Texto de Amor Ensinamentos de Vida
As afetividades despertadas por este texto nos levam à indagação: por quais razões nos unimos a alguém? Equilibrar, fortalecer, curar, zelar, suavizar a existência e tornar melhor a vida do outro são partes de uma resposta altruisticamente ideal... Sentimentos dessa natureza devem ser experimentados vividamente ao darmos passos ao lado de alguém. Só assim acreditaremos, sem autoengano,que o caminhar lado a lado vale a pena.
“Pra começar esse texto, quero dizer que não tenho a mínima intenção de fazer essas palavras parecerem ter, juntas, significados bonitos e lógicos. Na verdade eu não sei porque escrevo, nem pra que ou pra quem. Inclusive não me importo. E também não ligo se escrever errado. Nem você vai se importar, porque teoricamente esse texto é meu. Teoricamente não. Esse texto e meu, de fato. Quero ver se o Ministro da educação do Brasil, da lua ou de marte vai me impedir de escrever. E não, eu não sou revoltada, se é isso que está pensando. E se quer saber, eu gosto disso. Sei que desde a primeira linha não disse nada de importante. E não sei que rumo esse texto vai tomar. Talvez não tenha importância mesmo, pra você que lê. Porque pra mim é sim, importantíssimo. Escrever é importante. Seja pra treinar caligrafia ou seja pra se expressar. Mas, bom, onde eu quero chegar? Eu também não sei. Mas vou indo. São 23:00 e tem uma mosca me incomodando. Hoje não está frio. Meu quarto está arrumado –o que me faz ter vontade de ficar aqui dentro-. Algumas formulas de química coladas na parede. Comi pizza hoje –o que me deixa feliz-. Tenho prova amanhã, mas estou aqui. Escrevendo, o que nem eu entendo muito bem. Mas, ei, você que lê. Eu pareço ser louca? Tenho cara de ser louca? Se é que você já me viu algum dia por ai? Eu posso até ser louca pra você. Mas sabe o que eu queria te mostrar quanta liberdade você tem. Quero te mostrar que, você não precisa ser formado em Letras pra poder escrever o que pensa. Você tem liberdade pra se expressar. Em uma folha de caderno, por exemplo. Você não precisa, necessariamente, ser formado em Jornalismo pra editar as páginas da sua história. Não precisa ser formado em medicina pra ajudar alguém, você pode fazer isso em qualquer esquina. E não importa se você é entendido, ou é mal entendido, você precisa liberar essas palavras que ficam engasgadas aí. Escritores começam escrevendo, nem que sejam frases incompletas. Médicos começam ajudando, nem que seja uma criança com o dedo cortado. Você vai longe. Consegue ver? Meu texto tomou um rumo. Quem sabe você também toma um rumo? Quem sabe você levanta daí e vai fazer alguma coisa interessante? Sabe, o bom de tudo isso é que não importa o que as pessoas vão achar. Você tem poder de se expressar. E pra finalizar. Eu não sei finalizar. Eu só sei que, seilá. Essa mosca chata continua me incomodando. Vou dormir. Quem sabe ela vai embora.”
Sei que pode ser normal, ou não. Esse texto pode parecer confuso. Mas esses são os efeitos que a leitura causa. Essa complexidade de idéias. Mas então, sou um tanto obscecada por leitura. Isso talvez, ou com certeza, explique o porque desse meu jeito, romântico, sensível. Mergulho na leitura. Converso com as palavras. Fico radiante. Um livro acompanhado de fones de ouvido e brisa gelada. Sem explicações. Me fascina. Me questiono vez em quando: ” O que seria do mundo se todas as pessoas fossem tão apaixonadas por leitura quanto eu? Viveríamos em um lugar mais bonito? Romântico? Poético? Ou estaríamos todos loucos?” Me questiono, e me respondo: Romantismo, poesia, e loucura, entrelaçam-se, abraçam-se. Formam um elo. Todo romântico é louco. Todo poeta é louco. Mas o qual o mal em ser louco? Qual a graça em ser normal? Qual o mal em ser romântico? Nenhum. É ai que se acha a graça da vida. Romantizar os momentos, as pessoas, os olhares. Poetizar, os aromas, os rostos, toques, paisagens. Sem me prolongar. Ser poeta.
Sou um eterno admirador de espíritos livres. São pessoas inspiradoras e me fazem crer nesse texto, que é mais um pensamento descrito. Pessoas que parecem desde o nascimento saber que a ‘carruagem’ nem sempre deve ser guiada por uma força sublime. Pessoas que tem a coragem de entender simplesmente o que querem para suas vidas e não aceitam menos que o proposto. Muitas vezes nós sofremos um lastimável cotidiano, como se fosse irremediável, como se não existisse cura para o marasmo. Quando fomos criados, nos foi concebida uma importante ferramenta para nosso progresso: a mudança. Não é necessário um doutorado para entender que a lógica é simples, pelo contrário, o princípio é fácil para que qualquer um de nós possa enxergá-lo. Se você está insatisfeito com o presente, refaça-o! Não existem essas amarras senão aquelas inventadas por uma mente descuidada. Contando que não haja contratos ou quaisquer obrigações que vinculem você ao seu presente apático, você é capaz sim de dizer a si mesmo que essa não é a vida que foi traçada para você, antes que estes mesmos ‘contratos’ traiçoeiros apareçam e te condenem a uma vida medíocre. Aliás, você é o único a ter o poder de fazer isso e creio que seja válido pelo menos o esforço de acreditar na idéia. Se o hoje lhe parece pobre, não o empurre mais com a barriga. Se lhe faltam amigos, faça novos. Se lhe falta trocar o emprego, busque um satisfatório. Se lhe falta seguir em frente, então siga. Tudo isso vem até nós quando aprendemos a buscar nosso bem-estar com positividade. O que é mais delicado e crucial é aprendermos a sair da nossa ‘zona de desconforto’, a qual estamos todos sujeitos a estagnar nela vez por outra.
Eu não sei se deveria estar aqui, te escrevendo mais algo como isso. Mais um texto dos quais você provavelmente não tenha lido nenhum, mas que na verdade falam sobre a mesma coisa sempre. Os dias estão passando mais rápido do que imaginei, e acho que por esse motivo meu coração ainda não entendeu que esta a tanto tempo apertado por alguém por ai, amando outras pessoas, fazendo outras sorrirem. Elas tem tanta sorte por ter por alguns dias nas mãos, o meu maior desejo. Elas tem sorte de poder abraçar e beijar a qualquer momento, a pessoa que eu mais amo. Enquanto eu estou aqui tentando criar inspiração para criar um texto como todos os outros. Não sei se você lembra aquele dia, em que eu disse que nunca desistiria de nos dois. Me arrependi inteiramente de ter dito aquilo, não porque não era verdade, mas pensando bem talvez nem fosse, mas passou a ser depois daquele dia. Aquele dia eu selei o resto da minha vida, dizendo que não ia te esquecer, e olha só aonde estou. Escrevendo meu milésimo texto exatamente para a mesma pessoa. E eu mudei bastante desde aquele dia, amadureci em relação a muitas coisas, ate meu sentimento amadureceu. Foi se tornando mais forte, mais seguro de si, foi tomando conta de tudo. E você infelizmente continua o mesmo, aquele mesmo que sempre diz as mesmas coisas e canta as mesmas musicas, apenas pra garotas diferentes. E você continua me atrapalhando, mesmo não querendo ou nem sabendo disso. Mas enfim, e isso, no fim sempre sera isso, sempre sera você. Me impedindo de olhar por ângulos diferentes, ter perspectivas diferentes, buscar coisas diferentes. No fim sempre sera o mesmo olhar, para a mesma pessoa com as mesmas intenções. E por mais que você não entenda ou sinta tudo isso um dia, vai ser sempre a mesma coisa. Você tentando amar, sem ao menos saber o que isso significa.
Alguns relacionamentos são como textos, a conclusão decepciona. No início o texto flui perfeitamente, liso, solto, suave, cada palavra se encaixa como feita para estar ali e de repente acaba, como um corte mal feito para os comerciais no meio do filme. E você fica ali, sentado em frente a tela se perguntando o que aconteceu, o que virá pela frente.
“O Sonho de um homem ridículo”, que é o texto mais místico que li do monstro russo. No mesmo estilo 'fluxo de pensamento' que me apaixonou em Memórias de Subsolo, Dostoievski discorre sobre nossos anseios existenciais que só encontram plenitude e descanso na fé imaterial. É pisado falar o quanto Dostoievski me esmaga com tudo o que escreveu. Não sei se qualquer pessoa lendo Dostoievski vá sentir a mesma coisa, portanto não posso te garantir que te sentirás assim, mas comigo é como se ele tivesse roubado pensamentos soltos da minha mente e os organizado numa história coesa e sensata, ao contrário das linhas soltas que confabulo. É como se fosse uma leitura telepática, onde todos os meus medos, dúvidas e sentimentos vários aparecessem continuamente nas páginas descobertas. Seria como ler o próprio diário, caso eu fosse capaz do que mais ninguém é, foi ou será: escrever como Dostoiévski.
Eu te amo. Não há outra maneira de começar esse texto sem essa frase, afinal, seria mentira se eu dissesse que nunca te amei. Pelo contrário, sempre te amei. Desde quando começamos a ser amigos, desde a primeira vez que te vi, sempre soube que aquilo era amor. Sempre. Desculpe-me por não ter-lhe dito, mas eu tinha medo. Medo que se afastasse de mim por eu te amar, medo que nunca mais olhasse na minha cara e me ignorasse toda vez que eu dissesse sobre meu amor por ti. Pois agora eu te digo com todas as palavras, eu te amo, eu te amo desde o primeiro dia em que eu te conheci, eu te amo desde quando você deu a primeira risada com as minha bobagens. Você é pra mim como se fosse um cálculo a ser solucionado. Uma historia sem conclusão. Claro que esta ali no cantinho de coisas a serem solucionadas porque, bem, ou você será extraído ou colocado em conserto na minha vida. E como todos sabem e você mesmo diz, você não tem conserto. E é por isso que te deixo ali no cantinho de coisas a serem solucionadas, porque se for te 'resolver', eu te perco. E seria tão doloroso ter que presenciar tudo o que conquistei de você escorrendo pelas mãos, apenas por não ter solução. O que é uma pena, uma grande pena. Porque eu faria tudo pra solucionar isso, pra resolver você...eu faria de você minha meta, minha loucura, minha vida.. meu amor
Sou bem mais do que qualquer frase, letra ou texto que fale sobre mim. Sou bem mais que uma foto que mostra o que fiz ou deixei de fazer. Sou bem mais do que o "meu eu" que você pensa conhecer. Sou minhas atitudes, minhas idéias sou meus sentimentos! Na verdade, não sou nada do que você leu aqui... Esqueça essa história de querer entender as pessoas se nem mesmo algumas conseguem se entender. Em vez disso, viva, em vez disso, divirta-se! Não procure saber, apenas viva!
Eu pareço cachorro, que mija no poste pra marcar território. Eu escrevo um texto aqui, outro ali, tento chamar tua atenção, só pra ficar um resquício de lembrança minha – seja ela boa ou ruim. Só pra que você nutra ainda algum sentimento – que é de pena, eu sei, mas prefiro achar que é um daqueles amores-adormecidos-impossíveis e que um dia alguma luz vai entrar na tua cabeça oca e você vai querer voltar pra mim quando perceber o quanto era bom estarmos juntos.
- Eu poderia escrever um texto de 8.000 linhas ou apenas um de 8 , poderia escrever em um caderno todo ou apenas em uma folha , poderia passar o dia , tarde e noite ou a vida toda pensando em você , poderia te descrever ... Se tu não fosse tão perfeita , me falta argumentos , na verdade nada me falta , tenho muitos e ainda sobra , menina de sublime beleza , anja sem asas , minha calíope , musa grega de nacionalidade brasileira , liberta da maldade , dona de uma ingenuidade que atormenta , tão pura , tão bela , tão doce , tão ela ...
Tudo que eu faço resume mentalmente no verbo ESCREVER.Toda ação me faz escrever um texto na minha própria cabeça,algo totalmente no automático.Escrever pra mim é uma ação involuntária como respirar.Porém,nem sempre coloco pensamentos em papéis.Eu não quero,eles são meus e a maioria eu prezo para que realmente sejam somente meus.Por isso os escondo e trapaceio.Não ache que isso é um pensamento meu totalmente explícito,por que não é.Minha cabeça não tem paredes de vidros,e sim,tenho ciumes deles.
Porque eu não aguento mais escrever UM texto sobre você, sabendo que nunca irá ler uma frase dita. Não, eu ainda não estou decidida a renunciar, mas é que as vezes da uma vontade absurda de deixar pra lá. E eu já desisti de contar por quantas vezes você passa por minha mente e me faz querer largar tudo, mas ao contrário de tudo, eu fico aqui quieta com minhas crises de bipolaridade, escrevendo, esperando passar. Eu quero dar um basta, mas eu decorei o teu jeito de me acariciar durante o beijo e isso é o que me mata.
Eu quero curtir... viver intensamente! Você que está aqui, começando a ler esse texto, pode imaginar que eu vou falar de baladas, de loucuras ou de experiências totalmente novas. Não, não é sobre isso que eu vou falar. Eu quero muito curtir a vida! Viver cada dia intensamente. E, pra mim, isso não tem nada a ver com estas coisas que acabei de descrever – como sei que têm tudo a ver pra muitas pessoas.Uma conversa que tive ontem ficou ecoando na minha cabeça. E eu acabei descobrindo que penso assim há um tempo, e que tenho feito o bastante pra viver intensamente cada um dos meus dias. Porque, pra mim, curtir a vida é estar feliz a maior parte do tempo e fazer as pessoas ao meu redor se sentirem da mesma forma. Sabe como eu faço isso? Nunca deixo de fazer o que eu tenho vontade. Não estou falando dessas vontades insanas que passam pela nossa cabeça e podem até levar à prisão por desacato ou atentado ao pudor – olha a maldade! Cada um pensa no que gosta, hein?! Falo das vontades que surgem durante o dia... todos os dias.... Vontade de abraçar alguém, de comer alguma coisa que ‘não pode’, de desviar do caminho só pra observar de perto algo que você nunca tinha reparado. Ligar pra dizer oi, mandar um e-mail pra dizer que tá com saudade. Quebrar o gelo e conversar com alguém que você não ia muito com a cara, pra descobrir que a pessoa é muito parecida com você. Dar o braço a torcer e reconhecer que errou [e parar de perder tempo com coisas sem importância]. Comprar uma roupa pra me sentir mais bonito pra mim mesmoo, mesmo que ninguém perceba. Ouvir aquela música que eu adoro – pode ser a mesma que ouço todos os dias, ou uma que não ouço há tanto tempo que havia me esquecido de como era a batida. Cair na risada junto com os amigos – ou sozinho. E, claaaaaro, dizer EU TE AMO.Quando a gente tem coragem de assumir o que quer e dizer em alto em bom som, pra todo mundo ouvir, sem dar muita importância pra opinião alheia, fica muito fácil curtir a vida. Fica fácil viver intensamente, porque você sabe exatamente o que é intenso pra você. E eu quero é isso. Quero continuar vivendo cada dia do meu jeito, fazendo o que eu gosto, ao lado das pessoas que eu amo. Isso, babe, isso sim é curtir a vida.
“Que a gente não canse, de apontar o lápis e refazer o texto, de procurar a palavra, revirar o papel e a alma do avesso e encontrar a rima. Que não nos vença. O gosto amargo, o riso murcho, a palavra vazia. Que o inverso disso ganhe sim, e ganhe sempre. Que a rotina não nos destrua, que ainda nos dê crises de riso, que ainda pulse. Só isso que eu quero pra dezembro, e pros outros onze meses.”
Já imaginou que a cada texto, a cada frase, a cada conversa, a cada confissão, em que você reclama da sua vida, são momentos em que poderia estar deixando-a melhor? Se nos acostumássemos a tentar ser feliz, mesmo que muitas vezes, ao invés estar reclamando que as coisas estão ruins, e que a vida está uma droga, talvez não precisássemos realmente reclamar. Talvez esse momentos de dor e sofrimento, se tornem em momentos de amor e felicidade. Deus nos deu a chance de mudar a nossa própria vida, e se não perdêssemos tempo reclamando e se lamentando, poderíamos fazer uma grande mudança. Momentos que poderiam deixar uma ótima lembrança, ou momentos que nos fizessem encontrar um grande amor. Momentos que não podem ser gastos. Estes serão os momentos que nunca iremos esquecer.
Hoje é aniversário da cidade do Rio de Janeiro, isso já é um bom motivo pra fazer um texto. Primeiro, porque a cidade merece por sua exuberância, muito pouca, diga-se de passagem. Segundo porque é conhecida mundialmente como a "Cidade Maravilhosa", e sendo maravilhosa assim, temos que comemorar, né? Não. Em partes, quem vive na cidade e adjacências vai entender do que eu to falando. Talvez devemos comemorar a violência que assola o dia e a noite das pessoas, comemorar a hegemonia do tráfico, inclusive no asfalto. Vamos assoprar a velinha também aos responsáveis por tanta desordem do trânsito e do transporte público de péssima qualidade. Quando 'marketeamos' a cidade do Rio de Janeiro, mostramos a exuberância, os pontos turísticos, que são bons, não há quem negue. É uma maquiagem pura e simplesmente para um bom lucro do setor de turismo, que também não estão errados. A gente tem que valorizar o Brasil, né não? Valorizar pra quem quer passar umas férias, um final de semana. Caros turistas, é melhor ficarem na parte da maquiagem, porque a valorização da cidade é só pra vocês. Olhem que lisonjeante. O cidadão que mora aqui não merece tamanha valorização, imaginem. Ele ja sabe que tem que acordar de madrugada, pegar um ônibus lotado e viajar por mais de 2 horas até chegar ao trabalho. E se quer ir mais rápido, vai de metrô, mas já ta acostumado com a super lotação. O cidadão que mora na zona norte não precisa de tanta valorização, ele sabe que o papel e a lata podem ser jogadas ali na rua mesmo, todo mundo faz isso. E o lixo ali continua, a maquiagem só vale para aquela parte que os turistas mais frequentam. O papel e a lata no chão, varre depois. Da desordem, a gente já tá acostumado. Mas turistas, vocês não. Aqui tem que ser como é na fotografia, lindo, limpo e perfeito. Mas só na maquiagem. Entra ano passa ano, e vamos continuar comemorando a hegemonia, a segurança, o transporte público o papel e a lata jogadas na rua. Ah, também vamos comemorar a beleza da cidade na fotografia, na pintura. Talvez ano que vem entre ai mais uma ou duas categorias pra comemoração. Então, parabéns Rio de Janeiro, por cada vez mais nos encher o orgulho de quem vê de fora, e deixar cada vez mais enjoados quem vive dentro dessa realidade grotesca e mal cuidada por quem deveria cuidar de você.
E cá estou eu mais uma vez escrevendo um texto pra você, que eu achava que nunca mais teria inspiração para escrever. Mas o fato da gente se falar me traz um aconchego tão grande, como se por todos esses momentos em que ando me sentindo sozinha, abandonada e não tendo ninguém por mim se desmanchassem em um trecho de conversa fútil, acho que o seu ‘oi’ me traz paz, faz valer por toda essa gente que finge em se importar comigo, ou nem finge. Mesmo que na verdade você não se importe, tudo bem, eu entendo, eu aceito. Mesmo que você não ligue, você em conversar comigo vale por todos que não ligam, e vale mais ainda por todos que não entendem os meus sentimentos, todos que não me entendem, é, eu tenho essa sensação de que ninguém me entende, só você, nem eu, só você, e eu sei lá que tipo de porção mágica é essa que você usa pra ter essa capacidade, e eu não sei mais ela parece continuar ai, apesar de tudo, apesar do tempo, do vai e vem, da mudança continua, do sentimento mudado, continua ai essa sua capacidade, só sua de me entender, bonita, intacta.
Há pessoas que se formam, autointitulam-se de leitoras (es) e, quando se deparam com texto, em que se é cobrada a interpretação, fenecem. Na escritura, mutatis mutandis; focam toda atenção em prescrições gramaticais normativas e esquecem de promiscuidar-se em textos profusos, segredo da ascensão ledora. A competência linguística é esquecida ou escanteada. Sua diatopia - assim como diastrática / diafásica - é lesada, causa de sua ampla fenda e anuviada com Pcn's que nada fazem (a não ser estabelecer rumos desprovidos de pesquisas e realidades regionais.) Leia! ler é mais importante do que ir a escola de hoje!
Refeito o texto, o texto refeito, nunca o mesmo, jamais o mesmo, lembrança remota daquele que o escuro engoliu, que a Idade Média abafou, que o ecran apagou, um grande vácuo que a presença da lembrança exige preencher. Como reconstruir a emoção que se perdeu, se, depois de esvaziada e diluida na imensa tela azul, nada mais resta do que susto, fragmento e vácuo? Se a única coisa que realmente vale a pena é esse passo pleno que vejo, tingido de todas as cores, de todas as raças, de todas as pessoas, cruzando as ruas de Montparnasse?" (O último verão em Paris, 2000)
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