Texto Sorte
A MINHA SORTE
Quis Deus dar-me a sorte dum amor amado
Como o pôr do sol no cerrado, pura poesia
Dar-me uma cumplicidade, ser apaixonado
Um bailado de emoção em boa companhia
Quis Deus dar ao fado fortuna e empatia
Com sensação ardente e olhar enamorado
No prazer ter a sede com volúpia e ousadia
Incrível, como é bom ter o afeto povoado!
Quis Deus mimar-me com áurea dourada
Da satisfação, e então, a graça encantada
Dos carinhos e dos beijos que eu sonhei!
Anda! Depressa! Onde? Eu posso embalar?
Nada mais se esconde, no vão, quero amar
E suspirar o viril sentimento que encontrei!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/11/2020, 20’01” – Triângulo Mineiro
PERDÃO...
Ó sorte, eu sei. Eu sei, essa valia
Essa direção que dás pra emoção
A solidão é exata no que merecia
Pois, do amor, cisquei a ilusão
O coração habituara a tirania
Da ficção, de ficar na tensão
No vitimismo, e na melodia
Criei e musiquei a sensação
Então, no ter o que existisse
Me segurei na burra tolice
Do sonho desfrutável a mão
Ó sorte! me deste o caminho
O amparo dum doce carinho
Eu quis outro rumo. Perdão!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2021, 14’50” – Triângulo Mineiro
QUESTÃO
Sussurra: - para sempre! a vontade enamorada
E o tempo que dirá, no entanto, em qual sorte
Nós estaremos, no até a separação pela morte
Avivando o desejo e a sensação muito desejada
Mais e mais o olhar nesta agridoce caminhada
Num amor estar, ao querer ficar, de alto porte
Sul ou norte, cada estória, uma narrativa forte
De paixão dando emoção. Poética encantada!
Nada é mais primavera em flor, estar amando
Quando, até, sem importância, pois chilrando
Fica a vibrante alegria, sem querer sair jamais
Juras de amor, de eternidade, os votos soltam
Tem também os que dizem e não mais voltam
Por que promessas nas palavras de mortais? ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de maio, 2021, 05’15” – Araguari, MG
Coppéerando
MALFEITO
Que eu tramasse um soneto quis o fado
Logo ao comando da sorte me submeto
Aí, tramei versos românticos no soneto
Em cada verso, estórias, e haver amado
Jamais pensei num poetar compassado
Tudo é fugaz. Cá estou noutro quarteto
E caminhando adiante para um terceto
Tu, amador, ainda não saiu do passado
No primeiro terceto busco mais glória
E me parece que ainda não está feito
Nada espanta, é mesmice na memória
Assim vou, e assim me torno suspeito
Nenhum beijo, o olhar, sequer vitória
De um amor, neste soneto sem jeito!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2021 maio, 23, 16'28" – Araguari, MG
AZARADO
Como um azarado, nascido para o luto
e a tristura, na má sorte, estou marcado
por um peso colossal em meu duro fado
o do amor no acaso, de um ardor bruto
Como o do apreço, fica diminuto
todo o meu sentimento desanimado
e, do desejo ainda, sim, enamorado
eu, como um azarado, ao querer reluto
Avulto, tal um teimoso, ante o castigo
na sensação, na alma, na dor estacada
tentando e tentando a sorte ao dispor
Como um incessante, ao amor persigo
deixando a minha direção desfolhada
e eu, solitário, agonizo, de ser amador!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/maio/2021, 08’27” – Araguari, MG
GUIÃO DO AMOR
Fado! Leva essa sorte, outra que venha
maior, que dessa dita o destino exceda
leve-a, e traze outra já, seja uma vereda
de sonho, e que toda sensação contenha
Acaso o coração a sofrência desgrenha
no pranto e lamento a poesia enreda...
Anda! Venha e me colhe dessa queda
se é desejo, deixe então que se tenha!
Deixe que devaneie, cada verso afora
deixe, então, criar meu próprio alinho
ao coração. E, que eu seja feliz agora!
E que com o amor seja tal, o caminho
eu quero carinho, dá-mo sem demora
pois, não há guião só de azar e espinho.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/maio/2021, 19’27” – Araguari, MG
SE VOS SENTI...
Ah! Tempos idos! Ah! ido Fado!
Quão duro a sorte por ti decidida
O tempo passa, fugaz, de partida
A candura. Acrescendo o passado
Deixaste-me na ilusão apaixonado
Pranto e choro tu encheste a vida
Então, resta haver a alma garrida
Deixando o êxito, feliz e dobrado
Ah! quanto mais se poetar querer
Se quer mais uma afeição querida
Que fico duvidoso se vos senti...
Então, aquela sensação de perder
Na garganta, na impressão ferida
Lacrimejo o que tolamente pedi!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Araguari, MG - 15/07/2021 - 09'28"
DIVINA COMÉDIA
Lágrima sussurrando na face sofrida
Sensação erguendo os braços ao céu
A sorte dentro do silêncio escondida
A quem serve sentido perdido ao leu
Se o desejo causa martírio no papel
Pecado, ilusão, e a dor infinda ferida
Corre o fado e só gera direção cruel
Porque estar delirante por toda vida?
Não é melhor na prosa ser clemente
Paz, harmonia, poesia no que insiste
Em não ser, sendo feliz com a gente
Razão: deixo a poética n’alma haver
E o triste deixo apoucado, se existe
Vivo o amor, do que meramente ter...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 20’23” – Araguari, MG
AMOR HEREGE
Não tive a sorte de um amor parceiro
Me vi em um turbilhão de sensações
Minh’alma não pode tê-lo por inteiro
Amarguei-me entre ferozes decepções
E neste frenesi de emoções, a vontade
Daquele sentimento amigo e contente
Cheio de venturas e aprazível saudade
No olhar que faz juras do eternamente
Não tive. Sou recheado de recordação
E tristuras vazadas da poética a chorar
Numa prosa de fúria, dúvidas e paixão
Piedade, fadado amor herege... fenece
Na ilusão da satisfação que faz sonhar
E a suspirar o amor que não se esquece!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 setembro, 2021, 08’32” – Araguari, MG
FORÇA INSPIRADORA
Quem dera, oh poética, se o verso fosse
Sentimental e mais ingênuo, boa sorte
Que não chorasse todas as dores, forte
Levasse valeria, ritmo, a alegria... doce!
Quanta lágrima fez no versar suporte
Sem norte, a solidão que judia, atroce
Quanta poesia vil, distante e agridoce
A ter suspiros no coração sem aporte!
Estranhas rimas de sentimentos ermos
Num conúbio de amores e de paixões
Eis o que é a sensação no exato temo:
Sujeitos aos males próprios e emoções
Também, os agrados, porém, estafermo
Se dos acasos não causasse inspirações
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 agosto, 2022, 15’47” – Araguari, MG
ACORDO (soneto)
Alegro... vejo a ventura em aclive e rama
Toda a sorte, que contenho na alma boa
Abarca-me em glória, e nada me atraiçoa
Pois, estou como os felizes: - sem drama!
Ama! Amo!... que seja pra qualquer pessoa
Sem o desdém que humilha, e que infama
Que põe a destruição como trágica chama
Tisnando a satisfação em ter fé. - Perdoa!
Perdoo... no bem, na piedade, amor e prece
Sem a irrisão que traz ao espírito penúria
Dor, e nenhum consolo... - então esquece!
Espinhos, que na maldade então escorre
Despreze, pois sem piedade se tem fúria
Nada leva. Na certeza da vida: - se morre!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ALTERAÇÃO (soneto)
Como se a sorte, tirar-me, assim quer
Como a névoa no cerrado embaça o ipê
Você, assim na sina tornou-se por quê?
E o destino passou outra trova escrever
Como se as promessas não mais a mercê
Não mais se lê na vã inspiração a sofrer
Você, agora figura numa dor para valer
E os sonhos se fazem de simples clichê
Um céu tão cinza matizou-se lá fora
Sem arco íris e um ar tão tenebroso
Na alma, é sofrência que sinto agora
Como se pudesse não ser malditoso
Nesta poesia, em que o verso chora
O que um dia no cantar foi mavioso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de março de 2020 – Cerrado goiano
POR AMOR (soneto)
Se por amor, nesta fortuna há sorte
Deixai a força dita para a satisfação
- Hoje, vazia e cansada deste porte
Minh’alma se abrirá pra está razão
E, em sede de querer ser consorte
Sobre o sentimento pus a emoção
Onde o silêncio no peito era forte
Agora deixo desabitada a solidão
Bendito seja pelo ideal podido!
Pelo beijo dado, e o bem querer
Pelo amor que no eu, é nascido
Pela envoltura, vividas no prazer
Pela a alegria da ventura ter sido
Por amor, vale a pena assim ser!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/03/2020, 04’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Humanizar
Dizem que o amor é pra sorte
Na vida, talvez!
Por isto que tento ser forte
E creio que todos têm a sua vez...
Quero encharcar o meu coração
Cada vez mais com solidez
E mais... e mais paixão
Tanto o pranto como a lucidez
Tem o seu sentido
Afinal, só terá validez
Se o afeto estiver contido
Ama e ame pela fome de amar
Por tudo que tem direito
Por todos que possa estar
E sentir a sensação no peito
Deixar ralar sem medo de chorar
Apenas sinta
E se ofereça para ficar
E precinta
Como é bom gostar!
Por emoção ou prazer...
Acredito no homem que sabe sonhar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/03/2020, 02’11” – Cerrado goiano
* Flexibilidade*
Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mal,moralista ou banal
CHEGANDO, COM A LEVEZA DO AR
CHEGANDO COM A BELEZA DO MAR
CHEGANDO DA FECUNDA TERRA
A DANÇA NOS UNIU
A MÚSICA NOS ENRAIZOU
CHEGANDO COM A FORÇA DO FOGO
SOMOS TODOS ROSA DE FOGO
Canção de:
Acima do Sol-Skank/Rosa de Fogo
- Tia, seu horóscopo disse que no ano que vem você vai ter muita sorte no amor – peraí – no jogo também! Mas como assim, é possível ter sorte nos dois?
Todos os dias, durante uma semana em que estivemos juntas, por alguma razão que algum dia eu ainda espero entender, ela insistia em ler o meu horóscopo.´
- Deixa pra lá, bebê! E viagens? Fala alguma coisa?
- Nadinha, tia, mas no natal…
- O que fala do natal, viagens?
- Não tia, mas fala que touro é o signo que menos gosta do natal…
Não tive como ludibriar aqueles olhinhos brilhantes, curiosos para saber porquê a tia, do signo de touro, não apreciava tanto assim o natal…
- Áh, bebê! É que essa data transformou-se num evento comercial. Tem-se a obrigação de se estar bem, generoso, comprar presentes, e você sabe que a tia não lida muito bem com “obrigações”, né? Mas eu gosto de estradas, vamos?
- Sei sim...Tem fone de ouvido aqui, tia?
- Tem sim! Prá que?
- Áh, não quero ficar ouvindo suas músicas no carro “mon chouchou”, “mon bijoux” e “uuuuuu”!
- Oui, mademoiselle! Comme tu veux!
- O que?
- Entra no carro!
E viemos.
Eu no meu mundo, e ela no mundo dela, sem sair do meu, nem eu do dela.
- Nossa, nessa época eu sinto uma falta imensa dos meus filhos – resmungou meu parceiro no plantão, Arion (talvez algum dia eu escreva sobre ele, uma trilogia, talvez! Rsrs)
- Por que nessa época, Arion?
- Sei lá...Fico triste sem eles…
- Tá vendo por que não gosto de natal? Até obrigação de se estar junto as pessoas sentem…
- Deixa eu te falar - começou ele, com o jeito tão peculiar de Arion, que foi impossível não deixá-lo desenvolver o assunto.
- Eu tenho um amigo – continuou ele – e sempre que eu o chamava para fazer alguma coisa aos domingos, ele dizia que era o dia de estar com a sua família, e que não poderia ir. Um dia o questionei sobre isso e ele me respondeu que a gente negligencia tanto quem realmente importa e que amamos, que ele achava muito bom o fato de “ter que estar” com a família todos os domingos, e que talvez se não fosse isso se veriam muito pouco, conversariam muito pouco, participariam muito pouco ou quase nada da vida uns dos outros.
Engoli seco e pensei em como realmente era bom estarmos em família, inclusive no natal e sobretudo quando a minha avó ainda estava entre nós.
Pensei nos abraços, nas risadas, na brincadeira do amigo secreto, no porco da Tia Mariquinha com a maçã na boca, mas diga-se, muito gostoso, nas orações em volta daquela mesa farta, toda a família de mãos dadas, e depois a musiquinha da Tia Rosa, “Tenho minhas mãos cheias de ricas bênçãos...”, em como era bom jogar essas bençãos uns nos outros, e como nossa família tenta se reunir nessa data, ainda que agora sem a presença do motivo dos natais cheios por mais de trinta anos, minha amada Vó Maria.
- E se não houvesse o natal? - perguntou-me ele, cortando meus pensamentos, e meu olhar contrariado pelo fato de ter dito à minha sobrinha que não gostava tanto assim do natal…
- Karol?
- Que foi, tia?
- É que a tia mudou de ideia. A tia ama natal…
- Éh, eu vi no seu horóscopo hoje que você mudaria algumas ideias!
- Éh mesmo, bebê? E de viagens, fala?
Brincadeiras à parte, obrigada Natal por ser o “motivo” pelo qual escolhemos e fazemos questão em estarmos juntos de quem realmente amamos.
Obrigada, Arion, pelo jeito “Arion” de me fazer entender que por mais que transformem essa data em um evento comercial, não há preço que pague estarmos em família!
Depois eu falo Feliz Natal!
É que eu só queria contar isso hoje.
Foi importante pra mim...
Numa noite em Bhopal, o silencio da morte,
O grito do desastre, as vítimas a sorte.
Nas entranhas da fábrica, negligência em teia, a dor das vítimas, humanidade alheia.
Homens de poder, cifrões em mão,
Prioridades distorcidas, sem coração e razão.
Em gastos de guerra, fortunas se vão,
Enquanto em Bhopal, nenhum tostão.
Não é só a tragédia que devasta,
É a falta de humanidade que a decadas nos arrasta.
Líderes em vez de cuidar, preferem guerrear,
E as lágrimas de Bhopal, o mundo ignora ao tempo passar.
Que estas palavras sejam um eco a soar,
Para lembrar que a nossa humanidade devemos preservar.
Que em meio às sombras, uma luz possa brilhar, e em Bhopal, justiça e dignidade novamente possam reinar.
As vezes acho a grama do vizinho melhor, ou penso esta pessoa teve sorte...
Mas aí olho ao redor meu redor e digo pra mim:
"Hey mulher, você também tem sorte, olha pra esse sofá confortável, essa vista da sua janela e esse sol lindo que bate no seu rosto!! É maravilhoso e você tem mais sorte do que imagina!"
E eu respondo com um sorrisinho:
"Verdade!!!"
Meu bem querer;que sorte a minha ter encontrado você.
Foi olhando bem no fundo dos teus olhos; que vi essa emoção nascer.
Pode ser coisa do universo; que fez do destino tão incerto; o nossos olhos se envolver.
Tudo estava escrito em pequenas linhas; que um dia através da poesia um grande amor poderia nascer.
E não é que o universo tinha razão; nem precisei procurar na multidão.
O destino deu seu jeito de unir nossos corações.
Um amor quando é prá ser; acontece sem a gente perceber.
Ele está na poesia do olhar, do sorriso, do abraço ou dos cuidados, basta você entender.
E de todas poesias que li, a mais linda é essa sintonia entre eu e você!
#Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 11/09/2018 às 00:00
Ei?
Antes de dizer que foi sorte, procure saber dos sofrimentos, de quantas folhas precisaram cair, de quantas lágrimas rolaram para regar a minha alma?!
Só assim você saberia, que foram tempo para meu florescimento. Entre a colheita, existe o cultivar e o semear.
Então entenda, não foi sorte, foi Deus!
Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 20/11/2018 às 09:00 hrs.
- Relacionados
- 55 frases de boa sorte para transmitir positividade e confiança 🍀
- Frases sobre sorte para inspirar reflexões profundas
- 45 mensagens de primeiro dia de trabalho para desejar boa sorte
- Mensagens para quem vai fazer cirurgia desejando boa sorte
- Sorte de um Amor Tranquilo
- Frases de sorte na vida para inspirar suas conquistas
- Sorte e Azar