Texto sobre eu Amo meu Irmao
Saudade
Eu resolvi te matar
Matar e deixar bem mortinha
Vinha devagarzinho te detendo
Fazendo isso quietinha
A saudade era intensa
Dolorida, imensa
Sou incapaz de mensurar
Pra matar, só pela morte lenta
Agora te matei
As lembranças são vãs
Só amanhã de enterrarei
Para além do divã
Vou primeiro te velar
Enquanto posso lastimar
Que saudade! Da saudade
que não tenho pra divagar.
O estado da arte da ignorância e o poder
Eu bem sei que você não tem nada de bom
Esse é o seu carma
Não tem beleza
Além disso, teve a má sorte de ser pouco dotado
por pouco seria eunuco
Anda encurvado denotando a preguiça
Não tem dinheiro nem estudo
analfabeto funcional
É fraco e necessita de estar acompanhado
para desfrutar dos haveres alheios
Até tenta manipular, mas é facilmente manipulável
só faz o que os outros mandam
Camufla-se de penas macias
mas a alma é de felino
Reina no seu âmago a acusação
O seu umbigo é o centro da galáxia
O seu 'machismo' a sua desgraça
O seu inimigo é quem te estende a mão
Você é o bobo da corte
companhia à diversão
Sua mais forte característica é a usabilidade
lenço descartável
papel higiênico feito de material reciclável
Suas crenças, valores, mitos e ritos
são históricos, do mais remoto passado
Você até que consegue algum espaço na corte
é o tipo necessário aos donos do poder
A sua alcateia é das hienas
para limpar o que se deixa apodrecer
Alimentado, solta risadas de consideração
Inevitavelmente substituível, esse é o seu sofrer
Revoltado por perder as migalhas
pega o seu martelo e ameaça todos acima de você
Tem desejo de vingança, quer matar e quer morrer
Arremessa a esmo as suas armas
cai exausto, não atinge nada
só tumultua a ordem do poder
cai na jaula, fica um tempo e se acalma
espera a sorte lhe sorver
Eis que acontece o acaso
volta a dançar conforme o embalo
assim vai levando a vida sempre ausente
mesmo no estado presente
E eu solto o meu grito
- Ignorante!!!
necessitamos de gente como você.
A vergonha de ser feliz
Por que você julgou que eu fosse morrer?
Tenho a certeza que era essa a sua maior vontade
Minha verdade?
Estão nos anos que vivi quase morta
de arrependimento e sofrimento
suportando a infelicidade
pela falta do meu próprio eu
da minha autonomia e estabilidade
trocados por um ambiente hostil
Fugi para ter de volta o meu mundo
Continuei por algum tempo a sofrer
sabendo da sua insanidade
revolta, ódio e até onde iria a sua intolerância
E eu te digo, você trabalhou como rato de esgoto
mas, víboras se alimentam de ratos
Como disse o poeta Gonzaguinha
"viver é não ter a vergonha de ser feliz"
Eu sei, você não conseguiu a sua vingança
mas encontrou a bonança
sem a vergonha de ser feliz
Sabe por que o poeta disso isso
sobre a vergonha de ser feliz?
É que a felicidade está no amor que sentimos
e quando não existe amor de verdade
sabemos que a felicidade é passageira
são momentos no arrepio das ilusões
apoio para as frustrações
Sem consciência e em apuros
usa-se e abusa-se incondicionalmente
por um tempinho feliz
Mas, quando consciente
sabe da "incompletude" que tem
e aquilo que completa é incompleto também
É isso que nos causa vergonha
e para suprir a danada
grita-se aos quatro ventos
que não tem a vergonha de ser feliz
por já estar desolado
com a felicidade que tem ao lado
E digo ainda,
não vou morrer por causa da sua felicidade
pelo contrário
ela suscitou a minha independência de responsividade
libertada das suas agruras
e tenho vergonha de dizer
pela falta de carência interior
o quanto sou completamente feliz.
Abichornado
Se você acha que não te dei
tudo aquilo que queria,
eu digo a você
te dei amor, carinho e poesia
mas não era o que você pretendia
dinheiro era a sua inquietação
minha vida, servidão
não importava a você
o cansaço, o desgaste
no semblante da menina
então eu tomei de você
muito mais do que podia
tirei o seu sono e a sua fantasia
deixei para você
a saudade da mordomia.
Minha forma de amar
Atordoada eu fico
por amar de uma forma tão excêntrica
amor de encanto eternizado
causador de assombramento
mas, é amor venerado,
não é amor medido
é amor discutível, irreverente
que tem a beleza do que é enigmático,
e é esta a sutileza:
- quem estagiou nesse meu amor indeterminado
por ele viverá deslumbrado.
Desequilíbrio
Eu não sabia onde estavam as fotografias
sempre me perguntava em que lugar estavam
eu não entendia a pergunta
eu não sabia sobre quais fotografias
Também me perguntava sobre o edifício
se tinha elevador ou era de escada
para mim não fazia sentido
esqueceu do meu grau de exigência
já não me conhecia
Eram questionamentos estranhos
sobre meus carros, trabalhos, números de assoalhas,
piscina, festas e alegrias...
mas, do meu eu, do meu interior
não queria saber nada
Através das perguntas insensatas
me subjulgava
como uma mandriona interesseira
eu já não valia nada
As minhas fotos sem filtro
meu rosto sem maquiagem
meu corpo não é malhado
e sem bronzeado
Minha vida é trabalho
meu espaço de lazer é tomado por livros
Como consequência, homeostasia
Só bem mais tarde eu entendi
que ele tinha outras fotografias
subia de escadas e nem era da própria casa
pois casa, já não possuía
seu carro uma lata velha desengonçada
seu trabalho acabou em nada
em festas não encontrava alegria
Tentou outras mulheres que me substituísse
as perguntas eram para as sua comparações
que tolice...
O que ele pretendia de mim se desacreditava?
O que vale a estética?
Vale um alto grau de entropia.
Caruaru
Vamos benzinho
pro agreste nordestino
vamos pra Caruaru
dançar o forró agitado
Eu, com o meu vestido de chita floral rodado
e as madeixas enfeitadas
com as flores do mandacaru
Tu, chapéu de cangaceiro
fingindo sotaque maneiro
escondendo o forasteiro
Tomaremos goles de capeta
comeremos petiscos com cumari
empoeiraremos o terreiro
Para depois do cansaço, uma bela rede rendada
amparada nas paredes de taipa
de um velho bandoleiro.
Quando sonhadora
Quando sonhadora
prescindo de tudo
eu me aventuro
me divirto
estudo
trabalho
talvez até, amo
Arrasto para as minhas fantasias
pessoas que se iludem
das minhas peripécias
Nossa! como fico ideal
Quando me induzo sonhadora
sou egoísta, até covarde
mas, como não poderia ser?
O sonho é somente meu
no meu sonho
posso tudo
de resto
o problema é seu.
Divagação
Eu quero uma cadeira
quero uma escrivaninha
quero uma folha de papel em branco
quero a folha de papel sem pauta
sem pauta por não gostar de escrever em papel pautado
escrever?
eu quero uma caneta
quero uma caneta da marca BIC
BIC transparente, tinta azul, ponta grossa e com tampa
a tampa da caneta é importante
entre o ócio e o criar
tira clipe é até cutícula
coça orelha, limpa cantinhos
entre um gole e outro do chá
a minha exigência é muita
não é fácil de realizar
mas, quero mais
quero um cesto de lixo
para dispensar o maldito rabisco.
Eu queria ter vivido
Eu queria ter vivido
quando o tempo era manso
e as palavras não corriam
numa tela sem trato.
Quando o vento escrevia
nas janelas abertas,
e o silêncio trazia
respostas concretas.
Eu queria ter vivido
onde o olhar era carta,
onde o encontro não era
só um nome sem face.
Quando a praça era o mundo,
o degrau era escola,
e a verdade não vinha
mastigada em retórica.
Eu queria ter vivido
num instante sem pressa,
onde a vida pulsava
no compasso das eras.
Mas vivo no ruído
de um tempo sem tato,
onde o toque é um vulto
e a alma, um contrato.
Purista, eu?
Chamaram-me purista, num tom de ironia,
Como se o zelo fosse pecado, heresia.
Por buscar nos arcanos da gestão cadente,
Um fio de lógica, um traço coerente.
Falaram de anacronismo, como quem sussurra ao vento,
Sem notar que o tempo carrega o esquecimento.
Gestões de ontem, sombras de um outrora,
Não resistem à aurora, que a crítica devora.
Eis que escrevo, não para agradar vaidades,
Mas para despir o rei de suas falsidades.
Se purismo é pensar, é questionar o vago,
Que me chamem de pura, pois o impuro é frágil.
Anacrônica é a cegueira que persiste em andar,
Na trilha do ontem, sem ousar inovar.
E eu? Sou ponte entre o velho e o novo,
Sou o verbo que inquieta, sou quem move o povo.
Não temo o rótulo que me foi ofertado,
Pois na busca da razão, o título é fado.
Que venha o futuro, com suas chamas ardentes,
Purista ou não, sigo lúcida, entre linhas e correntes.
Eu estava em um caminho desconhecido
Uma mão me segurava
E a fumaça era tão escura que eu não podia enxergar nada.
Onde estou?
Vivi tanto tempo
Tanto tempo
Tanto tempo na escuridão
Quando ouvi dizer que tinha algo
Algo que não era escuridão
Meu coração palpitou.
Existe a luz? Se ela existir
É oque eu mais desejo..
.
.
Existi em busca dessa luz
Só tinha vozes e mãos me guiando
Uma mão me segurava e me dizia o caminho
E eu apenas andava
Enquanto outra mão me segurava estava assegurando que eu não estaria só
Um dia
Uma das mãos que me seguravam
Desapareceu
Me vi perdida
Me vi sem rumo
Só restou uma mão
Mas ela eu não conseguia ouvir
Para onde vou?
Oque vou fazer?
.
.
Um cheiro de flor me encantou
No meio desta angústia
No meio desse caos
Uma flor
Essa flor me aconchegava
Eu sentia seu cheiro
E um desejo imenso de estar com ela
Procurei ela
Por todos
Todos
Os cantos....
Nunca consegui alcançar esta flor.
De repente uma mão agarrou meu braço
E decidiu que iria me guiar
Pois eu não tinha rumo.
Sem uma mão para me guiar
Para onde vou?
Eu sei que quero ir para a luz
Esse lugar que dizem ser maravilhoso
Onde não há essa escuridão
Onde eu posso viver sem essas vendas em meus olhos.
Essa mão me afastava e afastava dessa flor
Que tanto me acolhia
Meu coração entrou em desespero
Estava cansada de tanta loucura.
Tanta melancolia
Senti falta daquela mão quente que se foi
E que nunca vai voltar
O caminho era desconhecido
E eu não enxergava nada
Eu só queria um feixe
Um raio
Uma linha
Alguma coisa
Luz?
Onde está você?
Te procurei
Procurei
Procurei
E....
Onde está?
Agora não sei para onde vou
Só me resta seguir essa mão
Não enxergo nada.
.
.
Flor? Seu cheiro?
Onde está?
Meu pior medo é estar longe de ti
Você jurou
Que estaria comigo até o fim.
Estou cansada
Cansada de andar
Rumo ao desconhecido
Escuto promessas de encontrar o fim dessa escuridão.
Mas...
E agora?
Um raio
Um raio
Preciso de uma prova
Será que a luz realmente existe?
Ou foi um sonho de algum lunático?
Me vi perdida.
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EU
NASCI PARA MARCAR O TEMPO,
GOVERNAR O CURSO DOS VENTOS,
FAZER O QUE EU BEM ENTENDER.
ÀS VEZES, SOU TOLO, ACRESCENTO,
MAS OS PROBLEMAS QUE EU MESMO INVENTO
SEI A TODOS BEM RESOLVER.
PORQUE EU ME VEJO MUITO ACIMA DOS MUROS
E NÃO TENHO MEDO DO "ESCURO", OU DO QUE POSSA ACONTECER.
E SE BOA SORTE VAI ME SORRIR, NO FUTURO,
NEM O MAIS SÁBIO DOS HOMENS, EU JURO,
PODERÁ DIZER.
NÃO VOU FICAR VENDO A BANDA PASSAR,
VENDO A EMOÇÃO ESFRIAR E O CORAÇÃO PARECER.
VOU REFUTAR E ESQUECER OS PORQUÊS
SEM QUERER ENTENDER E A RAZÃO DESDENHAR.
E SE O INVERNO CHEGAR,
E SE DOR NÃO PASSAR, SEI QUE VOU SOFRER.
MAS SEM QUALQUER MEDO DE ERRAR,
CONTINUO A BUSCAR
E O MEU CORAÇÃO A BATER.
Viver é difícil
Como é difícil viver
Mesmo na felicidade
Eu penso lentamente em morrer.
Se eu pudesse voltar
A ser poeira cósmica
Com certeza eu estaria
Muito mais feliz.
Eu tenho incerteza
Nada exala clareza
Nem mesmo a pureza
De um ser divino.
Meu senhor,me mate
Ou melhor,me salve
Antes que se apague
A esperança que eu ainda tenho de viver.
Devagar
Eu vou morrendo e morrendo sem parar
Não sei quando a morte vai chegar
Mas sei que um dia a vida vai acabar
Estou rodeada de pessoas que eu odeio
E mesmo assim eu as norteio
Parece até um sorteio
Preparando os males da vingança
Que me trazem uma lembrança
Do que é viver
Esperando algo
Que nunca se realiza
Que demora,eu indago
Vou virar poetiza.
Eu não gosto de esperar
Quando espero começo a pensar
E já consigo imaginar
Tudo oq o mundo romantiza.
Esperar demora muito
E minha vida dura pouco
Nunca tive o intuito
Mas tudo isso me deixa louco
Vou encerrando este poema
Porque já esperei demais
E eu não tenho mais um tema
Porque já pensei demais.
14:14
Tempo,quanto tempo
quanto tempo eu espero,
quanto mais o tempo passa,
mais eu me desespero.
Choro,mas sorrio
Sorrio,mas choro.
É a primeira vez que eu me sinto
como Fernando pessoa.
Como Clarice eu escrevo,
penso um pouco como Nietzchie,
Com Tesla vejo relevo,
mas Curie não se atreve.
Um belo dia vejo Einstein
chamando todos para o jantar,
Thomson traz pudim de passas
mas ninguém parece gostar.
Curie vem com um chá verde,
com muita radioatividade.
Todos olham,mas não bebem,
pois isto seria futilidade.
Amelia vai de avião,
todos aguardam suas chegada.
Será que ela está no portão
ou chegará de madrugada?
Tesla é o útimo a chegar
poque rodou 3 vezes a casa,
e com toda essa enrolação
já são 14:26 da tarde.
Se eu não estiver mais aqui no amanhã
Não venha me procurar e não sinta minha falta.
Mesmo q eu desapareça ou esteja sem cabeça,eu não tenho importância na humanidade.
Eu tenho rancor do presente,tenho medo do passado e não viverei o futuro,pois é melhor a escuridão do que o sol pra quem não teme o escuro.
Talvez eu me mate hoje ou me mate amanhã,mas em um desses dias,deixarei minha vida e sumirei do mapa.Do mapa do que conheço q se chama vida.
Eu lamento muito,e lamento ainda existir.
Eu sou Miss belle,
nunca fui miss,
nem bela eu sou.
Tenho vários nomes,
num dia sou Marie Aabye,
no outro eu sou Angelina burket,
Amanhã viro Betty murffin,
e no sábado me chamarei Noélia perfect.
Mas meu verdadeiro nome
guarda um grande segredo
não é um nome bonito
mas é um nome que dá medo.
Me diz o que é que eu faço
Se ela lê pensamento?
Me diz o que é que eu faço?
Desse jeito eu não aguento
Vê coisa onde não foi
Vê coisa onde não tem
E eu aqui sozinho
Sem você não sou ninguém
Me diz o que é que eu faço
Se ela me investiga?
Me diz o que é que eu faço
Se ela só faz intriga?
Me engana friamente
Só vive indiferente
E ainda sai dizendo
Que eu não sou homem decente
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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