Texto Pai do Mario Quintana
QUERIDO PROFESSOR...
Apesar de ser pequenininho
E não entender muito das palavras,
Hoje acredito em tudo o que você me falava.
Muitas vezes me senti perdido,
Inseguro, sentindo-me a pior das criaturas.
Mas você me acolheu com sua maneira inteligente
E, ao mesmo tempo, diferente,
De dizer: confie em mim!
Palavras não traduziriam meus sentimentos,
Nem expressariam o que sinto aqui dentro por você.
Obrigado, professor, por sempre me ensinar!
Por isso — e por outras coisas — sempre irei te valorizar.
Quero aqui em alguns versos
Fazer também o meu protesto
Defender o meu nordeste
Do preconceito e da discriminação
Eu escolho o cordel
Por ser a linguagem mais fiel
Que representa o sertão
Pra ser sincero
não entendo a indignação
Dessa gente infeliz
Que não sabe o que diz
E só fica aí falando mal do nosso povo
Só porque não fomos baba ovo
De um presidente que a qualquer custo queria ganhar a eleição
Mas, felizmente, essa já não é mais a questão
O fato é que o nordeste sempre foi injustiçadooo
Taxado por muitos de atrasado
Lugar de gente sem noção
Mas contra isso eu digo é não
O povo aqui é tão sabido e politizado
quanto você que mora aí do outro lado… e fica falando mal do meu sertão.
Então, meu compadre, respeite o meu nordeste pois aqui tem sim cabra da peste
E se você duvidar
Pega aí
Os cabras retados da literatura, da arte, da cultura
E vamos aqui comparar
Duvido que tem aí
No seu lugar
Um Luís Gonzaga
Um Chico Anisio
Um Jorge Amado
Ou um José de Alencar
Vou nem seguir com
a Lista
Para não te humilhar
Nem vou falar de culinária, nem das praias
Que você costuma vir aqui frequentar
Mas se você tá acostumado
Com falsidade, hipocrisia
ou até mesmo com essa sua ideologia
Dá no pé e vai cantar
em outra freguesia
Porque caráter e honestidade por aqui a gente não negocia
Também não vou te Tratar com desdém
E pode até continuar banhando em nossas praias
que a gente não faz desfeita de seu ninguém
Você pode não valer um vintém
Mas por aqui, meu Compadre, o mal se paga é com o bem
CONDEÚBA, TERRA DO BISCOITO
Por Leandro Flores
Condeúba é conhecida,
em toda a região,
como a terra do biscoito,
feito com fé e tradição.
Ao lado de Conquista,
cidade do interior,
duas filhas da mesma terra,
símbolo de trabalho e valor.
Da mandioca em terra seca,
nasce o pão do trabalhador,
que alimenta a mesa farta,
recheada de puro sabor.
É tradição que move a história,
e adoça o paladar,
gera renda, traz sustento,
pra quem se dispõe a trabalhar.
Do vendedor na rua,
à barraca no pavilhão,
o biscoito cruzou fronteiras,
sem perder a tradição.
Hoje é marca condeubense,
razão de satisfação,
que espalha renda e orgulho
por toda a região.
De janeiro a janeiro,
a produção não pode parar,
lá vêm os festejos de junho
e o fim do ano pra animar.
Chegam logo os são-pauleiros,
com saudades e com dinheiro,
levam biscoito e lembrançinha,
pra comer o mês inteiro.
Tem xiringa e tem palito,
cozido, assado e pão de queijo,
aqui o povo chama chimango,
feito no modo sertanejo.
Igual o biscoito de polvilho,
que em outros cantos é avoador,
cada terra tem seu nome,
aqui se diz xiringa, orgulho do interior.
Na sexta tem feira boa,
com cheiro de pastel frito,
café torrado na hora,
biscoito, casadinho e palito.
Tem balaio na calçada,
prateleira de farinha,
trempe quente e fogão a lenha,
e aquele sabor gostoso
que vem da cozinha.
Tem biscoito de tapioca,
de manteiga e de fubá,
de queijo, crocante e macio,
feito pra gente degustar.
Tem redondo, anelzinho e bolinha,
comprido, torrado pra provar,
de sabor pra todo gosto,
e café coado na hora pra acompanhar.
É sabor que faz história,
gera emprego e união,
sustenta mesa e a memória,
desse povo do meu sertão.
Condeúba é terra mãe,
da fartura e do sabor,
cidade boa e acolhedora,
de um povo trabalhador.
E quem prova das suas delícias,
nunca mais esquece o gosto,
porque nelas tem a vida,
a lembrança e o rosto.
De um povo simples, feliz,
orgulhoso do que é seu,
que aprendeu a ser feliz,
com o pouco que a vida lhe deu.
Um cordel em homenagem à cidade de Condeúba Bahia (terra do biscoito)
Ser Professor
Ser professor é plantar,
mesmo em solo endurecido,
é regar com esperança
um futuro adormecido.
É saber que a flor do sonho
brota do chão mais sofrido.
É lutar contra o cansaço,
é sorrir quando há dor,
é fazer do giz um laço
que abraça com amor.
É ter fé no impossível
e ensinar com fervor.
Professor é luz que guia,
é farol na ventania,
é quem insiste e confia
na força da educação.
É aquele que não desiste,
mesmo quando a dor persiste,
carregando em sua mão
o poder da transformação.
Não tem capa, nem medalha,
mas vence cada batalha
com coragem e coração.
Porque ser mestre é ser ponte,
entre o vale e o horizonte,
entre o “não sei” e a solução.
Por isso, neste dia,
fica aqui minha poesia,
em forma de gratidão:
— Professor, tua missão
é divina e verdadeira,
tua voz é a sementeira
que faz brotar uma nação.
O amor é sublime, nos impulsiona e nos conduz a pratica de atos grandiosos.Na vida temos inumeras chances de sermos generosos demonstrarmos nosso amor pelo próximo, mas nem sempre aproveitamos as oportunidades.
Em meus pensamentos existe um objetivo, dedicar meu viver ao amor e a luta diaria para me tornar uma pessoa melhor a cada dia.
Viver por amor e pelo amor é um deveria ser o sentido de nossas vidas.
O amor nos dá forças e alimenta nossa alma, dá de beber aos nossos corpos sedentos de paixão, enfim o amor é o que sustenta nossas vidas.
Amar é maravilhoso mas somente quando é puro sem interferencia de agentes externos como o dinheiro, o interesse banal e qualquer outra situação que possa influenciar negativamente o sentimento de amar.
Quando se ama ficamos despidos e entregues aos designios do coração.
Devemos ter a coragem de nos entregarmos ao amor incondicionalmente.
O unico sentimento que nos permite sermos sinceros é o amor, com ele podemos mostrar nosso interior e admirar a beleza do espirito.
Com o amor as pessoas se mostram como são realmente e tem a força necessária para enfrentar a vida, sem parar frente ao primeiro obstaculo.
Quando estamos ao lado da pessoa amada nada importa, parece que o tempo para e a vontade de ser um só é grande.
Amor palavra por vezes esquecida, representa a beleza da vida e é sinônimo de felicidade.
O amor, a sinceridade e o respeito andam juntos quando se fala de felicidade.
Amo viver, sentir na minha pele o vento e o calor do sol, o friozinho na espinha quando se chega do lado de quem se ama, enfim amo amar tudo o que Deus colocou sobre a face da Terra.
A vida é luta renhida como dizia o poeta, mas essa luta fica mais amena quando se vive um grande amor.
O nosso coração tem a capacidade de amar com intensidade e se abrir para receber um grande amor.
Amar verbo fácil de conjugar mas por muitas vezes difícil de entender.
Vamos espalhar o amor.
Apaixonados
Somos dois loucos apaixonados
Vivendo em nosso mundo de amor,
Longe dos percalços da vida...
Como se fossemos para o nosso paraíso
Onde o cantar dos pássaros e o murmurinho da cascata nos fazem companhia.
Beijos e carícias
Tomados de amor.
Nada importa,
O que importa é essa vontade
De ficarmos juntos,
Onde só o tempo nos persegue,
E nosso único refugio são as estrelas e a lua
Testemunham nossa paixão;
Paixão que aflora em nossa pele
E só temos ouvidos para as juras de amor,
E pensamentos de ficarmos eternamente juntos
Nesse paraíso encantado,
Onde as ondas da paixão
Vem e ficam,
Porque somos dois loucos...
APAIXONADOS!!!
Amo-te para todo sempre!!!
Razão do meu viver
A amanhecer, tudo o que mais quero é sentir seus beijos.
A cada anoitecer o que mais quero é sentir seus braços me abraçando.
Se só a luz e o brilho do teu sorriso e do seu olhar me dão motivação para continuar a viver.
Se a cada dia que acordo me lembro do seu rosto angelical e sei que enquanto você estiver ao meu lado me amando, sempre serei a pessoa mais feliz do mundo.
Se durante minhas noites, só você vive nos meus sonhos.
Se tudo o que eu preciso está na pessoa que eu mais amo neste mundo.
TE AMO!
Então a minha vida não tem mais sentido sem você.
Só você sabe como me fazer feliz e só você me completa.
Se eu pudesse resumir a felicidade em uma só palavra eu daria seu nome.
Sua presença é a única que eu quero sentir por perto e seus lábios são os únicos que quero beijar, pois a eternidade ao seu lado é como um minuto ao lado de qualquer outra pessoa.
Se um dia houver alguma dúvida do que sinto por você basta fechar os olhos e pensar em tudo o que já passamos e tudo o que ainda vamos passar juntos.
Nunca se esqueça do imenso amor que eu sinto por você!
Te amo mais e mais a cada dia que passa.
Tua presença me inspira e me leva a descobrir os segredos do coração.
Toda vez que uma estrela brilhar meu amor por você só vai aumentar.
Escrevo teu nome junto do meu, nas areias do tempo para que nosso amor dure pela eternidade.
Noite sem fim
Madrugada irreal
Onde nosso amor se consagra,
Beijos intermináveis,
Abraço fortemente este momento
Pois podemos ter mil e uma noites juntos,
Porém cada uma é inédita e imperdível.
Loucura que enlouquece o desejo mais forte.
Desprezível solidão,
Confiante e exuberante é nossa paixão.
Quando eu mais quero abraçar seu corpo.
Insaciável madrugada,
Que deixa inquieta minha calma,
Descontrola meus desejos
E me faz gritar o teu nome.
Procura irremediável,
Que te busca nos cantos da casa,
Mas triste fica quando não te encontra.
O que é insatisfação?
É não estar com você agora!
Desejo alucinante,
De te ter constantemente,
Aqui neste exato e único instante.
Pois assim podemos gritar em alto e bom som
Somos eternos apaixonados.
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Amor Sem Prazo de Validade
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).
Quando a tradução da Bíblia para o alemão, feita por Lutero, estava sendo impressa, alguns pedaços de papel caíram no chão da gráfica. A filhinha do gráfico, que passeava por ali, veio, pegou a folha e leu: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu…". Mas faltava o restante da sentença. A menina ficou deslumbrada, porque até ali havia aprendido que Deus era terrivelmente punidor e que só devia ser agradado pela via da penitência. Pegou o pedaço de papel e o mostrou à mãe, que leu, e perguntou: "que deu o quê?" A menina não soube responder, ficou em princípio confusa, mas logo deu uma bela resposta: "Não sei o resto; mas se ele nos amou o suficiente para nos dar alguma coisa, então não precisamos mais ter medo dele".
De fato, não precisamos ter medo dele, nem temer que seu amor diminua. Pois o amor de Deus por nós não tem prazo de validade. E também independe das circunstâncias. Como disse alguém, "Deus nos ama, não por causa do que nós somos, mas por causa de quem Ele é". Foi um amor assim que trouxe Jesus do conforto do céu para viver no tumulto da terra. Foi um amor assim que fez Jesus sentir compaixão ao ver o sofrimento das pessoas. E foi esse mesmo amor que o levou ao Calvário e o pregou numa cruz. Na parede do meu gabinete de trabalho, tive um quadro que me deram. O quadro representava um dia escuro e mostrava uma cruz emergindo da escuridão. Debaixo da cruz, uma frase: "Não foram os pregos que prenderam Jesus à cruz, mas sim o amor dele por você e por mim". Foi o que Jesus disse: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" (Jo 15.13).
Você já experimentou o amor de Deus? Abra o coração e receba a graça do Senhor! O Natal é o melhor tempo para se tomar essa decisão!
Pr. João Soares da Fonseca
Os Efeitos Secundários do Amor
O amor deixa-me tonta, desorientada,
Cabeça na lua, cheia de alegria!
Céus! O amor parece magia!
Magia pura, rara, difícil de entender.
Mas o amor é assim, extraordinário, complexo e sem definição.
Para quem quiser descrever o amor, basta apenas dar voz ao coração
O amor deixa-me assim, doente de paixão,
Fui falar com o Sr. Doutor, mas nem ele tinha solução!
Mas finalmente percebi que não me queria livrar desta contagiosa doença
Pois iria sentir saudades da sua presença.
Aprendi então, que a única doença boa é o amor.
Até pode fazer sofrer, até pode causar dor,
Mas no entanto é um sentimento doce, mágico e encantador.
Como podem ver a doença do amor não é assim tão má
Com uma boa dose de mimos e beijos, o coração acalmará.
Xis
Não me perdi numa ilusão. Perdi-me
Na incoerência, entre os devaneios
E no poço sem razão encontrei-os
Débeis, onde a cortesia os oprime
E num inconsequente e fatal crime
Duma imaginação, tive sonhos feios
Onde a inspiração de olhares cheios
Da mesmice, deixou de ser sublime
Mas há tempo no bem, compreenda
Não só os que se tem, - os fugitivos
Os da fé do amor que não nos infama
São tais como o andejar de uma lenda
A alma terá sempre os homens vivos
No afeto, ardentes como uma chama
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018, 14
Cerrado goiano
DEVANEIOS
Quantas vezes, em sonho, as asas da ilusão
Flechado pra onde estás, e fico ali no vazio
Me perdi nos devaneios, e então a solidão
Em um deserto agridoce: de amargor e frio
Angústia, minh’alma voa, quer outra direção
Soluça na treva, triste realidade que arrepia
Sonhos que mais parecem querer confusão
Estirado sob o céu, do cerrado, árida folia
Quantas vezes, a imensidão, assim calada
De cada canto passado, o olhar espantado
Via minhas lembranças no beiral debruçada
Quantas vezes, quantas vezes, a passividade
Da noite, num luar tão sedento e desfolhado
Fez lagrimejar cada versar de uma saudade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
CHUVA (soneto)
Chove lá fora. O meu peito também chora
São suspiros de velhos e eternos pesares
Da alma que desapegando quer ir embora
Uma tristura que diviso, repleta de azares
Chove... Que agonia se percebe de outrora
Ah! Quem falou pro agrado voar pelos ares
Em preces de ira, com o chicote e a espora
Deixando as venturas laçadas pelos alares...
Chove lá fora. Minh’alma também aflora
E eu sinto o que o cerrado também sente
O pingo quente, e abafada a aflição afora
E esta tal melancolia que no temporal uiva
Tão impiedoso e ruidosa, que vorazmente
Tem a sensação: - choro! E chove chuva!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
SONETO CHOROSO
Choroso soneto, meu, tão chorado
Sem leveza, sem arte, sem ternura
Traçados pela sorte em desventura
Em vagidos manhosos desentoado
É tristura na trova, e desesperado
O estro. No papel cheio de ranhura
Sem condição de uma doce leitura
Afrontando o coração desgraçado
E nesta tal tirania de infeliz criatura
Ditosos algozes. No peito abafado
Surgindo da sepultura da amargura
Ó sátira mordaz, de sentido perverso
Deixe o teu jugo imóvel e silenciado
Guie só fausta melodia ao meu verso
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Insanidade
Servente ao pensamento dormente
Ora em lampejos de lucidez, ora
Em apagões da balela traidora
Logo, chorais, amarguradamente
Desejais regressar... tarde a hora
Entristeceis... árida é a corrente
Angústia e desejo, é recorrente
Quando a insensatez te devora
Sofreis do aluamento, lembrança
Pois da sua tão pouca sanidade
Fura-te o peito, ferido por lança
Triste engano! agita-se a fatuidade
Te rouba a tua sedenta esperança
E te jogam no porão da falsidade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
olavobilaquiando
CONTRAMÃO
Como a maldade egoista, sombria
Que do homem o bem lhe é tirado
Qual apenas, o ruim, é seu brado
De falseta, e cuja a ação é tirania
Não aguenta nunca a luz do dia
O qual, de amor, não é adornado
O teu peito pra glória é fechado
No cruel interesse: a idolatria!
E hoje, entre tantos, muitos são
De um coração ermo, ressecado
Horrendo, traindo na contramão
Pulsam cobiça, e seus espinhos
Repugnam a honra de outrora
Empedrando de ira os caminhos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O POEMA
A obra de um poema é tal a imaginação
Evolam do agridoce de um pensamento
Em disperso vapor, e cintilante explosão
De palavras e quimeras, em um evento
Vidas que saem da vida, em universos
Pó de uma idéia, ao torvelim do vento
Içadas do porão da alma, ali imersos
Grifadas no tempo num só momento
Inventa, tenta, o certo e o imperfeito
Reinventa: fala e cala, o sim e o não
Emaranhadas dentro de um cântico
Mas o verso certeiro este sai feito
Do peito... em salmos do coração
Imortal: em testemunho semântico!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 20 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
