Texto Pai do Mario Quintana

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O homem cria a partir de alguma essência material, mesmo sendo parte desta mesma natureza involuntária. Uma criação artística e poética brota das emoções sensitivas, sobretudo da memoria afetiva, que produz nossa inteligência emocional. Contudo, como seres imperfeitos, nossa obra nunca se conclui.
Erra, portanto, Fernando Pessoas, quando diz que só há conclusão na morte, este pensamento é de fato materialista, não condiz com a evolução espiritual poética da humanidade. Desta forma percebe-se que estão sempre a criar a partir da criação de outrem, logo concluímos, talvez erroneamente que não temos direito à autoria daquilo que imaginamos dar a luz

Inserida por EvandoCarmo

Minha poesia (uma epígrafe)

Faço uma poesia incomum
para alguns poetas contemporâneos
Emil de Castro, sobre o Cadafalso
disse que há momentos lapidares
também tradução perfeita do poeta,
que está madura a minha poesia
todavia, segundo ele, ela, a poesia
não deve ser apenas conceitual.

Me acredito mais pensador que poeta lírico
meu mundo não é empírico
me expresso, sobretudo de dentro para fora
não preciso olhar a natureza para escrever
sou esta mesma natureza, a humana
cheia de contradições e abismos.

Para quem escrevo? Para que tem ouvidos
para algo novo, não faço cócegas nos ouvidos
nem tampouco quero amenizar o que há de caos
e de subterrâneo na alma humana.

Sou o que sou e não há razão premeditada
no que faço da minha agonia existencial
meu minuto de lucidez, entrego todo ao criar
ao fazer, se por ventura distraio alguém, muito bem
mas não tenho esta intenção propriamente dita...

Inserida por EvandoCarmo

Tua certeza e a tua confiança em mi
Me da uma certeza da tua Maturidade
O tempo escreve em nossos caminhos a realidades
Dos momentos que somente escrevi nas frases
E em cada verso cada rima e poema me escondi
Para não voltar a viver o que a muito vivi
Sentimentos que ofuscaram meu amor por mi
Tua certeza e confiança me arrancaram o medo
Com o cintilo da tua voz me senti amado
Esqueci minhas insegurança de me e do sussurro
De um triste Passado que me deixa atordoado
Quero dizer que a certeza das tuas palavras
Devolveram a confiança nas palavras de alguém
Sem viajar rumo ao horizonte e atalhos do além
E levar para longe da certeza que só você tem
Tua confiança me faz não ser igual a ninguém
Ser eu mesmo, de todos sentido e todas dimensões
Minha vida e companheira já não saio a te procurar
Poderá perder o que se quiser ninguém vai achar
Tua confiança é amor e certeza e paixão
Sem a primeira vista é admiração do coração
Tua certeza em mi é uma Historia longe do fim!!

Inserida por POETADOBAIRRO01

Sobre meus 18 anos

Sei que já sorri várias vezes
Sei que a minha vida foi estressante
Sei também que a minha história
Não fora assim tão interessante
As vezes paro e penso
Que um dia eu chorei sem motivo
E que julguei sem as pessoas sem consenso
Mas hoje olho para traz com um olhar agradecido
E como num passe de mágica
Só tenho a agradecer por minha família e amigos meus
E vejo a minha vida como um dádiva de Deus

Inserida por WesleydoNascimento

Numa manhã fria de maio,
em casa do poeta Evan do Carmo,
nasceu a poesia.

Nasceu à revelia
do poeta e da musa
Ruiva de cor e de olhos negros
deram-lhe o nome de felicidade
contudo, poderia se chamar
Giovanna ou Beatriz
Nasceu com enfado
nasceu com preguiça,
mas nasceu sorrindo
não como outrora
a Ninfa nasceu feliz,
não nasceu chorando
como a poesia de Hamlet,

E por que isto se deu?

É que a loucura humana
em celebre audiência
encontrara-se à noite com a lucidez
firmaram um acordo solene
e tiveram como prova a consciência
doravante viria ao mundo
apenas filhos saudáveis
pois o mundo se rendera tardiamente
à carência da cultura e à indigência.

Inserida por EvandoCarmo

O canto da ironia

Onde irei encontrar razão ou motivo,
paixão ou dor para fazer poesia?
Não há mais holocausto nem apartheid...

O romantismo perdeu a sua essência
o amor das mulheres não tem preço
e nas crianças nasce morta a inocência.

Nem a guerra se faz mais por causa justa,
as nações se uniram pela paz
não há grito de socorro nas prisões
inocentes somos todos, isto é verás.

Onde irei em busca de acalanto
se meu canto heroico emudeceu
não há luta nos mares nem fronteiras
a poesia da vida esmoreceu.

Inserida por EvandoCarmo

Se a minha poesia fosse simbolista,
faria versos abstratos com substrato
de cimento e de concreto...
Nestes versos cantaria a canção da despedida,
chegaria enfim o cansaço dos cafés,
das livrarias, das pessoas
das relações mornas, das amizades frias...
Mas na poesia que faço
não há concreto nem cimento,
é tudo sentimento, confissão e fuga. ...

Inserida por EvandoCarmo

Em nome do amor...

Fiz tantas loucuras na vida
Brinquei muito com o amor
E nessa busca frenética
Sofri e causei muita dor.

Alimentei esperanças
E também fui alimentado
Mas juro que sou inocente
Nada foi premeditado.

Se alguém ainda me culpa
Quero pedir um favor
Aceite minhas desculpas
Fiz tudo em nome do amor.

Inserida por katiacristinaamaro

Só oferecemos de real aquilo que temos... a abelha dá o mel, o mar o peixe, a ovelha a lã, a luz o feixe, o cinema a fantasia, o palhaço a alegria, o mágico a ilusão. .. o poeta a poesia.
Eis tudo que tenho. Mas só sei quando escrevo, pois antes de vir à luz, parafraseando Gullar, poesia é tudo que não sabemos.... que não temos.

Inserida por EvandoCarmo

Desejo silêncio

Silêncio do mundo
silêncio dos palcos
silêncio da noite
silêncio das ruas
silêncio dos bares
silêncio do campo
silêncio dos mares
silêncio profundo.

Silêncio ao meio dia
silêncio ao amanhecer
silêncio da virtude
silêncio de escutar
silêncio da saúde
silêncio pra sonhar
silêncio do que canta
silêncio pra criar.
silêncio pra ouvir
o que Deus quer falar.

Silêncio para todos
silêncio para mim
silêncio das flores
silêncio do jardim
silêncio dos pássaros
silêncio dos poetas
silêncio dos meninos
silêncio dos profetas
silêncio das mulheres
silêncio da comeia
silêncio dos atores
silêncio da plateia.

Silêncio dos que plantam
silêncio dos que colhem
silêncio dos que vivem
silêncio dos que morrem.

Inserida por EvandoCarmo

“Antes de Ti

Sem o teu amor eu nada tinha
era só no mundo, vivia como um cão
uivando à lua, procurando abrigo!

Não notava no mundo, nem as coisas nele
durante o dia o céu era cinzento
apenas interrogações no meu lamento!

As pessoas eram como sombras
não as via, nem as escutava
tudo em minha volta pertencia aos outros
não tinha endereço nem destino
esperança era como miragem
no deserto em que habitei antes de ti!

As estações do ano não percebia
ou era outono ou verão constante
mas ao te encontrar descobri
as cores do arco-íris e o som da primavera!

tua beleza encheu meu universo vazio e escuro
teu amor me fez reviver e descobrir a beleza do mundo.”
―Evan Do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

“O mundo só existe depois que o concebemos

Como será o arco-íris que ninguém viu,
ou a estrada que ninguém passou?
Como saberíamos da vida que não vivemos,
o que seria do amor sem os amantes?
O que seria do poeta sem poesia ?
o que seria da beleza sem os olhos de espanto?
o que seria do encantador sem a serpente
ou da ilusão sem o iludido?
como saberíamos da fantasia sem Cervantes
ou que mar existiria sem pescador e marinheiro?
O que seria dos deuses sem Homero,
da história sem o escriba,
do cristão sem a bíblia
... de mim sem o teu amor?”

Inserida por EvandoCarmo

Nos meus estudos de literatura, estou concluindo a obra de Kundera. Há um livro de ensaios :Arte do Romance" que supera em muito o crítico americano Arold Bloom. Já os seus livros não são assim tão geniais. Diria que Kundera deveria ter seguido com seus estudos músicas. Ou como crítico.
Há, contudo, um benefício, depois de ler seus romances nos tornamos entendidos em Beethoven e em outros clássicos.

Inserida por EvandoCarmo

“A beleza da criação artística reside na limitação de dois mundos: Um, onde tudo se realiza com a perícia das mãos e mente, e outro, onde se imagina concretizar o improvável poético, entre a paixão e o racional, entre o belo utópico e a matéria-prima que se tem em mãos.”
―Evan Do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

“O crepúsculo dos sons

O Brasil empobrece a cada ano
não se escuta mais músicas nas esquinas,
o show da praça emudeceu.
As guitarras de Armandinho e Dodô
silenciaram.
A tropicália de Canô
envelheceu...

Caetano, Djavan, Bethânia e Gil,
a bossa de João encantos mil.

A onde foi morar parar a poesia
do canto de vitória e de folia
dos ricos acordes de harmonia...
A lira do Orfeu tá Bahia.”

―Evan Do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

Que evolução é essa?
Não sei se de fato estamos evoluindo. Que tipo de evolução é essa? Tecnologicamente evoluímos bastante, cada vez mais e mais. O que isso representa? Empregamos todo esse conhecimento para aniquilar o outro, com mais eficiência, usando táticas de guerra cada vez mais aperfeiçoadas.
Vivemos mais, temos mais comodidades, mas não temos qualidade de vida adequadas às nossas reais necessidades. Mesmo os mais abastados queixam-se, pois sempre estarão cercados de stress, neuroses, próprias e de terceiros, que as vezes os tornam agressivos, sem contar com a crescente poluição do ar que respiram.
Que evolução é essa? Eu sei que faz parte da vida, que a própria morte, este grande tabu, é a parte, por pior que possa parecer, principal desta grande aperfeiçoamento das espécies, por mais ininteligível que aos nossos sentimentos isto possa parecer é, talvez, a única coisa, de fato, real. Mas assim tudo sempre funcionou, desde que a natureza criou-se da mistura dos resíduos interplanetários, em suas matérias químicas resultantes dos fragmentos lançados do espaço na Terra, oriundos do Big Bang, evoluiu, desde então, do quase nada, das sobras. Por isto somos tão imperfeitos. Buscamos sempre melhorar, aos olhos de terceiros, pois para nós mesmos, sempre seremos os mesmos. Camaleamos falsas belezas e prosear, atuamos como sendo religiosa e politicamente corretos quase todo o nosso tempo social, para podermos conviver, pacificamente, com nossos semelhantes.
O que no futuro nos reserva desta evolução?
Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro replicará tudo o que fizemos ontem e hoje? talvez um pouco. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, estamos em constante processo de aprendizado e todas as novas chances ou mudanças que acontecem em nossa vida, acredite, sempre será para melhor, desde que pensemos deste jeito.
Afinal, o que é o futuro senão a própria evolução do presente e a colheita de tudo que ontem e hoje plantamos, após todos os cuidados que tivemos em retirar todos os insetos e ervas daninhas que atrapalhavam os canteiros, hoje floridos, do jardim de nossa própria e única vida?
Nada será por acaso, se por acaso valorizarmos nossos valores, por mínimos que sejam, pois são os ladrilhos lá colocados, no dia a dia que vão enfeitar a calçada lateral da rua da nossa vida, valorizando e a tornando mais bela aos olhos de todos, assim como somos nós, de verdade.

Inserida por ELIERRE47

As pérolas de meu irmão Jadeilson
Meu irmão, Jadeilson, é um homem simples, mas vez por outra me manda uma pérola filosófica. Outro dia, ouvi de sua boca algo espantoso, para um homem que tem como ofício, ser pedreiro e criador de galinhas.
Disse-me ele em uma conversa sobre política e corrupção: "Prefiro conviver com Leão saciado a ter que viver com um Cão faminto. Fazia ele analogia simples ao político rico e ao político pobre. Hoje, todavia, em outra conversa, me disse meu irmão: "Evan, você sabia que a persistência é a mãe da prosperidade?"
Nos dois casos, disse pra ele que são conceitos, contudo, vindo dele, de quem eu sei que não leu em livro algum, disse que sim era um pensamento original de muita relevância, uma vez que lhe veio à mente pela observação e não por estudo meticuloso, também a ideia do cão faminto nos reporta ao livro de "Eclesiastes", mas sei que ele não tem a maldade intelectual para plagiar o ora dito Clássico Bíblico. Disse a ele, meu irmão você um verdadeiro filósofo, à moda de Sócrates, que não escrevera nada.

Inserida por EvandoCarmo

No que tange à poesia
apenas dois poemas
me fizeram chorar.
O primeiro foi,
"Morri pela Beleza"
de Emily Dickson.
O segundo foi
"Faço poesia como quem morre"
de Manuel Bandeira.
Portanto, senhor poeta,
se nunca chegou ao pranto,
lendo ou escrevendo um poema
repense a sua idéia abstrata
do que costuma apregoar
como poesia.
Já escrevi vários poemas
aos prantos, mas estes só eu os reconheço,
ou aquela que é minha
eterna musa. Iranete Do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

Tudo que precisas saber sobre os homens e os deuses está em Homero.
As escrituras sagradas dos indianos falam um pouco mais dos imortais.
Vai com Sócrates, a Platão e Aristóteles, não te esqueças de Voltaire e de Descartes. Antes disso leia os épicos universais.
Pense em Dante, na suprema poesia, e com Shakespeare experimenta a maestria, dos fantasmas recitando a humanidade.
Vai a Proust entender a descrição e o ciúme... Anda ao lado de Cervantes e Dom Quixote, nos caminhos deste gênio inventor da liberdade.

Inserida por EvandoCarmo

“Vaidade das vaidades – diz o Eclesiastes –,
vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”/
Que proveito tira o ser humano de todo o trabalho
com o qual se afadiga debaixo do sol?/
Uma geração passa, outra vem,
e a terra continua sempre a mesma./
O sol se levanta, o sol se põe
e se apressa para voltar a seu lugar, onde renasce./
O vento gira para o sul e dobra para o norte;
passando ao redor de todas as coisas,
ele prossegue e volta aos seus rodeios./
Todos os rios correm para o mar,
e o mar contudo não transborda;
para o lugar de onde saíram
voltam os rios, no seu percurso./
Todas as coisas são difíceis
e não se pode explicá-las com palavras.
A vista não se cansa de ver,
nem o ouvido se farta de ouvir./
O que foi, é isto mesmo que será.
E o que foi feito, é isto mesmo que vai ser feito:/
não há nada de novo debaixo do sol.
Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”,
ela já nos precedeu, nos séculos que houve antes de nós./
Não há memória dos tempos antigos.
E, quanto àqueles que vierem depois,
tampouco deles haverá memória junto
aos que vierem por último.

Inserida por pensandogrande