Texto sobre Mentalidade Inteligente
Nossa intuição é sagrada. Não significa que devemos levar tudo o que ela nos diz ao pé da letra, porque ela pode ser influenciada apenas por uma falta de simpatia, pelo momento que estamos passando ou pelo excesso que nos rodeia quando desconfiamos de algo.
Só que precisamos respeitar quando a nossa intuição se manifesta. Escutá-la, sabe? Não desconsiderá-la por completo. Porque se acendeu o sinal. Se o alarme tocou. Se algo sussurrou baixinho no nosso ouvido é porque no mínimo devemos ir mais devagar. Ter calma e respirar fundo.
A gente se empolga. Se apaixona. Se entrega. Conta todos os segredos as novas amizades. Deixando nas mãos da intensidade nossas ações e, contrariando a nossa intuição, vamos pulando etapas. Vivendo de exageros.
Como se o mundo fosse acabar amanhã, colocamos nosso sentimento em risco. E por mais que o outro esteja na mesma vibe que você, por mais que a outra pessoa seja intensa como você é, nem todo mundo tem a responsabilidade afetiva quando a euforia passa.
Por isso, nem tão devagar. Nem tão rápido. O ideal é ficar atento. Não se deixar enganar por equívocos. Mas apurar os ouvidos e tentar compreender a direção.
Paciência. Nossa intuição não joga palavras ao vento. Não desperdiça as suas forças em vão. Ela só abre o seu alerta quanto tem certeza que alguém vai sair prejudicado de uma história. É que quando temos caráter, a nossa intuição também se preocupa com o próximo. E se ela percebe que você não está na mesma sintonia quando pensa está, ela avisa. Acredite. Ela avisa, sim.
Então, não tenha medo, mas respeite o seu faro. A voz que vem de dentro e que você tropeçou, caiu e se ralou tanto para deixá-la mais apurada merece atenção. Afinal de contas, cicatrizes sentimentais não devem ficar no coração por ficar. Faça valer a pena cada experiência que viveu e saiba aproveitar para se rodear de pessoas que você mereça. E que mereçam você.
Quantas vezes ja pedi a morte que me buscasse, aparentar ter tudo é questão dos olhos de quem vê somente coisas materias, mais minha alma está sofrendo, e minha tristeza contagiou meu corpo, não resta mais amor em um corpo coberto de feridas e cicatrizes que estão inflamadas pelas porradas que a vida me trouxe todos os dias. O sofrimento me derruba, vontade de levantar já não existe, o fundo do poço é infinito como a galáxia, não há o que esperar do futuro, somente a solidão de uma pessoa sozinha, depresiva e sem entusiasmo na vida.
Palavras de uma pessoa que teve perdas em sua familia, que foi agredido e teve que lutar cada dia de sua vida para não passar fome, pois não havia um círculo familiar auxiliadora, mais aguentou firme até hoje sem ter que ferir ou roubar ninguém para viver.
Todas as pessoas possuem suas dificuldades e tristezas, mais continuar luta sempre será a melhor forma de vencer a batalha travada com universo.
O tremendo reboliço que estava acontecendo na rua fez a dona Carlota acordar no meio da noite.
Afinou os ouvidos para entender o que estava acontecendo e por mais que tentasse não conseguia entender uma só palavra.
Mas, que diabos será isso?
Vestiu a sua camisola, abriu a porta de fininho porque os tiros e as bombas até estremeciam as panelas penduradas acima da pia que ela fazia questão de exibir de tão limpas e polidas.
Saiu de porta a fora, descabelada e sem dente que mais parecia uma assombração.
E o alvoroço e a bala zinindo no meio da noite, quase que mata dona Carlota do coração.
Na pontinha do pé saiu com um pé na sandália e outro no sapato. Na correria nem viu esse detalhe. Abriu a porta. E foi escorregando de porta a fora até chegar na calçada.
Cadê o povo? alias a multidão que fez com que ela acordasse e sair feito um zumbi?
Olhou pra um lado, olhou pra o outro, e na rua não existia uma alma viva para lhe contar o que aconteceu ali! Só o silencio, o vento e o clarão da lua cheia e aquela marmota no meio da rua, quer dizer ela.
Depois de levar o maior susto da sua vida que deixou o seu cabelo espetado parecendo palitos, outra bomba e tiros e mais tiros e eu sei lá se eram de balas de borracha, sei apenas que era o barulho da tevê do vizinho da Dona Carlota, ligada no volume máximo vendo um filme de bang bang, daqueles do velho oeste.
Correu pra dentro de casa fumaçando pra pegar uma vassoura e resolver essa questão na base da vassourada. Quando de repente sua filha acorda e encontra a mãe naquela situação pronta pra guerra. Tomou a vassoura e lentamente levou a Dona Carlota pra cama e não deu cinco minutos e estava ela roncando de tão profundo era o seu sono
No dia seguinte não lembrava de patavinas nenhuma, ou se lembrava não comentou. É que a dona Carlota era sonâmbula.
E via coisas que qualquer um duvida. Até eu mesma.
Autor: Maria de Lourdes
Andei vagarosamente por todo o mundo a procura de algo que tinha o poder de me fortalecer, tanto quanto o de me enfraquecer. Procurava pela luz que faltava em minha alma, pela serenata de amor que eu nunca havia assistido.
Aquilo que seria meu verdadeiro futuro.
que comigo estaria até o fim dos meus dias. Procurava pelo sentimento mais forte de todos, o amor.
Te achei, à primeira vista já me apaixonei
por aquele sorriso que tinha tanta inocência, que consigo carregava toda a beleza de uma alma, por sua voz tão doce, sua pele tão suave, sua inteligência.
Aquilo que de primeiro era uma paixão ardente, foi se transformando em um amor resistente e caloroso.
Agora nos encantos da tua pele eu
me deito serenamente, admiro lhe e sinto
que você sempre foi o que me faltava.
Estava a andar por esta rua vazia,
onde as gotas de chuva caíam,
mostrando que o céu estava chorando.
Rua onde alguns dias atrás,
as crianças brincavam...
hoje ela estava sem vida.
Cada vez mais lágrimas caíam.
Apenas presenciei pessoas implícitas,
que por baixo de roupas grossas
escondiam suas almas.
Sentia apenas meu corpo,
que cada vez mais lutava contra o frio.
Com grande astúcia eu encontrava o
caminho de casa.
A porta aberta
Olho, olho novamente... minha curiosidade está a cerrando com minh'alma. Aquela porta aberta, por que está assim? Ela foi aberta por alguém que queria entrar. Entrar num mundo novo... mas na verdade, não se sabe o que pode ter acontecido. pode ter sido o vento... Nunca irei saber.
Cabine Telefônica
(Victor Bhering Drummond)
Procurei a cabine mais próxima.
Não era para tentar contato
Te ligar, te encontrar.
Era para deixar ali rabiscados meus versos
Soltos ao relento, versando ao léu
Quem sabe nessa mistura rítmica
De pessoas indo e vindo
Entrando e saindo
Eles pudessem tocar mais corações
E assim mais vidas pudessem
Ser tocadas pelo ritmo das canções
Que faz adormecer as guerras
E despertar as paixões
ESCRAVOS DO EGO
Umberto Sussela Filho
Somente a prisão nos traz o verdadeiro sabor da liberdade, isto é fato, mas sem perceber somos escravos da nossa própria consciência, escravos do ser, do poder, do ter e do imaginar.
Somos impedidos de seguir em frente pelo apego e a preços que destroem nossos valores e nos roubam a paz.
Algumas coisas nos aprisionam sem a nossa percepção, fazendo com que vivamos em função de metas e conquistas inúteis, criadas e servidas apenas para nós mesmos.
Dentre os caminhos tortuosos que desfiguram o homem, o Ego, real ou imaginário é um dos mais perigosos.
A necessidade frequente de ser melhor, de ter o melhor, de riquezas, de elogios, nos torna pobres e nos afasta de tudo o que é real e verdadeiro.
O Ego constitui um comportamento digno de pessoas vazias e como nossa felicidade é interna, conclui-se portanto que que é um comportamento de pessoas infelizes.
Durante a vida, criamos e cultivamos em nosso interior uma busca constante por uma perfeição desnecessária e que alimenta a individualidade.
Não são raros os exemplos de egoísmo imaginário, onde a obsessão pelo ser, pelo poder, pelo estar e pelo ter, afasta as pessoas de uma convivência social saudável.
O que é ser melhor?
O que é poder?
Ser melhor é a definição da inferioridade.
Assim somos nós, procuramos incessantemente o melhor para os olhos alheios e esquecemos da nossa essência, daquilo que nos faz bem.
Não cultivemos o ego, pois estas buscas externas de poder e de parecer estar, nos tornam desprovidos de humanidade.
O Ego nos tira a paz, já que passamos a viver para os outros é a cultivar poderes que nos enfraquecem.
O Ego aprisiona, escraviza e a sua manutenção é a condenação a incapacidade de ser feliz.
FIGOS
Umberto Sussela Filho
Aqui em frente de casa existe uma figueira, dessas que os figos são usados para doces, compotas, enfim acredito que todos conheçam.
Sempre esteve ali, mas só depois de algum tempo comecei a observa-la.
Comecei a observar de como atravessou todos esses anos e como está produzindo mais e melhores frutos.
Quantas estações, sóis e tempestades foram superadas, sempre ali, se adaptando as circunstâncias que o tempo lhe impôs.
Houveram situações que ela foi podada e alguns dos seus galhos retirados, mas ela formava outros galhos, com o intuito de se equilibrar.
Outras vezes pequenos cortes lhe atingiram, mas ela voltou a brotar e a produzir mais e melhores frutos.
Em tempos difíceis ela perdeu suas folhas e pareceu estar morta, mas em seu interior só estava se preparando para o despertar da primavera e o explendor do verão.
Ela está ali a se adaptar e a recomeçar, sempre que necessário e a dar frutos a quem for que passe pelo seu caminho e queira aprecia-los.
Observando, vi que muitos cortes são necessários a renovação e podas necessárias para frutos mais saborosos e abundantes.
Não diferente em nossa vida, é a compreensão do tempo e de suas variações, das podas, dos cortes que são necessários para novos galhos, novas folhas, novos e melhores frutos.
As folhas como o nosso corpo, desempenham seu papel e caem em um processo natural.
Como temos reagido as podas, aos ventos e as tempestades?
Como tem sido nossos figos, doces ou amargos, escassos ou abundantes?
Enfrente as interperies, sabendo que logo em seguida mudarão as estações e o recomeço seguirá seu ciclo.
Use as podas para frutificar mais e melhor, para deixar aos outros uma lembrança doce sobre você.
Saiba criar outros galhos mesmo que os cortes sejam inesperados e profundos, a fim de que haja sempre o equilíbrio.
Cresça continuamente para que sua presença não fique despercebida e notem a força que existe no recomeço.
E quando chegar o verão, aproveite-o em sua plenitude, sem rancor, sem mágoas que decorrem das podas e quebras impostas.
Produza mais frutos para aqueles que lhe machucaram, mostrando que oferecemos o melhor que temos.
E quando fores sacudindo por um vento forte, que derrube suas folhas e seu trabalho, não relute com desânimo, mas aguarde paciente a chegada de um novo ciclo.
O recomeço é um presente que supera todas as frustrações, o tempo não para, tudo se ajeita, no equilíbrio constante e na adaptação as interperies.
Não espere o fim dos danos, mas aguarde pacientemente a dádiva do renascimento no seu explendor.
Sirva de pouso para os que voam e buscam em ti uma parada para o descanso, abra seus frutos é mostre-os para que possam saborea-los.
Análise as Figueiras em seu caminho, que nos ensinam e não esperam nada em troca.
Não se deixe secar pelos contratempos e aprenda a recomeçar para que seus frutos sejam doces na memória dos que se aproximaram de sua existência.
Teatro
Umberto Sussela Filho
A vida é um teatro!!
Somos todos personagens com a obrigação de sermos nós mesmos e com o único compromisso de evoluir.
Enfrentaremos cenas tristes, alegres, muitas vezes seremos coadjuvantes outras protagonistas, mas sempre iremos atuar.
Deixar de atuar é como se omitir da peça principal, a existência terrena.
Seja verdadeiro, em cada atuação, transmita, sinta, emocione, cative seus espectadores.
Faça de seus companheiros de palco a sua segurança e deixe-os seguros quando estiverem ao seu lado.
Não se preocupe com o número de ingressos vendidos, atue do mesmo jeito para uma, para cem ou mil pessoas, sempre do mesmo jeito, sendo você mesmo.
Se preocupe sempre com a verdade, poderás até parecer ingênuo, mas a autenticidade incomoda muitos.
Leve apenas o que possa carregar dentro do seu coração e deixe para os outros o que você tem de melhor a oferecer, você.
Então pense no que você quer ser, para que fiquem coisas boas a seu respeito.
O resto é só cenário, se desmancha e se desfaz, a sua atuação não, essa é o que vai ficar de você.
POÇA D'ÁGUA
Umberto Sussela Filho
Olhe que coisa mais linda! Assim disse um homem a um amigo, observe! Que coisa mais linda!
E a continuar sua história retratava o momento em que um homem a seu lado admirava uma poça d'água, exatamente, uma poça d'água formada pelas chuvas antecedentes.
Este homem mudou-se para o sul, cansado e entristecido pela fome, pela morte e pela sede.
Escutei atentamente os detalhes sobre aquele momento, que aos olhos de muitos, seria apenas uma poça d'água.
Assim somos nós, caminhantes que procuram coisas insignificantes que ao longo da trajetória vão perdendo o valor de que nunca tiveram.
As coisas mais simples que nos trazem o significado de humanidade são perdidas e esquecidas por nós ao longo do caminho.
Quando crianças, todos nós nascemos e trazemos o sentido de humanidade presente em nossas vidas, o carinho, o afeto, o sorriso, a despreocupação com o futuro e com o contar do tempo, apenas a vontade de ser feliz.
Encaramos a vida enquanto crianças, de forma pura e simples, como deveria ser, com sentidos de humanidade. Mas ao despertar da razão, escolhemos outras prioridades, buscamos conquistas e bens para nutrir olhos alheios e esquecemos daquelas coisas tão simples, que nos fazem tão bem.
Assim são as poças d'água que nos trazem as chuvas, assim é o sorriso, o bem, o abraço, a felicidade de estar junto e apreciar tudo a seu tempo, sem relógio, sem valores, sem acúmulos.
A comparação da emoção daquele homem ao ver a água abundante sobre o chão, significa tudo aquilo que temos que perder para aprendermos a dar valor.
As coisas simples que temos são iguais a poças d'água que não apreciamos pelo caminho, quantos sorrisos, abraços, amigos, carinhos, conversas, foram deixados de lado, como poças d'água sem valor.
Mas para aquele homem que conviveu com a sede, com a fome, com a desesperança, a água empoçada representava a alegria e o agradecimento, que muitas vezes esquecemos e deixamos secar.
Que tudo aquilo que nos faz bem tragamos a gratidão e o apreço, que nossos maiores bens não sejam perdidos para depois serem apreciados.
Que tudo e todos que nos rodeiam ganhem atenção e cuidados, para que a estiagem não absorva o que tem valor, que não absorva o sentido de humanidade, porque só quem viveu e vive na estiagem do amor aos seus, sabe apreciar e dar valor a uma simples poça d'água.
Excalibur
(Victor Bhering Drummond)
Cravei minha espada em ti
Ela não foi conduzida coercivamente
Como políticos ao cárcere obrigatório
Por seus ímpios atos;
Ela foi levada pelo seu doce olhar
Pelo perfume que exala de sua pele,
Seus dedos, suas entranhas.
Ali, naquela rocha profunda e lapidada
Pelos rios de seu quintal
Fluía uma cascata melódica e cristalina
De uma noite de amor sem ais e sustenidos.
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Verão no Claridge
(Victor Bhering Drummond)
Caminhando à beira d’água
Percebi que minha imagem
Era apenas um mero e efêmero reflexo
Preciso sim, olhar mais para dentro de mim
Para viajar rumo à descobertas menos superficiais;
E do lado de fora havia tanto a me fazer bem;
O azul do céu,
O próprio verde da água que não era um espelho, mas um poço de relaxamento
As histórias dos edifícios
E as estórias que meus passos deixarão
Com a alegria do meu samba e o drama do meu tango.
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Aquela esquina
(Victor Bhering Drummond)
Dobrei aquela esquina
Deixando pra trás todos aqueles
Que não souberam fazer poesias
Que não entenderam o que é sorrir pra simplicidade
Encontrei telas em branco esperando retratos de uma nova vida,
De novos sonhos,
De quimeras que deixem as ruelas,
E as ruas de meus livros mais calmas
E repletas de flores e lindas melodias.
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Passos e passeios
(Victor Bhering Drummond)
Quando a caminhada é feita sob a sombra
Ou sob a luz do luar;
Quando ao invés de contar os passos
Você admira os edifícios, suas formas,
Suas histórias;
Quando ao invés de reclamar do calor
Você contempla o azul do céu,
O revoar dos pássaros.
E se ao invés de medir as distâncias,
Você aprende o valor de uma praça civilizadamente compartilhada com os
Transeuntes, os turistas, moradores e seus sonhos,
A jornada fica muito mais leve, divertida e poética.
Principalmente se foi feito o convite para alguém que aprendeu a enxergar a vida do mesmo modo que seus versos.
(Sob intenso verão de Buenos Aires, 2017/2018)
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Estive pensando,
Como seria o mundo,
Da forma que imaginamos,
E sempre desejamos.
Sonhos possíveis,
Sonhos realizados.
Tudo em tua perfeição,
Sem essa de traição,
O que seria ilusão?
Nada seria em vão.
Seriam histórias contadas,
Histórias sem fim!
Seriam amores correspondidos,
Sem sonhos interrompidos.
Bom seria o sol raiar,
Com o galo a cantar,
Sem nos preocupar,
Em sair para trabalhar.
Uma realidade tão diferente,
Na qual nos encontramos hoje,
Dia bons dias contentes,
Bons momentos para toda gente.
Ah triste realidade que o mundo é hoje,
Tudo está fora de controle,
É tristeza pra tudo que é lado,
São esperanças jogadas pelo ralo.
Janelas e portas trancadas,
Cadeados e grades estampando,
O medo que é viver neste mundo,
Com tudo nele desabando.
Triste realidade,
Triste ser humano,
Viver desta forma,
Viver de engano.
Onde o diamante é o que fascina,
O ouro vale mais que o coração,
Onde se encontra a platina,
Não se encontra a paixão.
Vida Barroca
(Victor Bhering Drummond)
Lá dentro da igreja deixei meus agradecimentos, mantras, conexão com o divino e orações.
Aqui fora, deixei meus pecados, meus desejos, o corpo, o suor, a pele.
Não sou apenas um ou outro. Sou o misto dos dois mundos. O santo e o profano. O claro e o escuro. A leveza e a dor.
E nestes contrastes me entrego à alegria e prazeres de ser quem eu sou.
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Achados e Perdidos...
A educação não é um balcão.
Onde brincamos de achado e perdidos.
Os que se dobram ação são achados.
E os que não ouvem são os perdidos.
No caminha da educação .
Não há achados ou perdidos .
Nesta caminhada são todos escolhidos.
Todos buscam uma solução.
Não se pode abandonar.
Uma criança a sua própria sorte.
Isto me desculpem.
É assinar sua pena de morte.
Toda criança precisa de atenção.
Ensinar-la não é apenas retirar
o horário da recreação.
Ela precisa saber antes de tudo
que temos por ela respeito e afeição.
Tempo,
Hoje não vou te fazer uma daquelas orações rotineiras pedindo piedade no meu futuro, ao contrário, eu vim falar do passado e de tudo que me incomodava nele; o problema é que isso me faz falta no presente. Eu nunca pensei em te pedir isso, mas me devolve aquelas alegrias camufladas que eu não sabia reconhecer simplesmente por fazerem parte da minha rotina; e você levou. Eu sei que você vai me interpretar como confusa ou como alguém que não sabe o que quer, mas a verdade é que já não sei nem quem sou eu. E é por estar tão perdida em mim mesma que clamo sua ajuda: eu não consegui me adaptar com a vida nova, ou talvez me acostumei tanto que quero aqueles dias agitados novamente, não que as últimas 24 horas tenham sido silenciosos, mas agitação de alma é um dos piores desfrutes que já experimentei.
Tempo,
Eu sei que inúmeras vezes desprezei meu passado e subordinei minha própria história na esperança de ser vista com outros olhos, é que eu acho que esqueci que mentir pra mim mesma é, sem dúvidas, a pior mentira. Mas, tempo, hoje eu descobri, juntando meus pedaços, que não havia nada melhor que a época onde meus sorrisos eram mais alargados e meus choros eram altos. É, antes eu gostava de chamar atenção, hoje prezo uma invisibilidade que não me ofusca por inteira, mas consome boa parte do meu ser.
Tempo,
É estranho essa sensação de estar entrando no meu próprio passado em fração de segundos, mas ser incapaz de torná-lo meu presente e isso só nos afasta mais, pois logo a realidade vem à tona e eu, mais uma vez, tenho que fingir que esqueci de tudo, quanto na verdade eu só armazeno as lembranças no meu ego pra que eu posso encontrá-las em momentos de nostalgia, ainda que este me tire o ar e me dê o consentimento que boa parte do meu cérebro está sendo bloqueada; é daí que surgem as angústias que me forçam a correr dos próprios pensamentos e seguir vestindo uma máscara que opaca o meu eu.
Tempo,
Tá tudo tão confuso aqui dentro; eu tento descobrir o caminho que fiz pra chegar até aqui e poder sair, mas não consigo encontrar meu mapa de vida e isso me deixa cada vez mais perdida. Entre tanto e nada, eu percebi que eu nunca conseguirei sair de onde estou porque meu localizador não me permite regredir e insiste em apitar inúmeras vezes, sempre exclamando que não há um mapa, aliás, essa tal de vida é mais perdida que eu por completo e mais inesperada que sua lógica de traçar destinos.
Tempo,
Traz de volta minha coragem de sorrir
Traz de volta minhas brincadeiras diárias como as únicas preocupações
Traz a paz de espírito
O costume de felicidade
A rua estreita
A fobia de brincar de correr
O medo de cair
Mas a coragem de se aventurar
A vontade de se sujar
O querer de me mostrar ao mundo
Traz de volta até as birras
Até os choros altos
Até o medo de perder minha família que nunca deixou de habitar em mim
Traz de volta quem eu sou, ou era, de verdade
Traz de volta meus sonhos acordados que ainda é visita frequente, mas que já deviam ter se tornado realidade
Traz as novelas que eu assistia e inspirava na minha profissão futura
Traz as músicas que me ensinaram a ti escrever
Traz as pinturas de aquarela
Traz o medo de escuro que ainda me atormenta
Traz a confiança que eu tinha em mim mesma que sempre me elogiava psicologicamente
Traz a sensação de voltar da escola e ir diretamente almoçar
Traz o gosto puro que eu sentia
Traz a minha vida de volta
porque essa foi um engano.
Tempo,
Houveram imprevistos de última hora e, quando eu crescer, eu quero ser criança.
"Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos; tempo, tempo, tempo, tempo, entro numa acordo contigo." - GADÚ, Maria.
Desejo
Felicidade é ver em teu rosto o brilho do teu sorriso... da tua beleza... Dourada é a tua pele, fresca e perfumada como as manhãs de primavera...Te contemplo e te desejo intensamente...Teu semblante e tua silhueta estão gravados em meu ser como parte integrante da minha alma... que te chama desesperadamente.
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