Texto eu Amo meu Namorado
É um longo caminho para chegar em casa,
Luzes passam pela janela abaixada,
Eu ainda tenho você na minha cabeça.
Comecei a perceber,
Que não importa o que eu faça,
Eu só irei me machucar tentando te machucar.
E se eu aumentar a música,
Só pra te esquecer,
Estou implorando, por favor não toque.
Não, eu não quero,
Não quero mais ninguém.
E eu tenho você,
Eu tenho você só pra mim.
Todos aqueles,
Todos aqueles garotos nunca serão como você agora.
Eu me entrego, me entrego pra você,
Então, meu amor, não me decepcione.
Você ama tão profundamente, seu corpo em mim,
Eu estou indo até você.
Quando eu estiver com você no meu lugar,
Nós teremos tudo, querido,
Bem onde queremos que esteja.
Estou te dizendo que nada mais importa para mim.
Eu quis sempre dizer-te tantas coisas,
mas dessas tantas coisas,
não te falar sobre nenhuma,
somente deixar que o mundo inesgotável do olhar
te fizesse entender o quero de ti.
Eu quis sempre dar-te tantas coisas,
mas dessas outras,
não te dar nenhuma delas,
somente deixar que o silêncio
te fizesse compreender o que desejo para ti.
Eu quis sempre oferecer-te a minha mão,
numa oferta simples da tua,
mas nessa áurea pretendida,
somente deixar que o perfume florido
te fizesse sentir o que sinto por ti.
Eu quis sempre saber sem razão
se é a minha certeza que me acalenta
num abraço abraçando a mágoa que te oprime a alma,
ou se és tu o alento que me alimenta,
na embriaguez de um sonho que na fé se acalma.
Eli Zes Agá
Tua pedra bela, lápis-lazúlis
Teu planeta regente, Urano
Deus sabe como eu te quis
E me permitiu cair neste engano
Engoli o orgulho que havia em mim
e procurei a minha angústia dar fim.
Me atrevo a olhar para ti e dizer:
Como vai você?
Pensei na mais fria das indiferenças
Todavia, fui recebido serenamente
E me fora informado o coeficiente
E tal resposta deu fim às minhas doenças
Será que me apaixonei mesmo?
Ou é um sentimento que vem a esmo?
Por quê? Por quê? e mais por quê?
Por que, logo por você?
Não quero questionar mais o meu eu
Talvez tenha percebido que ele é teu
Cri que Deus tinha se lembrado de mim
mas foi para me lembrar que tudo tem fim
E assim como chegou, você partiu...
veio rápido, me enfeitiçou e desapareceu
Mas isso não significa que tal paixão ruiu
Nem que este amor tenha chegado em seu apogeu
Você está longe, mas não intangível
Prometo aqui, insistir neste desatino
Perdão por descer neste nível
Talvez, seja o nosso destino.
Ela
Sim, eu me apaixonei por ela...
Mas quem resistiria a essa donzela?
Como um pincel desliza na aquarela
o meu pensamento assim para nela.
O amor veio e a razão pulou pela janela.
Doce, bela, e de saia amarela,
decidida, e sabia para quem dava trela.
E pensar que ela veio de uma costela...
E depois de avista-la, tive sequelas.
Não haviam mais Cinderelas...
nem Marcelas, ou Gabrielas.
Era somente ela e as estrelas.
A Primavera é tão solitária longe dela
Que a saudade me corrói sem cautela
Alheio, fiquei a mercê de sua tutela...
Mas não me importo, pois eu amo ela.
Descaso
Um poema sem compromisso...
assim como você e eu
tomaremos um chá de sumiço,
tu serás minha e eu serei seu
Nunca mais ficarei tenso...
e numa indagação eu penso,
o tempo me fará manso
e me dará o merecido descanso?
Um dia talvez Ele me diga
por que tudo isso aconteceu,
por que tanto esse poeta sofreu.
Isso ainda muito me intriga...
Termino essa frase do mesmo jeito
que comecei esse poema fajuto
sem carregar ressentimento no peito
nem ao menos por isso ficar de luto
Ignorância
Eu nunca vou aprender...
eu sempre irei perder.
Isso foi o que me disseram,
é nisso que eles acreditam
E eu nunca os dei ouvidos.
Para que não ficassem sentidos
em tal coisa eu fingi acreditar.
Me vi pelo tempo amargar.
Não sou forte o suficiente,
nem tão pouco inteligente.
Sou apenas mais um mortal,
que acreditou em um utópico final.
Me vejo hoje desconsolado...
não passo de um desacreditado
Que não deseja nada, além da morte
Por que hoje... me abandonou a minha sorte
Dúvidas inexpressivas
O que você quer de mim?
Por que tem que ser assim?
Tudo que eu escuto é a tua voz
dizendo que há um oceano entre nós
Te incomoda que eu fale assim?
Por que você não aceita a verdade?
O que mais você mudou em mim?
O que houve com sua ansiedade?
A vida me tornou mais maduro
Me mostrou o lado doce da vida
ao teu lado eu me sinto mais puro
Me fazendo crer que não há partida
Que irá me apoiar na minha trilha
Até eu ficar a sós contigo numa ilha
e eu irei despertar nessa cidade
e ela iluminará a minha felicidade
Despedida longa
E eles se foram, todos eles
se foram todos, todos aqueles...
Que um dia eu chamei de irmãos
me restando a solidão em mãos
Deus se diverte com meus planos,
sonhos, utopias, todos tão humanos
que chegam fugir da pobre realidade
porém nenhum se tornará verdade
Meus sonhos já não existem mais...
Somente existem pensamentos mortais,
que não me iludirão sobre o futuro
mas me tornando um ser mais maduro
Mais frio, solitário e mais cético
e por ironia, cada vez mais poético
Poeta solitário, desejando logo o fim
que ele chegue rápido, perto de mim
Futuro próximo
O que eu deveria fazer?
Não sei como devo proceder
Apenas, sigo a estrada...
seguindo a felicidade alada
Vários obstáculos transponho,
inúmeros lugares visitei
ainda tenho um sonho...
o sonho de que eu viverei
Viverei com amor, alegria
com prazer, com perversão
sem nenhuma fantasia...
Não será nenhuma ilusão,
seria isso tudo que eu queria?
ou seria mais uma prisão?
Algo a mais
Eu to querendo algo a mais
Algo que transcorra o tempo
que seja sutil como o vento
Eu quero uma medida de paz
Quero retornar a viver
A viver totalmente alienado
mas não como um condenado
mas sim por puro prazer
Faço o melhor nessa situação
Antes que eu enlouqueça
Antes que eu me esqueça
Ou que digam que meu amor é em vão
Quando minha hora chegar,
esqueça o que eu fiz de errado
Apenas pense por este lado
Eu vou ser aquele que você vai amar
Passado ao Presente
E na ponta da língua estava
a verdade que eu não queria
acreditar, mas ela me socava
era tanta a dor, que eu sentia...
Eu costumava te conhecer
mas, até que ponto?
Não sei nem o que dizer.
Meu Deus, como fui tonto
Recordando tudo que passou
eu reli a minha vida inteira
vendo o passado que acenou
para mim numa terça-feira
Dilacerando-me em versos,
tento explicar o que não se diz
falando de temas diversos.
Temas que... eu não quis
Realidade
É... eu estou renunciando...
Renunciando ao que um dia
disse quando estava sonhando
que iria mudar, eu... iria.
Pelo visto continuo caindo,
persisto em não querer ver
que não sei onde estou indo
Estou confuso em não saber.
Meu futuro está cada vez
mais próximo do que imagino.
Agora, para mim tanto fez.
Isso vai me servir de ensino...
Para não sonhar mais.
Para nunca deixar meus pés
saírem do chão do cais
e me sentar, só no convés...
Obviamente, quando não existia tanta tecnologia, eu passava mais tempo entediado quando não tinha nenhum amigo pra brincar e isso me estimulava a procurá-los e vice-versa. Quando apareciam e íamos brincar, eu me dedicava totalmente.
Hoje, a tecnologia é capaz de nos entreter a qualquer momento que desejar, o problema é coloca-la à cima das interações humanas e da natureza.
Não se trata, simplesmente, de interagir por interagir. Se trata de se manter 100% presente na experiência.
E isso serve pra tudo.
Ela Veio da Paraíba com Duas Libras
Eu espero pacientemente que ela apareça
com suas tatuagens, seus selos canadenses,
o último cd do Jeff Buckley
sua aliança de noivado
sua sede inextinguível
sua amnésia oportuna
seus pecados mais que mortais
Eu espero que ela permaneça por aqui
com seu silêncio devastador
com frieza lendária
sua dança da chuva
sua fome de groupie
eu espero que ela se movimente pra mim
com seus anéis
seu pescoço animal
seus lábios de gasolina
seus dreadlocks
eu espero que ela gaste todo o seu dinheiro comigo
que me apresente a suas amigas
que me leve pra vê-la dançar
que me transmita suas doenças
Eu espero que ela venha cantando um balada
do Lenny Kravitz
que venha confundindo o tráfego
com seus truques de malabarismo
com seu cinismo incompreendido
ela vai pisar com suas sandálias de névoa
em meu coração
ela não vai aparecer
eu a amo
então chamo um táxi e volto pra casa
Enquanto Ela Range os Dentes
Eu Espero os Fantasmas
Os fantasmas bebem comigo quando a lua vem
Eu abro a minha porta todas as noites
Eles aparecem e se apropriam das poltronas
coçam meus pés e bebem meu vinho
Não falam da vida os fantasmas
nem comentam as fotos que guardei
Eu me sinto bem com os fantasmas
Eles apenas gostam de ficar por ali
assoprando nas orelhas do cachorro
o cachorro se acostumou com os fantasmas
já não tira os chinelos das poltronas
percebeu o quanto os fantasmas são
importantes pra mim e o cachorro também
não quer me ver triste e eu sei que de
uns tempos pra cá o cachorro também ficou
dependente deles pois uiva de dia enquanto
eu leio Frost no telhado
o dia passou a ter 72 horas
o dia passou a ter grossos livros de poesia
o dia passou a ter Whitman, Thoreau e Bashô
o dia agora é um osso esquecido no assoalho
o dia agora é uma longa espera da noite
que é quando os fantasmas aparecem
Eu espero já sem muita paciência
não há nenhuma suavidade ou delicadeza em meus gestos
os fantasmas são a melhor companhia pra
quem descobriu que está realmente sozinho.
Difícil Entender
Com tantos dias passados sem ti,
eu me acho estranho, diferente.
Difícil entender.
As horas se arrastam, o trabalho é
maquinalmente feito, sem atenção ou
qualquer disposição.
A minha real vontade é outra, mas
na verdade não adianta a ter.
Vou viver das lembranças que tenho,
fingir, que sempre perto estás.
Enfim, viver uma mentira, já que a verdade,
se eu for vivê-la, será o mesmo que não
existir mais.
Roldão Aires
Membro da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
NOSSA TELEPATIA
Perdido na praia, da minha solidão,
ali, em meio as melodias das sereias
eu escrevia seu nome nas areias.
A lua estava cheia, São Jorge com dragão
enquanto, os peixes debatiam-se sobre as
ondas do mar... Eu sentia a flecha do amor
trespassar o meu frágil coração.
Vi as espumas, apagar seu nome...
Debruçado sobre a prata lunar, eu chorava,
enquanto eu chorava...
Minhas lagrimas molhava a saudade e a
paixão soluçava a telepatia do nosso amar.
Antonio Montes
Eu digo que as lagrimas não saem de mim.
Pois sempre as engulo novamente
Um ser pensante foi assim desenvolvido,
Para criar teorias de conspirações
Mas não só para isso fomos criados
Tens de amar, e ensinar o próximo
Não por que é o certo
Pois o certo também seria matar, odiar e enganar se assim todos como um todo concordassem estou certo?
Estou? Realmente estou ?
Todos concordam?
Se não. Então não.
Se sim, já sabemos a resposta.
Pois não se trata de uma missão que nos foi dado como em games criados, ou de velhos livros que nos mandam ter devoção por algo que talvez nem exista. Isso só me faz pensar no que realmente é real. Ou as vezes só me deito e tento dormir, para ñ precisar pensar em nada.
Réquiem 3
Logo eu que sou tão ambicioso
Fui pego por um mundo de vicio
Mágica do sacrifício
De movimento sinuoso
Pejo em ignorância
Isso só pode ser vingança
De primeira instância
Essa é minha herança
Por ser tolo e arrogante
Vivendo como um
Eterno ignorante
Querendo a vida comum
Ou ate inconstante
Sem ter por mim nenhum
Amor se quer delirante
