Textos de Chico Chavier sobre o Amor

Cerca de 105394 frases e pensamentos: Textos de Chico Chavier sobre o Amor

⁠TAPERA ESQUECIDA

De passagem no Sertão,
Eu parei pra contemplar
A tristeza de um lugar
Esquecido num grotão.
A palavra solidão
Não descreve uma tapera
Tão deserta que coopera
Com o vil termo ruína...
A Caatinga Nordestina
Dizimada não prospera!

Na tapera eu vi sentido
D’um celeiro de lembrança
E lembrei que fui criança
Num lugar bem parecido.
Senti-me desprotegido,
Órfão de identidade
Tomado pela saudade
Do meu tempo pueril...
Retomei o meu perfil
Com certa dificuldade!

No terreiro desolado,
Um grande mandacaru,
Ao longe pés de umbu,
Pinhão na cerca trançado
Que apesar de estar florado
Parecia mais alerta
Naquela cena deserta
Como um aflito recado
De um chão desertificado
Em decadência, na certa.

Apenas um solitário
Concriz catando no mato
Na calha de um regado
Seco compondo o cenário,
O pássaro qual relicário
Trouxe-me sinal de vida.
Apressei minha partida
Um tanto impressionado
Por ali ter contemplado
A tal tapera esquecida.


Inserida por chico_mulungu

⁠SOB AVARIA

Sinto-me sendo punido,
Porque o véu da poesia
Fez de mim um ser ungido
No parnaso e na porfia
Da verve que alimenta
Os poetas de magia.

Só sendo castigo ou erro
Em minha epigenesia...
Quem sabe minha genética
Ocorreu sob avaria?
Sou como espuma-do-mar
Dispersa na maresia!

Na ruminação do tempo
Tenho buscado trazer
O fardo que me pertence
Sorrindo, pra não sofrer,
Na ordem do crescimento
Das malhas do meu tecer.

Causei ciúmes no amor
Que um dia me amou também,
A despeito dos meus versos
Procurou me ver além...
Mas restou-me a poesia
Por ser o meu único bem!


Inserida por chico_mulungu

⁠O ROUXINOL E EU

Por vezes, quando eu canto, o rouxinol
Responde-me trinando o seu cantar,
Mas sei que ele quer mesmo é me agradar
Nas manhãs que saudamos ao deus sol.

O meu trovar tropeça em tom bemol
Já que o meu canto é simples laurear...
E o rouxinol, contralto singular
Que por si só encanta, qual farol!

Mesmo assim eu me sinto tão feliz
Por ser de cantador, um aprendiz
Que vive a declamar os versos seus.

O rouxinol e eu, consortes somos,
O que já me é bastante, pois compomos
Ajustado dueto... Préstimos meus!


Inserida por chico_mulungu

⁠PONTEIO À MADRUGADA

Eu não sou de improvisar,
Mas se verso é na bitola
Saltitante, cabriola
Com um quê de emocionar.
Já fui carcará a ciscar
Na terra fértil sulcada...
Se ponteio à madrugada
Meu arpejar denuncia
Que respiro poesia
Junto com a passarada!

Sou difícil de juntar
Se me espalho... É minha sina
Ser um galo de campina
De galho em galho a trinar
Ou calango a rastejar
Em lajedos da Caatinga,
Meu camuflar de coringa
Me esconde e ninguém acha
No barro do chão que racha
Se não chove e nada vinga.

Sou o aboio do vaqueiro
No semiárido cinzento,
Ligeiro quão pensamento
A peitar o marmeleiro,
Flor e fruto de cardeiro
A desafiar mormaço,
Eu sou água de cabaço
Na sombra da umburana,
Sou tapera, sou choupana
Esquecida qual retraço.

No meu tempo de menino
Eu fui rico fazendeiro,
Plantação de umbuzeiro
Tratei com zelo e refino.
Fui calça boca de sino
Em caminho de carrapicho,
Não tive medo de bicho,
Sempre fui desassombrado
E estradeiro acelerado
Destacado por capricho.

Eu sou desse mundo agreste
Onde fui peão no eito...
Chão que tem o meu respeito
No coração do Nordeste.
Caboclo é Cabra da Peste
No Sertão Paraibano,
Tem miolo, tem tutano,
Tem um que de sábio ser
Que o tempo sabe ler
Em cada estação do ano.

Convidei um rouxinol
Para uma parceria
Quando entrei na moradia
Tão deserta quão paiol.
Na viola um tom bemol,
Começamos a cantar...
Mas terminei por chorar
De tanta melancolia,
Tudo se fez poesia
Ao voltar ao meu lugar.

Inserida por chico_mulungu

⁠QUANDO A NATUREZA EXCEDE
NA BELEZA SINGULAR

Os que contemplam o belo
Na fauna e no vergel,
Nas nuvens soltas no céu,
Num fruto, num cogumelo,
Num veio d’água singelo,
Vivem a valorizar
O meio ambiente, o lar
Onde vive e até se mede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.

O poeta que se inspira
Nas cores que a natura
Dispensa com a ternura
Do arco-íris que tira
O fôlego de quem o mira,
D’um artista a pincelar
Quadro que faz meditar
No abstrato que procede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.

As flores que na floresta
Enchem a vista da gente,
Faz qualquer olhar plangente
Convidado para a festa,
Nos embala na seresta
D’aves a cantarolar,
De um constante sibilar
Logo passa a ser a sede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.

Do tucano ao beija-flor
Tem beleza sem igual,
Capacete de calau
Também tem o seu valor
E faz parte do esplendor
Da fauna espetacular,
Costa litorânea, o mar,
Amazônia que não cede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.

Nos mistérios do pavão,
Na semente germinada
Dando fruto que agrada
Quando há degustação,
Num quintal de criação,
Galinha a cacarejar
É como gado a pastar
No cercado que concede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.

O sol nasce do arrebol
Para aquecer a manhã
Do lago da jaçanã,
A estender seu lençol
Para que o girassol
Desabroche ao luar
Quão poesias no ar,
A ternura é que sucede
Quando a natureza excede
Na beleza singular.


Inserida por chico_mulungu

TODO TEMPO O TEMPO TODO

Majestosa é a natura
Que apresenta fauna e flora!
Coloração se mistura
No Vergel a toda hora!

Eu que sou um nordestino
Que tem força igual bambu,
Meu contemplar vespertino
Exalta o mandacaru!

Sobre o bem viver das aves
Quase sempre me debruço...
Porque vivem sem entraves,
Com Deus controlando o pulso!

Todo tempo o tempo todo
Pulsa a vida em nosso ser,
Não importa, se no lodo,
Ou onde o ente viver!

"A Poesia é" mui bela...
Nos eleva às alturas...
E nos faz navegar nela
Sobre mares de ternuras!


Inserida por chico_mulungu

⁠MANDACARU EM FLOR

A flor do mandacaru
Traz beleza e esperança
Ao semiárido cinzento,
Qual marco de confiança,
A transmitir singeleza
À Caatinga, à natureza,
Num sugerir de aliança.

Desabrocha entre espinhos
Esbanjando majestade,
No atrair de passarinhos
Que a beijam com bondade.
Mandacaru faz-se grato,
Floresce solo, no mato
Seco, mostrando humildade.

O mandacaru em flor
Devolve vida a savana,
Mata branca nordestina
Que de seca, desengana!
Bendito seja o cardaeiro
Que junto ao juazeiro,
Mostra resistência e gana!

Salve o vermelho fruto
Do mandacaru primeiro,
Sã porção que alimenta
A atraídos pelo cheiro,
Passarinhos, roedores,
Que desfrutam dos primores
Presentes no tabuleiro!

Inserida por chico_mulungu

A política, a Religião e o Futebol só serve para dividir o povo, são paixões capazes de imbecilizar o homem, pois, toda contestação é inútil. Discutir racionalmente com o outro uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo.

Visto que os tolos acreditam que politica, religião e futebol não se discute, por esse motivo os ladrões continuam no poder e os falsos profetas continuam a pregar, conscientes de que o melhor catalisador para o emburrecimento é o apego incondicional a uma ideologia.

Todos sabemos que a Política, a Religião e o Futebol há muito tempo tornou-se a arte da conquista e da conservação do poder e a luta contra essas instituições são difíceis, porque elas são organizados, e nós não.

Com adaptações de Chico Nauta

Inserida por Tocadolobo

Carta às mães

Minha irmã, se Deus te deu.
A luz da maternidade,
Deu-te a tarefa divina
Da renúncia e da bondade.

Busca imitar no caminho
A Rosa de Nazaré,
Irradiando o perfume
De amor, de humildade e fé.

Lembra sempre em tua estrada,
Que a paz de tua missão
É feita dessa ternura
Que nasce do coração.

Contempla em cada filhinho
Um luminoso sorriso
Da alegria dolorosa
Que te leva ao paraíso.

Porque, ser mãe, minha irmã,
É ser prazer sobre as dores,
É ser luz, embora a estrada.
Tenha sombras e amargores.

Ser mãe é ser a energia
Que domina os escarcéus,
É ser nas mágoas da Terra
Um sacrifício dos céus.

Pensa nisso e não duvides
Da grande misericórdia,
Que te deu na senda escura
A lâmpada da concórdia.

Ouve ainda. Tem cuidado
Com o teu próprio coração.
Não deixes que se transforme
O teu amor em paixão.

Muita vez, a mãe terrestre.
Em vez de salvar, condena,
Porque do amor que redime
Faz a paixão que envenena.

Há muitas mães nos Espaços
Chorando na desventura,
Os perigosos desvios
De sua imensa ternura.

Ama o filho de outra mãe
Qual se fora teu também,
E estarás santificado
Teu lar nas luzes do Bem.

Castiga amando o teu filho
Em teu carinho profundo.
Prefere o teu próprio ensino
Às tristes lições do mundo.

Recorda que está contigo
A missão de renovar,
De corrigir perdoando,
De esclarecer e ensinar.

Nos teus exemplos repousa
A esperança do Senhor,
Que há de salvar este mundo
Por meio de teu amor.

Inserida por pensador

Carinho e reconhecimento

Querida Mamãe,

Pedindo-lhe me abençoe com o seu carinho de todos os dias, venho trazer-lhe meu abraço.
É sempre doce acenar, à senhora, com o sinal de nossa ternura, de nosso reconhecimento.
Tenho a ideia de que nós, seus filhos, somos pássaros incapazes de esquecer a árvoreacolhedora que os viu nascer.
Por muito vastos sejam os nossos voos, chega o momento em que sentimos sede do aconchego suave do ninho e, alegres e confiantes, tornamos aos seus braços, renovando as energias para as incursões no espaço infinito! Graças a Jesus, vemo-la corajosa, refeita.
A ventania arrasadora rouba-lhe os galhos de esperança, decepa as flores de seu ideal deesposa, mãe e mulher; mas a senhora permanece firme, à frente do temporal.
Rendamos graças à Divina Providência pela dádiva de sua coragem e de seu heroísmo.
As mãos de Jesus operam milagres nos corações que a elas se entregam com segurança.
Afastam pesares, curam chagas, adormecem a dor.
Levantam-nos para o trabalho e sustentam-nos na tarefa que nos cabe desenvolver.
Dissipam a neblina da angústia e acendem nova luz nos horizontes de nossa fé.
Multiplicam nossas forças, dilatando-as no serviço a que nos afeiçoamos a favor denosso próprio bem.
Cerram nossos lábios quando a fadiga nos sugere observações imprudentes e constituem infalível apoio para que não venhamos a cair nos despenhadeiros que se alongam nasmargens do caminho que devemos trilhar.
São arrimos valiosos que nos sustentam de pé, transportando-nos através de asas luminosas,às visões do Céu...
Procuremos, cada dia, as mãos do Senhor.
Sem elas, Mamãe, não seria possível um passo à frente, na estrada de redenção a quefomos conduzidos pela Bondade Celestial.
Com a senhora, aprendi a buscar esse bendito sustentáculo de minha jornada nova...
Deus a recompense por todas as bênçãos de sua maternal dedicação.
Ainda e sempre, rogo-lhe não esmorecer...
Com o Mestre da Verdade, sabemos que tudo perder no mundo transitório é tudo reencontrar na vida eterna.
Seu espírito valoroso tem sabido planejar o bem e executá-lo, sem desligar-se da certeza de que tudo é de Deus e de que tudo permanece n'Ele, nosso Amoroso Pai.
Compreendo-lhe a suprema renúncia.
Sem ela, contudo,não lhe seria possível realizar tanto, em nosso benefício.
É por isso que, em preces silenciosas e constantes, peço ao Senhor a conserve resistentee calma, nobre e forte.
Recordemos que as mãos de Jesus permanecem nas diretrizes de nossa marcha.
O tempo é um empréstimo de Deus.
Elixir miraculoso – acalma todas as dores.
Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma.
Com o tempo erramos, com ele retificamos.
Em companhia dele, esposamos graves compromissos e, por ele amparados, resgatamostodos os nossos débitos.
Enquanto acreditamos que o tempo nos pertence, muitas vezes, caímos presas de cipoais de sombra; mas, quando compreendemos que o tempo é de Deus, o nosso retorno à paz seconcretiza em abençoada recuperação de nós mesmos para o amor que tudo regenera e tudosantifica.
Confiemos, assim, no tempo que o Senhor nos concede à própria libertação e prossigamos convertendo nossos problemas em lições e as nossas lições em bênçãos da divina imortalidade.
Jesus está conosco e, ao toque de sua infinita bondade, todas as nossas experiências setransformam em motivos de felicidade imperecível.
A todos os nossos, o meu abraço carinhoso de sempre.
E beijando-a com o meu coração reconhecido, sou a filha sempre ao seu lado.

Inserida por pensador

Mãe

“Honrarás pai e mãe" – a Lei determina. Não te esquecerás, porém, de que nove mesesantes que os outros te vissem a face, a tua presença na Terra era um segredo da vida, entre odevotamento e o Mundo Espiritual.

Na juventude ou na madureza, lembrar-te-ás da mulher frágil que, sendo moça, envelheceu, de repente, para que desabrochasses à luz, e trazendo o ideal da felicidade como sendo uma taça transbordante de sonhos, preferiu trocá-los por lágrimas de sofrimento, para quetivesses segurança no berço.

Agradecerás a todos os benfeitores do caminho, mas particularmente a ela que transfigurou em força a própria fraqueza, a fim de preservar-te.

Quando o mundo te aclama a cultura ou o poder, o renome ou a fortuna, recorda aquelaque não apenas te assegurou o equilíbrio, ensinando-te a caminhar, mas também atravessoulongos meses de vigília, esperando que viesses a pronunciar as palavras primeiras, para melhor escravizar-se à execução de teus desejos.

Muitos disseram que ela estava em delírio, cega de amor, que nada via senão a ti, entretanto, compreenderás que ela precisava de uma ternura assim sobre-humana, de modo a esquecer-se e suportar-te as necessidades, até que lhe pudesses dispensar, de todo, o carinho.

Se motivos humanos a distanciam, hoje de ti, que isso aconteça tão-só na superfície dascircunstâncias, nunca nos domínios da alma, porque, através dos fios ocultos do pensamento,sentir-lhe-ás os braços, sustentando-te as esperanças e abençoando-te as horas.

Nunca ferirás tua mãe. Ainda quando o discernimento te coloque em posição diversa,em matéria de opinião. Porque ela se tenha habituado a interpretação diferente do mundo,não lhe dilaceres a confiança com apontamentos intempestivos e espera, com paciência, queo tempo lhe descortine novos horizontes, relativamente à verdade.

‘Honrarás pai e mãe – a Lei determina. Não te esquecerás, porém, de que se teu pai é o companheiro generoso que te descerrou o caminho para a romagem terrestre, tua mãe é o gêniotutelar que te acompanha os passos, em toda a vida, a iluminar-te o coração por dentro, com abondade e a perseverança da luz de uma estrela.”

Inserida por pensador

Meu tesouro

Agradeço, senhor, o mundo em verde e flor Que nos fizeste...
– A Terra – O lar de luz que se equilibra, em pleno Lar Celeste!...
Agradeço a esperança que me acalenta o ser,
A benção de servir, o Dom de compreender...
Agradeço a amizade em que meu coração se renova e se ufana, toda vez que se alegraou se refaz, no entendimento da ternura humana.
Agradeço a lição do sofrimento, no cadinho da prova em que me exaltas, entregando-me a dor por auxílio divino e apagando em silêncio as minhas próprias faltas !...
Agradeço a instrução e o carinho da escola,
O socorro do bem e a palavra tranquila que me ajuda ou consola!...
Agradeço a alvorada, o Sol que me sustenta e acaricia,
A noite que me acalma o pensamento, o pão de cada dia...
Entretanto, meu Deus, mais do que tudo, agradeço-te em prece enternecida
O regaço materno que me trouxe para a glória da vida!...
Em tudo, em todo o tempo e em toda a parte, sê bendito, Senhor,
Pela santa Mãezinha que me deste, me tesouro de amor!

Inserida por pensador

Minha mãe

Desejava, mãezinha, para testemunhar-te afeto e gratidão,
escrever-te um poema que me fotografasse o coração.
E, ao servir-me do verbo, quisera misturar
a beleza das flores e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os lírios do luar...

Anseio enaltecer-te! A palavra, no entanto, mãe querida,
não consegue mostrar as bênçãos incessantes que nos trazes à vida.
Em vão consulto dicionários! Não encontro a expressão lúcida e bela
que nos defina claramente a luz que o teu sorriso nos revela...

Ofereço-te, assim, ao carinho perfeito
o doce pranto de agradecimento que me verte do peito.
As lágrimas que choro de alegria refletem, uma a uma
as estrelas de amor que te engrandecem, – a tua glória em suma!

És tudo de mais lindo que há no mundo, – o agasalho, a ternura calma e boa,
o refúgio de santo entendimento, a presença que abençoa...
Desculpe, meu tesouro de esperança, se não te sei nobilitar
o reino de bondade e sacrifício, no sustento do lar!

E não sabendo, mãe, como louvar-te a celeste afeição,
rogando a Deus te glorifique a vida, trago-te o coração.

Inserida por pensador

Cada espírito é um canal de bênçãos, em se mantendo ligado às Leis do
criador.
Lembre-se: você pode espalhar compreensão e otimismo.
Contemple a fonte ao dissipar as formações de lama que se lhe atira à
corrente.
Não se detenha em pessimismo e azedume.
Qualquer tristeza manifestada impulsiona os tristes a ficarem mais tristes.
Fraqueza à mostra enfraquece os fracos ainda mais.
Encoraje o próximo com o seu sorriso, entregando suas mágoas a Deus.
Não se sabe de benefício algum que o desânimo tenha realizado.
Siga em frente, criando simpatia e amizade, esperança e cooperação.
Felicidade é um fruto que se colhe da felicidade que se semeia.
Plante amor e paz e a vida lhe trará farta colheita de paz e amor.
Quando a provação lhe apareça, terá surgido o seu momento mais
importante para comunicar fé e coragem aos companheiros.
Quando o sofrimento desponte na estrada de alguém, estará você obtendo
o instante dourado de auxiliar.
Haja o que houver, distribua confiança e bom ânimo, porque a alegria é
talvez a única dádiva que você é capaz de ofertar sem possuir.
Evite amargura e desespero, porque todos estamos seguindo ao encontro
do júbilo imperecível.
Se você não acredita que Deus é plenitude de paz e amor, alegria e luz,
pense que a Terra poderá envolver-se nas sombras da noite, mas haverá sempre no Céu a fatalidade do alvorecer.

Chico Xavier
LUIZ, A., Busca e Acharás
Inserida por RivaAlmeida

ABENÇOA TAMBÉM

Diante das vozes dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.
Em qualquer desajuste orgânico não condenes o corpo.
O operário há-de amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.
Abençoa teu coração. É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e alegrias.
Abençoa teu cérebro. É o gabinete sensível do pensamento.
Abençoa teus olhos. São companheiros devotados na execução dos compromissos que a existência te confiou.
Abençoa teu estômago. É o servo que te alimenta.
Abençoa teus pés. São apoios preciosos em que te sustentas.
Abençoa tuas faculdades genésicas. São forças da vida pelas quais recebeste no mundo o aconchego do lar e o carinho de mãe.
Eis que Deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre, no remédio que refaz, na palavra que anima, no socorro que alivia, na oração que consola...
Junto das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o corrosivo do desespero.
Abençoa também.

Inserida por Epena

Comentários Sobre o Estatuto de Poeta de Silas Correa Leite


Por Mestra Dra. Alice Tomé* Portugal


Viver em Arte poética é entrar na dimensão do infinito sem procurar razões, e, como tudo tem um princípio e um começo a ideia deste comentário para o Estatuto de Poeta nasceu das inter-relações via Internet do grupo «Cá Estamos Nós» criado por Carlos Leite Ribeiro, jornalista, poeta e ensaísta português.

Se toda a canção é um poema, - para quem nasceu quase a cantar, dizem – é uma honra muito grande esta solicitação de comentar a obra – Estatuto de Poeta - de Silas Corrêa Leite, poeta e professor, que como todos os Estatutos são o caminho que se deve seguir para atingir os fins; e, como ele próprio escreve «Ser poeta é minha maneira/De chorar escondido/Nessa existência estrangeira/Que me tenho havido».

Uma maior honra ainda porque não trilhando directamente os caminhos científicos de Artes e Letras mas, sim, de Ciências Sociais e Humanas, e mais precisamente da Sociologia da Educação, a questão poética é algo que brota naturalmente em mim, como o riacho que nasce na montanha e vai escalando os espaços até se tornar uma força corrente e se juntar a outras correntes que lhe dão ainda mais força, e onde tantas vidas vão beber, alimentar, refrescar, repousar, sonhar, criar (…), e, em terras de Beirãs, do rio Côa os antigos contavam: «Quantos moços…Quantas moças?/Lenços brancos aí lançaram?/A corrente os arrastou/E sua benção partilharam…(Alice Tomé, Café Literário3, Editores Associados & Blow-Up Comunicação, São Paulo, Brasil, 2002)»

O Poeta e Educador Silas Corrêa Leite já tem um longo caminho poético percorrido, feito de experiências vividas, aprendidas, interiorizadas e como ele diz: «Não somos brancos, vermelhos, pretos, ou amarelos/Somos a Raça Humana…». E, para melhorar esse caminho «humano» nasce o Estatuto de Poeta que, por certo, logo no artigo 1º não deixa dúvida da sua grandeza e ambição na procura da Felicidade: «Todo o Poeta tem direito de ser feliz para sempre,…». Essa procura da Felicidade – essência da pessoa – que cada Ser vive e procura à sua maneira, que se mostra e esconde e não tem retorno; ou se vive ou não existe, algo sem definição, como a própria poesia, existe, sem mais, e, diria Manuel Bandeira «O verdadeiro poeta não acredita em Arte que não seja Libertação».

Bebe-se a água cristalina da fonte, bebe-se o vinho de pura casta que sacralizado se transforma em vida…,e, pensa-se poesia no silêncio ou na celeuma, porque poeta está para além do tempo e da razão, «…Poeta bebe…(artº. Quarto)».

Todos os Artistas transgridem as normas sociais, todos saltaram barreiras, todos, no sentido da normalidade, fizeram loucuras porque a deificação da Arte e Poesia é cósmica, é mística, é dogmática, e, o seu criador é uma mistura/mélange disso tudo, onde a Estética criadora existe na «Sonsologia do Ser, do já vivido ou do já sentido, (Mario Perniola)», e, nesse cruzamento de Olhares, visões e sensações nasce a obra, criação sua, fruto seu e sempre único, mesmo que em algo se assemelhe à Escola de uma vida feita de «Retalhos e Colagens» que os Autores (re)criam dando-lhe outra dimensão, outra existência, outra roupagem, à maneira de Miguel D’Hera ou de Eduardo Barrox e tantos outros…O artigo décimo, deste Estatuto de Poeta, transporta-nos até essa dimensão natural : «Poeta poderá andar vestido como quiser…».

A poesia vive-se, dá-se, partilha-se entre amigos, e, nesse acto de solidão, de sensualidade, de saudade, de comunhão que nos transportam os versos de autores, pertencentes ao passado e ao presente, grandes vultos poéticos que marcaram a nossa identidade Luso-Afro-Brasileira, como: Luís de Camões, Gil Vicente, Almeida Garrett, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, António Nobre, Florbela Espanca, Miguel Torga, António Gedeão, Vergílio Ferreira, Amália Rodrigues, Jorge Amado…, e, dando continuidade a essa veia poética estão Autores actuais: Flávio Alberoni, Ana Paula Bastos, Ângelo Rodrigues, Alice Tomé, Eduardo Barrox, João Sevivas, Manuel Alegre, Américo Rodrigues, Silas Corrêa Leite, Von Trina, José Ronaldo Corrêa, Valmir Flor da Silva…,e, tantos, tantos outros, são os testemunho universal e eternizante do poeticamente existindo e vivendo a dimensão Humana sempre aprendendo e criando.

«Sinto que algo se separa neste instante./É uma parte que se vai/ e já me deixa saudades…(Alberoni, Café Literário1, Editores Associados & Blow-Up Comunicação, SP, Brasil, 2002)»

Poeta luta pela paz mesmo no meio do “caos”, é irrequieto, irreverente, porque igual a si próprio na procura incessante do “Ser ou não Ser”, do “Estar ou não Estar”, “do Viver ou não Viver”, porque poeticamente sonhando e criando essa outra existência telúrica onde a Musa - da Arte poética – queima convenções formais e se torna «Pau para toda a obra…(artº vigésimo segundo)», e, aos que a saudade Lusa herdaram, ou a vivem, seja onde for, saia a POESIA do anonimato, divulgue-se este Estatuto de Poeta, viva-se em poesia e abra-se a porta do infinito…assim o esperamos.

*Mestra Doutora Alice Tomé – Portugal - Texto inédito criado para Estatuto de Poeta, de Silas Corrêa Leite de Itararé-SP/Brasil», aos 10 de Maio de 2002, Lisboa, Portugal.
-------
*Alice Tomé é Professora Universitária, Socióloga e Educóloga, Poeta, Ensaísta, e Doutora em Ciências da Educação, Directora da Revista ANAIS UNIVERSITÁRIOS – Ciências Sociais e Humanas, Editora da Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, Portugal, e Responsável das Relações Internacionais Sócrates/Erasmus do Departamento de Sociologia da UBI; <"http://atome.no.sapo.pt/index.htm>; . A autora, além das publicações poéticas nas Antologias: POIESIS IV, (2000), e, POIESIS VI, (2001), da Editorial Minerva, Lisboa, colabora, em várias «Revistas Electrónicas», (sites na WEB): «Andarilhos das Letras», «Café Literário» - São Paulo, SP; «A Arte da Palavra»; «Grupo Palavreiros»; «3D gate»; «Rio Total»; «Jornal de Poesia»; Brasil; e, em Portugal, nos sites «Cá Estamos Nós» - Marinha Grande; «terranatal» - O Portal de Portugal; e, «URBI ET ORBI» - jornal on-line da UBI, da Covilhã, da Região e do resto.
Tem vários livros publicados, sendo também Autora – Coordenadora da obras: «Éducation au Portugal et en France. Situations et Perspectives, Editions de L’Harmattan, Paris, 1998; «Terra Vida Alma. Valongo do Côa», Editorial Minerva, Lisboa, 2000. Recentemente publicou: «Sociologia da Educação. Escola et Mores», Editorial Minerva, Lisboa, 2001.
Alice Tomé é Beirã de gema, Portuguesa de «jus sanguinis», amante da vida...de Lisboa e Paris (e Covilhã onde trabalha).
Nasceu em Valongo do Côa, Sabugal, Guarda, Portugal.

Inserida por poesilas

A melhor coisa na vida é a liberdade.
"Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!"

Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.
Sonhar, liberta o espírito, mas lutar faz a independência do ser humano. Um indivíduo tem todo o direito de ter liberdade, desde que essa atitude não desrespeite ninguém, não passe por cima de princípios éticos e legais, também morais. E tantos outros tipos de liberdade.

George Bernard Shaw disse:
"Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela."

Inserida por Jandamel63

⁠Vocês já perceberam como as pessoas falam que você precisa ter uma namorada ou namorado? Muitas vezes isso incomoda. Quando, por algum acaso, você diz que não quer se relacionar, ou mesmo não quer ter nada com ninguém, essas mesmas pessoas te chamam de antissocial, falam que você será amargo(a). Para elas, você só pode ser feliz se tiver uma pessoa junto a você, mas isso não é verdade. Vejamos: quando você sente dor nas costas, você sente sozinho(a); quando está feliz ou triste, sente esses sentimentos sozinho(a); quando sonha ou tem pensamento, sente tudo sozinho(a); até mesmo a morte, você está sozinho(a). Não precisamos de ninguém para nos completar. Outro exemplo clássico: se você é homem e não namora, se não tem nenhum ficante, é taxado de fracassado, ou até falam que você não gosta da fruta. Agora, se você é mulher e não tem namorado ou ficante, é encalhada. Falam que você escolhe muito, até mesmo usam palavras de baixo escalão, como exemplo: "Fulana de tal não arruma nada porque homem nenhum a quer."

Resumindo, as pessoas não sabem cuidar da própria vida; só querem que você faça o que elas acham que você precisa. Na real, ficar sozinho(a) muitas vezes é a melhor opção.

Inserida por ReligiaoMatrizAfrica

⁠O seu beijo – Prosa

Às vezes me pego imaginando, como será o seu beijo.
Confesso que até perdi a conta de quantas vezes imaginei, como seria beijar seus lindos lábios.
Seus lábios me parecem tão macios e úmidos, que às vezes, até fico com água na boca, louco para provar seu beijo. Fico imaginando meus lábios tocando os seus, pensando em como seria prazeroso beijar seu lábio inferior, tão fofinho e perfeito, parece até que foi desenhado na medida e no contorno, milimetricamente planejado.
Só de imaginar me dá até vontade de provar.
Creio eu que, se você fosse uma sereia, seu feitiço não estaria em seu canto, mas sim, nesses seus lindos lábios.
Não precisaria ouvir nenhuma cantoria sua de sereia, bastava apenas olhar para seus lábios para logo me enfeitiçar.
Com toda a certeza morreria sorrindo no fundo do mar, sonhando que conseguiria um beijo seu, roubar.
Só de imaginar, me pego a sonhar, com o lindo dia em que seus lábios irei beijar.
Seu beijo deve lembrar o maná, que do céu, o Senhor mandava junto com o orvalho da manhã para aquela multidão faminta, alimentar.
Tenho sede.
Eu daria tudo para saciar-me em seus lábios, como se mergulhasse em um oceano de águas doces.
Sinto fome.
Preciso do seu beijo para matar esse desejo louco antes que eu morra por falta desse nutriente que só encontro em você.
O seu beijo deve ser comparado ao beijo de Dalila, por quem Sansão abriu mão do segredo de sua força, ele não temeu morrer, a ponto de dormir sem se preocupar se Dalila entregaria seu segredo aos inimigos, tudo por ter provado um delicioso beijo.
Não posso continuar buscando propriedades, ou palavras que descrevam o seu beijo, pois estes versos não teriam fim, e eu ficaria aqui o dia inteiro tentando descrever algo que ainda não conheço, só imagino.
Vou parar por aqui.
Mas não vejo a hora e o dia.
Não posso desistir do seu beijo.
Então...
Por favor, me beije.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠Não vivo sem você - Prosa

Senti-me triste e frustrado.
Não conseguia parar de chorar.
Senti-me humilhado e passado para trás.
Achava que estava tudo bem, mas na verdade, só na minha cabeça estava.
Achei que a estava fazendo bem e feliz, mas para a minha surpresa, você estava muito cansada.
Senti-me totalmente arrasado.
Então, você disse que já estava decidida a não me querer mais. Parecia não se importar com os meus sentimentos e, com o quanto eu estava sofrendo.
Meu sentimento de tristeza, de uma hora para a outra, se transformou em mágoa e rancor.
Escrevi coisas que jamais quis lhe dizer.
Fi-la sentir-se culpada, por eu ter ficado tão mal e triste.
Mas sabe, não eram aquelas palavras que eu queria dizer-lhe. Na verdade, o que eu queria dizer-lhe era...
...Não vivo sem você.

Inserida por Chico_Poeta7