Texto Desejo a Voce de Pedro Bial

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As provações vem para provar se a nossa fé é verdadeira. Em 1 Pedro 1:7 diz até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo, e da mesma maneira, a nossa fé (muito mais valiosa que qualquer coisa nessa terra), precisa ser provada para que recebamos a aprovação do Senhor Jesus Cristo, no dia em que Ele for revelado.
Por isso não desista nem se assuste quando as tribulações vierem em sua vida. Isso é sinal de que você está sendo provado, e Deus espera que você passe no teste; que você cresça, se fortaleça e agrade a Ele! Veja:
"Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria." (1 Pedro 4:12,13)

Possível continuação do conto "A
melhor e a pior comida do mundo" de Pedro Bandeira.
O cozinheiro, novamente, respondeu:
- E o que há de pior do que a língua, senhor? A língua dá vida àquelas palavras mal pensadas, ditas e
entendidas. É a chave da incompreensão entre as pessoas, órgão da mentira e da inconsequência. Graças à língua é que se destroem cidades, graças à ela o amor termina. A língua é o órgão ausente na indiferença, na frieza, na incompreensão. É a língua que torna eternos os versos de amores impossíveis, imaginários, inacabados de grandes poetas, e as ideias melancólicas de grandes escritores. Com a língua se aliena, se persuade, se desvia, se corrompe, se mascara, se engana, se critica, se nega. Com a língua dizemos "fogo", "guerra", "morte". A mesma língua que dizia "eu te amo" nada mais diz. O que pode haver de pior do que a língua?

⁠Pedro Bala se deitou na areia e mesmo de olhos fechados via Dora. Sentiu quando ela chegou e deitou a seu lado. Disse:
– Tu agora é minha noiva. Um dia a gente se casa.
Continuou de olhos fechados. Ela disse baixinho:
– Tu é meu noivo.
Mesmo não sabendo que era amor, sentiam que era bom.

Jorge Amado
Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Jacó era trapaceiro, Pedro genioso, Davi foi infiel, Noé se embriagou, Jonas fugiu de Deus, Paulo era um assassino, Gideão estava inseguro, Marta estava angustiada, Tomé era incrédulo, Sara impaciente, Elias estava deprimido, Moisés gaguejava, Zaqueu era pequeno, Abraão era velho e Lázaro estava morto...

Deus não chama os qualificados, ele qualifica os chamados...

Dê uma chance para Deus mudar a sua Vida e tenha certeza que Hoje com certeza vai ser Melhor que Ontem...

Jesus te Ama !!!

Paixão
Não sei…

Desejo
Sim, quero você.

Atração
Sim, você é diferente de tudo o que conheci.

Fascinação
Com certeza, pois quando estou com você,
o resto não tem a mínima importância.

Paixão. O que é paixão
Querer alguém do nosso lado
Querer ver, estar, sentir esse alguém
Querer sentir o sabor da sua boca
A magia do toque de suas mãos
O brilho do seu olhar
Querer no meu corpo teus limites e sentir você...

Se isso tem alguma coisa a ver com paixão,
acho que posso dizer...

Estou apaixonada por você!

"Faça o que ele manda, ouça o que ele diz, confie nele. Não o entregue tão facilmente mas coloque-o em tudo o que você faz! Deixe-o bater forte, mantenha quem você ama perto dele. Seja ele mole ou feito de pedra, cuide bem dele! Ele é a coisa mais importante que você possui!

Ame seu coração

“Lucia disse que amava Pedro. 3 meses depois percebeu que era só atração. Mariana declarou amor á Lucas e disse “foi Deus quem me deu você”. 6 meses depois o namoro acabou e ela disse que foi “livramento de Deus”. Rafael mandou flores á Vanessa e prometeu ama-la pra sempre. 8 meses depois sentiu que o sentimento se esvaiu pois Vanessa não correspondia á todas as suas expectativas. Jonas, casado há 5 anos com Marta, que havia declarado o famoso “até que a morte nos separe”, pediu divórcio pois não aguentava mais o jeito da mulher. Não é triste o fim do amor? Não. O amor só termina quando nunca começou.”

As vezes, estamos tão concentradas em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais.
Como distinguir os que nos querem e os que não? Distinguir os que vão ficar e os que vão embora?
Talvez o final feliz seja apenas seguir em frente.
Talvez, o final feliz seja este: apesar das ligações não retornadas e corações partidos,apesar dos erros e sinais mal interpretados, apesar da dor e constrangimento. VOCê NUNCA, NUNCA PERDE A ESPERANÇA!

Você é o piloto e a voz da história. Você é aquele que cria e conta as histórias para aqueles que não puderam estar presentes. Você é incapaz de ser confortado mas deseja confortar os outros. Há algo faltando em sua vida. Não esqueça que você é muito amado. Deixe seu sofrimento ser confortado.

Feliz Aniversário

Te desejo que as rugas demorem a surgir, mas que elas venham um dia. As rugas de certa forma são como linhas preenchidas de acordo com a forma em que vivemos a nossa vida. Então sorria bastante para que suas linhas sejam escritas nos lugares corretos. Desejo que nunca guarde rancor de ninguém e que seja sempre você, mas mude. Desejo que a cada primavera cresça como nunca cresceu antes e que tenha o espirito de uma criança, porque elas sempre sabem se divertir com pouco. Mas deseje sempre ter muito, como um jovem que nunca conhece seus limites. Desejo pra você o mesmo que desejo pra mim, que aprenda a viver sempre da melhor forma e que dessa forma faça a todos que te rodeiam felizes. Que os cabelos brancos venham um dia, porque com eles mostramos que nos preocupamos tanto com alguma coisa, que eles vieram... Preocupar-se é bom, mas deixe que cada um carregue o peso de suas próprias escolhas e nunca jogue o peso de suas escolhas pra ninguém. Escove sempre bem os dentes, a cada ano que passa estamos mais perto de parecer aquele velhinho que coloca a dentadura dentro do copo para dormir. Como diz naquele vídeo famoso, use filtro solar.

Te desejo uma felicidade sem limites...

Agora já pode assoprar...

Amor Epidérmico

Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.

A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

Martha Medeiros
Crônica "Amor Epidérmico", 1999.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 30 de novembro de 1998.

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Finá de ato
Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se!
Ele disse; cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nós se xinguemos

Como se pode axingá:

-Ô, mandinga de sapo seco!
_Ô, baba de cururu!
_Tu fica no Norte
Que eu vô pru sul
Não quero te ver nem pintado de carvão
Lá no fundo do quintá
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!

Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...

Onti, nós se encontremus
Nenhum tentou disfarçá
Eu parti pra riba dele
Cum fogo aceso nu oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaço.

Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Antonce nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separa!

Não quero que esse texto seja, só mais um dos milhares que fiz pensando em você. Não é justo. Você mal sabe da minha existência, e eu vivo pela sua. Me mantém por perto, e nem percebe isso. Não chega a ser o vilão da história, mas faz sempre a mocinha sofrer. Caso você não saiba, histórias de amor não são assim. Você tem ela, e eu não tenho você. Quando a beija, posso sentir seus lábios sobre os meus. Juro, às vezes consigo sentir seu gosto. É bom, mas não o bastante. Quando eu olho no seus olhos, você me faz invisível. Talvez tenha algum tipo de super poder, ou seja só desatento mesmo.

Eu sou sua estrela, e você nunca olha para o céu.

TEXTO::

“Não é o fim do mundo. Você não morreu. Muito provavelmente ele não irá morrer também. Você não está despedaçada como diz estar. Copos de vidro se despedaçam. CDs, celulares, óculos, computadores, aviões e carros, também, são destruídos. Mas você não. Pelo menos, não fisicamente. Pelo menos, não no sentido real. E a vida é real, né? Tem uns pingos de fantasia causados por sessões de comédias românticas e livros do Nicholas Sparks, mas a vida é real.

Você tem a unha a fazer. Tem o cabelo a cortar. Tem aquele vestido novo que saiu no catálogo da tua loja predileta para comprar. Tem a casa para arrumar. Tem tuas amigas para te ouvir chorar e berrar um pouco - ou muito. E tem uns tantos outros amigos para te elogiarem quando você precisar de alguém falando que seus olhos castanhos são tão bonitos quando você não está com a maquiagem borrada por causa de lágrimas desnecessárias. Então, pra quê chorar?

Há muitas garrafas de vodca, também, caso queira dar uns goles na loucura. Tua cabeça irá doer depois. Mas é ressaca. É uma resposta física do teu corpo sobre a quantidade de álcool que você ingeriu na noite anterior. Fique tranquila. Essa enxaqueca não é remorso, nem nada emocional. Chore, vomite e beba bastante água que você irá melhorar. Ou tome mais álcool que dizem funcionar também. A escolha é tua.

A tua vida não se resumia a ele. Eu te juro de pé junto, isso. Você pode até se sentir incompleta, mas está aí, disposta, viva e respirando. Com algumas olheiras e umas ideias loucas a mais, mas está bem. O tempo cura tudo que o tempo pode curar. Daqui a pouco, ele vai ser só mais um rapaz com mãos bonitas e um cheiro gostoso que passou por tua vida. Você vai ver. Enquanto você chora por um cara, há mil outros caras esperando, apenas, uma chance para te fazer sorrir.

Não sou nenhum aspirante a psicólogo-sei-tudo-sobre-as-pessoas. Acho Freud um saco e Jung um louco. Mas sobre o amor e teus sintomas, parece que eu já nasci com diploma e mestrado. Já amei demais quem nem gostou do meu cabelo bagunçado. Já amei de menos quem já sonhou comigo durante noites eternas de inverno. Já chorei como uma criança órfã e perdi dias de sol e noites estreladas. Mas não me destruí. Destruí porta-retratos, pratos, cartas e até aquele conjunto de tulipas do meu time predileto que ganhei no Natal. Mas meu coração ficou intacto. O teu também ficará.

Logo, logo, aparecerá outro cara que gosta tanto de adoçante como você. Outro que também não consegue ficar uma noite inteira sem resolver alguma briga qualquer. Outro que te dará a mão e o mundo inteiro ao redor será anulado. Outro cara com cabelo bom para acarinhar e com olhos infantis. Outro com um sorriso talhado e com gosto musical estranho. Você vai ver. Vai senti-lo. Vai respirá-lo. E vai amá-lo como se fosse a primeira e a última vez. Porque o coração é uma casa forte e espaçosa e sabe, vez em quando, renovar seus moradores.”

* Fiz esse texto a um ex amigo, que fez parte da minha vida.

Quando cai a noite, é de você que eu lembro, Quando vem a neblina eu relembro os bons momentos que passamos juntos, Eu me lembro que eu disse que jamais iria te deixar que se fosse possível traria a Lua pra selar nossa amizade, mas. Mas veja oque aconteceu, Oque você fez Oque eu ti fiz, Do que adianta eu chorar se isso eu já faço quase todos os dias, Oque você fez, você me jurou um dia nunca me abandonar... Eu nunca signifiquei nada a você? Eu nunca fui nada pra você... Ah isso me deixa tão pra baixo, isso me desgasta , Olha oque fizemos, Naquela noite selamos uma amizade é numa mesma noite terminamos. Sim chegou o fim, Entre nós acabou oque tinha que dar já deu, Eu não vou mais sofrer. Porque você da à mínima, mas para mim eu nunca esqueci, Mas chegou o fim.

VOCÊ POR PERTO

Eu poderia começar este texto falando dos seus olhos. Falando das suas cores, da sua intensidade, do seu brilho e de como consigo te enxergar inteira através deles. Poderia começar falando da sua boca. Do seu sorriso, dos seus lábios, da sua voz e dos seus beijos. Poderia falar sobre o seu abraço, as suas tatuagens, sobre o seu perfume ou até mesmo sobre a sua pele. É… Poderia sim. Acontece que descrevê-la fisicamente seria muito pouco. Por isso, decidi falar de como foi fácil me encantar por você. De como é prazeroso te ter por perto. De como admiro a sua forma de levar a vida. Porque perto de você a conversa é boa, o sorriso é fácil e as horas passam depressa. Porque admiro a sua forma alegre de viver, a sua relação com a sua mãe, o seu companheirismo com as suas amigas, sua autenticidade e sua autoconfiança. Acho incrível isso de você conseguir ser otimista o tempo todo, sabe? De conversar com o vira-lata na calçada, de contar sua vida para o porteiro do prédio e de conseguir fazer uma amiga no banheiro da boate. Você é daquelas pessoas que todo mundo tem vontade de ter por perto, simplesmente porque consegue ser ótima irmã, filha, namorada, amiga e conselheira. Uma vez você me disse que tem a mania de escolher os caras errados, que aqueles pelos quais você se interessa não querem nada muito sério. Fico me perguntando: quem consegue entrar na sua vida e sair assim, do nada? Quem consegue te conhecer e não querer ter você sempre por perto? Quem consegue ouvir sua risada só uma vez? Sentir seu abraço só uma vez? Provar dos seus beijos e não querê-los várias outras vezes? Eu sei bem que esse texto era pra ser descritivo. Eu sei que você queria ler algo menos meloso. Eu sei também que você é uma das mulheres mais exóticas que já tive a sorte de conhecer. Que você adora beijo na boca, mas odeia encontros. Que você salta de asa delta, mas tem medo de barata. Que você ama comida japonesa, mas nem tanto de salmão. Que você até gosta de MC Donald’s, desde que o sanduíche não seja o Big Mac. Que o seu refrigerante favorito não é a Coca-Cola. Sim, eu já sei de tudo isso e todo o resto que prova o quão especial você é. Eu sei, e acho que é por isso que não consegui escrever algo menos emotivo sobre você. Porque a verdade é que a menina que um dia me pediu conselhos amorosos me encantou de tal forma, que agora eu já não consigo mais olhá-la só como seu escritor favorito.

⁠hoje eu li um texto
feito por você
lembro a sensação que tive ao ler ele pela primeira vez
palavras tão cheias
tanto sentimento
hoje quando li
não senti nada
palavras tão vazias
tanto falso sentimento
talvez você tenha se perdido no personagem
o que era de se esperar
já que você nunca fez teatro
e mente muito mal.

Eu simplesmente acordei hoje e me dei conta de que eu cansei de você, é isso mesmo. Eu me cansei de esperar por um amor que nunca vai ser meu. Cansei de você me beijar com um olhar perdido que me encanta demais e depois beijar outras com esse mesmo olhar. Sim, eu quero você. Quero esse amor, mas você não sabe a importância desse amor, não entende que meu coração precisa de você, você é frio, você me machuca. Mas eu sei que no dia que você se arrepender de não ter me dado valor, você vai chorar, e vai sofrer. Porque nunca vão te amar do jeito que eu te amei, nem te fazer feliz do jeito que só eu sei. E eu? Bem, eu não vou estar nem aí no dia que isso acontecer. Vou olhar pra você, suspirar e pensar: "Passado". Porque vai ter alguém que preenche todo esse vazio que você deixa em mim, alguém que me ame, alguém bem melhor que você.

O Direito do Palavrão

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."

Pedro Ivo Resende

Nota: Muitas vezes atribuído erroneamente a Luís Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor ou Millôr Fernandes.

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O Homem Escrito

Ainda está vivo ou
virou peça de arquivo
sua vida é papel
a fingir de jornal?

Dele faz-se bom uso
seu texto é confuso?
Numa velha gaveta
o esquecem, a caneta?

Após tantos escapes
arredonda-se em lápis?
Essa indelével tinta
é para que não minta
mas do que o necessário
é uma sigla no armário?

Recobre-se de letras
ou são apenas tretas?
Entrará em catálogo
a custa de monólogo?

Terá número, barra
e borra de carimbo?
Afinal, ele é gente
ou registro pungente?