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Então me sentei de frente pra janela do meu 6° andar. Fui escrever a minha vida em um papel amarelado sem linhas. Lotei uma xícara com café e coloquei ao lado, por estar frio me enrolei em meu cobertor. Mas ainda havia algo que me incomodasse, não conseguia me concentrar. O barulho dos carros que passavam lá embaixo me interrompia, e a chuva fazia-me lembrar de cenas as quais eu já havia vivido, e como de costume os meus pensamentos se deslocavam para outras cenas ainda não vividas, mas imaginadas. E era como se eu estivesse lá. Se faria diferença alguma? Não sei.
Apenas voltei para aquele meu momento de escrita, entre o papel, a caneta e as meias palavras rabiscadas. Mas nada saía, as palavras permaneciam alojadas dentro de mim. Percebi que o café esfriava, e a chuva ainda caia vagarosamente e o frio me deixava mais gelada do que o normal. Apenas o triste frio lá fora e algumas pessoas tentando lavar a alma. Era a visão que eu tinha do alto do meu 6° andar.
Sei que pareço triste, minha aparecia não está sendo lá as melhores possíveis. Embora eu não esteja tão triste assim, digamos que é o cansaço da vida, afinal a vida estraga as pessoas. Ou talvez eu esteja bem? Digamos que não.
Posso dizer que me sinto confortável, se essa é a palavra certa. Sim, mas talvez não. Por mais que eu queira me sentir bem por toda minha vida, logo de manhã ou depois irei me desgastar com algo e não estarei tão bem quanto hoje. Mas logo as coisas se repetem, e eu estarei finalmente bem, e contente. E assim vai, é uma rotina! É a minha rotina.
E como eu me desconcentro fácil demais, sobre a minha vida novamente não saiu nada, apenas meias voltas na sala de estar, e vagas palavras expostas nesse papel amarelado. E olha. Enfim, a chuva parou de cair. E o café se esfriou novamente.

Inserida por JeMartines

Estou me desprendendo daquela velha cartilagem
Me desvencilhando de tantos heteronômios adquiridos na estrada da vida
Da vida que começa em mim e termina no outro
Da vida que muitas vezes começa aqui e cruza com outras
E de tantas... tantas que me perco no impasse de ser e existir
Atualmente, ser feliz é questão de prioridade!

Inserida por williamcalixtob

Desejo a paz e a fortaleza das águas,
que impetuosas em caudalosos rios
vão percorrendo montanhas
e contornando obstáculos.
Na nascente, estreito riacho,
rolando seixos,
silenciosamente engrossa seu leito,
e proporciona abundante colheita.
Prosseguindo seu caminho,
encontra seu afluente que lhe traz força e vigor,
aprofundando seu leito, até que,
silenciosamente, e juntos,
derramem-se num lindo por de Sol no Oceano.
E até que a Lua venha para iluminar,
com um eterno mar de estrelas refletidas,
no oculto da noite,
e o Sol venha despontar
na hora mágica do amanhecer,
num lindo e eterno dia,
de luz e de festa no Universo.
Quando um coro de anjos
dará glórias, aleluia e dirá:
o amor é eterno
e só ele transforma, cura e salva.

Inserida por ateliercristinareis

Devemos saber aproveitar a vida enquanto
estivermos vivos, para bem vivê-la,
porque depois, será tarde demais...

VIDA E MORTE DA VIDA

Existem duas certezas na vida...
A primeira é que nascemos,
caso contrário vivos não estaremos...
A segunda é que morreremos,
pois para semente não ficaremos...
Tendo essa certeza,
poderemos fazer da vida uma beleza,
com felicidade e calor,
espalhando sempre amizade e amor...
Caso contrário, se não a soubermos viver,
mais depressa poderemos morrer...
Ao nascermos, temos diante de nós a vida,
que vale a pena ser vivida,
e poderemos fazer desta passagem,
uma doce e gostosa viagem...
Depende de nossas atitudes,
pois, se pensarmos nas virtudes,
melhor viveremos...
Se pelos vícios formos dominados,
quisermos prazeres desregrados,
a morte estaremos chamando,
estaremos sempre a buscando...
Assim, como morreremos,
depende de como viveremos...
Uma vida bem vivida,
para uma morte bem morrida...
Destarte, sem ter nada que se lamente,
podemos morrer, simplesmente,
deixando aquela saudade
em quem sentiu felicidade
de nos ter conhecido,
de ter conosco convivido...
É nosso real Destino...
Não vamos perder o tino,
tentando saber o como e o quando...
Será como for, sem tirar nem por...

Inserida por Marcial1Salaverry

Quando você é jovem, acha que tudo que faz é descartável. Você se move de agora para agora, amassando o tempo em suas mãos, jogando-o fora. Você é seu próprio carro em alta velocidade. Você acha que pode se livrar das coisas e das pessoas também, deixá-las para trás. Você ainda não sabe sobre o hábito que elas têm de voltar. O tempo está congelado nos sonhos. Você nunca pode fugir de onde esteve.

Cada átomo no seu corpo veio de uma estrela que explodiu. Os átomos da sua mão esquerda e da sua mão direita provavelmente vieram de estrelas diferentes. Essa é, provavelmente, a coisa mais poética que sei sobre física: nós somos poeira estelar. Você não poderia estar aqui se as estrelas não explodissem, porque os elementos (carbono, nitrogênio, oxigênio, ferro e todos os outros importantes para a evolução e para a vida) não foram criados no início dos tempos. Eles foram criados nas fornalhas nucleares das estrelas e o único motivo deles estarem em seus corpos é que as estrelas explodem. Elas morreram para que você possa estar aqui hoje.

As pessoas sempre querem alguma coisa de você. Seu tempo. Seu amor. Seu dinheiro. Que você concorde com elas, com as posições políticas e pontos de vista delas. E você nunca consegue dar o que querem. Mas você nunca consegue dar às pessoas o que elas querem. Mas pode lhes dar outra coisa. Pode lhes dar empatia. Pode lhes dar compreensão. E isso é muito, e suficiente.

Assim como me rebelei contra as noções sexistas do lugar da mulher, desafiei as noções de lugar e identidade da mulher dentro dos círculos do movimento de libertação da mulher; não consegui encontrar meu lugar dentro do movimento. Minha experiência como jovem negra não era reconhecida. Minha voz, assim como a de mulheres como eu, não era ouvida. Sobretudo, o movimento mostrou como eu me conhecia pouco e também como conhecia pouco meu espaço na sociedade.

Tínhamos medo de reconhecer que sexismo podia ser tão opressivo quanto racismo. Apegamo-nos à esperança de que a libertação da opressão racial era o bastante para sermos livres. Éramos uma nova geração de mulheres negras que tinham sido ensinadas a se submeter, a aceitar a inferioridade sexual e a permanecer em silêncio.

O fato que todas nós somos treinadas da infância em diante para sermos mães significa que nós todas somos treinadas para devotar nossas vidas aos homens, quer eles sejam nossos filhos ou não; que todas nós somos treinadas a forçar outras mulheres a exemplificar a falta de qualidades que caracteriza a construção cultural da feminilidade.

Para uma mulher, o amor é definido como sua boa vontade para se submeter a sua própria aniquilação… A prova de amor é que ela está disposta a ser destruída por aquele que ela ama, pelo seu bem. Para as mulheres, o amor é sempre auto-sacrifício, sacrifício de sua identidade, desejo e integridade de seu corpo; para que satisfaça e se redima diante da masculinidade de seu amado.

No tempo em que somos mulheres, medo é tão familiar para nós como ar. É o nosso elemento. Nós vivemos nele, nós inalamos ele, nós exalamos ele, e na maioria do tempo nós nem notamos isso. Ao invés de "Eu tenho medo", nós dizemos, "Eu não quero", ou "Eu não sei como", ou "Eu não posso".

Em um oceano de tristezas de um mar agitado, cercado por águas desconhecidas e medos submersos, a calmaria faz falta e total sentido quando não está presente. Deixe o vai e vem da maré trazer tudo que há de bom e levar tudo que há de ruim, mesmo depois da pior tempestade o sol vai brilhar novamente e enaltecer a beleza que é viver.

Não adianta você querer ser um leão,um tubarão ou uma águia,porque se não oque acontece se você por o leão no céu? Morre, se você por o tubarão na terra? morre,se você por a águia na água? Morre também, então você têm que ser um patinho,boto na água nada,boto no céu voa,boto na terra anda. Eai? Você prefere ser ali bom em uma coisa só,ou ser bom em tudo?

"Louca para ser livre". Palavras mortas. Ninguém se liberta só com palavras. Ela ficou aqui na casa, sonhando com a liberdade sempre adiada. Um dia eu lhe disse: ao diabo com os sonhos: ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca e não há sonho na morte. Todos os sonhos estão aqui, eu dizia, e ela me olhava, cheia de palavras guardadas, ansiosa por falar.

Milton Hatoum
Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

s pessoas se gostam, se amam, mas, preferem dizer que não. Sentem ciúmes umas das outras, mas também preferem dizer que não. Esconder os sentimentos sempre foi o forte do ser humano. Alguns escondem por medo ou defesa, outros por orgulho. Amizades de anos, famílias e laços acabaram simplesmente por conta do orgulho. Não sabemos ser sinceros com o que sentimos. Não sabemos deixar de lado esse sentimento e preferimos morrer por dentro do que dizer o que sentimos.

Sabe quando bate um desânimo ? A escola, ou o trabalho pesam, e para piorar as pessoas não apoiam sua decisão, acham que você não é capaz. Então, é nessas horas que você tem que colocar os seus objetivos na frente. Quando pensar em disistir, vai lembrar o porquê você esta lutando todos os dias, acordando cedo, batalhando o dia todo. Tenha a famosa (DPFD), determinação, persistência, foco, e dedicação. Cada dia que se passa, vai ser uma vitória com mais experiências ganhas. Com tudo isso, vai saber dar valor nas coisas, e que foi difícil conquista-las. Depois vai ver como valeu a pena. Não desiste dos seus sonhos. Porque um dia você chega la.

Se a pessoa ler mensagens achando que são indiretas, pode ter certeza ela está precisando endireitar sua mente. Muitas precisam refletir entendendo que as palavras nos tocam, sejam religiosas ou seculares; temos que dar graças quando elas penetram nosso intimo. Muitas vezes elas servem de alerta para nossa vivência. Palavras boas não são apenas aquelas que acariciam o nosso ego, mas também as que nos deixam preocupados. Desfrutemos das boas letras para vivermos bem com todos.

Amor... o que é o amor? Como podemos ter uma palavra para algo que não compreendemos, assim como o infinito que nós também não o compreendemos, mas temos uma palavra para defini-lo. Acho que entendo a razão de nossos avós dizerem "no meu tempo era diferente", isso é porque no tempo deles o amor existia em abundância, diferente de agora em que o amor está ficando escasso e a confiança se perde por motivos fúteis.

Minha sabedoria favorita é a de que se você conhecesse a história de todas as pessoas, você as amaria. Você não pode odiar alguém se sabe tudo o que aconteceu com essa pessoa do nascimento até agora, por que eles se tornaram do jeito que são, por que são mais reservados ou não. Se você conhece alguém de verdade, você entenderia.