Texto em versos

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Dissabor

Meu amor resistiu ao tempo.
Percorreu nas diretriz de grandes espinhos,
chocou-se nas inclinas de nossas vidas,
tropeçou na solidão,
e estacionou na rotina.
Debateu-se na indiferença,
nadou em pedras ferozes dia após dia.
Foi do sorriso a dor,
da alegria ao dissabor.
Em um mar negro deságuo,
por não ter mais forças
naufragou.

Inserida por JulianaBarretos

Quando O Amor É Cego E Surdo

Entre minhas paredes,
mais um dia, todos os dias,
dia após dia,
já não sei onde tudo se perdeu,
onde encontrar meu eu depois do seu adeus.

Tomei um cego amor que me extasiou,
me embriagou, viciei e me desesperei,
suas roupas rasguei, os versos queimei,
livros joguei e o celular molhei,
te expulsei e te busquei.

Quando o amor é cego e surdo se torna tudo.
se eu soubesse amar, o amor não me cegaria.
ceguei-me de paixão
e me ensurdeci de solidão quando bateu o portão
e foi segurar outra mão.

Inserida por JulianaBarretos

Amor Prístino

Com atos e palavras o amor me peguei a declamar,
em grilhões vivi por anos a te invocar,
vi meu sofrimento delongar,
meu sorriso depredar
e um mar de lágrimas derribar.
Vi seu corpo em outros braços se deleitar
e os sentimentos decidi de todo meu ser decepar.
Aquele amor parei de decantar,
pois feneceu o desejo de nos unificar,
o tempo decidiu delegar,
então vi aquele amor prístino se findar.

Inserida por JulianaBarretos

Saudade

Chega fora de hora,
quando se diz pronta para ir embora,
o coração penhora,
fere como espora,
sentimento que ao se perder explora,
saí porta afora com desejos de outrora,
não ver o romper da aurora,
o florescer do meu sorriso pletora,
fenda de ferro e fogo que devora,
é essa saudade quando aflora.

Inserida por JulianaBarretos

Melancolia

Sombria melancolia que me
assola ao meio dia,
a meia-noite me desafia,
deixa a manhã fria,
à tarde me causa paralisia.
Via que me tira alegria,
quero dias e noites de sabedoria,
uma vida sadia sem terapia,
outra vez a primavera que minha
vida floria com eufonia,
o inverno que você aquecia,
o verão que amor entre nós havia.

Inserida por JulianaBarretos

AUSÊNCIA

Sua ausência me deixa sem essência,
tira a indecência,
me rouba toda coerência
sem clemência
com violência
em forma de advertência!
Difícil convivência sem tua presença.
Levo meus pensamentos a ti para te sentir.
Batalho com desejos escondidos a me ferir,
impelir a saudade que mora em mim.
Já podei meu jardim,
para resumir admiti que não me desprendi.
Não consigo reduzir um amor que vive a ressurgir,
não aprendi partir...
Permaneço consumindo-me aqui.
Quando penso que sei tudo de mim,
Há muito a descobrir,
Nunca imaginei viver assim..

Inserida por JulianaBarretos

CORAÇÃO DE RUBI

...como
SÃO ADMIRÁVEIS
OS
sonhos
COMO UM
belo
ARCO-ÍRIS
ENTRE os MONTES
pintado
PELO
SOL
em tardinhas de chuva no verão
escriturado
NA FÉ
e nas
PROMESSAS DIVINAS...
...DEUS MEU !
não
DEIXE QUE eles
FURTEM...
devo
Guardá-los
COMO
Rubis
ao centro
DO PEITO
EM
elos de ouro
com lacre
DAS CERTEZAS...

Bendito
ÉS TU
CASCALHO
DE TERRA RICA
que
NO FUNDO DA BATEIA
brilha com seu
coração vermelho...


2017-03-03

Inserida por Jmaljamal

BOOOM BOOOM BOOOM

eu escuto as explosões
é estouro da granada
ou só será nossa mente encarcerada
a pressa nos engana
que os fantasmas são de fora
e fogem com o gosto de amora
e agora?
vem o medo e acaba com você
tem um corpo no chão
a dor no coração
é o sangue de mais um irmão
perdido nas rajadas de alienação
não tinha nem um pão
a dor sufocou a sua mente
ele ficou inconsequente
e relativamente incoerente
e eu escuto de novo

BOOOM BOOOM BOOOM
e são as balas perdidas
acertam consciência bem aflitas
são jogos de valores
faltam a superação das dores
afloramos nosso ego
querendo um descarrego
quando nosso povo fica sem emprego
educação interferida
pela vivencia e a falta de comida
sobem os morros
seguem as vielas
e a maioria entretida na novela
as arvores expressam
transmitem a vida
pedindo para que os tiros cessem
a indústria bélica só arrecada
muitos assaltos a mão armada
nossa infância torturada
e as crianças muito mal interpretadas
e vem mais uma vez

BOOOM BOOOM BOOOM
dessa vez vem um soco na mente
daqueles que mexem com a gente
aquela palavra agressiva
que as vezes é meio instintiva
com um objetivo relativo
são acordos dos vivos
o cérebro bate em todas as laterais do crânio
a cabeça roda
e por momento nos esquecemos da moda
o planeta gira
corremos pro silencio
é o único que sustenta
não se tem criticas
nem ladainhas
entramos em um estado de reflexão
reverenciando o cidadão
até pensamos no perdão
viajamos na imaginação
e as lagrimas caem no chão
lutamos pela educação
sem pensar em mansões
queremos ver nossos pequenos
sem engolir esses venenos
valorizamos a natureza
que hoje esta escassa
graças ao poder e a avareza
junto com orgulho
e o murmuro
que venho a sonhar
de que esse mundo
logo menos irá acabar
e por mais uma vez

BOOOM BOOOM BOOOM
o som do tambor
que mostra o final
o termino do aval
da fauna e a flora
e o final de nós como animal
mas é algo tradicional
o mundo racional
sem criatividade
ou um tanto de relatividade
os sinos interpretam
é a hora de se recolher
descansar ou dar um adeus ao viver
não temos como prevê
o céu de nós próprio
com muitas turbulência
tentando valorizar a essência
nas sirenes de emergência
fugimos dos vícios
que nos deixam submissos
assim como as pragas
ou enigmas
das nossas drogas tragadas
que vão das roupas trajadas
até as mentes enjauladas
e quando tudo esta preste a acabar
voltaremos ao passado
vem nossas lembranças
analisando os erros
principalmente os que nos dominaram
e assim o tempo passa
como carne na brasa
sem saber o que virá
então o que fará
antes do fim
como irá aproveitar?

Inserida por ClasseClandestinaTV

Cabelos Olhos Boca Mãos Joelhos Pés
Ao vento do momento


Cabelo ao vento
.
Olhos no momento
.
Boca no respeito
.
Mãos a deriva do ponto
.
Joelhos no sentido oposto
.
Pés na direção do vento, seguindo o momento, junto com o respeito chegando ao ponto, no sentido oposto...
.
Diante de todo esse furor, longe de todo horror
.
Hoje digo o vento me levou ao momento devido no respeito, que chegou no ponto oposto.

Inserida por FabianoDAraujo

Entendi
onde tudo começou
quando o tempo passou
no amago da nossa dor
em um barulho ensurdecedor
gritos se aliviam
nos olhos que nos guiam
estrelas reguiadas
a um novo caminho traçado
com cordas embaraçadas
no fundo de um navio
da maldição daquele rio
os monstros corroeram
e as pessoas de mim correram
como cidadãos aterrorizados
nos cantos enquadrados
persistindo em nossos laços
um tanto elevados
engolindo a hipocrisia
meu deus mais que agonia
foi quando eu mais refletia
no fundo do meu ser
querendo transparecer
buscando algum prazer
colidido no falso lazer
que evolui monstros
em seus pontos de encontro
no medo e no risco
na luz do dia eu rabisco
São folhas e folhas
levando a informação
pro ser trancado na alienação
que vai da simplicidade
até o medo da mortalidade
em abrangências e incompetências
com a falta de veemência
virado em suas próprias dependências
como fogo que arde
na sua pele parda
os alvoroços na falta de almoço
nos desgosto nos olhos
só querem as motos
e o lucro que grita
e si próprio escandaliza
e o sangue vermelho
mostra o empecilho
no meio do caminho
de que fomos torturados como os índios
fugindo da natureza
reagindo com estranheza
e de novo a incerteza
persistindo na luta
que segue como uma gruta
ela pela queda da agua
e nós pela queda das lágrimas...

Inserida por ClasseClandestinaTV

Hoje sei...
Que todos sabem o que é o "amor"
não o de relacionamentos, mas o amor ao semelhante, aquele que se doa, sem pretensão de receber nada em troca, que une, sem preconceito e julgamento...
Todos querem receber...porém
Mas por em prática, só os nobres.

Letras Em Versos de Edna

Inserida por versos_de_edna

Busquei na minha caminhada, ser um ser reto, correto.
Há como tentei...foi ilusão
Sou total negação
Minhas palavras são interpretadas como provocação,
Logo vem resposta com indignação
Não participo de roda de conversas, quando estou, fico quieta, só em observação...
Ouço que não aprendi nada na pregação...
Meus versos...palavras vazias são,
Meus atos, pouca aceitação
Observei que há mais valores para palavras torpes, malicias e noticias de atualização.
Todos se afastam..talvez tenham razão
de "bom" em mim?...tem nada não...
Estou me perdendo, em meus pensamentos só há confusão.
Esta doendo esta falta de compreensão
Do fundo do meu coração
Peço a Deus que tenha compaixão
Me faça uma transformação
Me conceda seu perdão

Letras Em Versos de Edna

Inserida por versos_de_edna

Herdei um campo...
Um investidor...o Criador
Me doou sementes...plantei
Reguei, dia após dia...cultivei
Nasceram ervas daninhas...arranquei
Não deixei enraizar...para não proliferar
Trabalho árduo....mas sempre a cuidar
Vejo fogo...estou tentando apagar
Não consegui...tudo à queimar
Plantação queimada...e desanimada
Não sei por onde começar...esta terra limpar
Volta o Senhor...uma semente me dar
Me animou, para voltar a semear
Talvez de tempo...para ver frutificar

Letras Em Versos de Edna

Inserida por versos_de_edna

...Senhor
Tu sabes tudo sobre mim...
Como são meus dias
Tu sondas meu coração e rim...
Me formou no ventre...me vias
Sou pecador....imperfeito
.....há defeitos
Segura-me em tuas mãos
As vezes tenho duvidas, no caminhar
Em Ti estou à esperar
À direção....o perdão...à salvação

Letras Em Versos de Edna

Inserida por versos_de_edna

No passado uma alma perdida...eu sei
Sem rumo, desamparada....há vagar
Em uma esquina...Teu amor encontrei
Fiquei leve....flutuava, em vez de caminhar
Um amor inexplicável...que contagia
Meu sofrimento aniquilou
Teu amparo....sim....sentia
Sabiamente, sussurrando, me alcançou
Novos caminhos....traçou
Senhor, guia-me....aqui estou

Letras Em Versos de Edna

Inserida por versos_de_edna

MULHER DA VIDA

A menina que queria ser bailarina
Nunca deu um rodopio
Rodou apenas na vida
Na via
Nas avenidas
Entre idas e chegadas
Corpos sujos e suados
Se vendeu
Nunca se deu
Não amou
Nem foi amada
Usada como mercadoria
Objeto que já não se atreve a sonhar

A menina que queria ser bailarina
Agora é chamada de mulher da vida
Mas que vida?
Nome tão bonito
Pra quem carrega o peso de olhares
E trás seus pesares cravados na alma.

Inserida por elis_barroso

JÁ NEM SEI

Não sei se sou eu que grito
Ou roubei a voz de alguém
Se a dor que sinto é minha
Ou sofro por outra pessoa

Já nem sei se sou dona dos versos
Ou eles são donos de mim

Como é duro ser poeta
Que se afoga nos próprios versos
Ora chora
Em outra ri

Se esvai em grãos de areia
Renasce da folha morta.

Inserida por elis_barroso

ONTEM, AGORA E DEPOIS

Meu Passado querido
Trago as lembranças
Um pedacinho de ontem
Pra não esquecer de ti
Foi bom o quanto durou
Precisei partir

Ah Futuro indeciso!
Parece que não sabe escolher
Tão cheio de caprichos
Nem sei o que esperar
Por isso te deixo de lado
Não vou mais te namorar

Ando flertando com o Agora
Apaixonei-me de repente
Ele é tão espontâneo
O Hoje me deu presente.

Inserida por elis_barroso

RESULTADO

Sou a soma de tanta coisa
De todos os meus medos
Meus dias nublados
Dos meus equívocos
Resultado dos livros que li
Cada pensamento louco
Todos os papos bobos que me fizeram sorrir

Sou a soma de cada imagem que guardei na retina
Cada palavra que resolveu morar em mim
Cada amigo
Cada sim que me acalentou
Cada não que me fez crescer
Cada beijo doado
Dos roubados também

O resultado ainda não sei
Em pequenas doses posso ser cura
Em grandes talvez seja veneno.

Inserida por elis_barroso

SÓ EU SEI

Só eu conheço o peso de minhas bagagens
As trilhas que percorri
Cada beco
Encruzilhada em que me perdi
Cada vale que cruzei
Estradas que me achei e me perdi outra vez

Só eu sei de minhas andanças
E cada mudança que sofri no caminho
Cada vez que deixei de lado a razão
E ter a sensação de se estar sozinho

Sim! Só eu sei
Da delícia e da tortura
De jamais voltar a ser quem fui.

Inserida por elis_barroso