a banalidade. engole a ignorância. convive com a mediocridade. há muito, eu erro a mão. a dose. me confundo com o que devo usar. porque metade briga. explode. dedo apontado na cara, enquanto outra se recolhe, quieta, debaixo da cama. no quarto fechado. no tudo escuro. metade berra. outra sussurra. tenho uma parte que acredita em finais felizes. em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. tenho uma metade que mente, trai, engana. outra que só conhece a verdade. uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. outra que sobrevive sozinha. metade auto-suficiente. mas, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. me perco. há dias em que uso a metade que não poderia. dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria. porque elas brigam dentro de mim, as metades. há algumas mais fortes. outras ferozes. há partes quase indomáveis. metades que me fazem sofrer nessa luta diária. Não deixar que uma mate a outra.

Eu já fui, já voltei, já tentei esquecer, já me iludi, já me decepcionei, já tentei. Já vivi de muitos "já" estou cansada de tudo isso me perturbar, estou cansada de tanto sentimento pra quem não merece nem se quer um calor do momento. Estou cansada de estar pra você, de estar pra pessoas que não merecem nem um pouco de mim, e quando a gente cansa, não quer dizer que fomos idiotas todo esse tempo. Quer dizer que fomos seres humanos, diferentes e capazes de aturar isso tudo e, por fim, tudo aquilo que me faz mal eu aprendi a jogar pro alto e dar só um sorriso e tchau!

E eu to aqui. Apesar das bobagens, do egoísmo, da maldade, da fidelidade esquecida. Apesar dos sonhos destruídos, das vidas acabadas, das histórias mal contadas. Eu continuo aqui. Embora nada seja do jeito que eu sempre quis, embora as pessoas nunca consigam ser sinceras, embora um dia o amor termine. Ainda to aqui. Apesar da destruição, apesar da falsidade, das futilidades, das inúmeras fatalidades. Acho que ainda continuo aqui. e não importa o tempo que leve eu só quero encontrar a minha vida e ser a vida de alguém. Não importa de quem seja.

Não se deve esquecer a seguinte regra: o inconsciente de uma pessoa se projeta sobre outra pessoa, isto é, aquilo que alguém não vê em si mesmo, passa a censurar no outro. Este princípio tem uma validade geral tão impressionante que seria bom se todos, antes de criticar os outros, se sentassem e ponderassem cuidadosamente se a carapuça que querem enfiar na cabeça do outro não é aquela que se ajusta perfeitamente a eles.

Eu tentei. Só que tentar e esquecer não são duas coisas que funcionam bem juntas. E, mesmo tentando, minhas mãos continuaram buscando teu corpo, em outras pessoas. Meus olhos, desesperados, ainda procuravam pelo teu rosto no meio da multidão. Ouvi mil vozes, procurando o timbre da sua risada. Roubei diversos corações, mas não foi a mesma coisa. E assim eu sigo, só… Tentando. Tentando, andando e continuando. Te aviso quando conseguir.

Sim, eu tenho medo do esquecimento terreno. Mas, quer dizer, não quero parecer meu pai nem minha mãe falando, mas acredito que os seres humanos têm alma, e acredito na manutenção da alma. O medo do esquecimento é outra coisa, o medo de não ser capaz de dar a minha vida em troca de nada. Se você não vive uma vida a serviço de um bem maior,precisa pelo menos morrer uma morte a serviço de um bem maior, sabe? E eu tenho medo de não ter nem uma vida nem uma morte que signifique alguma coisa.

Sabe, tá difícil amar, tá difícil esquecer, tá difícil achar alguém pra amar, mas que não seja você. Tá difícil chorar, tá difícil escrever, porque as lágrimas correm, na carta que escrevo pra você. Lagrimas malditas, que escorrem sem querem, chamam por teu nome, porque o que queria era te ver. Queria esquecer, e nunca mais lembrar, lembrar do teu sorriso, que ainda me faz viajar. Esquecer o teu olhar, queria esquecer você, mas é impossível esquecer, alguém que sempre vou amar, esse alguém sempre será você...

Todos nós, em algum momento, deixamos de aproveitar a vida e de valorizá-la. Esquecemos de fazer as coisas importantes e de ficar com quem gostamos. No fim das contas, somos seis pessoas normais que acham divertido cantar para vocês. Quando escuto uma melodia me emociono, porque cada música tem sua magia e isso faz com que eu esqueça dos problemas.

Na utopia é fácil esquecer-se da realidade. Uma é a vida e sete são os mares. Náufragos, temos a escolha do que fazer com o fôlego que nos foi dado, e é a escolha que nos dá a oportunidade de pôr fogo na embarcação. Queimar os navios. Deixar nossa vida de lado ao entrar mata adentro em terras em que a ganância reina, onde o sangue do justo é derramado e o respeito à vida é deturpado. Já dizia o mestre que passou por esta mesma trilha: "aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida, achá-la-á".

Eu sei que sou pegajoso, triste, dramático, inseguro, louco, carente, mas você esquece que, pra você, eu tenho várias qualidades. A melhor delas, que me fez sobreviver até hoje, é que eu sou só. Sou só quando deixo de sair pra pensar em você, sou só quando fico deitado esperando que, em sua existência perfeita, você lembre de falar pelo menos um "oi" pra mim. Eu poderia fazer milhões de coisas, mesmo porque o mundo não se resume a você, mas eu prefiro, sim, ficar na minha, fechado para o mundo, aberto para você. Todos os lugares que eu poderia ir ou todos os momentos que eu poderia viver não teriam a menor graça sem esse sorriso meio bobo, amarelo, puxando as narinas para os lados. Mesmo assim, eu detesto quando você me deixa sozinho com meus pensamentos, enquanto as paredes se fecham em mim sem eu poder, ao menos, te explicar em cada detalhe o que diabos me faz pensar em você o tempo todo. Todos os dias eu tenho tentado fazer você se esvair da minha mente, queria ficar longe do celular e do computador, ou qualquer coisa que me fizesse lembrar da sua existência. Ultimamente, tenho me olhado bastante no espelho, tentando, em partes, meio que encontrar minhas forças que parecem estar perdidas debaixo de todo esse spray para cabelos. Normalmente, choro ao me ver lá, tão singelo, tão emotivo e, ao mesmo tempo, seco como galhos de árvores no outono. Passo um tempo sentado no chão, mas não sei se é por falta de forças, por medo ou só porque me sinto um lixo mesmo. Estar sozinho mudou minha vida, mas o que me entristece é ver que você poderia ser feliz comigo. E eu sei que seria.

Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar... No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor! Ás vezes, é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o ultimo comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo porta fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre-forte e que a seguir se esqueça do código!!! Às vezes, é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar nem partilhar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir... E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar... Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira... Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar... Até se conformar e um dia então ESQUECER...

Tantos estão à procura do grande amor e encontrá-lo é possível. Só não se deve esquecer, jamais, que você poderá ter o melhor parceiro ao seu lado, mas será infeliz se não tiver um romance com a própria vida. Contudo, para alcançá-lo, terá de deixar de ser escravo dos padrões de beleza do sistema, se amar intensamente aceitando-se como se é.

O que as pessoas se esquecem é o quanto é bom quando a gente se livra desses segredos. Sejam bons ou maus, pelo menos eles foram liberados - quer gostemos ou não. E uma vez que seus segredos foram escancarados, você não tem mais que se esconder atrás deles. O problema com os segredos é que mesmo que você pense que está no controle... Você não está.