Texto para a Pessoa que eu Amo

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Monte Castelo

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

Eu quis amar, mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração

(...)
Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração

(...)
Eu sempre tive uma certeza
Que só me deu desilusão
É que o amor é uma tristeza
Muita mágoa demais para um coração...

Tom Jobim

Nota: Letra da música "Água de Beber"

Eu vou tomar coragem!
Eu vou me entregar mesmo, porque eu descobri que com você me sinto bem.
E não importa o que os outros digam ou pensem sobre isso, eu vou viver a minha vida, eu vou tomar conta de mim, eu vou tomar conta de ti.
Eu vou te abraçar quando me der vontade,vou te dar um beijo sem me preocupar se alguém está olhando.Eu quero viver isso intensamente mesmo, pra não ter um dia a sensação de que eu poderia ter sido feliz e não fui por causa dos outros.
Eu não sei exatamente o que eu sinto por você , mas eu sei dizer que é tão bom ficar do seu lado.
Tão bom,tão bom,tão bom...



'Eu quero te dizer que já faz tempo que a minha magia não funcionava e que os meus olhos não brilhavam tanto, e que foi só você chegar pra que tudo voltasse a crescer e eu recuperasse esse fôlego de jovem que toma água da fonte, mas tenho que te confessar também que morro de medo de te dizer essas coisas tanto quanto morro de vontade de te dizer tudo isso e mais agora mesmo. Eu quero te levar adiante, e quero te dar todo o valor que te cabe. Quero te sentar nos lugares que você merece sentar-se e te dar o cuidado e o respeito que você merece, quero aprender a decifrar todas esses teus enigmas cinzas e coisas que você me diz e que me deixam forte, forte, forte – e fraca de tanto querer. Quero que você perceba que abri espaço agora, e que você pode se acomodar e ficar até o dia que eu não vou me atrever a dizer qual é.'

Não, eu nunca serei um "grande escritor",
destes que os intelectuais falam com pompa e entusiasmo,
e que povoam as galerias dos imortais,
ou que são estudados nas aulas de literatura.
Não tenho este tipo de pretensão,
mas não seria nem se eu o quisesse,
pois a natureza não me fez assim.
A natureza me fez poeta, apenas,
e se isso for lá grande coisa,
não me importa que me chames 'um poetinha', tão somente,
se é que se faz necessário chamar-me de alguma coisa.
Se não, me chame apenas pelo meu nome, e isto basta.

O MUNDO DOS HOMENS ENVOLVE-ME

O mundo dos homens envolve-me,
porém não me abraça.

Eu não tenho nada com a onda,
mesmo que naufrague dentro dela.

Se tu não sentes esta coisa simples que eu sinto,
esta unidade que não se rompe,
mesmo quando compreende e participa...

(Então, ó deuses, de que somos, de quem somos, quem somos, e como provaremos sermos todos irmãos?)

O resto das coisas

O resto das coisas, eu me digo baixinho, você ainda tem todo o resto das coisas.
Para não enlouquecer sem você, eu me agarro àquela lembrança desfocada e amarelada de que existe vida lá fora, e me pego tentando lembrar, com um esforço que quase me faz esquecer você por alguns segundos, o que seriam mesmo essas coisas.
O que sobra quando você sai é um dia claro que me pede para dar um passo, apenas um passo. Mas eu fico dura que nem pedra para não desmontar e me espalhar pelo mundo.
Não quero sujar nosso amor com a minha mania de amar despedaçada e esfarelada.
Eu endureço e esqueço o resto das coisas, porque quero ficar toda inteira pra quando você me quiser de volta.
Tenho medo do vento que passa arrancando partes de mim e das pessoas que me envenenam, matando partes de mim. Não quero ouvir ninguém, não quero saber de nada, não quero sentir nada. Quero esperar você voltar reta e dura como uma estátua, porque tenho medo de me espalhar pelo mundo e nunca mais ser sua.
Imagine se, por causa daquele longo adeus que eu dei e que nunca mais acabou, porque o adeus definitivo dói demais, você volta e me encontra sem as mãos? Imagine se você me encontra sem joelhos porque resolvi contar a Deus o quanto ainda confundo amor com escravidão?
Imagine só você me encontrar sem fígado, porque você mesmo o deixou naquele pote estranho em cima do móvel da cozinha enquanto me contava coisas que eu não queria saber?
Não posso ser uma mulher incompleta, tem tanto amor dentro de mim que, mesmo eu sendo inteira, quase já não cabe. Mas se eu der um passo, um passo apenas, eu vou deixar um rastro do que eu fui pra você e você vai querer voltar pra casa como um cachorrinho fiel, mas não vai mais ter casa.
Então eu cerro os olhos, trinco os dentes, fecho os punhos, engulo o ventre e espero você chegar, porque só você me vira do avesso sem perder nenhum grão de mim.
O resto das coisas do mundo quer sempre fazer trocas, o resto me dá vida, mas quer sempre meus pedaços.
E eu acho uma traição sair por aí dando pedaços do meu pulmão para ares mais leves, pedaços do meu coração para risos mais despretenciosos, pedaços do meu umbigo para momentos de altruísmo.
A vida fica surda sem você, porque o volume do mundo abaixa para ouvir meu grito interno. O mundo fica passando como um filme Super Oito na parede, as pessoas estão felizes demais, mas parece que faz tempo demais e sentido nenhum. Sem você sinto essa felicidade sem som, como se, por maior que fosse um sentimento, ele já nascesse com defeito.
Eu sei que as ruas vão continuar com seus lixos, seus cinzas e suas possibilidades de destino. Eu sei que a poeira vai continuar dançando em volta do meu lustre enquanto eu tento me concentrar em duas ou três frases de um livro qualquer.
Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você.
Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.
Os cachorros cheiram outros mijos, as pessoas estranhas fazem exercícios apertando as mãos levantadas para cima, alguns homens de terno insistem em usar óculos de surfistas como se fossem o super-homem que deixa aparecer um pedaço do S no peito.
Ninguém deixa de espreguiçar só porque você não está aqui, ninguém deixa de molhar a torrada no café e de falar com voz idiota enquanto boceja.
E eu odeio o mundo por isso, eu acho o mundo muito medíocre, eu tenho pena de todas essas pessoas que não sabem o que é encaixar o rosto no vão das suas costas e querer ser embalsamado ali por mil anos.
Amor de verdade não acaba, é o que dizem, mas eu tenho medo. Eu tenho medo de quantos mijos, bocejos, cinzas e óculos de surfistas eu ainda vou ver sem você, eu tenho medo dos meus pedaços espalhados pelo mundo, eu tenho medo do vento passar enquanto eu estou míope, e eu ficar míope pra sempre.
Eu tenho medo de tudo isso apagar e o vento levar suas cinzas, desse fogo todo ser de palha, como dizem. Da dor que se dissipa a cada respirada mais funda e cheia de coragem de ser só.
Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você.
Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, bares, charmes, possibilidades, livros, músicas, descobertas solitárias e momentos introspectivos andando ao Sol.
E todo esse resto de coisas deixa ao pouco de ser resto, e passa a ser minha vida, e passa a enterrar você de grão em grão, sujando seus dentes e olhos e nada eu posso com a pá que está na minha mão.
O vento está mais forte do que o vidro que eu fiz com os meus próprios grãos para me guardar para você. Ele está esmurrando a porta, escapando pelas frestas e eu gosto da brisa fina na minha testa aliviando o meu tormento.
Eu já quase quero ser varrida por ele, como se sentir tudo isso fosse uma sujeira. Eu já quase quero ficar surda com o zumbido do vento, e calar a boca do desgraçado que mora na minha cabeça.
Mas lembrar de você ainda tem o poder de congelar a natureza, de estancar a fresta aberta, de me fazer preferir o demônio quente na testa. Lembrar de você e de como é bom percorrer cada detalhe de tudo o que é seu ainda é melhor do que ser só minha ou me dissipar por aí, para sentir a leveza de querer um pouco de tudo e não muito de uma coisa só.
O resto das coisas continua encapado por um plástico vagabundo, pedindo que eu espere mais um pouco para rasgar tudo e voltar. Minha vida ficou velha quando te conheci e todo o esforço que eu faço para não morrer a cada segundo longe de você, é a lembrança de um velho caminhão de mudanças cheio de quinquilharias, sem rumo e perdido.

Tudo o que sou agora

Eu estou atrás da porta, o corpo revirado, amassado, pequeno, todo dobrado. Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. “Chega”, alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel.
Eu sou uma bolha de detergente, cansei de exterminar os restos e limpar as sujeiras e saí para voar um pouco. Só não fui avisada de minha fragilidade e estourei, para sempre nada, nem cheiro, nem cor, nem transparência, nada. Tudo foi lavado, desinfetado, seco e guardado, a vida continuou e a minha pequena vontade de arrumar a casa nem sequer é mais lembrada.
Virei a sua remela, aquela que limpei na sua meia brega e cheia de vontade de se rebelar contra o mundo manipulador. Eu sou aquela sujeira que acorda pendurada nos seus olhos, quer atrapalhar a sua visão, mas você ignora e sai de casa tão despreparado para o dia. Eu fico lá, pequena, tosca, amarelada, suja, berrando para ser vista no canto da sua alma, e você não me lava e nem me absorve, você me expele mas não me limpa, você continua acordando com sono e dormindo acordado. Eu continuo no triste papel de remela dependurada e exposta. Eu espero você sonhar comigo para que eu amanheça nos seus olhos, só é uma pena que, pela manhã, seguro em seu espelho, você não sinta nenhum incômodo.
Eu sou uma luzinha minúscula no meio da multidão, uma luzinha que pertence ao show mas não tem o que celebrar. Eu sou um pontinho enorme de tristeza e desespero no meio das pessoas enlouquecidas cantando “I can’t live, with or without you”. Eu sou uma pequena voz em meio a tantas pessoas que sofrem. Deus, eu sei, eu sei, são tantos e maiores os sofrimentos mas, por favor, não deixe de me dar força, me dar força para que pelo menos, ainda que pequena e com vontade de queimar, eu continue ao menos acendendo o meu fogo e fazendo parte da expectativa.
Eu sou um fio de esperança, um fio de alegria, um fio de amor. Eu sou todos os fios que dormiram acalmados pelas suas mãos naquele dia da despedida, se você soubesse que sempre foi só daquele carinho que eu tanto precisava, ele não precisaria ter sido o último.
Eu sou aquele homem estranho em frente ao museu em Firenze, eu vou continuar fazendo louva-deuses de folhas e enchendo peitos puros de amor eterno e esperanças, para sempre eu vou ser tão estranho, surpreendente e interessante quanto o amor.
Mas eu também sou a sacola barata de roupas sem personalidade que agora guarda tudo o que quase foi, tudo o que poderia ter sido e mais o nosso louva-deus de folhas amareladas, cansadas e quase virando pó, quase virando nada e se espalhando pelo mundo que é enorme demais para parar quando sofremos. Eu sou o nosso louva-deus e estou quase virando nada.
Mais do que tudo, sou a garotinha assustada, cinco ou seis anos, ajoelhada no chão do banheiro pedindo que os pais parassem de brigar, assustada com o amor, assustada com a vida, assustada com a porta trancada e a solidão. Essa mesma garotinha mal resolvida que vaga dentro de mim, como um espírito que não aceita evoluir, é a garotinha que quis se curar do medo do amor com um amor tão grande, tão grande, tão grande, que não existe. E ficou sem nenhum.

Mudaram as estações
nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente

Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar
o que ficou
Quando penso em alguém
só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar,
agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar,
agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa

Mudaram as estações,
nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente

Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar
o que ficou
Quando eu penso em alguém
só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar,
agora tanto faz...
estamos indo de volta pra casa

Dentro

Me escondi
Pra não ter que ver você dizer
Coisas que eu não merecia ouvir
Era você ou eu

Escolhi
O pior lugar pra me esconder
Me tranquei por dentro de você
E não sei mais sair

Pela rua penso em ti
Volto em casa penso em ti
No trabalho sem querer
Quando vejo to pensando em você

Ressurgi,
De onde não imaginei
E aprendi que nunca sei
Enganar meu coração

Escrevi,
Frases soltas pelo chão
Esperei você dormir
Pra jurar minha paixão…

Homem é igual a biscoito: Vem um, vêm 18. Depois eu compreendi tudo sobre essa teoria. Funciona assim: quando a gente tá carente, sozinha, solteira, e sai ligando pra todos os paqueras, ex-namorados, rolos e afins, ninguém te quer, não é? Pois é. Essa é a primeira fase: tocos em profusão. Na segunda fase, a gente resolve que não precisa de homem nenhum para ficar bem, e aí aparece um só para contradizer nossa certeza de auto-suficiência. Vem todo carinhoso, romântico, paparicante. A gente baixa a guarda, começa a sair com o cara, percebe que ele é interessante, resolve ver no que dá. E aí o que acontece? Entra na fase3: a Teoria do Biscoito. Chega um momento em que tu sente que a historinha tá evoluindo pra um possível compromisso. Só que aí, neste exato momento, TODOS os outros que te dispensaram antes começam a te ligar. Parece que eles
farejam no ar, que combinam entre si.

No começo eu prestava atenção
em todas as palavras que você ia me dizendo
me custava muito acreditar que aquilo tudo
estava acontecendo
eu sentia que você não queria me magoar
escolhia cada letra e cada pausa e desviava
o olhar
nas horas em que era inevitável dizer o que
pretendia

você pretendia me deixar, deixava claro
que juntos fomos ótimos parceiros mas
que de agora em diante
era cada um para o seu lado, e apesar da
saudade
era assim que tinha que ser
você não respondeu minhas perguntas,
foi evasivo, gaguejou
fugiu do assunto várias vezes e quando
voltava era pra repetir:
não dá mais
não dá mais, não posso mais,
não vou deixar você tirar minha paz,
eu concordo
aceito, assino a separação, não vou fazer
escândalo
e quando eu te encontrar com essa que
tomou o meu lugar
(é evidente, não venha negar), vou ser
civilizada
não vou quebrar os pratos nem te
constranger
você não vai me reconhecer, não vai
mais me proteger
não vai mais me amar, não vai mais
telefonar,
não vai mais aparecer. não vai mais dizer
meu nome,
não, eu agora já não estou te ouvindo mais

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Sem Título (1984)

Eu não quero ficar em silêncio
Não mais!
Eu não quero escrever no banheiro
Jamais.

Eu não quero ficar no escuro
Não mais!
Eu não quero me sentir solitário
Nunca mais.

Eu não quero viver com quem é fraco
Não mais!
Eu não quero me sentir tenso
Jamais.

Eu não quero sofrer
Não mais
Eu não quero peso nas costas
Nunca mais.

Eu não quero deixar de sorrir
Jamais
Eu não quero andar de passo leve
Não mais.

Eu não quero viver gastando palavras
Pra quem não me ouve jamais!
Eu não quero dúvidas de quem não me aceita, não mais!
Eu não quero o silêncio
De quem não me preenche com palavras de paz.

(...)Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos.
O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, Para dar tempo de eu seu ser criança, chorar para sempre.
Para dar tempo de eu ser para sempre.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você.
Antes que eu morresse de amor. Matei você.
Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não."

Eu luminoso não sou. Nem sei que haja
Um poço mais remoto, e habitado
De cegas criaturas, de histórias e assombros.
Se, no fundo poço, que é o mundo
Secreto e intratável das águas interiores,
Uma roda de céu ondulando se alarga,
Digamos que é o mar: como o rápido canto
Ou apenas o eco, desenha no vazio irrespirável
O movimento de asas. O musgo é um silêncio,
E as cobras-d´água dobram rugas no céu,
Enquanto, devagar, as aves se recolhem.

Quis ligar pra você tantas vezes...
Mas eu sabia que eu não podia
Pois ele poderia ver
Ou até mesmo querer atender o telefone

E por um momento eu tive inveja dele
Por que ele tem os teus beijos
Por que ele tem o teu abraço
Por que ele pode deitar-se entre tuas coxas
Todas as noites
Por que ele tem você consigo...

E eu,aqui,
Tenho-te tão pouco...
Mas o pouco que eu te tenho
Já invade toda a minha alma!

Os Cegos do Castelo

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou

Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou

E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar

Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim

Acontece

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

Espírito Santo, ore por mim, leve pra Deus tudo aquilo que eu preciso, use as palavras de que eu necessito usar, mas não consigo. Me ajude nas minhas fraquezas, não sei como devo pedir, venha interceder por mim. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Ti. Espírito Santo, vem orar por mim.
Te agradeço por tudo, meu Deus! Obrigada.

TRAVESSIA

Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

O verdadeiro amante não é aquele que diz: "Você precisa estar a meu lado e eu preciso cuidar de você, porque somos leais um ao outro."
Mas aquele que entende que a lealdade só pode ser demonstrada quando a liberdade está presente. E sem medo de traição, aceita e respeita o sonho do outro, confiando na força maior do Amor.

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