Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo
O Umbral Invertido
Há um véu que se ergue no fim da ladeira,
tecido de névoa, bordado em madeira.
Ali onde os olhos já não têm abrigo,
a morte se curva — e retorna contigo.
Não vem como faca, nem sombra de açoite,
mas como um regresso ao ventre da noite.
Um porto sem nome, um espelho sem rosto,
um vinho ancestral sorvido com gosto.
O corpo se cala, mas algo persiste:
um traço, um sopro, um rumor que resiste.
E tudo que foste — promessa e engano —
recolhe-se ao pó do primeiro arcano.
A morte é um caminho que volta ao princípio,
um sino que ecoa num templo fictício.
Não leva, devolve; não cessa, transborda,
abrindo no nada uma porta sem corda.
E os que partem, dizem, não vão tão distantes —
permanecem na alma em forma de instantes.
São brisa que sonda o mundo adormecido,
são nome esquecido num canto contido.
Morrer é despir-se da forma do vento,
e ser o que sempre se foi por dentro.
É ter, no silêncio, um berço escondido —
é mais que um fim: é um umbral invertido.
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
A cultura do espetáculo, humilhação e eliminação transformou-se em um palco coletivo para a catarse das sombras humanas.
A sombra coletiva, camuflada de moralidade, encontra no tribunal digital uma forma segura de extravasar pulsões que não foram elaboradas internamente.
O que está por trás desse mecanismo é o desejo de não olhar para dentro, ignorância da própria sombra.
Eis a duvida do século XXI:
As redes sociais emburrecem ou são apenas a extensão da burrice?
é impressionante notar o quão muitas pessoas são tão vazias de conteúdo e superficiais em suas falas e não conseguem enxergar, pensar ou agir além da coletividade imposta por modelos prontos.
Ao longo de minha jornada construí muitas amizades, enfrentei e chorei derrotas doloridas, venci e sorri obstáculos inimagináveis.
E enquanto eu tiver respirando ao acordar, baterei na porta da vida e direi.
Não tenho medo de vivê-la.
Daí-me força e fortalece a minha fé para a cumprir a sua vontade Paí.
R&F Perazza.'.
Pela manhã pude notar, eu te olhava e sabia que queria ali estar
Sabia que de todo seu amor, eu poderia desfrutar
Eu tornava a te olhar... e você já não estava mais lá...
Será se estou a delirar?
E então percebi que tudo foi uma mera lembrança
Na qual nunca se apagará
Já faz tanto tempo, nem sei se ainda a amo
Mas como a saudade deixa a desejar
Pedaços de você em mim sempre estará
Então esse é o sofrimento que estão a falar?
Saber que memorias nunca se apagará
Remoer dia após dia
Sem saber se um dia irá acabar...
És tão triste amar.
Sozinho sentia me perdido
e quando te conheci finalmente encontrei o meio caminho,
o verdadeiro motivo para nunca ter perdido a esperança,
posso te fazer uma pergunta?
Que cor gostavas de ver numa aliança?
Talvez dourada talvez branca não sei
Apenas sei que um amor de verdade em ti eu encontrei
Estudando Marketing digital e vendo a realidade acadêmica e real, conclui que...
Redes Sociais são o teatro onde os atores se apresentam esperando os aplausos da platéia, e profissionais são pagos pra te venderem essa idéia.
Lindo isso se não fossem os resultados....
relacionamentos vazios , depressão, ansiedade, senso de realidade idealizada, alegria fabricada etc...
Vivamos o real e não o virtual !!!
As pessoas em geral perderam sua identidade, viraram gados, onde o sistema dita a regra e todos cumprem.
Todos agem da mesma forma, é modinha pra ca, dancinha pra lá, isso sem contar as frases de auto ajudam que nunca são vivenciadas.
E isso o que resta pra nós, a geração das cópias, da perca da identidade e das modinhas.
Não é a toa que vivemos uma época com tantos transtornos mentais.
Onde medicações tarja preta já são bem conhecidos pela maioria.
Uma geração que só tem a casca mas por dentro vazia.
Ninguém admira o mediano
.Quem desperta sentimentos extremos é o gênio ou o idiota.
No começo, muitos vão sorrir de você, mas quando estiver no topo, eles o admirarão.
O importante é nunca desistir de seus objetivos, mesmo que as pessoas duvidem de você no começo.
Acredite em si mesmo e siga em frente, pois a admiração virá com o tempo e com o seu sucesso.
Você é o criador dos seus pensamentos, e também o seu destruídor. Quanto mais sério levas as coisas e opinião dos outros sobre você , mais seu pensamento será ocupado pelo que outros pensam de você e não pelo que você quer pensar sobre si mesmo.
Você deve saber que cada pessoa tem uma estória e percepções diferentes das coisas.
Não deixe que opinião de outros abale seu pilar de força, concentre sobre o que está no seu controle !!
Se todas as pessoas se preocupassem em aprender educação financeira, da mesma forma que anseiam pelo
" sextou" e "sabadou" e pelo consumo exagerado com coisas inúteis e que não dão retorno, com certeza não haveria tantas pessoas endividadas, frustradas e reclamando da vida.
Triagem Social
Ao longo da vida todos nós, estabelecemos relações sociais em diferentes esferas. Seja dentro da família, na escola, com colegas de trabalho no café, na NET, ou até mesmo com aqueles com que tivemos relações sentimentais que se encerraram sem rancores. São muitas as pessoas com quem cruzamos na nossa vida onde partilhamos assuntos épocas ou momentos, mas que nem por isso irão nos acompanhar para sempre. Muitas são relações que já não contribuem com nada para a nossa vida ou, pior ainda, porque se tornaram tóxicas, E acontece também que, vivemos como se padecêssemos de uma espécie de síndrome de absentismo social em relação á Humanidade. Muitas dessas relações não interessam e não nos trazem nada de novo á nossa essência, A todas essas pessoas e na qual se incluem os necessários imbecis sociais, chamados ( cabeça de abóbora ) que gravitam ao nosso redor, por várias razões tornam-se bastante difíceis de nos desligarmos delas é preciso parar de acumular amigos (seja na internet ou na vida real). E compulsivamente começar a valorizar as relações com aqueles com quem realmente vale a pena passar o nosso tempo.
Estando um jovem no local alto a contemplar a harmonia que há entre vale e monte e ao reconhecer que não há nada feito pelo homem que se compare a beleza desta criação, porventura vendo o Senhor a sua admiração e vindo Ele ao teu encontro e começasse a falar sobre cada rocha, cada folha, cada ser vivo que ali habita, cada fonte de água, cada fonte de alimento e o que está acima e abaixo de cada pedaço de terra e restringindo Ele as palavras apenas para o que o olhos pudessem ver, este jovem morreria de velhice estando ainda cheio de curiosidades pois o tempo seria insuficiente para explicar tudo que há e o porquê de cada coisa.
O homem precisa de cem gerações de homens para explicar os feitos de apenas uma delas; Enquanto Deus só precisa de um instante para revelar seus misterios a quem se propoe a ouvi-lo.
Nossa alma é nossa impressão digital!
Quando deixamos essa vida, só levamos nossas emoções, boas ou ruins, e aquilo que verdadeiramente fomos, e não o que queríamos que os outros achassem. As riquezas e títulos que acumulamos, não passarão do caixão, e não terão qualquer valor, poderão ser muitas vezes nossos maiores entraves, só realmente nossos feitos em prol do bem é que terão peso, pois a moeda que vale lá, é o amor!!!
LIDER E LIDERADO
Se você é bom líder, nunca menospreze o seu liderado, nunca fale a ele que há alguém melhor ou alguém que faça melhor trabalho do que o dele, se você é um bom líder e o seu liderado não está correspondendo com aquilo que determinou em sua liderança, tente alinhar os pensamentos e as ideias para que elas fiquem em uma forma horizontal, e se mesmo assim o seu liderado não corresponder, encerre o vinculo e informe o motivo, pois assim estará o ajudando como pessoa e não como liderado a se tornar melhor em sua vida, não o trate como se ela fosse um nada, apenas entenda que naquele trabalho em comum entre líder e liderado as ideias não deram certo. Nunca seja antiético, desrespeitoso ou fale coisas desnecessárias que sejam ofensivas às pessoas. Menosprezar os outros lhe tornará uma pessoa fraca e sem alegria.
Contudo, contudo,
Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
Súbita mão de algum fantasma oculto
Entre as dobras da noite e do meu sono
Sacode-me e eu acordo, e no abandono
Da noite não enxergo gesto ou vulto.
Mas um terror antigo, que insepulto
Trago no coração, como de um trono
Desce e se afirma meu senhor e dono
Sem ordem, sem meneio e sem insulto.
E eu sinto a minha vida de repente
Presa por uma corda de Inconsciente
A qualquer mão nocturna que me guia.
Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nada existo como a treva fria.
É inverno, o céu veste seu casaco mais brilhante.
Vaidosas hortências espiam à beira da estrada,
Enquanto serelepes apressados apanham da pinha derradeira.
Madeira crepita sob as chamas avermelhadas,
Aromas diversos despertam o meu olfato,
No aconchego de um abraço me desfaço,
Na cama macia e quente espera-me minha amada.
