Texto em versos
De maneira inexplicável
sinto que para nós já é
inevitável ficarmos juntos,
e a cada novo amanhecer
será como cartão aquarelado
pelo nosso Criador pintado,...
Até os meus últimos dias
e como suspiro derradeiro
o teu amor feito de veludo
bordado em linhas de seda
tatuado eu de tê-lo perpétuo;
O inevitável pensamento
em ti quando no entardecer
tem sido o devocionário
porque você ainda não veio,
mas quando você chegar
a entrega só irá aumentar,...
Sem nenhuma reprimenda
e ofegante na minha pele
como inscrição de pertença,
serei guiada com o meu
amor cego pelos teus olhos.
O anoitecer e cada Lua
têm sido imensos sem você,
porque em ti contém todo
o Universo e nem mesmo
a minha chama e as estrelas
sobrevivem sem a tua presença.
A tua paixão macia
põe sobre a minha
uma ânsia amorosa
a cada inspiração
nova que provoca.
Ao derredor da Lua
e em pleno rebento
tal qual Saturno,
o teu paciente amor
tem me alfabetizado.
A expectativa tem
decorado envelopes
a espera de enviar
o amor declarado
para que seja notado.
Por onde a notícia
do meu amor passar
que ouse a encorajar
a multidão distraída
que no amor não acredita.
Pelo fio do Universo que
me mantém o suspense,
tu me busca secretamente
com o silêncio de Júpiter
ao derredor da Lua Cheia.
Com minh'alma nua e plena
entregue aos beijos do vento,
E com os dezoito Siddhantas
nas mãos desenhando mapas
para derrotar o mau tempo.
Pela honra dos romances
eternos tenho enfeitado
infinitos papéis de carta
que levem a luz das estrelas
em cada um dos meus poemas.
Com a oração sob a luz
e regência da Via Láctea,
Com suavidade hemisférica,
ofertando a espera áurea
do destino coroado pela aurora.
Porque quando você vier
de surpresa sem dizer
o teu nome irá me levar
para bem longe onde só
o amor será o inequívoco exílio.
Onde a intransigência
faz morada caótica,
Planto gerbera poética
para ajudar a foragir.
A Lua Cheia ao alcance
das mãos se permitiu,
antes das conjunções
e você me seduziu.
Doce que encantou
e os lábios atraiu,
Nenhum outro herói
na vida me atraiu.
Que Lua Cheia nos traga
o romance intenso
com resposta bem clara
ao alcance nosso.
Porque no remanso
da vida seja feito
o sereno do encanto
nos abraços do encontro.
Onde dois possam tudo,
e bem longe do que nada
acrescenta rirem juntos
das incoerências do mundo.
Após Júpiter e Saturno
de nós se despedirem,
o céu dourado da tarde
desceu sobre o país,
e tenho cantado baixinho
para tentar ser mais feliz.
Sob este mesmo céu
juro esperar sempre
pelo teu amor que há
de nos encontrar além
da terra, do mar e do ar,
Porque adentro de ti
é o meu cativo lugar.
Ideais como perseidas
não param de circular,
Marte e Mercúrio darão
voltas até a conjunção,
e no mesmo lugar estão:
o senso e a Humanidade.
Nos braços dos ventos
que levem longe daqui,
segura ao derredor de ti,
e para viver do fragante
amor feito de gerbera,
Tenho vivido arquitetando
a beleza desta espera.
Desta existência austral,
História no canto dos trilhos
e luar místico se equilibrando
ouvindo o som do qarmon
distante tocando na estação
atemporal do teu coração.
As perseidas virão
no céu do destino,
e meus dias têm
sido de preparação
num acorde místico
e caleidoscópico.
As minhas veias
estão em chagas,
e a minha alma
queima como
as florestas turcas;
Sob todas as luas
o qanun da herança
toca mais alto
do que a promessa
de um novo amor.
A espera tem sido
tinta do presságio,
Ela tem me feito
leal companhia
onde há dispersão
e covardia instituída.
Marte e Mercúrio
em conjunção
na borda virão
e tudo mais o quê
distante achava;
A tua voz como
a única canção
a ser conquistada,
para a alegria
será sussurrada.
A espera como
via de mão única,
e como companhia
oportuna não tenta
ser maior do que
a sua existência.
Se o teu coração
não for só meu,
nada fará sentido,
e como quem guarda
o mapa do paraíso:
O amor que levo
por você silencio,
nós somos maiores
do que tudo isso,
e você também crê nisso.
Com a tinta da caneta
dos amores impossíveis
sob a luz da inefável Lua
por nós dois eu escrevo
em entrega devocional
como quem faz um ritual.
Faz-se mister no teu
corpo forte ser a desejável
fuga do mundo em chamas,
por isso espero sem hora,
data, obrigação de nada,
e certa de que fixei morada.
Por engenho do destino
em nome do sutil enredo
feito de amor sem medo
em acordo com o Universo
tenho como joalheria
os signos do Hemisfério.
Tornei-me a Nebulosa do Véu
onde só podemos contar
com o roçar das perseidas,
vivo guardando estrelas
para os caminhos nunca
mais serem desencontrados.
Vivendo a protagonista
de um romance único,
e a tal hippie solitária
andando só pela estrada
recriei a corda e a fibra.
Para dizer que as guerras
e prisões de consciência
não são necessárias,
Tive de erguer guindastes
de papel bem no meio
das famosas praças
do coletivo inconsciente.
Neste Quarto Crescente
que se cultive tudo aquilo
o quê realmente importa
no nosso continente
e pelo mundo inteiro afora.
Porque a liberdade ainda
não veio para muitos,
as canetas fuzil
não foram quebradas,
A injustiça segue resistente
e as papoulas brancas
ainda não floresceram.
Você sabe que ao teu bonito
coração é que estou falando:
a coroação virá por tua mão,
Odiar nunca foi necessário
e por todos nós jamais será.
Imperturbavelmente convicta
partilho com quem precisa
entender que ser forte não é
entrar em guerra com ninguém,
Inexoravelmente a paz é
e sempre será o nosso maior bem.
O mundo já deveria ter aprendido
que quanto mais em paz estamos,
mais fortes todos nós somos
e para sempre assim seremos.
Daqui do meu continente espio
Marte e Mercúrio reunidos
na Constelação Ocidental de Leão,
muito perto do horizonte a oeste,
a tua fotografia na minha mão
e você ocupando o meu coração.
O visco no caminho fará abrigo
para que perto dos olhos seja
selado o nosso primeiro beijo
de todos os próximos desejos.
Júpiter em oposição ao Sol não
é sinal de que estão em guerra,
os homens sempre entendem
os fatos como lhes convém;
Quando a nossa hora chegar,
sei que eu iremos para onde
só o amor possa nos encontrar.
Não é preciso ninguém me falar
que o teu idioma é o teu olhar,
e como Lua e Saturno enamorados
na Constelação Ocidental de Capricórnio
bem próximos a leste assim seremos,
e que nas linhas do Universo
o amor da gente por ele está escrito.
Quando o Sol se por
no horizonte Oeste,
ainda assim estarei
remexendo com cada
um dos teus sentidos,
com iguais trejeitos
que bailam os oceanos.
Com meu pensamento
diário pouco a pouco,
preparei o teu território
com a minha rebeldia,
e todo o sentimento
de puro enamoramento.
Muito mais próxima
estarei com vitória
expressada em mãos,
para mais brilhante
coroar o meu Júpiter
com a mais extasiante
das minhas confissões.
Invocando assim toda
a delícia e teu espírito
amoroso em festa,
Como as perseidas dão
voltas ao redor da Terra
e as flores na primavera.
Seta na paz pregada
no teu balcão romântico,
a Lua sempre ao redor
destravando as guardas
da timidez e a espera
do beijo que tanto quero
sem nenhuma desfaçatez.
O kajal da noite
escureceu o céu
do teu Afeganistão,
E com cada um
que sofre está
entregue o meu
coração de poeta.
Creia com firmeza
que as estrelas
só habitarão nesta
profunda escuridão,
se a tua dedicação
for a mesma que
Mecnun daria com
todo amor à Leyla.
Somente através
dos sorrisos
das tuas mulheres,
das crianças
e do esplendor
da Natureza se têm
todo o real poder
de restaurar
o teu temperamento
endurecido pelo tempo
e a tua Pátria ferida.
Sob o porvir de todas
as luas no teu Oriente
tens o dever de ser
forte dando proteção
aos mais frágeis,
e de ser gentil com
os teus heróicos anciãos.
Permita-se ser céu aberto
ao Sol da bondade,
inspiração de paz,
oração em elevação
com gratidão repartida
como pão a multidão
pelo dom da vida
para fazer o melhor,
e ver a tua terra reflorescida.
As folhas da romãzeira acenam
ao céu do teu coração de Saturno
amoroso concentrado na busca
junto ao seu tão sofrido povo
pela imprescindível reconciliação.
A romã perfeita do encontro,
do perdão e da reconciliação
para que venha brotar,
precisa da tua amável dedicação,
porque tudo tem o tempo certo.
A vida sempre pede romper
com a zona do conforto
onde o orgulho faz habitação,
no mundo que um busca
insistir passar por cima do outro.
Tal como tímida Lua Azul
ainda coberta por nuvens
e que irá sobre Kabul,
tenho buscado o perfeito
bálsamo da pacificação do milênio.
Nenhum de nós nasceu para ter
que estabelecer e conviver
em aliança com o medo,
nem eu, você e nem ninguém,...
a paz possível precisa
da tranquilidade das damas,
e sobretudo, da bondade
e da fortaleza dos cavalheiros.
Sou a frondosa flor
Descoberta por você,
Com encantos esbanjados
Sonhadora e habilidosa
Escrita por você.
Com poemas ensinados,
Lascivos e desejosos,
Enamorados por você.
Eis a presa obediente
Encontrada por você,
Com doçuras entregues,
Carinhosas e cultivadas
Inteiras por você,
Destas doidas ânsias,
- impronunciáveis
Fazem desta imagem a tua
Desenhada ao teu gosto,
É meu o teu corpo
Sou o sagrado e o profano
Mito de sexo e de amor
Todos por ti incansáveis.
Guardada por um bravo
Vestido de armadura
Rosada e branca
Tingido de esperança,
Gentil sentinela
Que observa visitas tuas
Lá do alto da torre
Guarda a flor e o paraíso,
Preserva o quê é bonito
Segredo que te encanta,
E te faz perder o 'juízo'.
O paraíso é meu,
Nada [importa...,
Ele é sem trato,
Possui vegetação
- rasteira -
Abrigando flor rara
De pétalas brancas
E com [cor-de-rosa;
O paraíso é selvagem,
- surpreendente -
Por ser doce paragem,
Brilha como uma miragem,
Aroma que não se esquece,
Imagem que [enternece]...
Não tenho nenhuma sofisticação:
- Recuso privar a indecência
Não tenho nenhum juízo,
Eu quero é a tua malemolência!
Porque minhas colinas nas mãos
De quem sabe acariciar,
Darão frutos de prazer;
Juras e poesias nas mãos
De quem irá adorar-te
Imensamente até 'enlouquecer'.
Não tenho nenhuma preocupação:
- Recuso salvar a decência
Não tenho nenhum rumo,
Eu quero mesmo é a indecência!
Porque esta pele bem iluminada
De quem sabe dominar,
Escreverão grandes histórias;
Juras e poesias nas mãos
De quem irá consumir-te
Intensamente até o amanhecer.
Não tenho muitas histórias:
- Recuso não traçar a glória
Não tenho nada restrito
Quero deitar-me ao som da vitória.
Que seja insana a entrega,
Que seja escandalosa a magia,
Que seja além do infinito:
- Receberás a poesia!
Que seja caudaloso o êxtase,
Que seja a chama intensa,
Que venha do jeito que vier:
- Embalarás a mulher!
Que seja doido o desejo,
Que seja ardente a chama,
Que seja explosiva a gana:
- Receberás o segredo!
Vibra e não passa,
Tens o meu oceano,
Aprecia a minh'alma,
Só cresce e inquieta
Romper com o cotidiano.
Gira em mim a liberdade,
Tens a minha ternura,
Dança em mim a loucura,
Não passa a vontade,
Quero você de verdade!
Como uma estrela que dança nua
No teu íntimo Universo,
Tenho o sublime compromisso
De ser explícito desejo,
Para ser consumido por você
Sempre que te der vontade.
Entre nós habita uma magia
No nosso exílio submerso,
Vive um precioso engajamento
De ser liberdade
Sem rotina e sem cobrança,
Para vivenciarmos a liberdade.
Sem reverso e com contentamento
De subverter nossas rotinas,
Temos o gosto até pelo perverso
Não temos limite e pudor,
Absortos em nossas magias
Para brindarmos a cada momento.
Toma toda a liberdade,
Dê asas a tua [vontade!
Toma toda a coragem,
Dê asas ao teu desejo!
Mata toda a tua [fome,
Brinde o quê te consome.
Existe um oceano imenso,
Que nos [separa...,
Existe um mistério intenso,
No fundo sabemos de tudo
O destino nos espera:
- O coração se [prepara!...
Toma toda a liberdade,
Respira profundamente,
Tens a minha poesia,
A malícia e a maturidade,
Leva de mim o beijo
De alguém que te quer
Inteiro e de [verdade].
Existem certos rituais
que poucos entendem:
Eles resistem ao tempo
por serem devocionais.
Indicam todos os sinais
que já estão (escritos),
Para serem sensuais
segredos bem vividos,
E nunca serem esquecidos.
Sinais são como obediências
que poucos imaginam
- as existências -
Ocorrem para satisfazer
o pedido do coração:
- Com mil reverências!...
Porque são espirituais
aromas femininos...,
trazidos pelos ventos,
Capazes de pairarem
sobre a terra ensolarada
Entusiasmando a paixão
à atender o seu coração.
A primavera lá não passa,
É jovem para sempre,
Eterna e suprema
A monja blanca recatada
Não menos esplendorosa;
Brilhante estrela radiosa
Que ilumina
A rota determinada:
- Rumo a Guatemala!
A primavera sendo eterna,
Possui o sorriso cândido
Da estrela ali plantada,
Deste alvor que me fascina
Protejo-a com poesia encantada.
A primavera sendo terra:
Respira aurora perfumada.
Da flor caída do céu,
Com o candor que abraça
Reverenciando a Monja Blanca.
Inaugurada a primavera,
Proponho deixar para trás
Aquilo que falta não faz.
Intenciono é trazer a tona
Somente o quê liberta,
Porque só a paz agrega.
Centaura verdade que une,
Prisão de consciência
Que nos desassossega.
Ausência da Justiça
Que nos desilude,
Insistimos por uma Nova Era.
