Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo
Tecnologia VERSUS Humanidade
Platéia de um mundo doente?
Autor de sua própria história?
Viver num mundo silente?
Achando que interage!
Falta...
Olho no olho!
Sorriso que ecoa!
Vidas que se tocam...
Acha?
Chegou o dia que temias....
Somos apenas uma geração de idiotas...
Somos apenas uma geração...
Somos apenas..
Somos...
Somos?
Idiotas!
Autor de sua própria história...
O AUTOR DA MINHA VIDA
Quando Deus me gerou, junto com a minha vida ele me deu um jardim: o jardim da minha vida. Esse mesmo jardim me foi concedido com várias flores de beleza inigualável. Dentre essas flores, duas em especial destacavam-se com maior intensidade.
Sendo assim, à medida que eu crescia, algumas flores morriam, outras nasciam e cresciam, e o mais importante, elas não estavam desprovidas de cuidados, havia um jardineiro que zelava por elas.
Quando eu olhava para esse jardim, percebi que o jardineiro cuidava de cada uma das flores com um carinho diferente; cada uma exigia uma maneira especial de ser cuidada, e o jardineiro sabia como cuidar de todas elas. Ele as regava todas elas, podava as murchas e defeituosas, outras ele simplesmente arrancava juntamente com a raiz.
Em uma de minhas observações ao meu jardim, percebi que todas as manhãs, ao nascer do sol, o jardineiro recolhia água de uma nascente que havia ao lado direito do jardim e regava primeiramente aquelas duas flores que se destacavam; algumas outras ele as regava somente ao meio-dia e ao entardecer.
Com o passar do tempo, dentre as flores que possuíam maior destaque, uma delas morreu. O jardineiro cuidadosamente retirou-a do jardim, para que o mesmo permanecesse sempre belo. Todavia, eram duas as flores mais belas e, na ausência de uma flor, a outra murchou e perdeu a sua beleza. O jardineiro ao ver o esmorecer daquela flor apanhou uma tesoura, cortando-a de modo a permanecer somente a raiz no solo. Saiu do jardim e caminhou até o meu coração. Quando enfim chegou ao seu destino, bateu na porta do meu coração e, quando eu ouvi as batidas, abri a porta e permiti que ele entrasse. Lá ele permaneceu...
Certo dia, sem ter o que fazer, visitei o meu jardim em busca da beleza daquelas flores... foi quando me lembrei que elas não estavam mais lá; uma havia morrido e outra levada para dentro do meu coração, onde permaneceu juntamente com o jardineiro. Contudo, apesar da ausência do jardineiro, meu jardim permanecia perfeito e com um grande aroma campestre.
Apesar de tais fatos, resolvi visitar o jardineiro e com ele conversar. Foi quando abri meu coração, e a sua presença me pus. Ao avistá-lo, não consegui ver seu rosto, suas mãos e nem os seus pés, mas percebi que ele tinha consigo plantada em um vaso, aquela flor que ele havia retirado murcha do meu jardim. Ele havia entrado nas dependências do meu coração com ela nas mãos sem que eu a percebesse, e mais, agora ela estava bela novamente!
Foi quando questionei a respeito de sua ausência:
– Senhor, esqueceste de mim?
– Eu nunca me esquecerei de ti!
– Mas... e o meu jardim? Embora permaneça intacto, não o vejo mais por lá.
– Depois que me recebeu em seu coração, aqui me instalei permanentemente. E quanto ao seu jardim, meu pai é quem tomou a responsabilidade de zelar por ele.
– Mas senhor, quem é o seu pai? Eu não o vejo, não o conheço.
– Acalme-se! Meu pai é aquele que me ensinou a sofrer.
– Sofrer?! E como terei certeza que meu jardim não sofrerá em suas mãos?
– Em meu pai você pode confiar! Tudo está em suas mãos. Ele é o que repousa assentado sobre o globo terrestre. Tudo depende dele.
– Mas senhor, como assim? Eu não entendo...
– Não é necessário entender, mas sim confiar. As flores do seu jardim representam suas conquistas, seus sonhos, seus desejos e suas vontades mais íntimas. Quando uma flor morria, eu a recolhia e semeava outra em seu lugar. A água que eu usava para regá-las eu apanhava naquela nascente de águas vivas, à destra de meu pai e as regava todos os duas, em especial duas, que falando de mim representa uma família: pai e filho. Quando aquela bela flor morreu, eu a recolhi e a levei para os braços do meu pai; para você ela sempre esteve morta, mas meu pai a abençoou com a salvação. Em seguida, a outra flor murchou. Meu pai mandou que eu a cortasse com uma tesoura de ouro de modo a deixar somente a raiz permanecer plantada no solo daquele jardim. Dessa forma, mandou-me que a plantasse em um vaso com terra de Canaã e batesse na porta do seu coração. Você me recebeu e saiu. Enquanto isso, meu trouxe a flor morta para que dentro do seu coração eu a guardasse e juntamente com a flor morta, trouxe-me uma porção de águas vivas para que regasse diariamente aquela flor plantada no vaso.
Com o passar dos anos, retornei ao jardim. Encontrei-o em perfeito estado e muito bem cuidado. Ao olhar para o local onde se avistava aquelas belas flores, vi que no lugar daquela flor que havia murchado, brotava uma pequena bela flor.
Foi quando resolvi novamente conversar com o jardineiro. Ao chegar à sua presença, perguntei:
– Senhor, quem tu és? Quem és o teu pai? O que são aquelas flores e aquele broto e o que eles representam na minha vida, que é o jardim?
– Duas pessoas em especial que compõem sua vida estavam representadas na figura daquelas duas flores especiais: seu pai e sua esposa. Quando o seu pai morreu, com meu pai ele foi morar e por saudade sua esposa chorou. Foi quando recolhi as suas lágrimas, tirei-a de lá e a trouxa para dentro do seu coração; meu pai mandou que eu a protegesse para que nada nem ninguém fossem capazes de tirá-la daqui. Aqui também estão preservadas as memórias de seu pai. Aqui estão os dois, pois eu e meu pai somos quem os sustenta contigo. Esse vaso com terra representa as vossas dificuldades; o povo de Israel muito sofreu por chegar a Canaã, a terra que meu pai os havia prometido e, quando lá chegaram, muito também foram felizes.
– Senhor, tudo realmente se encaixa, tudo faz sentido em minha vida. Mas quem tu és? Apresente-se a mim, por favor. Eu preciso...
– Eu sou Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo!
Sou autor da minha própria história? Pode ser...
Sou caminhante do meu próprio bosque? Perdido talvez...
Sou sujeito de minhas próprias ações? Se for...hora de fazer escolhas...
Se tudo está no texto, tenho escolhas? Dentro de certas normas...quem sabe...
Sou leitor do resultado final desta minha trama livresca, chamada vida? Sem dúvidas...
ÀS VEZES
Autor: Antônio Ademir Fernandes
Às vezes me ponho a pensar neste amor
Que brotou em meu coração por você
Sem mais nem menos me apaixonei
E eu mesmo não consigo entender
Você se enraizou no meu coração
Tomou conta dos meus pensamentos
Fico aqui a imaginar será que você
Merece todo meu sofrimento.
Choro noite e dia tudo em vão você
Jamais vai secar minhas lágrimas
Nem notar minha presença
Às vezes passam dias e não te vejo
Você nem imagina minha dor tão imensa
Você nem passa em minha frente
Virei uma pedra em seu caminho
Você tem medo de passar e tropeçar
E cair e se machucar nos espinhos
Talvez você nem mereça o que sinto por você
Nem a amizade que a ti dediquei
Todo o amor que queria te ofertar e todo um
Mundo de amor que sonhei
Você não quis e em outros braços procurou
Um amor melhor
Você não quis nem se quer me ver feliz ao
Seu redor
Vou seguir meu caminho, vou procurar outro destino
Que me faça feliz
Jamais te esquecerei, por favor, nunca se esqueça que
Eu sempre te quis.
Poema do olhar vazio
Autor: Tadeu G. Memória
Ainda terei longas noites
Para lembrar-te o olhar
E nos momentos de saudades
Escreverei poemas...
Provavelmente mencionando
Ansiedade de horas intermináveis e vazias
Por desalentos e descontentamento...
Escreverei poemas...
Impróprios, secretos e insanos
Relatando com minúcias
Essa intimidade lasciva e indecente
Escreverei poemas...
Insípidos, amargos, amargurados
Pela solidão e o abandono
Escreverei poemas...
Como um álibi a essa cumplicidade
Insensata e viciosa
Que me aprisiona como refém
De prazeres mórbidos...
Escreverei poemas...
Como uma compulsão
Como se isso detivesse a hemorragia
De desanimo e desencanto
De longas noites de insônia
Que me trazem o teu olhar vazio...
... é deixar de ser vítima dos problemas e autor da própria história...
... é acreditar que tudo é possível mesmo quando tudo está indo abaixo...
... é se quebrar em muitos cacos e conseguir juntar todos eles...
... é não se deixar desencorajar...
... é viver o hoje... amar hoje... chorar hoje... é sorrir hoje... porque o amanhã é incerto...
... é cair, chegar ao fundo do poço achar que nada mais vale a pena e ali encontrar esperança de que o fundo do poço é o recomeço...
... é não se culpar por não ter feito ou ter feito alguma coisa...
... é não se deixar influenciar por frases feitas...
... é olhar p dentro de si mesmo, encarar a sua vida e suas escolhas e pensar: Eu sou feliz? Estou fazendo o que é certo? É isso que me fará feliz daqui a um tempo?...
... é não deixar algumas pessoas ou coisas para trás, sentir saudades não é motivos suficiente para traze-las de volta depois...
... é carregar consigo a frase: Tudo posso naquele que me fortalece...
... é querer gritar para o mundo... eu sofro, choro, tenho minhas limitações e desesperos... eu sorrio, eu disfarço... eu sou humana e o que eu mais quero é ser feliz...
"Eu sou o AUTOR DA CRIAÇÃO o DEUS CRIADOR das estrelas,e de todos os aglomerados interplanetários chamados de galáxias,
junto comigo estão os meus filhos que são os guardiões de cada construção interplanetária denominados DEUSES cada um deles antes de se tornar grande,precisou ser pequeno,precisou sentir e viver cada espécie,para assim saber como lidar com cada criação..."
Junto ao infinito, Preso ao coração
Autor:LCF
1
No infinito estará a solução:
Os outros correm e desagregam-se;
Mas eu fico aqui!
Nos trapos velhos que nunca me abandonaram.
Na cama que nunca rejeitou um sonho.
No quarto que sempre está de porta aberta.
No coração que sempre foi a razão do meu viver.
Sentenças
(Bases: Bastille-Pompeia; Lorde-400 Lux)
Autor: LCF
1
(1)Porque o futuro da minha existência está num horizonte sem fronteiras.
(2)O amor que sinto não é mais que uma rajada de vento num dia solarengo.
(3)Um desespero entre o tudo e o nada atravessa a minha alma fragmentada.
(4)Em cada dia, o medo alastra-se num coração infértil como o meu.
(5)Numa realidade fora do comum, a vida é feita de memórias ordinárias.
(6)Animais grosseiros prosseguem numa viagem instável e insensata. (Os Humanos)
(7)Espero uma ressurreição da felicidade antes da minha morte gélida.
(8)Da minha boca, fluem palavras que farão o mundo ter uma nova visão. (Assim espero)
(9)É de tal forma insano pensar que a nossa alma fará uma grande viagem após o último passo.
(10)Antigos escritos esquecidos despertam novas teorias ambíguas.
(11)Na zona do esmagamento, nós estamos a viver no submundo novamente. (Neste mundo sombrio)
(12)Na violência agreste que sofro a cada dia, ríspidos meteoritos parecem atingir o nosso mundo.
(13)Revólveres de água, mangueiras a arder em brasas, o universo transborda situações inexplicáveis.
(14)Um lugar onde as trevas reinam, um sítio onde predomina a falsidade (Um lugar negro, pura falsidade)
(15)"E as paredes continuaram a ruir na cidade que amamos." (Bastille - Pompeia)
(16)E o céu fica cada vez mais escuro, (Fica cada vez mais escuro) e eu sinto a morte a aproximar-se.
(17)As ruas, "eu amo passar pelas ruas onde as casas não mudam." (Lorde - 400Lux)
(18)Com malas na mão e pensamentos na nossa mente, partimos para outra dimensão.
(Encontra-se fora de ordem)
Inferno
Autor: LCF
1
No final da vida, o castigo pelos nossos pecados espera-nos.
Cabeças a pegar fogo por todo o lado, a gritar de dor.
Num inferno de destruição, a única coisa que me resta são os olhares tristes do passado.
E um julgamento de morte pela frente.
2
(Poderemos seguir outro caminho?
...)
Neo
Autor: LCF
1
Um novo mundo espera-me...
Uma nova forma de vida é revelada...
Um novo caminho é construído...
2
(Eu quero e sinto um poder intenso...
Uma luz que ultrapassa tudo...
A nova luz que me encaminhará a um novo futuro.)
3
O presente já não me satisfaz.
O passado nunca me satisfez.
Quem sabe se... passado algum tempo...
Publicado a 18/10/2014
Graz - Österreich, 18.10. 2014
EU Nasci para Jogar Capoeira
Autor: Ronan Marcelino de Souza (Marrom)
Música: Eu Nasci para jogar Capoeira
Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Coro: Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Sorriso no rosto, molejo no corpo
Batuque , Dendê
Berimbau ta chamando
Chamando você
Coro: Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Morena na roda
Muleque esquiva
Cuidado no Jogo
Regional e de Bimba
Coro: Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Abaixa e levanta
Escorrega e não cai
Jogo combinado
Está sem malandragem
Coro: Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Da volta no Mundo
Respira profundo
Se entra no jogo
Que Deus te abençe
Coro: Eu Nasci pra jogar, nasci pra Jogar
Eu Nasci pra jogar Capoeira.
Na superfície, na Profundidade
Autor:LCF
1
A confiança determina o futuro;
As atitudes determinam o passado;
Viajaremos no tempo;
Como um sonho reencarnado;
A cada passo, um olhar distante;
E um coração enfeitiçado.
2
Aquela batida de audácia;
Aquele som de combatente;
Caminharemos sobre o céu;
E iremos sempre em frente;
Tudo será iluminado;
Tudo será fluorescente.
3
A beleza da tua imaginação;
Comandará o teu destino.
4
(Mas se soubesses o quanto é a minha tristeza...)
MAL RESOLVIDO (AUTOR: H.R.O)
Saudades sua, poesia
a inspiração não me convida.
Em algum lugar se abriga
num manifesto as rimas
neste mal resolvido.
Não há dor que lhe aproxime
E nem riso
E neste poema forçado
Nasce um genérico ousado
pra ficar no faz de conta.
Faz de conta que é você
Faz de conta que é rima
Que na sua ausência me ensina
E uma ilusão me apronta.
Pronto, pronta e me confronta
Me puxa pelas mãos
Me força a digitar
Me faz acreditar que é você
Mas eu sei que não é
È apena um esforço
Que me consola
Nesta ocasião fria
Dizendo ser poesia.
Comecei a te ver de longe.....
Novos Projetos
Autor: LCF
1
Os teus olhos cegos não conseguem pressentir a frieza da tua alma vazia.
Os teus pensamentos são perigosos, deixa-os nas ondas dos mares mais agitados.
A roupa que vestes não é mais do que um trapo encontrado para remediar.
O tempo arde, a vida avança deixando para trás o inútil e o prazer.
Quando não há perguntas, não há respostas, não existe ação ou reação.
A gente dorme num sono profundo à espera de quem nos faça feliz.
2
Coloca um sorriso no teu rosto, mostra os teus dentes brancos de pura felicidade.
Leva a tua visão mais além, descobre o que está por detrás do infinito.
Não deixes a tua mente apodrecer, sê um verdadeiro vanguardista.
A confiança transporta-te para um destino sem preocupações, liberta-a.
Não fiques preso ao passado, mas abre-te ao futuro.
(Encontra-se fora de ordem.)
Condenação
Autor: LCF
Novamente, eu corro, eu salto, salto para as árvores mais altas e observo, e percebo o quanto a vida é mais bela vista de cima. Mas recuemos ao tempo em que a minha felicidade era limitada…
Antes não tinha sonhos, aliás, só pensava em como os ter. Não seguia o meu coração, era-me indiferente o que sentia, o que pensava ou o que pensavam de mim. (Se me pedissem para descrever o meu percurso até aos dias de hoje, eu diria duas simples palavras: “guerra fria”. Um conflito com o meu interior nos momentos do agora, porém a existência de uma insensibilidade poderosa do passado.) De mim posso esperar o tudo e o nada, pois é isso o que fui, o que sou. E o que serei também. Não o tudo, mas o nada.
Escrevo então e agora para demonstrar, para libertar o fogo intenso que possuo dentro da minha alma. Essa chama, é, também, contudo, efémera. Não mais forte do que um fio do meu cabelo, que cai com o tempo. Num dia do mês, a lua esconde-se da humanidade. Nesse dia, a minha fraqueza também é revelada. Tão instantâneos são os momentos em que a vida me traz algo de infeliz.
A nossa viagem não termina com a morte: apenas o físico fica para trás. Sei disso, porque a minha alma nem sempre pertenceu a estes olhos, a estas mãos e pernas, a esta pele, a esta mente. Sou um resto eternamente vivo de sensações passadas que nunca relembrarei. No olhar distante dos meus conhecidos inocentes, eu vejo a verdade nas suas faces, enquanto que a mentira sai levemente das suas bocas, dos seus atos. Talvez seja inocente pensar que o que são. Essa dúvida não é minha: só a eles pertence. Cada um resolve a sua vida. Ninguém se sacrifica por um copo de água, todos querem o garrafão preenchido. Somos seres insaciáveis. Isano é refletir sobre o contrário. Por tudo isto, considero-me isso mesmo, um pobre demente, incapaz de controlar as suas capacidades mentais. Estou destinado a sê-lo.
De momento, eis-me não preso ao passado ou limitado ao presente, mas condenado ao futuro, um futuro próximo, incerto, inacessível…
Um Confuso Perdido nos Cantos da Própria Alma
Autor: LCF
1
E a tua vida segue sempre em frente;
Pois não revelas quem és verdadeiramente.
De certa forma, tão efémero e puro é o sentir;
Por muitos, confundido com o fingir.
(Morre o que sabe;
Permanece o inculto.)
2
Vejo nos papéis, nas folhas, nos escritos que ficaram;
Que a mente de cada um resulta dos fragmentos que restaram.
O ódio e a fúria são meros sentimentos deteriorados;
Provenientes de sentimentos pútridos e passados.
(Morrem os sentimentos;
Permanecem as memórias.)
3
A tua própria história resume-se a um conflito interior;
Imposto pela tua "condição de inferior".
Persegues o destino desorientado que ignoraste;
Mas deixas para trás aquilo em que mais acreditaste.
(Morre a personalidade, morre a confiança;
Permanece a desordem, permanece a insegurança.)
Consequências de se Sonhar na Terra
Autor: LCF
1
Em torno da Terra eu caminho;
Sabendo que a minha pessoa, indefinida, me persegue.
Tenta-se criar novas expetativas;
Contudo, o mundo todo as despreza.
2
A vontade da mudança, o prazer da presença;
Sem a minha existência, também não ocorre a minha morte.
Mas sou um espectador dos desastres.
Mas sou um interveniente das catástrofes.
3
Padeço de uma contínua obsessão;
De tornar tudo de bom para a minha vida.
Sei que quando alcançar a felicidade;
A verdade revelar-se-á, (apenas fora um sonho, um desejo).
4
Não há vontade sem dor prévia.
E, de certa forma, é revoltante viver aqui.
As ambições desabam, a humanidade altera-se.
E os sonhos não passam de escassos.
Névoa
Autor: LCF
1
Na obscuridade,
Da tua história,
O nosso mundo é como uma pena.
"Sensível",
"Frágil",
Cada gesto é único.
Na luz,
Cegamente,
Todo o mundo persegue os seus sonhos.
As conversas,
Os dilemas,
Cada questão é diferente.
Olhando cores,
Em outro mundo,
Percebendo que aqui não existem.
Respondendo sim,
Pensando não,
A vida é tão controversa.
Ignorância,
Indiferença,
O coração é controlado sem certezas.
Daqui debaixo,
Sob a pressão,
Não conseguimos ver o caminho a tomar.
Mas lá em cima,
O desejo,
É algo bem real.
Alcançar o céu,
Ser feliz,
Difícil é fazê-lo.
No primeiro momento,
No último momento,
Uma névoa controlá-nos-á sempre.
ELE
Autor- Rafahel Ramos Pointer
Ele andou,suspirou,demorou, mas chegou. Ele foi com todos os seus medos, mas com todos os apreços sem nunca negar seu endereço. Foi menino, foi mulher, foi gay, foi sem fé... Mas nunca voltou nem de carro nem a pé.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.
Ele desceu, subiu, estacionou no meio do caminho... Ninguém dava nada por ele. Ele se aliou a própria alma cansada, viu o menino Jesus ser atropelado na estrada. Ele dançou, curtiu, morreu, sumiu, mas sempre volta falando outra língua pra qualquer um.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.
E quantos fazem da vida uma casa demolida, qualquer um faz de sua vida sua própria ferida... Ele se sentia caído e fracassado a arte o fortalecia o excitava. Ele fez de sua casa seu ninho, e desse ninho um abrigo, fez dele arte viva, fez dele seu próprio caminho.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.