Texto quando se quer Terminar com Alguem
Faça agora, enquanto é tempo
Quando escurecer, poderá ser tarde
A vida continua, mas não é contínua
Fale agora, enquanto há tempo
Este Mundo pode parecer concreto
Mas não existe certeza de nada
O escuro manto da noite existe
Escondido, sob o fino véu da madrugada
Hoje há Mundo, há luz, há vida, há tempo
O tempo é um novelo de lã
a cada momento mais desenrolado
Pode ser que amanhã
Não haja nada.
A terra vai secando
ao calor da tarde clara
de vez em quando chove
nada se move na paisagem
Nem mesmo a imagem de um anjo
Que mesmo assim, não mostra a cara
De repente um bando de pássaros
aparece em busca de água
e a bebe aos cântaros
A tarde se torna um Pântano
Infestado de ìcaros
Maltratado por tardes passadas
Que somente silencia
No calor da madrugada
Nesse espaço de tempo
Eu percebo que perdi tudo
Não há mais nada a fazer
e eu, portanto, nada faço
Os pássaros carregam
Um curto espaço do dia
Quando vão
e eu não sei pra onde vão
se esconderam no desvão que havia
entre o Céu e o chão.
Quando tudo tiver passado
E não houver ninguém
Pra me amar ou me odiar
Um dia assim, igual a hoje
Mas hoje ainda não é o fim
é só um dia banal,
sem ninguém ao meu lado
Talvez então, eu me sinta magoado
Contudo, vou levar recordações felizes
e concluir que a vida valeu à pena
Apesar de algumas tristezas
Pois a vida sempre pode ser boa
Mesmo que neste mundo
Tanta coisa conspire
Pra que aconteça o contrário
Quando tudo houver se acabado
E eu olhar pros lados
E Perceber
Que meu tempo passou
Vou me sentir agradecido
Olhar para a frente e seguir
Humilde e sem glória
Rumo ao desconhecido
Onde eu sei, tenho certeza
de que há de iniciar-se outra história
talvez em língua portuguesa
talvez não
Mas tudo que eu vi e senti
Há de seguir comigo
Vou levar pra sempre esta existência
Guardada
Aqui no meu coração
Deus
de vez em quando
tudo que eu queria
era estar contigo
um pouco
Deus
Meu melhor amigo
Reconheço estar
errado, muito errado
"de vez em quando"
não passa de um engano
um grande engodo
Deus
Faça o que quiser comigo
Se for a Sua vontade
Me submeto de bom grado
não ligo
Deus
Agora eu compreendo
Que na verdade
Minha vontade
é de estar Contigo
o tempo todo
O amor é algo inexplicável
Não devia ter esse nome
Não se nomina o inominável
Quando ele é lindo como a dança
inocente igual a criança
e mais forte e mais envolvente
que a própria fome
Ninguém o entende
Por mais que o estude
Ninguém o aprende
Quem tenta, se ilude
Ninguém o inventa
Ele simplesmente existe
E quem o conheçe
dele jamais se cansa
Porém está tão distante
Que o voo do condor
Não o alcança
O amor é algo indizível
Como um dia disse o Poeta
Ele te leva do Alfa ao Ômega
Sem ao menos passar pelo Beta
Irreversível
Como a vida que brota
Em qualquer embrião
Insubstituível
Ninguém o copia
Ninguém o arquiteta
Ninguém nem ao menos o mente
A gente apenas o sente
E quando o perde
A gente simplesmente
Senta e chora
Perder um amor
É uma dor que não passa
e nem melhora
E quando a gente o sente
Tudo piora
E não troca essa dor
Por coisa alguma
Ele é amor
É uma dor que te faz rir
E que você se acostuma a sentir.
Todo dia quando cai a noite
E escuridão engole o Mundo
E todo mundo se recolhe
E avalia as suas escolhas
Uma noite só não basta
Você se desgasta
Sozinho, parado
Pensando, talvez, nas folhas
Que voam ao sabor dos ventos
Crepitando pelo vasto mundo
Você ouve na escuridão
A suave melodia da noite
batendo na sua janela
Noite, deusa misteriosa
Quem é ela
E o que será que quer comigo
Volte logo, luz do dia
E tira de mim este medo
Por favor, volte mais cedo
Tanta gente tem seus amores
Que guarda em segredo
Eu guardo este medo
e mais nada
Pois a noite e a madrugada
Parece que a tudo sabem
E guardam as piores tempestades
Pra que elas desabem
Pertinho da minha janela
Noite, deusa misteriosa
Por que é que ela
Judia de mim
tanto assim?
Quando a gente almoça algo salgado
A comida é muito boa
Mais tarde você come algo doce
e o que era bom aumenta um tom
Então você bebe água
Ela não tem gosto de nada
Mas a alma fica imensamente agradecida
Pois cada coisa no dia tem seu tempo
E cada dia na vida também tem
Não queira passar na frente de ninguém
Existe ocasião pra tudo
Pra falar e também pra ficar mudo
Há dias de viver sorrindo
e hora de sorrir chorando
Tem gente que desiste da vida
Pra não passar pela desilusão
de desistir de um sonho
Saibamos então sonhar
Porém, sem nunca desgrudar
os pés do chão.
Quando eu era criança, ainda
Não me ensinaram a olhar o Céu
E chamar as pipas de "pipas"
Àqueles mágicos brinquedos
Eu dava o nome de "quadrados"
Em alusão à coincidência geométrica
Finas ripas de bambu,
papel de seda
e sonhos
A voar mais alto
Que o próprio urubu
Não havia e ainda não há
Qualquer outra coisa quadrada
A simbolizar
Com tanta desenvoltura
A liberdade
A simplicidade
E a ausência do medo de altura
Humildade de papel
A ganhar o Céu
Ensinando
Que nem sempre
fragilidade é sinal de fraqueza
Se cada coisa tem o seu lugar
O lugar do quadrado é lá
Nos Céus imagiários da minha infância
Pois as coisas simples
Sempre serão aquelas
belas lembranças
Que o tempo há de ensinar
Que ao final
haverão de ter
O lugar de maior importância.
Quando algo existe
durante a maior parte do tempo
isso significa apenas
que apesar de tudo
Isso não resiste o tempo todo
E se acaso ele perdura
À duras penas
Um dia você descobre
Que na verdade era um engodo
Encoberto de vaidades
e falsas ou meias verdades
Pois sempre há de existir
Manhãs serenas
despontando
Logo após haver
Noites e madrugadas
Carregadas por intensas tempestades
Mas perante a luz do Sol
Não existe nada que resista
À tua faculdade
de olhar e saber procurar
e enxergar
Nada mais que a verdade
E é tua essa conquista
Jamais desista dela
Quando o choro vem
Ninguém tem nada com isso
E quando a gente ri
Faz isso sem compromisso
A tristeza está sempre atada
Ao fato da compreensão
O ato de ser feliz
É porque finalmente
Eu não quis saber de nada
Eu olho ao redor e percebo
Que a vida é uma obra de arte
E eu faço parte deste Universo
Sou um verso à parte
desta poesia perfeita
Escondida na luz
Uma pauta de sete cores
e dá vida ao perfume das flores
Quando olho pros lados
O traçado do voo dos pássaros
Finalmente faz sentido
Porém, está tudo escondido
Aos olhos de quem não sente
Amor e gratidão suficientes
A fatalmente iluminar o coração
e despertar nele a certeza
de que a vida
É a mais perfeita canção
e nela está inserida
em cada oração de letras escondidas
Muita beleza
a passar despercebida.
Por não saber voar
de vez em quando
Eu voo de amor
E quando sinto calor
Eu volto pro ninho
E procuro
Um abanador de carinho
E saio mais tarde
Pedalando amizades
é muito leve fazer isso
Nas rodas da sinceridade
E quando minhas pernas se cansam
Eu uso meu estoque de abraços
É isso que eu faço
Para otimizar o torque
Meus braços se abrem
E abarcam o Mundo
Desde os pássaros no Céu
Até o plâncton esquecido
Lá no fundo do Oceano
Com meu abraço de menino
Eu acolho até aqueles
Que não constavam nos meus planos
Pois eu sei
Que não pode haver enganos
Nos desígnios do Divino
Em todas as tardes
Quando à tarde chove
Não existe um dia
Em que eu não olhe
para as nuvens
e recorde
Aquela tarde triste
Eu posso até rever
Distante, o arco-íris
sobre o qual subiste
bem diante dos meus olhos
Rapaz
Você não pode imaginar
A falta que me faz
E quanto tempo leva
Até passar o tempo
O tempo do Nunca Mais
É esse o tempo que se aguarda
Naquela Plataforma de Partida
desde aquela tarde triste
em que partiste
Em uma despedida
Só de ida.
edsonricardopaiva e Fellipe Arcanjo
Quando eu digo palavras suaves
Ou escrevo alguma coisa sobre amor
Minhas palavras raramente tem retorno
Senão, parecem não surtir nenhum efeito
Muitas vezes vão acompanhadas de gestos
Que ninguém, vê nem repara
Outras vezes por um olhar
Que as pessoas
interpretam de maneira errada
E eu não compreendo
Se essas pessoas são vazias
Ou se eu mesmo não saiba me expressar
Algumas das pessoas, cuja companhia
Eu mais quis...
Se afastaram.
E as que ficaram são aquelas
Que a mim parece que fazem
Um enorme esforço
Em demonstrar o seu desprezo
Mesmo sendo as mesmas que um dia
Tanto fizeram
Pra hoje ter direito
à minha companhia.
O Amor de verdade
Quando chega
Não carece de brilho no olhar
Não precisa acontecer
Numa noite enluarada
Tampouco ser perto do Mar
Ele vem assim
Sem que ninguém o traga
Vem no vento
Pela força do destino
e te encanta
Mais que tudo
Que tenhais visto antes
Aquela moça
Te faz sentir
Que não és nada
Além de um mero menino
Perdido e apaixonado
Que não precisa de mais nada
Nada além
daquela moça
Sempre ao seu lado
E pra sempre por perto
e assim, te fazer saber
Que tens sorte
Te tornar
conquistador do Mundo
Alguém mais forte que a dor
Não haverá
nada que te faça ver
a cor dos olhos
ou dos cabelos
Tanto te faz, meu rapaz
Serão sempre os mais lindos
Aquilo que te prenderá
Será o aroma
que vier da alma
E que há de te inebriar
A vida inteira
Será
O amor que tanto queria
Aquele
Que pediste a Deus, um dia
Acabaste de conhecer
O teu amor verdadeiro
Acontece de vez em quando
E eu sempre me surpreendo
Ao me ver procurando
Um rosto conhecido
Ou uma paisagem do meu passado
Numa figurinha qualquer
daquelas
Que sempre vinham no chiclete
Meu pensamento
Flutua que nem fumaça
Numa tarde aborrecida e sem graça
e o meu coração se derrete
Um anjo se senta ao meu lado
E me leva pra lugar qualquer
Onde não há nenhum homem
Nenhuma mulher
Somente um lugar gramado
Pinheiros na Estrada
Nenhum dinheiro
E nem nada assim
Olhando a cor de cada árvore
Eu penso no quanto
A gente pode ser livre
e não é
Até perceber
Que já se faz tarde na vida
Uma tarde aborrecida
Pois
Quando a gente nem vê
Anoitece
é assim que acontece
de vez em quando.
Quando eu nasci
Meu pai me deu um nome
Que o Mundo
Sempre tentou tirar de mim.
E enquanto eu crescia
Minha mãe me ensinava a amar
e me esquivar das coisas ruins
todo dia
Mas o Mundo ainda tentava
Tirar tudo isso de mim
Porém, antes disso tudo
Antes mesmo que eu nascesse
Deus dotou-me de um escudo
E antes de eu ter um nome
Ele me deu o dom de ser um homem
Antes que eu soubesse o que é amor
Ele me preparou
Pra enfrentar as dores deste Mundo
Com um largo e profundo sorriso
Deus dotou-me de uma luz
Que os olhos ruins deste Mundo
Não enxergam
Há pessoas que não vivem
Vagam feito cegas
Estragam-se e esmagam-se
Mas as Coisas de Deus são assim
E no fim
Essa luz
Não apagam
Tampouco a tiram de mim
Prosseguem tentando...delirantes
Porém, hoje
Essa luz brilha mais do que antes
E não há quem a tire de mim.
Como se fosse
Um poema onde nada rima
Algo além do limite
Um dia sem Sol
Quando termina
A gente permite que Ele se vá
E chega a hora da despedida
Há coisas na vida
Que parece começarem pelo fim
E vai correndo ao avesso
desde o começo
Não se encaixa...desafina
Quando o coração se permite
Permanecer eternamente
Qual coração de criança
dança e ri
Com a canção desafinada
E sem querer saber de nada
Segue rindo da cara da sorte
Pois não há corte
Que não cicatrize
diante de uma boa risada
Ria sempre de volta pra vida
Não há tristeza que suporte
Um sorriso insistente
de sorte
Que um dia
A tristeza acaba rindo com você
E tudo acaba em alegria
De vez em quando
Eu penso em doar um presente
Que esteja pra sempre presente
Algo que o tempo não estrague
E que nem precise
Ser entregue
Algo que não precise limpar
e nem carregar
Algo que não se regue
Não envelheça
e não se esqueça
Alguma coisa
Que não se vista
e não se ponha na cabeça
Enfim
Eu ponho alí
Um pouco do meu tempo
e muito de mim
Eu faço meu presente ao mundo
Mas não é todo mundo
Que o vê
Pois é preciso
Ter no peito
Um jeito um pouco mais profundo
de ver e de viver
Mas ele ficará guardado
E poderá ser uma coisa boa
Um dia
Na vida de alguém,
Cada um doa aquilo que tem
Eu deixo ao mundo
Poesia
Quando a gente era criança
E a vida era simplesmente
Um lance um tanto mágico
Praticamente um Circo
Semi-monossilábico
Um circo onde havia até dança
Aquela dança
Que a gente não se cansa
Nunca...jamais; de se recordar
A Pá já se levantava
Com aquele sorriso a mais
E quando ela vinha pra sala
Trazia as duas outras atrás
A Pá corria pra lá
A Sí sentava-se aqui
Eu dava um pãozinho pra cada
Mas a mais malandra
Sempre foi a Sandra
Acordava emburrada
Não falava nada
Tomava o seu café
e depois dava no pé
As outras duas
A Pá e a Sí
Ficavam brincando por ali
Achando que eram princesas
Uma olhava e a outra ria
Minha mãe chegava e mandava
A Sì limpar toda a mesa
Enquanto a Pá lavava
A louça que estava na pia
Lá da sala, a Sandra ria
E assim começava o dia
Num tempo
Hoje tão distante
Que causa saudade cortante
Nesse pobre coração
Daquele, outrora sempre presente
Irmão de sangue, de alma
e de saudade
Edson Ricardo Paiva
O Sentido da Vida
Certa vez, quando era criança
Eu pisei na areia
E ao perceber
a marca dos meus pés
Primeiramente pensei
Que elas não estariam mais ali
No dia seguinte
Mas logo em seguida eu pensei
Que antes que o dia terminasse
Poderia ocorrer
um desenlace qualquer
E eu também não estar mais aqui
Antes que sumissem
As marcas dos meus pés
Em pouco tempo
Não restaria nada de mim
E foi assim, desse jeito
Que ao invés de sentir-me triste
ou com medo
Percebi o quanto era feliz
Pois eu havia acabado
de desvendar um segredo:
Eu fazia parte de um todo
Eu era um grão de areia
deixando marcas da areia
Fincando as estacas
Que se tornariam os alicerces
do meu próprio entendimento
Pois, aquele momento
Foi quando eu me senti
Muito próximo Daquela Inteligência
Que Exerce, por Excelência
Todo o Poder de movimentar
Este Universo
Meus passos
Eram iguais a todos os passos
Se deixamos marcas ou não
Essas, tem que estar no coração
daqueles que vão estar aqui
depois de nós
Pois
No dia em que partirmos
Permaneceremos
de alguma forma
Na areia, que marca o tempo
No vento que carrega a areia
Na luz do Sol
Que nos entrega a vida
E a energia que alimenta esta Terra
Pois a vida é uma bela história
Que não faz nenhum sentido
Quando nascemos
É preciso que a gente
Pise antes na areia
Pra dar um sentido à vida
Pois ela terá o sentido
Que a gente der à ela
Edson Ricardo Paiva
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