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⁠O DOMADOR DOS QUATRO VENTOS

O que querem de mim quatro ventos?
Escadear os meus brios?

Certamente que não me farão ficar nu diante dos meus próprios ossos...
Antes, sabeis que guardo garbos no banco da minha ancestralidade.
Onde vós não tereis mais o acesso como naqueles tempos em que roubardes os valores morais escondidos nas melenas dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo.

Sim, meus velhos de mim mesmo, pois se não foceis vós, os esculpidores deste meu eu de antes, o eu de hoje, não seria este ninguém dos meus ancestrais.

Vós sois os quatro ventos do caos, eu bem sei...
Vós sois diabólicos? Então, tanto quanto eu...

Eu que me caotizo inteiro, em busca dessas partes que me foram roubadas.
As perdi por conta dos mesmos ventos que eu mesmo sou capaz de soprar.

Tenho as minhas narinas livres e incendiadas pelo primeiro elemento que me ergueu da terra. Sim, eu era um pequeno e enorme ser capaz de causar ventanias tão intensas que mudaram os rumos de vós - oh quatro ventos.

Oh demônio, que vento dos quintos!
Oh Céus, oh Deus, oh deuses!

Que diabos de ventos são esses que me arrancam do meu lugar de conforto e me jogam em territórios tão fartos de mim mesmo...

E eu, o que farei, me farto de tempo e de espaço, e me eternizo nas quatro direções para então ser um domador dos quatro ventos?

Eis que agora vêm estes quatro ventos...
Lisonjear-me-ão estranhamente como se fossem meus velhos que se foram pelas ventanias dos tempos.
Que me doem estranhamente porque me cobram direções que não são minhas.
Que me arrastam para estranhos territórios que eu se quero conheço, que muito menos desconheço, exatamente porque são seus em mim.
E assim, vós, 4 ventos, me jogam para lá e para cá...

E eu, que me considero um causador de outros ventos...
Eu, que os enfrento com toda a minha estranha estupidez genuína que se quer é tão somente minha.

Eu os enfrento com os meus próprios temporais, porque os identifico como uma afronta, exatamente para escadear os meus brios.
Que importa isso...

Eu posso desenvolver outras honras ocultas e escondê-las de vós na minha ancestralidade inseminando todos os óvulos da minha própria curiosidade com o meu modo de bajular os meus próprios estranhos sagrados e a minha capacidade de construir deuses em larga escala.

E quando vós menos esperardes, surpreendê-los-ei na curva dos ventos, e amansá-los-ei com o meu próprio canto, com o meu assovio misterioso grifo, ou um sátiro divino da floresta que veio para inseminar ideias em larga escala.

Quem sois vós? Quatro ventos? Sois os versos, as rimas das quatro direções?

Pois saibam que eu não vos temo, bajulem-me o quanto quiserdes.
Porém, cuidado, evaporo-me, e transformo-me em essência.

Eclipsar-me-ei dentro do meu próprio bojo de ancestralidade, e incorporar-me-ei a vós, 4 ventos, e vos contaminarei com o meu próprio veneno de Eva e da Adão, de caos e de cosmo, do bem e do mal, herdado do meu Eden.
Eu sou o cupido do pecado sagrado que balança vos balança, oh quatro ventos que sois eu em movimento.


E num instante qualquer eu vos falo das coisas que eu sei de milhões de anos atrás e cavalgo em cada um de vós como um verdadeiro cavalariano, o ogum que sou.

Amanso-vos, um-a-a-um, em mim mesmo...
Só por amá-los de alguma forma estranhamente platónica.

Pois vos nego enquanto a minha inconsciência vos atrai como se fosseis meus próprios fósseis.

Será que vós sois realmente os velhos homens e mulheres que estão a roubar-me brios ou afagos?
Ou porque vós sois EU também...

Agora, amansados, devolvam-me os meus brios.
Estes brios são de meus velhos homens e mulheres por quem eu sinto muito!
Vós sois os quatro ventos, eu sei...
Muito prazer!

Raras as vezes eu vos rezo, normalmente sempre que me transformo em fogo e vos aqueço com a minha capacidade de me incendiar inteiro de essências combustivas o suficiente para queimar as quinquilharias dos resíduos produzidos pelos meus cárceres privados.

Quase sempre faço isso sem perceber e muito menos sentir o cheiro da fumaça daquilo que queima e que se transforma em minerais novamente nessa loucura incrível que é existir plenamente.
Eu sou a ventania!
Vós sois os quatro ventos, sim, eu sei...

Mas eu sou a ventania os redemoinhos na cabeça do meu próprio sagrado, que ondula os meus próprios brios.
Eu sou o sinal avesso, o que deixa claro que não cabe...
Sou aquele enorme redemoinho nas cabeleiras do meu próprio deus
Sim, sou eu, sou capaz de girar todas essas coisas, desde o caos até ao cosmo.

Eu sou o domador de ventos!
Sim, sou domado pelos ventos, pois eu sou todos estes homens e mulheres de mim mesmo.
Eu sou esse todo!
Eu sou tudo!

Eu estou cavalgando nos quatro ventos, mesmo que dilacerado em quatro partes, quatro corpos e que cada uma dessas partes esteja em uma das quatro direções.

Eu juntarei cada uma dessas quatro partes, agitando os meus quatro elementos dentro de mim mesmo.
Sim, farei grandes agitações, pois o meu destino é retornar ao centro, inteiro, com todas as partes de ancestralidades de mim que foram arremessadas às quatro direções.

O centro cósmico é o meu lugar!
Não serei mais apenas esse fogo louco que sou!
Serei um grande aglomerado de forças!

Uma junção de Fogo, de Terra, de Água e de Ar que serei!
E como uma graça de um deus que eu mesmo criei ainda quando eu era o meu próprio ancestral, meu velho, minha velha, eu explicarei o meu próprio “bio”, pelo meu próprio “brio” ou não me chamo domador dos quatro ventos...
Voltarei ao núcleo de onde eu me originei sozinho, assim como os meus velhos homens e mulheres de mim mesmo!

Todos como pobres demônios originando-se para se dilacerarem e serem arremessados nas quatro direções, e contarem com a boa sorte de possíveis bons ventos.

Meu pobre destino que ironia mais incana e essa?

De tanta dor pela minha própria dilaceração, mais tarde eu mesmo criei um deus que deveria me adorar...
Mas tão logo criado, a criatura me exigiu adoração, servidão e me expulsou das minhas zonas de conforto, me proibindo de ter os meus próprios prazeres.

Oh céus que diabos que eu criei?
Se criei um deus, acabei criando também um diabo para que fosse por deus enviado a mim para me torturar?
Isso é profano demais!

Então eu dividi esse deus comigo mesmo lá no futuro.
Apostei na possiblidade de que esse meu deus também se tornasse tão divino como eu era.

E advinha, deus meu ganhou céus e terra, e eu me tornei a sua criatura.
Com o tempo esse deus se tornou minha grande inspiração, consagrando-se como divino tanto quanto o cosmo de onde eu me originei.
Esse deus saiu da minha própria carne, mas isso não foi de agora...
A minha carne lembra de tudo isso...

As vezes ainda sinto a dor da dilaceração que me ocorreu por conta dos invasores, os seres de outros mundos, infernos talvez, quando eu fiz a doação de órgãos para que deus fosse criado de mim mesmo.
Depois disso eu fiquei um ser que lagrimeja versos e poesias.

Será que é falta dos órgãos que me foram retirados para a composição de meu deus?
Ou será que é esse deus criado por mim mesmo que tem a capacidade de me inspirar?
Sim, eu não sei a resposta!

Meu Éden nunca mais deixou de ser um caos...
Parece que foi ontem que tudo isso aconteceu!

As vezes eu choro de saudade dessas partes dilaceradas em mim...

De uma coisa eu tenho plena incerteza; de meus ancestrais sobraram apenas estes pobres ossos resmunguentos que morrem de medo de perderem seus brios pelas travessuras e dos atrevimentos destes quatro ventos. Os demais, todos evaporaram como se nunca tivessem existido, como se fossem uma só essência, sabe, uma espécie de fragrância que acabou sendo atraída pelos cabelos ou pelos poros do deus criado, e desde então ele se tornou o criador de tudo.

Dizem por aí, nas esquinas do Eden que a força, a capacidade de criação de deus vem exatamente disso...
Dizem que é exatamente dessa essência dos meus ancestrais que tudo tem origem, que o tal deus é só rótulo desse aglomerado de amor que esses meus ancestrais sempre tiveram.

Reconheço-me forte e fraco com estes ossos e ao mesmo tempo com saudades dos amores ancestrais que evaporaram, como se não bastasse as dores da amputação de meus órgãos para a criação do deus.

Talvez seja apenas impressões de mim mesmo ou dos meus ancestrais, como pode doer um órgão que eu nem se quer lembro de ter?
O que mais me faz falta é a minha terceira visão, dessa eu acho que lembro sim, mesmo não a tento em mim, as vezes ela se revela e me leva a ver coisas de outros mundos.
Que isso fique aqui, cá entre nós, não se atrevam espalhar isso aos céus e terra...

Aqui por enquanto, falar disso é insanidade, estão novamente prendendo os que veem essas coisas, sim, e o tratamento a eles é de “chocar”.
Veja como é cruel nascer do acaso?

Recomponho-me quando caio em consciência de que essas partes arrancadas de mim serviram para criar um ser que se tornou divino.
Por isso sou a imagem e a semelhança de deus...
Foi de mim mesmo que ele nasceu.

Ele é o meu filho amado, o que virá de mim, depois que eu vencer os meus dragões e fazer com que os meus ossos possam também evaporar.
E lá nos cabelos ou nos poros de deus eu estarei oferecendo-lhe o melhor que há em mim...
Enquanto isso não chega, e nada chega ou basta!
Inquietação, é a profanação dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo, pois deles me sobraram apenas o que sobra nos ossos, ritos, mitos, crenças e doenças.

Dos bons nem ouvi falar, pois que nunca quiseram deixar qualquer rastro de existência ou de personalidades.
E eu que escolhi seguir a passos largos os exemplos dos meus próprios ossos.

Porque é tão difícil abandonar os meus brios?
Porque são ossos do meu sagrado oficio?
Acalento-me aqui, então, falando com os meus brios que nunca me abandonaram...

E quanto a vós, quatro ventos, fosseis os grandes percursores de tudo isso?
Pois bem!
Junto-me a vós recolho-me nas minhas esperanças de voltar ao meu centro.
Não mais como domador dos quatro ventos.

Talvez como domador das minhas próprias tempestades.
Provavelmente for exatamente isso que o meu deus tenha feito tão rapidamente!
Farei isso então!

Serei como um ogum de mim mesmo!
Vencendo os meus próprios dragões.
Salve os quatro ventos!

Autor: Pedro Alexandre
26 de agosto de 2021.

Inserida por pedro_de_alexandre

⁠A Lua Vermelha em nossa
terra não tem sido normal,
um prelúdio alertado do Mal
que os avisados deveriam
ter acatado o limite natural,
e ainda quero crer
que o Bem vence o Mal;
Não há nada que me faça
esquecer que só o amor
a existência importa no final.

Eles não tiveram a chance
de um minuto de paz
para na vida parar para pensar,
A maior lição aprendida
com o Cemitério dos Impérios
foi a sagrada hora de parar;
A tempestade vai passar
e o sofrimento irão superar.

Nós temos nas mãos tudo
para nossos destinos
ao passado não regressar,
Quando os poderosos
despejarem sobre nossas
cabeças os seus infernos
e levarem a crueldade
extenuante os mais frágeis,
Não devemos nos igualar
com quem está por cima
e a vida não vão nos devotar.

Não podemos nos entregar
ao abismo da ferocidade,
O importante é plantar flores
e a paz entre nós cultivar,
não viemos aqui para chorar,
Reunir esforços para obter
os frutos da tranquilidade,
tudo na vida pode melhorar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠DUALIDADE

Às vezes sou um verso inacabado
Em outras um poema inteiro
Sou silêncio
Também sou grito
Há dias que sou apenas uma nota
Em outros uma sinfonia
Posso ser cinza
Colorida
Nua
Ou vestida
Às vezes sou jardim
Ou só um botão
Acho que é melhor assim
Morreria se coubesse em um padrão.

Inserida por ElisBarroso

⁠O amor quando se revela
Nutre o amado de sutilezas.
Ele não invade,
Não se porta descortês.


O amor quando se aninha,
aquece o coração do amado
de silêncios doces,
pausas longas e breves,
como em uma sinfonia.


O amor quando brota,
ainda que tenro,
anuncia a florescência
da árvore futura.

O amor se presta à esperas...
Se há distâncias ele vela ,
Qual lâmpada à cabeceira.
Se apronta demoradamente,
no tecer das horas...
e suas falas são murmúrios
de preces não ditas.

O amor quando se revela,
ao mesmo tempo se esconde,
a guardar em si mesmo,
o tesouro encontrado.


Se há riquezas,
estas não serão maiores
que o amado.
Se ha impérios
Serão deixados,
Posto que...
As honras, os festins e
a glória vã...
Nada de tudo o que brilha
no reino das ilusões...
É mais forte que o Amor,
Quando ele se revela...

Inserida por enigoncalves

⁠O glamour para onde vai?
Sendo apenas uma nuvem
a esconder o sol,
Depressa se desfaz ,
Com os ventos da verdade.

Quem sonha galgar os
Degraus da evolução ,
Deve abandonar o glamour ,
Abraçar o trabalho
da escultura inacabada.

Nas horas obscuras ,
Curvado sobre si mesmo,
Incansável, aparar arestas,
Polir a pedra bruta,
Forjando a joia rara:
O Espírito Imortal!


Eni Gonçalves

Inserida por enigoncalves

⁠A poesia da vida
é uma longa conversa
entre Deus e as criaturas...
Os bichos falam,
o vento canta, uiva ou chora
as melodias do amor...
A natureza toda é um poema!
Cada pétala, um verso...
Cada flor uma canção...
Se em silêncio a gente fica,
pode escutar a sinfonia,
nas pausas de cada dia...
brotando do coração.

Inserida por enigoncalves

⁠Em liberdade ou não
tenho a poesia e a oração
como companheiras
enquanto o amor
de verdade não vem,
acontece que eu
sou habitante no teu peito
mesmo que os teus
olhos não me veem.

Não sei se é preciso
fazer um novo
movimento romântico
para você entender
que o amor e a amizade
não sobrevivem
a falta de educação
e a falta de interesse.

Em giros na tua orbe
como se eu fosse
a personificação
delta aquáridas do sul
ou a própria Lua Azul,
sou um misto de trégua,
oração e rendição
depois de uma explosão
e a esperança que
em ti jamais cessa.

Sem querer você
acostumado comigo
ainda não faz idéia
do que eu sou capaz de fazer,
só sei que você pediu
muito além dos meus passos
e neles você conseguiu
por tanta ousadia se perder.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Desta Pátria romântica
onde é terra da única
heroína de dois mundos,
vivo para acender
os luzeiros do Universo,
e a escrever poesias
só para levantar multidões.

No teu tempo você vem
e teus olhos lindos
me pertencem além
da razão que a própria
sempre desconhece
quando o coração
está no centro da questão.

E quando você chegar
nós dois não teremos
tempo para pensar,
como o luar e as perseidas
fazem festa no Universo
para um amor que
está escrito nas estrelas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Ninguém resiste
o teu charme sedoso,
Respiro ares
do teu charme fogoso,...
Despertada
carinhosamente cetim,
você nasceu para mim,
és vigoroso.
Quando amor é capaz
de grande revoluções,
Os teus olhos
reconhecem e fascinam,
Sublimes corações
em plenas florações
Sedentos de bem querer,
e plenos de intenções...
A tua boca e tuas mãos
Formam uma bela esquadra,
Navegarão no meu corpo,
E farão um vagaroso ruído;
Meu amor, não te nego,
Não serás resistido
- pressinto
Com toda a beleza
terás o meu corpo
dos pés a cabeça.
Os dois extasiados a curva,
Seremos a nossa imensidão,
Só um grande amor é capaz
de trazer essa iluminação;
Os nossos caminhos
deslindados a fio
- só nos fará bem
Juntos não sentiremos frio,
só viveremos de arrepios.
Tens a posse do meus cais,
Tens a posse da minha boca,
Quando tivermos os nossos
corpos coladinhos
Ficaremos com gosto
de quero mais,
Nos amaremos demais,
Amo cada loucura de amor
que você me faz,
o nosso amor é uma
navegação em paz.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠É noite de Lua Cheia
que atravessa
o quê restou do Cerrado
que pelas
mãos dos Homens
foi quase destruído,
e em nome do lucro
será esquecido
no absoluto do mundo.

Em noites de Lua Cheia
e em dias de Sol,
Ter visto uma arara
sobrevoando o Cerrado
em liberdade
foi um dos primeiros
gigantes sentimentos
que desfrutei
plena como brasileira.

É numa noite de Lua
como está que medito
sobre a minha Pátria
capturada por homens
de espírito mesquinho
que fizeram além
do Cerrado todo o lugar
de respirar desaparecido.

Em noites de Lua Cheia
como esta sinto
a nostalgia do Cerrado
como quem escreve
um soneto de amor
repleto e profundo
que resiste miúdo,
todo triste e encolhido.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠" Fiz "

De tudo eu fiz pra que valesse a pena
e, para tal, de muito eu abri mão
movido por amor e por paixão
na entrega verdadeiramente plena!...

Fiz como pude e como o coração,
sangrando tanto afeto nessa arena
imposta no querer que me condena,
mandou-me amar com tanta devoção.

Se hoje se difere a nossa estrada
e nem sequer te sintas mais amada
eu sei que, do que pesa, a culpa é minha...

Por condenado, fiz o meu destino
sabendo que serei qual peregrino
na solidão em que a alma em mim caminha!

⁠Em noite de céu

estrelado direto

da minha rua,

vi um cometa

a dar uma volta

ao redor da Lua,

de olhos fechados

algo me diz

que já sou tua.



Com a minha

paz de savana

mediterrânea,

não temo

a noite escura.



Em noite de luar

e céu estrelado,

vibrar com povos,

os namorados

e a ternura

de escutar

canções de amor

sentindo o barulho

dos teus passos.



Sem ter medo

da distância

e sem temer

me perder

na tempestade.



Um coração

apaixonado

está sempre

na maravilha

embalada

por histórias

de amor

e se encanta

com as narrativas

até quando

lê livros sagrados.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Com a mesma fé
de uma caravana
nômade em meio
a uma tempestade
de areia no deserto:

Antecipo que o meu
amor não é daqui,
e é por ele que espero.

Por se tratar de uma
situação inexplicável
pelo destino acenado,
ele tem tudo de meu
paraíso preservado
e a sete chaves é
o segredo guardado:

Lirídeas nos cabelos,
a espera da Superlua
e do astro dos anseios.

Por isso o meu tempo
eu passo vestindo
a alma de encanto,
e com poético zelo
para que corações
não sejam quebrados.

Lirídeas nos olhos,
a espera da Superlua
e do astro dos sonhos.

E assim sigo a vida
onde homens perdem
o tempo precioso,
trazendo o recado
óbvio, reto e claro
para uns que ignoram
a mulher que está ao lado:

A mulher virtual nunca
terá a grandeza
da tua realeza que te põe
a mesa, te aconchega,
e jamais vai te largar na tristeza;
viva como poeta e um jardineiro
para que não se finde a primavera
do teu imenso amor verdadeiro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Como a correnteza
abraçando forte
a tua península,
tens tudo de norte,
nada de ondulante
e nenhum mistério.

Que eu te espero,
esconder não quero,
cada suspiro meu
tem sido para você,
até de longe tenho
dado para perceber
o amor que há de ser.

Como as galáxias
em aproximação,
nos fundiremos
em consagração,
longe do comum
e da compreensão.

Que além das noites
a Lua e a estrela
alinhadas e surgidas
do sonho do Sultão
beijando as marés
irão brindar teu rosto
e iluminar meus pés.

A Lua e a estrela
têm sido os faróis
do descobrimento
daquilo que intuía:
que nestas veias
Varosha está viva,
e iremos sobreviver.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Com você o silêncio
tem sido o idioma,
Sei que sou a ilustre
habitante do teu peito,
É nele que em ti
me levanto e deito,
de ti não há regresso.

De mim sem reverso
em pensamento doce
inefável e secreto,
Somos Marte e Lua
em anseio de encontro,
pertença e encanto
no nosso céu íntimo.

Não há mais nada
que me tire do sério,
Tenho me divertido
com o Oriente mistério,
que tem ocupado
os meus desejos,
e criados dias intensos.

E assim pouco a pouco
acendendo com fogo
e paixão o quê a razão
não é capaz de entender
vens ganhando terreno,
Desejo de amor perfeito
e o meu sem querer querendo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Amor Platônico

Você é meu eterno amor platônico
Pois nunca poderei estar com você
Não do jeito que quero

Eu falo para mim mesma que já lhe esqueci
Mas estou caminhando em círculos
E nunca deixo de lhe amar

Dizem que a paixão dura 2 anos
Mas faz 5 anos que eu sou completamente
Apaixonada por você

Minha querida
Posso esperar até o fim da minha vida por você
Mas não me torture por muito mais tempo

Inserida por Sheilatinfel

⁠O amor por mim
o teu peito ocupa,
e tornou-me tua
almenara radiante
que ninguém apaga
no alto da atalaia
em madrugada fria.

No topo do mundo
tenho de colocado,
o meu coração
não anda sossegado,
te quero o tempo
todo do meu lado.

O amor por tua
presença longe
de ser a luz da Lua
que ocultará Lira
em noite de chuva
de lirídeas erguida,
há de ser a doce
sentença da vida.

No topo do mundo
estou te guardando,
o meu coração
por ti anda contente,
se há futuro para nós:
ao Universo pertence.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Quando Você foi embora
Eu fiquei pela metade
Eu te dei todo meu amor
Você me pagou com saudades

Meu coração agora chora
O que tú fez foi maldade
O que vai ser de mim agora
Eu me entreguei de verdade

Pra você eu fui um passeio
Você pra mim era viagem
Eu pra você era só um lance
Mas pra mim você é eternidade

Inserida por Marcossilva1988

⁠Hoje eu acordei,e só
tomei um banho demorado
Escovei os dentes
tomei um café reforçado,e de repente
me dei conta que algo havia mudado
Não pensei em te ligar
Não abri o facebook para procurar
alguma novidade sobre você

Hoje eu acordei
E não tive medo de visualizar
os seus status ,no Whatsapp
E de ver você revelar
que começou a namorar
Também não senti vontade
de mandar um direct no Instagram
falando algo sem sentido
Só pra depois dizer
que mandei errado
Que era pra um amigo

Hoje eu acordei
e pela primeira vez ,você não foi
meu primeiro pensamento do dia
Não senti saudades
nem desprezo
nem raiva ,nem alegria
Nem mágoa ,Nem nada
Apenas acordei
em uma cama vazia

Hoje Simplesmente acordei
e senti uma leveza
uma sensação de liberdade gostosa
que há muito tempo eu não sentia
hoje eu só acordei
e meu coração simplesmente batia
sem motivo,sem razão
só batia por bater
para exercer sua função

Hoje acordei
e não dei aquele suspiro profundo
que costumava dar todas as manhãs
quando me dava conta
que não estávamos mais juntos
E que nós dois "ja éra"
Hoje eu acordei
mas não acordei só do sono
Também acordei para vida
Você saiu de mim
É nem teve despedida

Hoje acordei
e o sol brilhou como em todos os dias
Os pássaros ainda assoviam
as mesmas melodias
e o céu continua azul ,como sempre
desde que o mundo é mundo
Mas hoje acordei e vi tudo diferente
como se tivesse despertado
de um coma profundo

Hoje eu acordei
e senti ,que a partir de hoje
sempre vou acordar, e só acordar
Talvez para o resto da vida
ou pelo menos por um bom tempo
ate que encontre um novo motivo
Ou uma nova razão
para acordar diferente.
Talvez eu encontre alguém
por quem eu possa sonhar
e quando acordar
possa realizar meus sonhos
Ao lado dessa pessoa.

Hoje eu acordei ,e pensei :
Que essa nova pessoa
pode até ser você de novo
Pode ser que daqui alguns anos
a gente se reencontre e se apaixone
Ou talvez, cada um siga sua vida e “ponto”
Ou eu me dê conta, que essa pessoa
já estava comigo todo esse tempo,
Mas eu não havia notado
por que estava ocupado demais
pensando em você

Hoje eu acordei ,e só
E pensando bem ..
eu vou ate sentir saudades
mas não de você
por que e justamente essa saudade
que hoje se foi
vou sentir saudade dessa lembrança
que de noite era lagrima
e pela manhã era esperança
essa lembrança que não me deixava dormir
mas que me fazia sonhar acordado
Essa lembrança
que me fazia acordar
todas as manhãs louco de saudades
Mas que logo me fazia pensar
nos motivos pelo quais
não estamos mais juntos

Hoje eu acordei
e não tinha mais essa lembrança sua
que era boa e cruel
que me acalmava mas me destruía
essa lembrança que me foi companheira
durante muito tempo
mas que também foi minha pior inimiga

Hoje acordei e só.
Não me lembro mais do teu cheiro
do teu sorriso , da tua voz
Não lembro mais das tuas gírias
nem do teus gostos
nem dos teus gestos
Nem de nós.

Hoje eu acordei e só
Parei pra pensar,que talvez
eu tenha te esquecido
de tanto lembrar
E de tanto que pensei em você
virou rotina,
uma tarefa, uma obrigação
E de tanto lembrar, eu enjoei

Hoje acordei
e notei que aconteceu com você
o mesmo que acontece
com aquelas músicas lindas
que de tanto repetir na playlist
a gente para de gostar
Acho que quando eu admiti
que não poderia te esquecer
tornei você tão parte de mim
que ficou automático como respirar
Então parei de perceber
Que você estava aqui
e aos poucos eu te esqueci

Hoje eu acordei
e decidi deixar você
fazer parte da minha vida
assim como milhares de pessoas
que por minha vida passaram
e que na minha vida ainda estão
mas você vai ser só uma memoria
uma lembrança comum
Só mais uma página na minha história
Sem destaque nenhum
Não quero diminuir sua importância
mas me dei conta que todo esse tempo
supervalorizei o que na verdade
era só mais uma lembrança.
Hoje eu acordei e só

Inserida por Marcossilva1988

⁠DESFECHO

Naquele dia...
Ela estava muito apreensiva
sabia que aquela situação
havia chegado a tal ponto
que não conseguiria mais, adiar o fim
Ele estava tranquilo,como sempre
Sabia que na pior das hipóteses
nada mudaria em sua vida.
Como já era de se esperar
Ela decidiu recuar
Ele estava ali ,pronto para guerra
mas baixou suas "armas"
e aceitou a trégua

Ela era muito romântica
e já tinha ensaiado milhões de vezes
na sua mente ,o que diria
Ele como um bom estrategista
ja havia simulado
incansavelmente ,aquela sena
e já tinha o controle da mesma
Mas nada do que foi previamente pensado
foi dito naquele dia.
Ela até que tentou puxar um assunto
Ele optou pela "marra" de sempre
e foi logo saído sem dar chances
Ela como sempre insistiu mais um pouco
Ele baixou a guarda por um segundo.
Decidiram por bem ,terminar com um abraço

E bem ali ,Na avenida principal
do centro da cidade:
Dois corpos entrelaçados
no meio da calçada
enquanto pessoas, passavam
pra lá e pra cá, apressadas
sem se dar conta de que ali ,
se colocava um ponto final
em uma longa historia de amor real
Ela apertou forte, tentando aproveitar
aqueles últimos momentos juntos
como se tentasse, de alguma forma
com o calor do próprio corpo, .
reavivar aquele coração gelado
que já havia batido tão forte
em em outros abraços

Ele fingindo que estava incomodado
mas por dentro o que ele queria de verdade
era dar aquele beijo apaixonado
que sempre terminava na cama
Ele pensou em se entregar .
mas seu orgulho sempre falava mais alto
Depois de alguns segundos
Ela soltou-o lentamente, olhou nos olhos com ternura
E caminhado para o lado oposto da via,
mandou um beijo, seguido por um"tchauzinho"
tentando disfarçar a expressão de choro.

Ele ficou só no "falow"
como se aquele momento não significasse nada
E caminhou rapidamente para o outro lado
sem olhar pra trás
Ela saiu sem saber direito
como seria dali pra frente
Ele seguiu cheio de confiança
certo de foi o melhor para ele.
Passou alguns meses ..
e ela começou a se conformar
decidiu recomeçar a vida.

Ele, no entanto, continuou na mesma:
Só o que mudou foi que ele ja não tinha tanta certeza
da escolha que havia feito aquele dia
Ela aceitou o fim e seguiu em frente
decidiu não tentar mais
Ele ficou esperando que ela voltasse atrás ,
como sempre
Ela até sentia saudades
mas encontrou forças para resistir
pois sabia que nunca teria
O que ela realmente queria
Já ele sempre teve certeza
de que não poderia dar o que ela precisava
Mas ele era egoísta e sempre
queria mais sem dar nada em troca

Ela entendeu que ele até tentou ,
mas não se doou o bastante
para que pudesse dar certo de verdade.
Ele sabia bem que ela só queria ser feliz
É fez tudo que era possível
mas não conseguiria
por que havia bagagem de mais
pra ela carregar sozinha
No entanto, se tem algo
que os dois não puderam negar
é que ali existiu um amor verdadeiro
E nem um ,nem outro pode dizer ao certo
que essa historia teve um desfecho .
Mas isso, só o tempo dirá

Inserida por Marcossilva1988

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