Texto quando se quer Terminar com Alguem

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Não basta fazer o ninho
Sob a soleira da melhor das casas
Se quando chega a primavera
O passarinho bate as asas
E ao raiar do primeiro dia
A sua ausência se torna alegria
Não basta a presença de um sorriso
É preciso sempre alguma coisa a mais
O melhor remédio
Também tem hora certa pra ser ministrado
E quando o momento passa
Pode acontecer de tornar-se um veneno
O passarinho simplesmente
Percebe
Que o ninho não mais possui
Aquela graça
Que o quis fazer ficar.

Edson Ricardo Paiva,

Inserida por edsonricardopaiva

Eu penso
Nas cores dos pensamentos
Quando poucos de nós as vê
Penso também
Nem sabermos dizer
Sobre as cores que as coisas tem
Mesmo se acaso as virmos
Penso ser muito triste
Ter o tempo se arrastando
De vez em quando
Uma estrela cai lá do Céu
Ninguém faz um pedido
Perdendo pra sempre
O tempo que foi perdido
As cores estavam lá
Nuvem branca passou
Sete Céus pintados de azul
O vermelho do pranto
Uma gota prateada, ali num canto
A luz se apagou
Sem traduzí-la as cores
Nem calor pra secá-la
Só cinza-escuro
dos pensamentos a conduzir
Em brancas nuvens
Tantos pés, onde não querem ir
As cores dos pensamentos
Finalmente prosperam
Em algum momento da vida
Assim o quiseram.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu gosto de andar sem rumo
Mas eu sempre guardo o caminho
E quando sozinho, imagino
O que será que eu poria no meu destino
Se acaso eu pudesse ser Deus
Pois sei que minha vida aparenta
um caos
E que toda escuridão do mundo
Não esconde os meus passos
E agradeço a Deus
Por não permitir
Que eu tropece
Quando caminho
Sozinho e sem rumo
No prumo dos Seus escritos
Traços tortos
É o preço que a vida exige
Pra gente poder
Caminhar descalço
No passo da dor, que corrige
E sempre guardo o caminho
Sabendo que não vou voltar
Confesso meus medos
Ao ar que me rodeia
Assim me acostumo
Como de costume
A manter-me no rumo
Distante de o Saber
Imagino
Quantos sonhos sonhados
Será que seriam meus
Quantos passos apressados
Ficaram guardados na areia
Qual a luz verdadeira
das luzes que vejo
Desvenda a verdade distante
E me pergunto
O que será que eu deixaria
Em meu caminho
Se eu tivesse a qualidade
de pensar o que pensa Deus
Por um único instante.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Procura.

O real saber
Não é saber onde fica
O lugar em que a gente se machuca
Quando vai lá
...e por isso não ir
Nem tampouco saber
Como não se machucar
Bom mesmo é não saber.
Desconhecer que o dia renasce
Pois o mesmo dia
Nunca existiu duas vezes
Pra isso é preciso sorver
Um novo cálice de vida
Assim que o dia amanhece.
Entender
Que não existe um novo amanhecer
Pois, quase sempre
Amanhece de novo
Mas que nada
Nunca é novo eternamente.
Guardadas as devidas proporções
Olhar um pouco além
Do lugar onde a rua termina
Comer doce de Lua
E quando precisar
Parar um pouco e descansar
Se possível
Que seja lá no alto da colina.
O calor do asfalto incomoda
E se acaso a roda gira
Que seja uma roda gigante
Pra poder passar a vista
Lá do alto do mirante.
Cada segundo de vida
Que se vive neste mundo
Dura somente um instante
O Mundo gira
O tempo passa
O giro é pra frente
Se a gente olha em derredor
Lugares iguais
São iguais
Por mera opção de escolha
Nada mais.
É preciso aprender
Que cicatrizes
Não são cura
Antes, lembranças
de lugares que não guardavam
Aquilo a que se procura.
Existem noites claras
Manhãs escuras
E nunca é tarde pra saber
Que apegar-se à dor
É algo que ninguém queria
Mas um dia, sem perceber
A gente jura.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando chega o tempo
da Lua da colheita
Quanta gente satisfeita
A olhar a rua
É momento de festa
Dia de alegria
Porque
Desde que inventaram a vida
Toda alegria tem hora certa
Beleza prazo
Amizade vez
Quando chega a noite de Lua
Gente a olhar a Lua
Mente
Pra ser olhada
Olhando a Lua
Depois
Que a Lua se foi
Simplesmente.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Aprendi a ser eu mesmo
Praticando ato de ser
A mim mesmo de vez em quando
Eu não posso e não preciso
Ir a todos os lugares
Mas posso olhar calado
E descobrir o que não quero ser
O que restar, sou eu
Aquele que traz no coração
O que merece ser lembrado
Aprendi a errar sem pedir ajuda
Meus erros me ensinam
Que o mundo muda
Mas que há coisas no mundo
Que serão sempre as mesmas
Do pouco que aprendi
Eu sei que tem coisas ali
Que devo levar comigo
Pois não devem ser ensinadas
A mais pura manifestação de vida se dá
Nos momentos em que não se sabe como agir
Pra todas as outras se olha os ponteiros
Enquanto o relógio enferruja
Sem que se veja
Qual dos dois tempos foi mais verdadeiro.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Acabrunhado, infeliz
Quis o mundo seguir assim
De olhar parcial
Igual a quando te olha
Qual folha caída
Assim quis a vida
Tal luz escondida
Se vida se ausenta
Na noite perdida
Novamente vai-se a vida
Era nau na tormenta
Mera imagem pintada, aquarela
Apesar de procela, era o nada
Conforme é o passar do tempo
Os tempos mudam
Quis o vento soprar assim
De olhar enviesado
E se olhava de perto
Era só desalento
Triste vento, desenxabido
Mormente destituído
de graça e de vida
Uma adaga escondida a brilhar
Em cada desvão do caminho
Um triste cantar passarinho
Cantando baixinho
O seu triste cantar
Era quase um lamento
Meramente uma questão de escolha
Eram dois os caminhos
Simplesmente
Ser gente ou ser folha
A pensar-se imparcial
Mas o dia amanhece outra vez
E outra vez parece igual
Infeliz desarvorada
desejando , quase calada
Que seja feliz o dia
Esperança ela tinha
Qual folha caída
Alegrias de outrora
Isso eram coisas ... lá de outras horas
Demora, demora
e não vinha.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando é noite
O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais
Tem noites em que a voz do vento
Diz tanto
Quanto todas as vozes juntas
Mas, se alguém quiser entendê-la
É preciso um coração calado
Pois o silêncio já sabe as perguntas
E as melhores respostas
Serão sempre insatisfatórias
Quando a mente brilhante
Se encontrar brilhantemente
Abastecida dos melhores ventos
A noite mais escura
É sempre aquela
Que permite conhecer
A paz que emite
Simples, singelamente
A voz da vela
É preciso um pouco mais
Pra tentar ouvir o que ela fala
Perceba que em noites assim
Mesmo a luz da maior estrela.
Humildemente se cala.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando vir que o dia começa
Não se apresse em declarar-se grato
Pelo simples fato de viver ainda
Os pássaros e as flores demonstram gratidão
Sendo parte integrante da natureza
E o fazem com simplicidade
Sem mostrar ou demonstrar
Nem pressa e nem gritaria
Observe o silêncio do vagalume
Na nuvem de tempestade
Que se agiganta e encobre a montanha
A outra montanha, de altura tamanha
Cujo viço leva o cume a sobrepor-se à chuva
O som das águas na voz do rio que canta
A sombra sob a árvore
Onde a abelha faz colmeia
E a aranha monta e desmonta
Sua linda e complicada teia
Atravessando a sua breve vida
Em divina serenidade
Permeando a nossa, enquanto isso
Compromissada em viver
Sem compromisso e nem nada
A verdade perene
Eternamente equilibrada
Pois as grandes obras
Mesmo despercebidas
Estarão sempre lá
Pra quem ainda quiser aprender
Que reconhecer a tudo isso é, sim
Agradecer a Deus
Guardando em paz o coração
Enxergar a palavra
No silêncio das coisas que Ele faz
Exortar gratidão
Buscar a ciência e a justiça
Ler nas entrelinhas
Das coisas que estão invisíveis
Apesar de simples e cristalinas
Deus trabalha humildemente
No pulsar da maior estrela
e na forma da formiga
Que recolhe a folha morta
Por isso, se o dia amanhecer
Agradeça a vida em atos
Veja que a resposta estava junta
Muito antes do advento das palavras
Pensamentos ou perguntas
Onde o vento somente as multiplica
E assim como o dia começa
Enfim, toda vida termina
Culminando quase sempre
Em súplica que descreve
E apesar de tudo isso
Aquilo que não se via
Sempre esteve
E estava lá todo dia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Este mundo é um lugar
Onde as coisas, de vez em quando
Fazem sentido
Basta olhar
Que quando não se entende um olhar
Não adianta dizer palavra
E mesmo assim
A gente as escreve
Pensando que assim
Pode ser que lá no fim do mundo
Pode ser que lá no fim da vida
Deve ter algum sentido pra tudo isso
Senão não teria um motivo qualquer
Nem sequer pra ter nascido
Neste mundo
Um lugar onde as coisas
Normalmente fora de lugar
Aguardando arrumação
Que a gente quase nunca
Encontra tempo suficiente para fazê-la
É triste, é muito triste
Quando se percebe, que fatalmente
Mesmo assim
Há de se ouvir um sentido
No ruido que vem das estrelas
Mudas, perenemente mudas
Meus Deus
Este mundo precisa é de ajuda.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

O grilo
Cantava pra Lua de noite
E fugia do pássaro
Quando o dia amanhecia
Tem coisas que não se alcança
Por mais suaves
Sejam as palmas das mãos
Elas passam despercebidas
Há lugares pra se olhar de longe
E outros que se sabe
Mas nem ao longe se vê
Só não há como prender o tempo
Nem quando a gente o quiser
Nem mesmo sem o querer
O toque das mãos
Um dia deixa de ser tão suave
O canto do grilo
A Lua não alcança
O tempo troca a noite pelo dia
Correndo suavemente
Qual toque das mãos
Um dia deixam de ser tão leves
Porém são tão breves
Quanto a queda num precipício
A vida, tão linda que era
Até mesmo um encontro ela tinha
E passava toda a si mesma
A cuidar da sua própria beleza
Pois a beleza da vida
Quando a vida era bela
Jamais envelhecia
E passava sem pressa
Na certeza dessa espera.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu peço ao dia de hoje
Que ele esteja vivo
E seja livre como o pássaro
Que fugiu quando eu abri a porta
E que se a vida pudesse
Ser ao menos boa
e deliberadamente linda
Qual canto do grilo
Cantando pra Lua
Antes que finde a madrugada
E que a Lua empalideça
Grilada dos pés à cabeça
Carente daquela beleza
Que mata a gente de saudade
Mas que à luz da verdade
O morrer por saudade
Nâo seja morte que vem à toa
E quando a chuva cair
Ela jamais impeça
Que a gente peça ao dia
A presença
do pássaro que voa
Nem das flores
Que a chuva planta
Na beira das estradas
Que se percorre
durante o correr da vida
E se a vida puder ser assim
Não peço ao dia mais nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠No mundo das ilusões
De vez em quando
Opiniões que divergem
Encontram o centro de gravidade
Como se deuses fôssemos
Capazes de estabelecer a perfeição
No campo das escolhas
No mundo das folhas ao vento
Há momentos que nos encontramos
Nos reconhecemos, flutuamos lado a lado
E depois seguimos cada qual seu rumo
Porque não há prumo e pouca coisa permanece
Parecia parecido, igual não era
Éramos sociáveis porque nos convinha
Mas não tinha de ser
No mundo dos espelhos
Fomos nossas próprias matrizes
Apaixonadas por si mesmas
No momento de mirar-se atentamente
Eram tantas cicatrizes que tentamos esquecer
Nada as podia unir
No mundo das medidas
Era hora de partir, de ir embora
Porque a conta de maior importância
Era a que contava o tempo
Superando imensamente a distância
Nos piores momentos de indiferença
Fomos nós apenas gentes
Cujas visões que, por demais diferentes
Refletidas, no espelho da vida
Enganadas, nos remetiam
A um mundo de ilusões
Como folhas ao vento
Perdidas, em desmedida distância.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Vida Flor.

A vida é o dia de uma flor
Quando a chuva aproveita
Bota as pétalas de lado, assim
Se espelhando numa poça rasa
Detalhando os seus tim-tins
Orgulhosa da própria beleza
Ajeita luz do sol
Renovando a folia
Acredita, enquanto há tempo
Tempo é tudo quanto mais havia
Quando o tempo de já não mais crer vier
Ele vem, crer ela não quer...aceita
Bota espinhos, tenta defendê-la
Tristes mãos que, porventura, recolhê-la
Assim, como um sol que renasce
E que jamais se opõe
Ao orvalho das trevas
Escolhe uma melhor lembrança e a leva
Molha-te por molhar-se
Escolhe um ramalhete pra passar teus dias
Que, por ora, ornamenta e tenta e tenta
Tanto tenta que, quando desiste
Já não sente assim, tanta tristeza
Tenta, mas aprende a desistir também
Nem jamais te arrependa de nada
Desaprenda o sorrir
Mesmo assim, depois, aprende
Rir-se de si mesma.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando nada mais houver
E se não restar
nem mesmo a dor
Agradeço pelo que tive
Mesmo estando assim
tão distante do começo
fico feliz pela tarde
Quando chove
Observo o alarde que faz o mundo
e agradeço, mesmo quando
dentro de mim
Nada mais se move
Me apego ao apreço
Que um dia, porventura
houver existido
pela pessoa que eu era
A vida não passa
Nós passamos pelo Mundo
a vida espera
às vezes fingida e mentirosa
e há dias em que é sincera
e claramente fria
Quando mais nada houver
e acabar-se o que havia de melhor
assim como também não existir
amor, calor ou dor
estio ou frio
Nada pra sentir
e nenhum lugar aonde eu ir
Ainda assim
Espero que ainda possa ver
as aves no Céu
Simplesmente pra se olhar
Mesmo que em meu caminho
haja apenas as quedas
E esta vida eu já nem viva
Nesse dia talvez eu compreenda
Que por mais que a vida tente
e a gente jamais aprenda
Seja ela gentil, sutil ou incisiva
haverá de existir pra sempre
A alternativa de vivê-la
desta maneira
um tanto contemplativa

Inserida por edsonricardopaiva

O Universo permanece imparcial
Mesmo quando parece que não
E qualquer coisa pareça
receber um tratamento especial
Desigualdade é ilusão
O reverso e o avesso
O Céu e o chão
Filhos da mesma natureza
A Natureza é um amor
Cuja confiança nós desmerecemos
Uma tábua de leis
Que nós não lemos
E que às vezes
se apresenta enfurecida
Nos forçando a reaprender
O lado leve da vida
A vida, curto e eterno
Período de tempo
No qual dividimos energia
Com o ar, com os mares e as pedras
Poeira de estrelas
e com a própria vida
Que compõem e se espalha
Por este imenso Universo
Onde, apesar de nossas ilusões
Nada falha
A luz e a escuridão
Divididas com plena igualdade
Onde a única ilusão existente
É a existência do mal
Que não existe
Portanto, não fique triste
Pois o Universo
Permanece imparcial

Inserida por edsonricardopaiva

Quando perco a esperança
Minto pra mim mesmo
e dentro desse engano
Faço de conta que ela vai voltar
No tempo da primavera
O vento me arrasta, o Mundo gira
a vida dança e o tempo me alcança
Tento dar uma guinada
Quando vejo
Estou novamente rumando
Exatamente na direção errada
Sem ter o que fazer
Não faço nada
E também não me entrego
Parece que tem dias
Em que vivo somente um voo cego
E quando ele termina
Eu cheguei à uma noite vazia
Mais uma
Me entrego então a ela
Pois em meus sonhos
Ali existe, sim
Uma esperança, ainda que pequena
De poder olhar a tua cara, tão bela!
As pessoas vão passando
Não é esta e nem aquela
Quem dera, esta noite
talvez eu tivesse a sorte
de olhar novamente as estrelas
e finalmente; por um momento
Poder ver a você
e somente você
Linda como a luz da primavera

Inserida por edsonricardopaiva

Quando eu era jovem
Prometi que um dia eu ia
Realizar um sonho que eu tinha
E buscar a Lua pra ela
A Lua seria dela
E ela seria minha
De mão dadas nós iríamos
caminhar até aquela linha
Onde o Sol encosta na Terra
Hoje
Eu olho pro Céu e não vejo mais
As mesmas coisas que eu via
Agora as nuvens são verticais
Os olhos dela também
Não exibem aquele brilho
Que pareciam dizer
"Se eu estiver com você
então, tá tudo bem, meu filho"
Olho pro espelho e percebo
Que não foram apenas o Céu
E o brilho nos olhos dela que mudaram
Meus traços também se alteraram
e muito
Porém aquele espaço
Que eu tenho no coração
pra guardar um amor
E a vontade de dar um abraço
toda vez que eu a vejo
São ainda muito grandes
E muito
Muda a maneira de vêr e olhar
Hoje
Até mesmo as ondas do Mar
Parecem quebrar diferente
Mas tem coisas
Que por mais que o tempo passe
Não passam
Portanto
Basta querer que eu te abrace
Que meus braços, felizes
te abraçam

Inserida por edsonricardopaiva

Às vezes eu me sinto assim
Sozinho e esquecido
e é nesses dias
Quando eu me vejo perdido
Que percebo
O quanto eu pensei em outrem
Enquanto nem pensava em mim
Ontem, perto do final do dia
Chovia, choveu bastante
Meus olhos delirantes
e meu pulso vacilante
Concluiam, quase que perplexos
O quanto que
de tempos em tempos
A vida se revela
Algo que parece
carecer de nexo
e o tempo, apesar de complexo
Muitas vezes me parece desconexo
A gente se esquece quase sempre
Que a chuva exagerada de uma noite
No dia seguinte desaparece
Não deixa marcas
Muitas vezes, pensamentos simples
daqueles que nos chegam aos poucos
e aos poucos nos invadem
de repente te fazem olhar a sua vida
e perceber que pode ser tarde, muito tarde
São coisas assim que deixam marcas
Maiores que as maiores tempestades.

Inserida por edsonricardopaiva

Te espera o Mar
Quando você vai até lá
Querendo te engolir
Morto de vontade de te afogar
O Mundo já te engoliu
E você nem mesmo viu
Riu, enquanto teu melhor amor partia
E assim se deixou ficar
Feliz, por ter escolhido
Quem não te quis um dia
Hoje, pensa em tudo que fez
E chora, com o coração partido
Será que riria ainda
Se aquele grande amor
Não tivesse ido?
Nestas idas e vindas da vida
Ninguém pode responder
Minha querida!
Ainda resta hoje
Todo aquele imenso Mar
de dúvidas e perguntas
Eu velo que estejas contente
Em algum Universo Paralelo
Existem duas almas
Que nunca vão descobrir isto juntas
Pois
Aquele amor que deixaste partir
Não há de lembrar de você
Se acaso um dia o vir voltar
Ele Não ficará junto a você no fim
Nem mesmo se a ambos o Mar afogar
Nem mesmo assim.

Inserida por edsonricardopaiva