Texto sobre Mentalidade Inteligente
Sobre esperança...
Ainda criança
Acreditava existir
E mesmo com tanta mudança
Não permito esse desejo ir
Numa folha que cai
No vento que sopra
No dia que vai
Na flor que brota
Sim, nesses pequenos detalhes
A sua presença se nota!
Mas afinal, o que é esperança?
É pensar positivo?
É desejar bonança?
Vamos fazer assim...
Em meio a qualquer definição
Mesmo com tanta aflição
Me faça um favor
Não a perca em vão!
ainda falo com a lua sobre você...
Eu não posso ser eu mesma,
tudo dá errado comigo,
eu não sou como as outras garotas,
então por que você gostaria de mim?
Sou tão insuficiente em relação a eles,
por que você sorriria para mim?
sei que não sou nada,não tenho valor,
mas a cada dia a lua fica mais bonita.
SERÁ QUE SÓ VC NÃO VÊ?
No livro Ensaio sobre a cegueira, escrito pelo português José Saramago, uma pandemia aflige o mundo. De repente, todos perdem a visão. Sofrem uma cegueira branca. No começo, parecia que as pessoas iriam se ajudar, ser solidárias, melhores. No entanto, os problemas da sociedade logo ressurgem e são potencializados, já que ninguém “enxerga” a mudança necessária para o bem coletivo. Com essa cegueira moral, o instinto de sobrevivência prevalece, sobrepuja a razão, o ódio subjuga sentimentos altruístas. Impera o egoísmo, enfim.
A palavra instinto nunca foi tão presente na contemporaneidade.
Analogamente à obra literária, vivemos também uma pandemia, só que da Covid-19 em franca mutação. Quando ela começou muitos gestos maravilhosos aconteceram. Alguns foram divulgados nas mídias sociais. As pessoas pareciam que aprenderiam alguma lição sobre fraternidade e comunhão. Todo dia, às 18h, um vizinho ancião tocava a Ave Maria em sua flauta doce, da sacada da janela. Ao término, todos os vizinhos aplaudiam de suas janelas.
Até então não havia vacina, nós éramos a cura.
Com o tempo, a cegueira moral se abateu sobre muitos. Indivíduos sem máscara. Outros em aglomerações. Uns tantos negando a pandemia. Outrem oferecendo pseudofármacos. Dois médicos, renomados, minimizavam a gravidade do patógeno e vieram a óbito por causa dele. E tudo isso envolto em informações, contrainformações, falsas informações. Enfim, uma cegueira moral despencou sobre nós. A nossa cegueira branca.
Mas aí chegou a vacina. De vários grupos científicos. A britânica Oxford-AstraZeneca, a estadunidense Moderna, a germano-estadunidense Pfizer BioNTech, a russa Gamaleya Sputnik V, a sino-brasileira CoronaVac. Infelizmente, o imunizador – não importa qual – poderá a longo prazo reduzir os efeitos dessa silenciosa e sufocante enfermidade viral, contudo a corrupção humana ainda levará tempo longínquo para ser publicizada como a mais letal e senecta doença entre os humanos.
Autoridades que deveriam dar o exemplo nesse momento tão triste da história do homo sapiens furam a fila do imunizante para se beneficiarem, como se fossem capitães de um navio a fugir no primeiro bote salva-vidas. No nordeste brasileiro, os prefeitos de Antas(BA), Candiba(BA), Itabi(SE), Guaribas(PI) adotaram a máxima: “Farinha pouca, meu CoronaVac primeiro”. Além deles, há vários... filhos e filhas de sicrano, queridinhos de beltrano, os amores de fulano.
Eis que o norte do Brasil se asfixia e tenta clamar por socorro. Na Bíblia, há o livro de Salmos cujo capítulo 42, no versículo 7, traz a mensagem “Abyssus abyssum invocat”, ou seja, um abismo chama o outro. No norte do país, os estados do Amazonas (Falta de oxigênio em Manaus), Amapá (apagão e colapso dos hospitais) e Rondônia (falta de leitos e médicos) mostram o extremo a que podem chegar as más gestões e desvios de verba em solo pátrio.
Enquanto isso, na fantástica terra do leite condensado, o mandatário da nação vai a uma churrascaria na companhia da matilha política, além de artistas, como Naiara Azevedo, Amado Batista e Sorocaba. De mórbida praxe, ao final, o mascarado presidente sem máscara deleita-se em selfies e aglomerações contagiantes...
No livro Ensaio sobre cegueira, aos poucos, a cegueira branca se foi. Abriu-se uma perspectiva de o mundo ser um lugar melhor, no qual as pessoas agora percebam que quando enxergavam eram cegas de amor. E, como se o universo ou Deus, permitisse uma segunda chance, o homem então mais racional poderia compreender finalmente a relevância das emoções, principalmente aquelas que nos fazem querer abraçar o outro em qualquer sentido benevolente da palavra.
O Brasil anseia por um final tal qual o da ficção. Todavia, na catarata dos sonhos, está tudo branco ainda, ainda está tudo escuro, então.
(Sobre nós Autistas)
"Seria Cômodo se eu fosse líquido e me encaixasse em qualquer lugar...
Mas não consigo me derreter para fazer parte de superficial mutação e ainda sorrir." Faço parte de uma mentalidade literal que leva à sério as responsabilidades da vida sem rodeios ou metáforas sem necessidades de tanta explicação. Dessa maneira, todos utilizam bem o tempo com coisas úteis e sem dramas.
Não é muito sobre ter, nesses dias escuros onde o homem se isola em seu cubículo de ID, onde a moral morreu e os princípios são apenas lendas.
Nesse mundo onde o ter se tornou instrumento de consumo e o desejo de ser alguém melhor para o mundo é apenas um instrumento de marketing.
Afinal, o que estamos fazendo com a vida que um dia poderia ter sido uma das melhores que já vivemos, não perca tanto pelo ter, busque o SER, ser alguém melhor do que a pessoa que leu essas palavra a 2 minutos passados .
A M O R
Algumas breves pinceladas sobre este tema tão questionado por uns e até simplificado por outros, pois se fossemos dizer aqui tudo o que envolve este assunto, um livro seria pouco, e haveria de se acrescentar mais um capitulo a cada dia.
O amor é intenso, benéfico e cruel, é um exagero. Quem achar que o amor não chega a ultrapassa até os excessos, é porque nunca amou o suficiente, porém é preciso alimentar sempre com conteúdo aquela pessoa amada para que seja recíproco. Conhecemos algumas pessoas em nossa existência, mas apenas uma passa a viver dentro de nós ocupando todo o espaço suficiente para vida toda. Você pode achar que não é importante para ninguém, porém, se descobrir que é muito sondado, pelo menos por aquela pessoa, preste muito atenção nela, pois poderá estar ali aquela, que passaria com você, o resto de teus dias, e você, displicentemente, não tens percebido isto. Não te esqueças, porém, que como você pode sofrer por amor, isto também acontecera com os outros. És o responsável direto por quem você seduz, não o faças se não tiver plena certeza em assumi-lo. A importância deste sentimento é tão grande que ele pode acontecer apenas uma vez de forma plena, se você acha que ele já aconteceu e lamentas por ter acabado é por que ele ainda nem começou, pois o amor não pode ter sido um ato passageiro e ter ficado no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente. Acredite e observe mais, pois haverá sempre alguém que verá em você a pessoa talhada sobre encomenda para concretizar seus sonhos.
(teorilang)
MILAGRES
Mesmo em se falando sobre milagres para os mais céticos, aqueles afastados da realidade existencial acontecidos por obra de um Único criador de todas as coisas, ainda tentarei explicar tal fenômeno usando suas próprias linguagens, e seus conceitos e descréditos, mesmo que equivocados. Não acreditarmos em milagres é não acreditarmos em nossa própria, complicada e tênue existência, perdidos aqui neste pequeno planeta, expostos a todos os possíveis cataclismas inimagináveis existentes no universo. Nossa simples realidade é a maior de todos os milagres, pois quando se fala em milagres é para ser entendido como alguma coisa rara de acontecer. Então, diante tantas fatores contrários, como explicar a incidência da vida que acontece a cada segundo no mundo inteiro, quer seja este acontecimento proveniente de uma união sadia e estável cheio de cuidados como podem ser também de uma simples inconsequência nas condições mais improváveis possíveis. Diante as perspectivas de vida abaladas por circunstâncias, cada vez mais adversas, poderemos então, entender também que outro grande milagre poderia simplesmente ser nossa continuidade, pós-útero e por tanto tempo neste universo sombrio que tão pouco ou quase nada conhecemos. Somos tão dispersivos que, apesar da realidade divina, só nos damos conta disto alguns poucos minutos diários, e às vezes nem isto, pois erroneamente, priorizamos o supérfluo. Mesmo vivendo com todas as particularidades idênticas aos outros, atuamos mais preocupados em ser melhor do que eles do que melhorarmos, a cada dia a nos mesmo. Como bem disse Albert Einstein : "Só há duas maneiras de viver a vida: A primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre."
(teorilang)
“Covid-19
Vagamente em uma estrada
Caminhando sobre a calçada percebo
Que o sino já não toca,
Pessoas não saem para fora
Para reconhecer quem passa ali.
Olho os céus e vejo os pássaros a voar,
Só se ouvi os cachorros a gritarem
É uma mistura do sino com uma grande latomia
Está em época que muitos não imaginariam
Que um dia isso aconteceria
E entre si mesmo se desafiam
Não se protegem e nem se preocupam
Se contaminam ou se contagiam
Mascara escondendo os rostos
Álcool molhando o corpo
E tornou-se uma rua vazia.
Não se ouvem mais os sinos
Nas ruas já não brincam mais os meninos
Muitos choram a dura realidade
E se culpam por não conseguirem
Lutar contra algo invisível
Que está a humanidade assolar
Nem o dinheiro pode acabar
Com algo que chegou para muitos levar
E algumas experiências mostrar
Que esse vírus invisível
Batizado com nome covid
Não escolhe a quem ele quer levar
Não separa o rico do pobre
Nem o branco do mulato
Nem o milionário do mendigo
Quando ele escolhe está escolhido
Como lutar contra esse vírus invisível?”
Fosforesce a lua sobre as águas certas do amor, amizade e da pureza.
Andam dias, semanas, anos iguais a perseguir-se até que dois corações unificados num só.
Às vezes uma vela. Altas, altas, estrelas pelas galáxias e do universo.
Ou a cruz do amor de um barco.
Só.
Às vezes amanheço, e minha alma está úmida de excitação e amor e alegria e aventura.
Estou a admirar te ainda entre estas frias e calorosas planícies e montanhas de vila franca de xira e de Portugal.
Já me creio esquecido como estas âncoras e te pego e abraço e beijo te.
A lua faz girar sua arruela de sonho até os grilos e corujas cantam de alegria só de te ver todos os dias e noites.
Olham-me com os teus olhos as estrelas maiores.
💎Sina💎
Vamos nos sentar
Na varanda
Me pergunta sobre
As aulas
Explico que pedi licença
Por um mês
Ele me pergunta
Você acha que morro
Em um mês?
Sorrio
Creio que não
Sobreviveu
A uma tentativa
Mas não faça mais
Uma hora pode dar certo
Entendi mas...
Bom eu pensei
E vou me dar uma outra chance
Vou tentar lidar com as dores
Com os vômitos
Com o meu medo da morte
Só ouço..medo da morte
Sim tenho muito medos
Já vi vários colegas
Morrerem assim
Não quero isso para mim
Susy diz
Stuart vamos pesquisar
Juntos um outro tipo
De tratamento alternativo
Ou mesmo um convencional
Vamos para onde tem o melhor
Ouvi falar sobre uma vacina
Ele me olha e diz que já
Ouviu sobre
Fez os tratamentos recomendados
Não surtiram efeitos
Segura na minha mão
Fecha os olhos
Adormece
Mas mesmo assim
Levo ele para a cama
E vou para o computador
Pesquisar sobre
Essa doença
Surge uma luz
Hospital na Turquia
Creio que dinheiro
Não será problema
Ligo para seu médico
Ele diz que nos acompanha
Na viagem
Espero Stuart acordar
Para contar
Já preparo as malas
Reservo hotel
E vamos em busca
De outras opiniões
SOBRE ALGUMAS REGRAS.
O universo molda o futuro em circunstâncias presentes, mas, o teu carma devora seus planos, transformando-os em ilusão para sua mente. Ele os direciona junto as tuas vontades e mérito a outro alguém merecedor, equilibrando e não desperdiçando a força já emanada, e, ao mesmo tempo, lhe impõe a baixa vibração do teu querer, te lançando em uma espiral descendente.
- PauloHSSantana -
"Na era da informação, será que precisamos saber mesmo sobre tudo?
Estar presente em todos os canais oferecidos, ser e estar produtivos o tempo todo e mostrar isso aos quatro cantos do mundo, caso contrário, ninguém saberá?
Para que?
E se tudo o que precisamos agora, pelo menos por um tempinho das 24 horas disponíveis para todos, seja um pouquinho de NADA?
Fazer vários nadas.....se aquietar, conectar-se ao silêncio e simplesmente estar ali. E apenas isso.
Quanto mais as pessoas fazem, mais elas querem fazer e isso tem gerado níveis absurdos de estresse, ansiedade e depressão. Fingir estar bem para mostrar que você também faz alguma coisa pode lhe custar caro.
Para com essa obrigação inventada pela sua cabeça e relaxa...
Pois nada está sob controle."
#PEREGRINO
Cortei as rosas...
Arranquei as dálias...
Joguei-as, tristes, sobre a calçada...
Tudo passa e nem tudo fica na história...
Às vezes nem sobra uma simples memória...
Tal qual bolha de sabão...
Ao longe uma canção...
Um caminho e nada mais...
Sem querer voltar atrás...
Um peregrino a sonhar...
Distinguindo das vozes os ecos...
Alma velha em traje de festa...
Cuja única esperança: orar...
Tendo andado muitos caminhos...
Tenho aberto muitas veredas...
Tenho vivido com minhas incertezas...
Se é bom viver...
Melhor é despertar...
Sabeis agora...
Que a verdade veste-se de ilusão...
Podeis voar...
Sem tirar os pés do chão...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Ao enxergar o mundo na perspectiva da eternidade da alma sobre a temporariedade da vida humana , eleva-se o teu encontro com teu eu maior, sente-se a fluidez e reduz-se, naturalmente, os sobrepesos e importância excessiva da conflituosidade humana e do não-controle.
À resistência, resiliência.
Ao medo, nossa presença.
Ao aparente insolucionável, o Tempo como grande mestre e maior parentesco de Deus e de nossa alma, a oportunidade do exercício de amar sem apegos
Sobre pessoas que se vão...
Pessoas vem e vão em nossas vidas pelos mais diversos motivos. Desde mudanças de endereço, telefone. Carreiras profissionais diversas e etc. Algumas idas são alívios. Outras eternas saudades. Agora, quando leio ou ouço sobre "descartar pessoas" simplesmente por "incompatibilidade de ideais" isso me machuca. Me dá idéia sobre a "descartabilidade" de uma pessoa. "Hoje você me serve. Amanhã já não mais". Isso é falta de visão além de pura irresponsabilidade emocional. Cortar laços as vezes é necessário. Mas gosto das coisas claras e bem esclarecidas. Coisa mais doida do que a morte é a dúvida da vida.
Fabio Junqueira Franco
[A HISTÓRIA DE HOJE SOBRE UMA OUTRA ÉPOCA, É UMA REALIZAÇÃO DA NOSSA PRÓPRIA ÉPOCA, E TRAZ AS MARCAS DE NOSSA ÉPOCA]
Ainda que certamente úteis para compreender as épocas que estudaram, as obras produzidas pelos historiadores de todos os tempos não deixam, também, de falar enviezadamente sobre suas próprias épocas [...] Ao escrevermos sobre Zumbi, e sobre a revolta e guerra de quilombolas contra um poderoso sistema escravista que os violentava, falamos também das nossas desigualdades atuais – muitas delas herdadas do período escravista – e das variadas formas de lutar contra estas desigualdades. Zumbi, Chico Rei, Xica da Silva, ou outros personagens históricos negros – além do que tenham sido efetivamente na história que ficou para trás no tempo – representam também distintos modos de ação ou programas de luta contra desigualdades que precisaram e precisam ainda ser enfrentadas, nas diferentes ressignificações que os historiadores lhes dão. A História é este fascinante gênero literário e científico no qual os diferentes tempos se entrelaçam através de discursos e esquecimentos. Ao falar ou silenciar sobre os índios que habitam ou habitaram nosso continente em diversas épocas, ou ao mostrar interesse em ler um livro de História que fale sobre estes, os homens e mulheres que habitam as nossas cidades falam também de suas relações com os índios da atualidade. Falam de sua admiração pelos índios, de seu estranhamento, culpa, solidariedade, preconceitos, sentimentos de identidade e alteridade. Falam dos projetos públicos de preservação das populações indígenas, ou das ameaças de extinção e aculturação que as espreitam em nossa própria época.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção (org.). Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.10]
[A COMUNIDADE HISTORIOGRÁFICA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE OS HISTORIADORES]
Como em todo campo de saber – da Física à Biologia ou à Antropologia – os praticantes deste campo que é a História também precisam de seus pares, não se achando deles descolados, ainda que conservando a sua evidente autonomia. Esta comunidade invisível e indefinida, mas bem real, pressiona cada historiador de muitas formas, impedindo que ele se afaste significativamente da matriz disciplinar da História sob pena de que seu trabalho perca a legitimidade entre os praticantes reconhecidos da área. A comunidade historiográfica – formada por todos os historiadores atuantes no campo – pressiona cada um dos seus pares conforme o seu lugar na rede humana configurada pela totalidade de historiadores. Estes enfrentam os limites que o campo lhes oferece em cada época: podem desafiá-lo, inovar, introduzir desenvolvimentos inesperados, propor novos temas, mas sempre enfrentando pressões para que não se afastem muito daquilo que se espera de um historiador em cada momento da história da historiografia. Obviamente que, se não tivessem coragem ou vontade para desafiar em alguma medida o campo, ainda que respeitando os limites implícitos, os historiadores sempre escreveriam as mesmas coisas e do mesmo jeito, e a historiografia como um todo se modificaria muito pouco. Mas não é isto o que ocorre, como sabemos, pois existe uma relação dialética entre cada historiador e a comunidade historiográfica como um todo. Se a comunidade historiográfica pressiona cada historiador a observar os seus limites , níveis de reconhecimento e interditos, também cada historiador que faz parte do campo – e todos eles em combinações diversas – são capazes de exercer pequenas ou grandes pressões na comunidade historiográfica como um todo e com vistas às mudanças que vão ocorrendo na historiografia de cada época.
[BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia – todas as interações possíveis" In A Historiografia como fonte histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.29].
Meu caderno está cansado, rabiscado de tantos desabafos meus sobre você
Tantas poemas que nunca lerei em voz alta
Coisas que da minha boca você nunca irá escutar
Não é que o amor não exista
Mas não sabemos amar
Nem remar
contra as ondas do mar
que nos cercam
Nossos braços estão cansados
Mas podemos contemplar esse céu estrelado, que por debaixo há tanto caos
Céus, como há.
Em 30/04/2004, escrevi esta cronica, sobre um menino baiano que completava 90 aninhos,
e que agora está compondo e tocando sua música para o Amigão,
deixando uma lacuna que jamais poderá ser preenchida...
Bom passeio menino baiano, nós que aqui ficamos, jamais te esqueceremos...
Fica esta homenagem para o querido e já saudoso menino baiano DORIVAL CAYMMI,
que tantas alegrias e felicidade nos deu...
Nunca é demais homenagear Caymmi, então aproveito para republicar o texto de 30/04/2014...
SAUDADE DE UM MENINO BAIANO
Marcial Salaverry
Existe na Bahia, um menino que ainda vai dar o que falar... Tenho certeza de que ainda será conhecido, pois tem um certo talento musical digno de nota. Podem acreditar no que estou falando. Esse garoto não se cansa das coisas da Bahia, ele adora passear em Maracangalha, e de vez em quando pega um ita no norte, e vem ver as coisas do sul. Também acha que é doce morrer no mar, ou então numa lagoa escura, arrodeada de areia branca. Ele se chama Dorival Caymmi. Guardem esse nome, pois ainda será conhecido...
Esse menino na flor de seus 90 aninhos, sempre impressionou por sua alegria de viver, por sua maneira de encarar as vicissitudes da vida. Sempre passou incólume por situações políticas, por ditaduras, e também por certos conterrâneos. Ele simplesmente é uma lição de vida. Nunca se ouviu histórias que pudessem lançar quaisquer duvidas, por menores que fossem sobre sua vida. Simplesmente é um personagem da vida brasileira que pode servir de exemplo para qualquer pessoa que queira levar uma existência digna, calma, sem maiores sobressaltos.
Claro que seu início foi difícil. Até formar seu nome, teve que mostrar seu talento. Há que se notar que na época, sem os recursos da mídia de hoje, os artistas tinham que vencer por seu talento, ainda mais em se considerando os preconceitos que existiam contra os artistas de modo geral, sempre encarados como marginais, como pessoas que deveriam viver à margem da Sociedade, apenas servindo como entretenimento. Não podiam se misturar “com a gente de bem...” Felizmente esse pensamento mudou, e foram nomes como Dorival Caymmi, Ary Barroso, e tantos outros artistas de escol os responsáveis por essa salutar mudança.
Então, esse jovem baiano chega a essa idade, fazendo com que todos sintam um certo orgulho de sabe-lo brasileiro, e um brasileiro amado em todo o mundo. Creio não existir nenhum cantinho deste nosso planeta onde não se saiba quem é Dorival Caymmi, e que não saiba cantarolar uma de suas músicas. Sou testemunha disso, pois escutei no interior do Congo, um garotinho assobiando Maracangalha, sabendo tratar-se de uma musica brasileira, e quando perguntei onde a tinha escutado, trouxe-me uma fita cassete de Dorival Caymmi... Não preciso dizer que quase caí de costas, ao ver que até lá, naquele canto perdido do mundo, nosso menino baiano já era conhecido...
Parabenizo Nana e Dori pelo pai que tem. E chega a ser emocionante o carinho com que eles se referem ao menino Dorival.
Dorival Caymmi... Espero estar novamente falando sobre você daqui a 10 anos, comemorando seu centenário, pois será sinal de que nós dois continuamos vivos e em atividade, e vou adorar falar mais um pouco sobre você, que sempre foi um de meus ídolos maiores.
Vamos juntar-nos num demorado aplauso, que é a melhor maneira para se saudar esta figura ímpar da arte brasileira. E vamos todos ter UM LINDO DIA, porque desta vez, a jangada ainda não voltou só... O garoto continua no leme...
30/04/2004
O Amigão está precisando de gente de talento lá em cima, e resolveu não permitir que o menino baiano pudesse chegar ao centenário... Em todo caso, espero poder fazer minha parte, e possa comemorar o centenário de nascimento deste genial menino baiano, e que estou fazendo agora, 30/04/2014...
Descanse em paz, querido menino, e do céu, continue nos encantando com sua arte, que jamais será esquecida por quem souber viver com amor no coração...
Marcial Salaverry - 20/02/2022 - De Santos para o menino baiano...
Reclamar é diferente de criticar…
Reclamar é não propositivo, sobre fato pessoal, particular, é geralmente uma conduta egoísta! Não busca solução, somente alívio personalíssimo.
Criticar é questionar uma situação de iniqüidade(“mesmo que a situação pessoal sirva como estopim )“, se propõe a solução axiológica “erga omines”
Muitos por má fé, torpeza ou maldade, na incompetência de refutar a crítica ou falta de vontade de implementar a solução, adjetivam criticas como se fossem reclamações.
Crítica fundamentadamente é sinônimo de “questionar”
Reclamar infundadamente é sinônimo de “resmungar”
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