Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao

Cerca de 38581 frases e pensamentos: Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao

⁠Sexta-feira, 11 de Abril de 2025 São Paulo, SP

Você foi embora num dia qualquer. Eu não pude fazer nada.

Finjo que também não estou aqui.

É mentira (mentiras são amargas como remédio para enxaqueca).

Saudade é isso: um vício idiota como cassinos online.

Ainda olho o celular esperando uma mensagem sua.

O tempo não muda nada.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Hoje, fui até a janela...
E lá estava ela,
tão perto, mas tão distante,
entre o vidro e a luz que entra pela fresta.

A vi. Jovem, bonita,
como quem não quer ser vista,
mas é vista.

Sorriu. Acenou.
Acenou para mim, ou talvez para alguém
que eu não sou,
alguém que ela inventou,
ou apenas imaginou
do outro lado da rua,
junto a tantos outros que não significam nada.

Quantas janelas existem, e quantas são abertas?

E por um momento, me vi em outra vida:
um homem com coragem,
um homem que caminha até ela,
que diz o que nunca sei dizer.

Talvez um "como vai?",
ou apenas um olhar —
silencioso, sem palavras, sem promessas.

Mas não sei.
Nunca soube.

Eu sou só o homem do outro lado da rua,
um qualquer, um ninguém.
Quantos outros existem,
em cada janela, em cada lado, em cada rua?

E ela, tão real quanto o impossível,
como o céu, como as estrelas,
como esta metafísica que nos envolve,
que permeia o que somos e o que vemos,
mas que jamais entenderemos.

Como o mistério das coisas,
que olhamos e pensamos entender,
mas que nunca saberemos.

E eu, o estranho do outro lado da rua,
sem coragem de atravessar,
sem palavras, sem ousadia de ser:
um ninguém.

E ela, com aquele sorriso,
me vê por um segundo.

Mas será que me vê de verdade?
Ou será que me inventa,
como todos inventam a si mesmos,
como eu invento o que sou?

Então ela se vira.
Ela se vira e vai embora.

E com ela, meus pensamentos,
meus sonhos, minha vida.

E eu, aqui,
do lado de cá da rua,
vendo a vida passar —
a vida vivida e sonhada —
sabendo que nunca farei parte de nada disso.

Nunca farei parte de nada disso,
nem daquilo outro.

Nunca farei parte.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu já estou morto.
Ao escrever este poema, sou apenas um cadáver que teima em segurar a caneta.

Não sei o dia, nem a hora de quando eu morri —
talvez na juventude, talvez no primeiro verso, talvez no primeiro amor que não me amou.
E é isso.
Estou morto, e não há mais volta.

Ninguém chorou.
Não houve velório, nem lamentos, nem lápide com meu nome.
Morri e continuei vivo, preso ao corpo como se ele fosse meu.

Sem céu, nem inferno.
Após a morte, só há o hábito de existir,
onde meu cadáver se senta a escrever
como quem cava a própria cova
com uma colher de chá.

Continuei a fazer as coisas de quem vive:
amar sem saber o que é amor, crer sem fé, desejar sem saber por quê.

Morto, mas não suficientemente;
vivo, mas não inteiramente.

Sem saber se invento a vida ou se ela me inventa.

Morri sem testemunhas.
Nenhum mau cheiro, nenhum adeus, nenhum vestígio.
E o pior: nem eu mesmo percebi.

Inserida por GabrieldeArruda

O Mendigo de Si

Tenho um teto — eis a concha,
mas o caracol já partiu.
Quatro paredes me cercam,
mas nenhuma me contém.

Tenho uma cama — é porto,
mas o barco não chega a si.
Meus lençóis envolvem o corpo,
mas a alma foge em segredo.

Tenho amigos — bons, presentes —,
e, ainda assim,
minha solidão fala mais alto
que todas as vozes ao redor.

Tenho família — carinhosa, constante —,
mas algo em mim duvida
do amor que recebo.
Talvez por nunca me sentir digno.

Tenho fé — rezo, creio, suplico —,
mas a esperança é fruto
que apodrece na mesa posta.
Acredito em Deus,
mas duvido de mim.

Não me falta coisa alguma.
Falta-me o ser que as coisas têm.
Até o pão que como
tem o gosto de outro pão —
um que ninguém me dá.

Pergunto-me, sem resposta:
se tudo em mim é empréstimo,
quem sou eu quando não peço?

Sou um mendigo de mim,
perdido no que me sobra.
E, se um dia me acharem,
que me devolvam a alma.

Ah, não é ingratidão,
nem demência, nem soberba.
É possuir tudo —
e, no fundo do peito, descobrir
que nada se tem.

Não me falta o pão,
nem o teto, nem o abraço.
Falta-me o gosto de existir.

Tudo me sobra —
e, mesmo assim, falta-me o nome
do que perdi antes de possuir.

Talvez não exista esse “eu”
que espero reencontrar
como quem acha as chaves
no bolso de um casaco antigo.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Oração do Poeta

Pai Nosso, que és a essência em tudo o que é e se torna,
santificado seja o silêncio em que Te ocultas.
Que venha a nós a razão que desvenda o indefinido,
e que se realize a Tua vontade nas interrogações de nossas mentes e nos pulsos de nossos corações.
Concede-nos, neste instante incerto, o bálsamo que alivia as almas exaustas,
perdoa-nos a vertigem de existir, assim como perdoamos a inevitável tolice dos que acreditam saber.
Não nos deixes sós perante a vastidão do nada,
mas, se nada houver, ensina-nos a aceitá-lo.

Inserida por GabrieldeArruda

Sorte

Existem 2 trilhões de galáxias e, até este momento, foram descobertos cerca de 150 planetas, pertencendo 8 nosso sistema Solar. Já em nosso planeta, há 6 continentes, 193 países e por volta de 7 bilhões de pessoas. Em aproximadamente 4,54 bilhões de anos de história eu nasci na mesma época, galáxia, planeta, continente e país que você, qual a probabilidade? Meu amor por ti não caberia no Aglomerado de Virgem.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Hoje foi o dia do meu teste final.
Temeroso entreguei a minha prova.
O professor, em seu olhar severo, me perguntou:
"Que nota devo te dar?"
Fiquei em silêncio,
E o silêncio foi o meu exame de consciência.
Revivi, no lento caminhar do tempo, o ano todo,
E percebi que faltei não apenas nas aulas,
Mas em tudo:
No estudo, no esforço, nas promessas feitas
A mim mesmo e ao que eu deveria ser.
Fui ausente, incapaz,
E, na prova, a resposta foi o reflexo de meu descaso.
Penso então:
Seria justo me dar um 10?
Seria justo, depois de minha negligência,
Receber o mesmo que aquele que se entregou,
Que se dedicou, que foi à luta?
E, se fosse assim, qual seria a verdade?
Minha vida tem sido uma série de ausências.
Faltei à Bíblia, ao rezo, à missa;
Faltei ao que é essencial, como quem falta a si mesmo.
E, diante de Deus, como posso justificar minha farsa,
Meu descaso?
Só me resta uma única resposta:
"De-me um zero, e lance-me ao inferno,
Se assim for a justiça do mundo e do homem."
Que há de mais justo em minha condenação?
E o que há em minha aprovação que não seja uma mentira?
Fui um péssimo aluno, Senhor,
E Tu foste o Mestre perfeito,
Com tua sabedoria infinita, com teu amor sem limites.
Como posso eu, um pecador,
Que falhei em tudo,
Olhar nos teus olhos e me considerar digno
De uma nota que só existe na ilusão dos que estão enganados?
Como?

Inserida por GabrieldeArruda

⁠⁠O Eremita

Com lentes tingidas de um brilho sombrio,
Meus olhos, embotados de dor e lágrimas,
Veem o que outros não percebem, no silêncio confinado.
Com olhos que ultrapassam o véu da realidade,
Sou um estranho em minha terra, sem lugar para pertencer,
Amei com a quietude de estrelas esquecidas,
Sonhei com a vastidão de galáxias perdidas,
Mas meu coração é um relicário de esperanças defuntas,
Um navio sem ancoradouro, perdido em um oceano de solitária penúria.
Sou um homem que, em suas próprias marés, se consome e se afoga
E, nas profundezas da mente, se perdeu.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Marginal

Às margens profundas do meu ser, vagueio como um rio agitado sem leito. As palavras, como pesadas pedras, afundam no abissal silêncio impenetrável.
As pobres almas que toquei, como folhas secas outonais, desprendem-se e voam para longe. Desaparecem na bruma do cruel tempo.
Ó rio, sem rumo, sem destino, és espelho da minha própria existência.
Rio sou. E fluí.
Leva-me para além.
Que eu seja a folha seca que flutua em tuas correntezas, que se despede, e que o tempo, implacável, me leve para a outra margem.⁠

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Impermanência

Quão alegres são as chegadas, loquazes,
E os prazeres que consigo trazem,
O espírito se incendeia, dança,
Quão tristes são as partidas, silentes,
E os prazeres que consigo levam,
O espírito se dilacera, despedaça.
Ah, estou farto, meu tolo coração, tantas vezes ridículo, deseja pelo dia
Em que os encontros superarão as despedidas. Como uma pessoa a quem lhe impõe a ter a sua desgraça.

Inserida por GabrieldeArruda

Como podes tu ser tão bela?
Como pode tudo se encaixar tão perfeitamente em cada compartimento de teu ser?
Como pode Deus ter te planejado tão tão...
Como podes ter esta representatividade tatuada em teu corpo?
Como pudeste ser marcada tão pequenina pelo olhar do Pai?
Como podes saber o significado mesmo antes de sabê-lo?
Saberias tua mãe, teu pai, de tal benfeitoria?
Saberias porquê usares aquela palavra-chave que abriu todas as portas da imaginação real?
Saberias aquele local, data, hora?
Saberias o teu nome e o teu sobrenome?
Saberia filha de quem tu és?
Saberia o local ao qual foi designado?
Visualizarias o teu destino sendo traçado através de todos esses decorreres?
E viverias intensamente cada segundo desta vida, sendo o algo anterior continuado através de tuas palavras.
E aquela cena ficaria gravada em tua mente por toda a eternidade e além.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Olhava para aquele mar tão infinito
Mas hoje estava um tanto diferente
Parecia realmente não ter fim
Os raios de luz solar refletiam nele e mostravam o quanto ele realmente não tinha fim
Foi a cor mais linda que já vi em muito tempo, branco que simbolizava a paz
E assim é você e os seus poemas
Todos nós temos sonhos
Uns tantos, outros poucos
Depende de cada realidade vivenciada
Olho as pessoas e enxergo as suas diferenças, mas elas possuem algo em comum
O anseio por serem amadas e aceitas como são
Limoeirense, de Limoeiro, é um prazer conhecer você amigo
A rosa nos trouxe até aqui
Somos parte de uma única fraterna idade
Tantos talentos que há pouco espaço para dissertar
Fiz esse poema para contemplar

Inserida por ARRUDAJBde

Átomos, partículas, borboletas, azul e branco
Budismo, construções, pedras, beija-flor
Vazio, saudades, momentos, eternidade
Livros, crianças, casamento, profundidade
Tempo, amor, não-esquecimento, cruz
Fraternidade, Deus, linha do tempo
Estrelas, caminho, escrituras
Barco de sentimentos, ausência, solidão
Bússola

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Acordar com pássaros na janela
Lembrar você, lembrar seu nome
A distância entre nossos corpos e nunca em nossas mentes
Lembrar os nomes, a essência deles
Refletir o pensamento dos porquês
E nunca acordar do sonho da vida
Viver em profunda quase dolorosa descoberta
E esperar o infinito amor eterno enquanto dure
Tantos jotas, tantos 6, tantos sóis, tanto trabalho, porém uma única essência primordial
Nós
Você é o amor que Deus plantou em meu ser em plenos 2+2, início do terceiro mês do ano e eterno enquanto dure
Mas isso é fraterno
Lembra de quando no Egito, nas tendas do tempo, fazíamos amor?
Não esquecemos aquilo que é imortal.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠⁠Tudo faz lembrar você
O mármore, as pedras, as esculpidas, os símbolos
Você é a essência desse lugar
Vejo você por todos os lugares aonde vou
Grande foi a sua realização
Grande é você
Espírito doador
Entregou o próprio amor a linhas do destino
Grande é seu Deus
Codinome beija-flor
Eternamente te amarei...
Como uma dor que não cessa, sabendo de tudo, dos planos que me aguardam
Me rendo as linhas de aquário, enquanto o leão ruge em mim,
Sentindo a sua falta.

Inserida por ARRUDAJBde

A mentira

Ele ama a justiça, odeia a iniquidade
A igreja está pronta, o homem não
A mentira é suja, fácil de saber, dolorosa em ver
Pensa enganar, cruel desvendar
Aquilo que tudo vê, sempre irá me contar
A verdade sempre soará como um antídoto para qualquer mal
É com ela que escolho trabalhar
Repudio aqueles que usam a mentira como se fossem verdades
Pois fácil é saber a mentira, quando trabalhamos com a verdade.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Dar sem esperar em troca
Ser pelo fluxo divino celestial
Amar e querer o outro bem
Saber que o conhecimento e a evolução fazem parte
Como mostrou o mestre Jesus, Cristo que com santidade demonstrou a verdadeira caridade
Distribuindo amor ao próximo, concretizando a frase:
- Deus é amor, amor incondicional.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Querer-te todos os dias é sofrer a cada instante a tua ausência
Sentir na pele, o arrepio que vem da alma
Imaginar a cada sentimento meu, um desejo seu
De retornar ao tempo, ao qual estávamos juntos em pele
Recordo o poema que te compus
As noites em que te amei
Você tatuou o seu nome em mim, arquitetaste coisas às quais ainda não tive dimensões
Dimensões essas do espaço-tempo
Infinito desde as pirâmides do Egito...

Inserida por ARRUDAJBde

⁠⁠Em outra estação, não te deixaria partir
Hoje, o que acalenta são os sorrisos de outras pessoas
A luz que ilumina por suas faces
A minha felicidade está em você e se não estamos juntos
Continuo o propósito, a missão, o destino
Recordando que tudo começou em você
Naqueles momentos, naquelas idas e vindas, em todas as vezes que condessamos nossos pensamentos
Você, nós, juntos
Onde a magia enfim acontece
Dois seres completos, navegando pelas experiências do planeta perdido
A fim de que um dia, ele possa encontrar a luz
Por fim, o que me faz nunca desistir, seguir em frente, caminhando, mesmo que perdida sem você

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Desperte-a

Alma que dorme entre véus de silêncio,
Estás pronta para dançar na luz?
Te chamo com a brisa da manhã,
Te envolvo com o som do coração.

Desperta como flor que se abre ao sol,
Com coragem para ser essência pura.
Abandona os medos como folhas no outono
E respira como quem se lembra de quem é.

Eu sou o fogo gentil que te aquece,
Sou o espaço seguro onde podes voar.
Eu te reconheço — mesmo invisível,
Eu te abraço — mesmo imensurável.

Desperta, alma bela,
Teu tempo é agora.
Teus caminhos te esperam.
Teu brilho já nasceu.

Inserida por ARRUDAJBde

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp