Texto sobre Pessoas
O que manda no mundo dos homens é a inteligência, a disposição de fazer as pessoas felizes, livres e recompensadas com suas faculdades mentais positivas e construtivas, no sentido de educar homens, preparando-os para criarem uma sociedade digna, honrada, prestativa, solidária e cheia de propósitos para o bem de toda a nação.
Pessoas determinadas pelo sucesso reconhecem o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional, além de serem sonhadoras, comprometidas com suas metas e objetivos, procuram tornar realidade as suas possíveis conquistas, que sob à luz do planejamento, de pesquisas, do esmêro, da criatividade e de outras habilidades, desejam alcançar o topo de suas realizações.
Seja resistente, sábio e precavido contra as influências das pessoas más intencionadas de seus relacionamentos, que tiram o foco da sua fé, a força de sua integridade e a firmeza da sua salvaçao, pois elas são usadas pelos inimigos para quebrarem o mais forte elo da sociedade, a sua família.
Recorra à pessoas experientes em todas as áreas da vida, perguntando-lhes como funcionam as coisas e como proceder antes de realizar atividades afins, porque são professores do bem e passam segurança, motivação, conselhos e dicas importantes para a nossa vida e para o desenvolvimento de nossas habilidades e para o progresso de nossas realizações.
Já vi pessoas até escolhendo a quem amar. Mas jamais descobri alguém que tenha escolhido em quem confiar. Uma vez perdida, a confiança nunca voltará a se instalar por mera decisão. Nem mesmo o perdão tem poder para resgatá-la, pois se o primeiro é concedido, a confiança que oferecemos precisa ser conquistada.
Sentimentos são dessas coisas de caráter estritamente pessoal, e não estão vinculados às pessoas próximas das que os inspiram, pois depende de um histórico próprio e intransferível entre elas. Não se pode, assim, desejar que nossos amigos estendam também a nossos cônjuges, pais, irmãos ou filhos o carinho, amor ou gratidão que nos dedicam, pois que o respeito que recebemos pode não estar presente entre todos aqueles de quem gostamos. Jamais cobre essa vinculação, portanto, nem a transforme em moeda de troca para manutenção de algo bom que cabe apenas a você e a cada um construir ou desconstruir por si mesmos.
Existem pessoas que carregam tanto preconceito, arrogância, inveja e desonestidade para inviabilizar até tentativas de ajuda das mais próximas, que ainda assim seguem com ideias odiosas a respeito do mundo e se vendo eternamente injustiçadas por ele, o que reforça a tese de que nem toda compaixão se faz útil, e nem todo perdão consegue promover mudanças.
Ainda que pareça incoerente a princípio, são as pessoas de comportamento distorcido e torpe as que mais julgam, expressam preconceito e tecem críticas ácidas contra o comportamento alheio. Mas existe uma lógica simples nisso: as justas não vivenciam o mal no dia a dia para ver a maldade nas outras, e por isso até viram presas fáceis de quem a possui. Então, por um processo de identificação natural e involuntária, são as más que atribuem aos outros a realidade que trazem em si mesmas.
Sempre me perguntei porque tantas pessoas, principalmente as que alcançaram patamares sociais elevados, entram num estado de angústia tão grande ao deixar de ocupar o mesmo espaço de antes por conta da idade, e algumas não. Descobri recentemente que se trata de despreparo para entender que a perda da evidência social é pré-requisito para que a sabedoria ocupe o espaço deixado livre na mesma proporção, e o desespero só chega para as que não o descobrem a tempo.
Existe um tipo específico de "ímpios" que não vai além de pessoas livres que ousaram desafiar a submissão física e dogmática que as religiões lhes tentaram impor por meio de um deus irado e vingador, que as ameaça com o fogo do inferno caso não se deixem subjugar por seus líderes inescrupulosos e escravocratas.
Reencontrar pessoas com as quais se deixou de conviver durante décadas pode promover surpresas muito interessantes. Tanto pode levantar questões sobre como conseguimos manter um relacionamento por tempo tão longo, pela constatação de que continuam sendo as mesmas de sempre, quanto dar a dimensão do quanto crescemos quando nos tratam como que olhando para uma foto "lambe-lambe" de nosso passado, mas completamente desatualizada em relação ao que nos tornamos. Mas há casos bem mais raros onde a sensação é a de haver desperdiçado momentos preciosíssimos nesse período de afastamento, por conta do sentimento de ninho que o reencontro proporciona.
Revendo as imagens de tantas atrocidades cometidas no período do Holocausto as pessoas, horrorizadas, sempre se perguntam: “Meus Deus! De que forma a humanidade caminha até atingir um momento como esse?”. Em seguida desligam seus computadores e seguem para as urnas, pois que é um dia de eleições. Pouco tempo à frente a resposta lhes chega!
Só os mais sensíveis conseguem distinguir as pessoas essencialmente más daquelas que adotaram o mal como forma de se defender de um mundo que nunca as tratou bem. As primeiras, para nossa sorte, não são a maioria, e as outras dependem das sensíveis e generosas para perceber isso, pois que precisam apenas receber amor e respeito para reaprender a oferecê-los.
Tem algumas pessoas que fazem com que a gente se sinta abrindo a janela todas as manhãs para receber a luz que emitem, e acha a coisa mais natural do mundo que isso se repita eternamente, de forma obrigatória e quase imperceptível. Até um dia em que as cortinas abertas não repetem o brilho e o calor dos anteriores e a sensação enorme de frio – seguida da percepção do escuro – adentra os ossos, nos dando conta do quanto nos eram essenciais!
O direito chama de “inimputáveis” aquelas pessoas que perdem a capacidade de fazer escolhas. Mas entende que quando se mostrarem lúcidas o bastante para fazê-las, devam ser igualmente responsáveis pelos resultados delas e tratadas em condição de igualdade com qualquer indivíduo no pleno exercício de seus direitos e deveres. Não lhes cabe, portanto, reclamar os bônus e se eximirem dos ônus por suas inconsequências.
Dói-me ver pessoas olhando a vida pelo retrovisor e a dividindo – de forma tão simplória – entre erros e acertos somente. No que me toca vejo alguns erros que não me agrada tê-los cometido, mas que converti em referência sobre o que não deveria repetir. Incorri também em alguns que, após revistos, considerei indispensáveis na construção da pessoa em quem me transformei; e houve ainda aqueles que alguns podem chamar de “erro”, mas me geram gratidão pela consciência de agora, da qual tanto me orgulho. Malgrado suas diferenças, sei que todos – sem exceção – me ensinaram a mais importante de todas as lições: a da prerrogativa de converter erros em traumas ou em aprendizagem, e tanto olhá-los como o mestre mais importante que já tivemos, ou o juiz que nos irá julgar até o último de nossos dias.
Com frequência vemos pessoas misturando Conhecimento, Sabedoria e Discernimento sem atinar que provêm de fontes distintas. Enquanto o Conhecimento é encontrado nos livros, a Sabedoria é consequência da reflexão. e o Discernimento decorre de autodesenvolvimento aliado a senso crítico. Ainda que não necessariamente associados, o hábito da reflexão acaba gerando discernimento, mas também há pessoas que nunca tiveram acesso a um livro, mas desenvolvem grau elevado de sabedoria.
É comum ver pessoas se melindrando com visões críticas por não saber distingui-las de censura ou julgamento. Ao mesmo tempo se vê outras maquiando suas grosserias como “crítica”, quando também não dá para confundir as duas coisas: a crítica é direcionada para as ideias, a agressividade para as pessoas. Desse modo o recurso de se alegar uso de crítica para mascarar uma clara agressão a outrem não vai além da estratégia dos covardes.
Às pessoas que me amam, e dizem orar por mim, digo-lhes que orem por minha autonomia – seja física ou mental, orgânica ou emocional – pois sem me sentir livre minha vida não faz qualquer sentido, e serei o primeiro a pedir para que me seja tirada de modo a não ter tempo de conhecer minha prisão.
Calcula-se que menos de 10% das pessoas enfrentam a verdade tal como é, por mais assustadora ou dolorosa que se mostre. Dentre as demais, outro décimo é das que a negarão até o último de seus dias, mas nada a lamentar neste caso, já que escolheram o próprio destino. O mais triste são os 8/10 restantes de pessoas boas que se descobrirão equivocadas até aquele exato momento, mas nunca terão coragem o bastante para confessá-lo sequer a si mesmas.
