Texto Mulher de Arnaldo Jabor
Os seres humanos, em geral, desejam um mundo melhor para si, nunca para o irmão. São movidos mais pela ambição do que pela cooperação.
Apenas uma pequena porção age pelo coração: seres iluminados, que merecem consideração e admiração.
Infelizmente, são considerados fora do padrão por uma sociedade cheia de razão.
Pessoas que agem pelo coração são incapazes de liderar uma revolução. Diferentes do vilão, jamais matarão em nome de uma nação, religião ou convicção.
Não acho uma luta em vão daqueles que agem com o coração. Porém, acho difícil acreditar numa flor vencendo canhão; são apenas versos de uma canção.
Nesta nação, é comum o cidadão pregar comunhão enquanto rouba nossa fração.
Preste muita atenção para não virar objeto de manipulação.
Tanto na mídia tradicional quanto na digital, presenciamos a instrumentalização dos problemas sociais, como machismo, racismo, sexismo, misoginia, homofobia... com o objetivo exclusivo de gerar lucro, sem qualquer pretensão em solucioná-los.
Por isso, é fundamental fazer um filtro antes de dar likes, compartilhar, comentar, opinar... Notícias plantadas propositalmente apenas para monetizar as plataformas digitais atrapalham muito mais do que ajudam na luta das minorias sociais.
O fato de ter se popularizado por causa da internet não faz do artista mais ou menos talentoso.
Entretanto, a dispersão da internet acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.
Num país carente de senso crítico como o nosso, a seleção feita por quantidade de visualização compromete a qualidade da produção artística vigente.
O surgimento das redes sociais contribuiu para o aumento da disseminação de mentiras, desinformação e polarização, trazendo desafios significativos para a democracia.
Esta precisará ser reinventada para garantir que a liberdade de expressão e o acesso à informação sejam preservados.
A ascensão social de alguns negros pobres da periferia não é a regra, mas uma exceção diante de um ambiente extremamente desigual.
Isso não invalida o descaso histórico do Estado brasileiro, os efeitos da escravidão, e a necessidade das políticas de reparação social, tampouco valida a ideia de meritocracia.
Como valorizar a educação em meio à monetização de fofocas, discórdias e vulgarização da vida privada em reality shows e mídias digitais, em detrimento do conhecimento e de princípios éticos e morais?
Será que a possibilidade de ascensão social de pessoas que viviam no anonimato justifica a produção desses tipos entretenimento tão controversos?
Votos vencidos, usamos créditos para alcançar objetivos imediatos, quebrando em seguida.
Considerados precavidos demais, fomos excluídos dos méritos; alegaram que nunca teríamos saído do lugar sem conhecê-los.
Ignorando que poderíamos alcançar o mesmo destino sem contrair dívidas expressivas, mesmo em tempos distintos.
O excesso de fragmentação de grupos identitários afeta a compreensão das interseções e o desenvolvimento de políticas inclusivas?
A dimensão política nesse processo visa principalmente a criação de novos colégios eleitorais?
Essa subdivisão é necessária para desenvolver políticas públicas mais específicas e eficazes para promover uma sociedade mais justa e inclusiva?
Divórcio
Divórcio com o ócio
Divórcio com o ofício
Divórcio com o suplício
Divórcio com o alívio
Divórcio com o tédio
Divórcio com o ódio
Divórcio com o boêmio
Divórcio com o abstêmio
Divórcio com o notório
Divórcio com o simplório
Divórcio com o obrigatório
Divórcio com o voluntário
Divórcio com o adversário
Divórcio com o solidário
Divórcio com o satisfatório
Divórcio com o precário
Divórcio com o necessário
Divórcio com o acessório
Divórcio com o proletário
Divórcio com o empresário
Divórcio com o extraordinário
Divórcio com o ordinário
Divórcio com o primário
Divórcio com o secundário
Divórcio com o que posso
Divórcio com o que não posso
Divórcio com o divórcio.
Escravo da paixão,
Escravo da razão,
Escravo da prisão,
Escravo da emancipação.
Escravo da polarização,
Escravo da isenção,
Escravo da ação,
Escravo da omissão.
Escravo da interação,
Escravo da solidão,
Escravo da exibição,
Escravo da inibição.
Escravo da iluminação,
Escravo da escuridão,
Escravo da união,
Escravo da divisão.
Escravo da decepção,
Escravo da satisfação,
Escravo da expressão,
Escravo da repressão.
Escravo da perdição,
Escravo da salvação,
Escravo do perdão,
Escravo da maldição.
Escravo da admissão,
Escravo da demissão,
Escravo da aprovação,
Escravo da rejeição.
Escravo da atenção,
Escravo da distração,
Escravo da obrigação,
Escravo da opção.
Escravo da organização,
Escravo da desorganização,
Escravo da compulsão,
Escravo da moderação.
Escravo da coesão
Escravo da fragmentação
Escravo da decisão
Escravo da indecisão.
Escravo da rebelião
Escravo da submissão
Escravo da limitação
Escravos da imensidão
Sem solução, somos escravos da situação.
Desejo
Uma viagem pela dualidade humana,
Entre frustração e realização, a alma emana.
Amor e ódio, um eterno dilema,
Entre decepção e gratidão, a jornada extrema.
Dosado ou gozado, num jogo sutil,
Sufocado ou aliviado, um fio a ser seguido.
Roubado ou comprado, escolhas do destino,
Acabado ou iniciado, um ciclo sem fim.
Manipulado, aprisionado, o coração chora,
Libertado, ensinado, a alma aflora.
Desesperado ou aliviado, na encruzilhada da mente,
Desmotivado, estimulado, numa dança envolvente.
Descontrolado ou equilibrado, o eu em harmonia,
Guardado ou compartilhado, na dança da energia.
Fragmentado, compactado, a essência da vida,
Complicado, simplificado, na jornada tão querida.
Menosprezado ou reverenciado, o ego em conflito,
Enraivecido, acalmado, o turbilhão se desdobra infinito.
Postergado ou antecipado, os passos do caminhar,
Calado ou revelado, os segredos a desvendar.
Amargurado ou alegrado, na dualidade dos sentimentos,
Abrandado ou intensificado, nos extremos dos pensamentos.
Distanciado ou aproximado, a conexão com o mundo,
Atrapalhado ou organizado, no palco da vida profundo.
Selecionado ou descartado, nas escolhas do viver,
Esperado ou inesperado, nos mistérios a perceber.
Acelerado ou retardado, no ritmo do pulsar,
Centrado ou dispersado, na busca do encontrar.
Apreciado ou depreciado, nas avaliações do ser,
Honrado ou desonrado, no julgamento a fazer.
Esvaziado ou completado, nos ciclos a se renovar,
Tensionado ou relaxado, na dança do respirar.
Relacionado ou desvinculado, nos laços da alma,
Atrapalhado ou facilitado, na jornada que acalma.
Falado ou silenciado, na linguagem do coração,
Vaiado ou exaltado, na expressão da emoção.
Apaziguado ou inflamado, no fogo que arde,
Desarmado ou engatilhado, na guerra que parte.
Preparado ou despreparado, para o que virá,
Rejeitado ou desejado, no desejo que clama.
Desejo, uma jornada de dualidade e contraste,
Entre luz e sombra, o coração se agasta.
Mas na essência dessa dança, encontra-se o enigma,
Da vida em toda sua complexidade, bela e intrigante obra-prima.
Na agonia da insônia, numa noite sombria, trago a correria do dia a dia como companhia.
Os ponteiros do relógio giram na mente trazendo a agitação do dia. A insônia persiste, sem dar trégua ao tormento que tanto aflige.
Oh, como anseio pelo descanso tão merecido, longe do frenesi que impede dormir.
Que o silêncio acalme a tempestade em meu peito, e que o sono, enfim, traga o alívio perfeito.
No olhar puro de uma criança a sorrir, reside a esperança que faz o mundo florir.
É difícil compreender quem não se encanta diante da pureza que emana, tanta esperança.
Que possamos sempre, com ternura e amor, apreciar cada sorriso como um tesouro de valor.
Pois ali está a esperança, a fé a nos guiar. Ali, no sorriso de uma criança, o mundo pode se encantar.
No que concerne às demandas feministas:
Mansplaining: Homens explicam de forma condescendente, presumindo falta de conhecimento da mulher.
Manterrupting: Interrupção frequente de mulheres, impedindo a conclusão de pensamentos ou argumentos.
Gaslighting: Manipulação psicológica faz vítimas duvidarem de sanidade, usando expressões como "Você está maluca".
Bropriating: Homens se apropriam de ideias de mulheres, muitas vezes recebendo crédito indevido.
Na minha perspectiva, embora reconheça a importância de combater essas formas de comportamento que prejudicam as mulheres, entendo que tais dinâmicas são intrínsecas à complexidade das interações humanas e não se restringem exclusivamente ao contexto patriarcal.
Acredito que esses padrões são universais e refletem características profundas da condição humana.
No entanto, é importante estar ciente das nuances e das diferentes intensidades com que esses comportamentos se manifestam entre os gêneros.
Ao abordar essas questões, é fundamental promover um diálogo construtivo e buscar formas de mitigar essas dinâmicas em todos os aspectos da sociedade.
As redes sociais frequentemente revelam uma paradoxal solidão no meio da multidão virtual.
Embora ofereçam uma conexão aparentemente constante com muitas pessoas e uma abundância de informações, as interações muitas vezes permanecem superficiais, carentes de profundidade emocional e autenticidade.
Isso pode intensificar a sensação de solidão, destacando como a busca por validação online frequentemente não consegue preencher o vazio emocional real.
É essencial reconhecer que a verdadeira conexão humana transcende as telas, exigindo empatia e presença genuína nos relacionamentos offline para nutrir uma intimidade significativa e apoio emocional verdadeiro.
Impor uma única forma de agir ou pensar a todos pode ser considerado uma forma de violência, pois ignora as individualidades das pessoas, suas necessidades e experiências únicas.
Valorizar a diversidade de pensamento é essencial para criar sociedades inclusivas e respeitosas, onde a coexistência pacífica e a verdadeira diversidade possam prosperar.
A preocupação com nossa imagem pode ser vista como um comportamento narcísico, onde nos concentramos na percepção que os outros têm de nós e como isso influencia nossa autopercepção.
Estamos constantemente questionando como seremos percebidos e como essa percepção molda nossa visão de nós mesmos. Esse ciclo nos conecta não apenas à nossa autoimagem, mas também à nossa posição na sociedade.
Dessa forma, a preocupação narcísica vai além da vaidade superficial; envolve uma reflexão profunda sobre nossa identidade e nosso relacionamento com o mundo ao nosso redor.
Na vida, muitas vezes nos perdemos na nossa própria imagem, como Narciso na mitologia grega, que se apaixonou por sua própria reflexão.
Esse autoadmiracao pode nos levar ao sofrimento, pois a verdadeira felicidade surge quando nos abrimos para os outros, encontrando alegria e amor ao nos distrairmos das nossas próprias preocupações. Narciso morre de amores por si mesmo, não encontrando a felicidade plena apenas consigo mesmo.
Quando nos fechamos em nós mesmos, podemos nos sentir solitários e tristes, mesmo na presença de outras pessoas.
Por outro lado, ao nos conectarmos verdadeiramente com os outros, encontramos paz, enquanto a falta de interação pode aumentar a ansiedade.
Para crianças e adultos, encontrar distrações pode aliviar o sofrimento, desviando nossa atenção de preocupações pessoais para algo mais positivo.
No entanto, a incapacidade de formar laços significativos pode ser comparada à fome emocional, onde nossa atenção permanece voltada para dentro.
Durante momentos difíceis na vida pessoal ou profissional, é importante manter conexões com os outros para receber apoio e crescer juntos.
Assim, a experiência humana não é apenas sobre nós mesmos, mas sobre como nos relacionamos com os outros.
É nesse intercâmbio que encontramos cura e resiliência, descobrindo uma maior realização pessoal através das conexões significativas.
Recasar dentro do próprio casamento significa fortalecer e reafirmar o compromisso conjugal. Isso pode envolver revitalizar o relacionamento, renovar os votos matrimoniais ou simplesmente reinvestir na relação para superar desafios ou momentos difíceis. É como proporcionar um novo começo ao casamento, fortalecendo a conexão emocional entre os parceiros.
Para recasar dentro do próprio casamento, é preciso mergulhar na crise, chorar, repensar... Não se pode iniciar um novo capítulo sem enfrentar a crise mal resolvida; é necessário vivê-la, falar sobre ela, discuti-la, chorá-la e acreditar nela para poder recomeçar.
A dicotomia entre o espaço privado das mulheres e o espaço público dos homens é um tema recorrente na análise das dinâmicas de poder e gênero ao longo da história.
No contexto das antigas sociedades monárquicas, as mulheres eram frequentemente relegadas ao espaço privado, limitadas aos domínios do lar e da família, enquanto os homens ocupavam o espaço público, engajando-se em atividades políticas, econômicas e sociais.
Um exemplo emblemático desse paradigma é observado nos objetivos das princesas dos contos de fadas, cujo principal objetivo era ser escolhidas por um príncipe.
Esta narrativa simbolicamente reforça a noção de que a realização feminina estava atrelada à aprovação masculina, representada pela metáfora do sapatinho de cristal.
Após o príncipe passar por um teste de aptidão, que envolvia a prova do sapato, todas as mulheres eram submetidas a esse mesmo critério de escolha, e apenas uma seria privilegiada.
Esse estado de submissão e falta de autonomia é simbolizado pelo sapatinho de cristal, que além de representar a castidade, também reforça a ideia de que a validação social e a consideração como indivíduo dependem da escolha por um parceiro masculino.
O ideal de amor romântico, difundido ao longo dos séculos, consolidou esse modelo, colocando as mulheres em uma posição de subordinação e limitando sua autonomia.
Qualquer tentativa de separação ou independência era muitas vezes vista como um desvio do ideal socialmente aceito, um pecado contra a ordem estabelecida.
Assim, a análise crítica desses temas revela não apenas a construção histórica e cultural das relações de gênero, mas também os impactos duradouros do ideal de amor romântico na configuração das identidades femininas e masculinas, perpetuando padrões de submissão e limitação da autonomia feminina que ainda ressoam nos dias de hoje.
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