Texto de Amor Ensinamentos de Vida
O mundo de hoje é travesti
VOU FALAR UM pouco de mulher, eu que mal as entendo na vida. Não falarei das coxas e seios e bumbuns... Falo de uma aura que as percorre. Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel. Um sorriso de descrédito lhes baila na boca quando lhes fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque elas querem ser amadas, muito mais que desejadas. Elas estão sempre fora da vida social, mesmo quando estão dentro. Podem ser as maiores executivas, mas seu corpo lateja sob o tailleur e lá dentro os órgãos estranham a estatística e o negócio. Elas querem ser vestidas pelo amor. O amor para elas é um lugar onde se sentem protegidas.
O termômetro das mulheres é: “Estou sendo amada ou não? Esse bocejo, seu rosto entediado... será que ele me ama ainda? A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, para de nos amar. A mulher precisa do homem impalpável, impossível.
As mulheres têm uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão amorosa:
quer que o homem a entenda, mas isso está fora de nosso alcance. A mulher pensa por metáforas. O homem, por metonímias. Entenderam? Claro que não. Digo melhor, a mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico misterioso, como a arte. O homem quer princípio, meio e fim. Não estou falando da mulher sociológica, nem contemporânea, nem política. Falo de um sétimo órgão que todas têm, de um “ponto G “ da alma.
Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. É terrível quando a mulher cessa de te amar. Você vira um corpo sem órgãos, você vira também uma mulher abandonada.
Toda mulher é “Bovary”... e para serem amadas, instilam medo no coração do homem... Carinhosas, mas com perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos... ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o como conhece o verdadeiro amor. Mas, curioso, a mulher nunca é coma, mesmo abandonada, humilhada, não é coma. O homem corneado, carente, é feio de ver. A mulher enganada tem ares de heroína, quase uma santidade. É uma fúria de Deus, é uma vingadora, é até suicida. Mas nunca coma. O homem como é um palhaço. Ninguém tem pena do como. O ridículo do corno é que ele achava que a possuía. A mulher sabe que não tem nada, ela sabe que é um processo de manutenção permanente. O homem só vira homem quando é corneado. A mulher não vira nada nunca. Nem nunca é corneada... pois está sempre se sentindo assim... Como no homossexualismo: a lésbica não é viado.
A mulher é poesia. O homem é prosa. Isso não quer dizer que mulher seja do bem e o homem, do mal. Não. Muita vez, seus abismos são venenosos, seu mistério nos mata.
A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo “me come todinha”. Falam isso no motel, para nos animar. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. O masculino é certo; o feminino é insolúvel. O homem é espiritual e a mulher é corporal. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude e essa luta contra o vazio justifica sua missão de entrega. Mesmo que essa “plenitude” seja um living bem decorado ou o perfeito funcionamento do lar. O amor exige coragem. E o homem... é mais covarde. O homem, quando conquista, acha que não tem mais de se esforçar e aí, dança...
A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. Ela vive mais desamparada e, no entanto, mais segura. A vida e a morte saem de seu ventre. Ela faz parte do grande mistério que nós vemos de fora.
Hoje em dia, as mulheres foram expulsas de seus ninhos de procriação e jogadas na obrigação do sexo ativo e masculino. A supergostosa é homem. É um travesti ao contrário. Alguns dizem que os homens erigiram suas instituições apenas para contrariar os poderes originais bem superiores da mulher.
As mulheres sofrem mais com o mal do mundo. Carregam o fardo da dor social, por serem mais sensíveis e mais fracas. Os homens, por serem fálicos, escamoteiam a depressão e a consciência da morte com obsessões bélicas, financeiras. O mundo está tão indeterminado que está ficando feminino, como uma mulher perdida: nunca está onde pensa estar. O mundo determinista se fracionou globalmente, como a mulher. Mas não é o mundo delicado,
romântico e fértil da mulher; é um mundo feminino comandado por homens boçais. Talvez seja melhor dizer um mundo-travesti. O mundo hoje é travesti.
Semana passada ouvi de um grande amigo uma grande verdade: “Chega uma hora na vida que você tem que abrir mão do selvagem dentro de você para manter amigos, empregos e constituir família. Ou você pode escolher ser um louco e viver sozinho.”
No meu último emprego, quando pedi demissão, ouvi do meu chefe, também um grande homem em raras ocasiões: “Toda essa sua mania de ser louquinha e falar o que pensa, só vai te garantir um emprego fixo: banda de rock.”
Acho que todos têm razão. E venho tentando, com orações dadas pela minha mãe desesperada com meu jeitinho nada meigo, yoga, terapia, sexo, pilates, mantras e muita conversa com amigos em geral, ser uma pessoa mais equilibrada.
Uma amiga me disse: “Quem briga por tudo e quer medir poder com todo mundo, na verdade está tentando provar que não é um bosta, tá brigando consigo mesmo”.
Pura verdade, quando minha auto-estima está em suas piores fases, é aí que a coisa pega: fico com mania de perseguição, acho que tá todo mundo querendo foder comigo, que existe um complô universal contra a minha frágil pessoa. Meu ataque nada mais é do que a defesa amedrontada de uma menina boba.
Mas a verdade é que eu odeio o equilíbrio. Porra, se eu tô puta, eu tô puta! Se eu tô com ciúme, não vou sorrir amarelo e mostrar controle porque preciso parecer forte e bem resolvida. Se o filho da puta que senta do meu lado é um filho da puta, eu não vou fazer política da boa vizinhança, eu vou mais é berrar e libertar essa verdade de dentro do meu fígado: você é um grandessíssimo filho de uma puta! Se a vaca da catraca do teatro me tratou mal, eu vou mais é falar mesmo que ela é uma horrorosa que não vê pica há anos, ou melhor, que a última pica que viu foi do padrasto que a estuprou!
O sangue ferve aqui dentro, e eu não tô a fim de transformá-lo num falso líquido rosa que um dia vai me dar um câncer. Eu não tô a fim de contar até 100, eu quero espancar a porta do elevador se ele demorar mais dois segundos, quero morder o puto do meu namorado que apenas sorri seguro enquanto eu me desfaço em desesperos porque amar dói pra caralho, quero colocar TODAS as pessoas do meu trabalho que falam “Fala, floRRRR!” ou “Precisamos disso ASAP” numa câmera de gás peristáltico.
Eu sou antipática mesmo, o mundo tá cheio de gente brega e limitada e é um direito meu não querer olhar na cara delas, não tô fazendo mal a ninguém, só tô fazendo bem a mim. Minha terapeuta fala que eu preciso descobrir as outras Tatis: a Tati amiga, a Tati simpática, a Tati meiga, a Tati que respira, a Tati que pensa, a Tati que não caga em tudo porque deixou a imbecil da Tati de cinco anos tomar as rédeas da situação.
Ela tem razão, mas é tão difícil ver todos vocês acordando de manhã sem nada na alma, é tão difícil ver todos os casais que só sobrevivem na cola de outros casais que só sobrevivem na cola de outros casais, é praticamente impossível aceitar que as contas do final do mês valham a minha bunda sentada mais de 8 horas por dia pensando o quanto eu odeio essa gente que se acha “super” mas não passa de vendedor de sabonete ambulante.
É tão difícil ser mocinha maquiada em vestido novo e sapato bico fino quando tudo o que eu queria era rasgar todos os enfeites e cagar de quatro no meio da pista enquanto as tias chifrudas bebem para esquecer as dúvidas ao som de “Love is in the air”.
Parem de sorrir automaticamente para tudo, humanos filhos da puta, admitam que vocês não fazem a menor idéia do que fazem aqui. Admitam a dor de estar feio, e admitam que estar bonito não adianta porra nenhuma.
Eu já me senti um lixo de pijama com remela nos olhos, mas nunca foi um lixo maior do que me senti gastando meu dinheiro numa bosta de salão de beleza enquanto crianças são jogadas em latas de lixo porque a total miséria transforma qualquer filho de Deus em algo abaixo do animal.
Mas eu não faço nada, eu continuo querendo usar uma merda de roupinha da moda numa merda de festinha da moda no meio de um monte de merdas que se parecem comigo. Eu quero feder tanto quanto eles para ser bem aceita porque, quando você faz parte de um grupo, a dor se equilibra porque se nivela.
E eu continua perdida, sozinha, achando tudo falso e banal. Acordando com ressaca de vida medíocre todos os dias da minha vida.
Grande merda de vida, você muda a estação do rádio para não reparar que a menina de dez anos parada ao lado do seu carro, já tem malícia, mas não tem sapatos. Você dá mais um gole no frisante para não reparar que a moça da mesa ao lado gostou do seu namorado, e ele, como qualquer imperfeito ser humano normal, gostou dela ter gostado.
Você disfarça, a vida toda você disfarça. Para não parecer fraco, para não parecer louco, para não aparecer demais e poder ser alvo de crítica, para ter com quem comer pizza no domingo, para ter com quem trepar na sexta à noite, para ter quem te pague a roupa nova e te faça sentir um bosta e para quem te pede socorro, você disfarça cegueira.
Você passa a vida cego para poder viver. Porque enxergar tudo de verdade dói demais e enlouquece, e louco acaba sozinho. Vão querer te encarcerar numa sala escura e vazia, ninguém quer ter um conhecido maluco que lembra você o tempo todo da angústia da verdade e de ter nascido. Você passa a vida cego, mentindo, fingindo, teatralizando o personagem que sempre vence, que sempre controla, que sempre se resguarda e nunca abre a portinha da alma para o mundo. Só que a sua portinha um dia vira pó, e você morre sem nunca ter vivido, e você deixa de existir sem nunca ter sido notado. Você é mais uma cara produzida na foto de mais uma festa produzida, é um coadjuvante feliz dessa palhaçada de teatro que é a vida.
Você aceitou tudo, você trocou as incertezas da sua alma pelas incertezas da moça da novela, porque ver os problemas em outros seres irreais é muito mais fácil e leve, além do que, novela dá sono e você não morre de insônia antes de dormir (porque antes de dormir é a hora perfeita para sentir o soco no estômago).
Você aceita a vida, porque é o que a gente acaba fazendo para não se matar ou não matar todos os imbecis que escutam você reclamar horas sem fim das incertezas do mundo e respondem sem maiores profundidades: relaaaaaaaaaaaaaxa!
Eu não vou fumar, eu não vou cheirar, eu não vou beber, eu não vou engolir, eu não vou fugir de querer me encontrar, de saber que merda é essa que me entristece tanto, de achar um sentido para eu não ser parte desse rebanho podre que se auto-protege e não sabe nem ao certo do quê. Eu não vou relaxaaaaaaaaaaaaaaaaaar.
A única verdade que me cala um pouco e, vez ou outra, me transforma em alguém estupidamente normal é que virar um louco selvagem que fala o que pensa, sem amigos e sem namorados, só é legal se você tiver alguém pra contar o quanto você é foda no final do dia.
De todas as solidões da vida
Eu só não quero provar aquela que tu não está
Ao seu lado será sempre o lugar onde quero morar
Jamais suportaria a dor da sua despedida
Em meio a todo o que penso e sinto
Existe a mais profunda esperança
Que eu nunca tive nem mesmo quando criança
Desejo do fundo do meu coração viver contigo até o infinito
Em um mundo em que há tantas flores de Vanilla
Para a humanidade só restaria desfrutar de tal beleza
Afortunados aqueles que respiram em um mundo chamado Mozila
Impossível falar de amor e não falar de saudade
Te quero aqui comigo agora e para sempre
Contigo é fácil viver algumas tantas eternidades
Positividade acima da tristeza
Positividade. Uma das coisas mais importantes na vida de alguém!
Transmitir positividade, reciprocar amor e demonstrar carinho.
Ah, se toda pessoa fosse assim...
Na verdade, no interior de cada um existe um pouco de positividade.
Não conseguimos enxergar essa positividade dentro de nós, porque não queremos, se realmente quiséssemos enxergar, seríamos muito mais felizes.
Ajude as pessoas que não são felizes, ajude-as a encontrar a verdadeira felicidade.
Porque vendo alguém feliz, você se sentirá feliz. Troque energias, conheça mais pessoas, conheça o mundo! Eu concordo que o lado ruim da vida, é péssimo. Nem sempre estamos de bom humor.
Mas pense. As coisas ruins são passageiras, e quando se é feliz o tempo passa mais depressa.
Com a tristeza, reparamos em cada detalhe ruim, e não reparamos que ainda respiramos, e que estamos vivos.
Não há nada melhor, do que acordar e ver que ainda estamos vivos. Independente da sua crença, agradeça.
Às vezes somos ingratos por coisas tão desnecessárias, que nem percebemos.
Traçamos muitos caminhos divididos em ciclos e tempos diferentes no decorrer da vida.
Somos privilegiados ao conhecer almas que, junto a nós, fazem a vida florescer melhor.
Mas, a todos é destinado um reencontro. E feliz daquele que em outros olhos reconhece a sua própria essência brilhando em outro corpo.
A alma só sossega com a verdade.
Quando pensamentos de infelicidade amorosa se apodera da nossa mente e da nossa vida apenas precisamos respirar fundo.
Depois do fim de um relacionamento duradouro ou intenso, temos a infelicidade de pensar que a vida acabou ali.Que já não seremos felizes nem teremos direito a uma vida com mais sorrisos e menos lagrimas, com mais oportunidades de sermos felizes. No começo não passa de um vazio total, uma luta dentro do nosso cérebro, detentor de umas da partes mais valiosas da nossa vida .. as memorias, lutamos para que lembranças não venham ao de cima, que aquele sorriso não apareça daquela maneira, aquele olhar do costume ou ate mesmo que aquele cheirinho não nos faça ir as lonas antes mesmo de começar a luta. E um ciclo vicioso com prazo de validade se não for alimentado.Andamos tristes , procuramos chegar mais perto dos amigos e família até que o destino resolve nos presentear com o que pensávamos nunca mais poderia existir.. o amor. agora mais experiente mais calejado iremos fazer os possíveis para não cometer os erros do passado. Um novo sorriso um novo olhar um novo cheirinho irá pedir licença ou simplesmente entrará como uma força da natureza em busca do seu lugar. Novas esperanças e lembranças serão agora construídas se nos permitirmos a isso. Apenas precisamos respirar fundo e deixar entrar as novas oportunidades que um dia possamos ter pensado que já não existir para nós. Te amo
LEGADO
A vida só é inteligente e faz sentido para quem sabe ler nas entrelinhas. Se você não quiser que tenha sentido, nunca vai aparecer algum. Se você se prender no que não faz sentido, aquele "não sentido" vai sempre ser nenhum.
Precisamos ficar limpos e sóbrios, e isso não significa esquecer, mas sim, andar pela seta que aponta em uma nova direção, quando não podemos mais buscar as questões na outra pessoa. Somos cinzas que só podem ser repousadas e vivas quando entendemos que elas são nossas, e não dos outros. Que o nosso passado é carga, mas não precisa pesar em tempo integral. Tudo é ciclo, tudo é teia! Nunca estamos tão livres assim, nunca seremos um "nada", nunca seremos apenas cinzas! Também somos cargas de outras vidas, não é só na nossa que existem pesares e conexões inacabadas que nos perseguem, e só conseguimos dar atenção a isso se pararmos de procurar as respostas do passado no passado e iniciarmos a busca delas em novos caminhos. Pensamos tanto em nós e no que queremos do outro – que já foi –, que esquecemos que temos coisas para responder para outras pessoas também. Que tem gente que precisa seguir e não consegue, que precisa de nós e não nos têm, ainda que achemos que sim. Os prendemos com um cordão enlaçado nas nossas imagens e nos cegamos com os ecos do que já foi, sendo que as melhores sentenças e levezas vêm quando nos preocupamos mais com quem vamos ser para os outros do que com o que os outros foram para cada um de nós. Esse segundo tópico vira aprendizado. O primeiro, vira legado. O aprendizado serve para que façamos nossas marcas, serve para ser transformado em condutas. Do que adianta usarmos o passado se não escrevermos nada no futuro com as sobras dele? E como escrever algo não redundante sem ir para um novo capítulo? O que vamos ser depende do que fomos, mas o que vamos construir depende do que somos agora. É uma simples consequência que só ganha vida com o ato de ir, entendendo que tudo é fim o tempo inteiro para que possamos ser eterna casa em obra, para que possamos ser aprendiz e professor, já que até o que continua, não continua o mesmo. Tudo se resume não no que você vive, mas no que você dá para o mundo através do que vive. Não é a sua cicatriz que importa, é o que você foi capaz de promover depois dela.
*Legado é algo adquirido e transmitido. Adquirido após transmitido. É a herança que se deixa e o reconhecimento que através dela recebe. É algo deixado para um todo e não só para um. Para um todo através de um. De um através de um todo. De um todo através do que é feito com o todo. Legado é a história criada a partir de uma história, do caminhar dos atos consequentes de outros atos, de uma vida consequente de outras vidas, de uma teia que não finda ao findar. De um pé que deixa recursos para outros pés, porque não parou de andar e porque usou dos sapatos antigos e dos novos para pisar cada vez mais fundo.
Teatro
Umberto Sussela Filho
A vida é um teatro!!
Somos todos personagens com a obrigação de sermos nós mesmos e com o único compromisso de evoluir.
Enfrentaremos cenas tristes, alegres, muitas vezes seremos coadjuvantes outras protagonistas, mas sempre iremos atuar.
Deixar de atuar é como se omitir da peça principal, a existência terrena.
Seja verdadeiro, em cada atuação, transmita, sinta, emocione, cative seus espectadores.
Faça de seus companheiros de palco a sua segurança e deixe-os seguros quando estiverem ao seu lado.
Não se preocupe com o número de ingressos vendidos, atue do mesmo jeito para uma, para cem ou mil pessoas, sempre do mesmo jeito, sendo você mesmo.
Se preocupe sempre com a verdade, poderás até parecer ingênuo, mas a autenticidade incomoda muitos.
Leve apenas o que possa carregar dentro do seu coração e deixe para os outros o que você tem de melhor a oferecer, você.
Então pense no que você quer ser, para que fiquem coisas boas a seu respeito.
O resto é só cenário, se desmancha e se desfaz, a sua atuação não, essa é o que vai ficar de você.
"Nenhuma dor é para sempre.
Nenhuma lágrima é vã.
Eu tenho crido no milagre da minha vida e no tempo de Deus.
Sempre que o desespero tenta me cegar os olhos do coração, paro, respiro e olho calmamente minha passagem por aqui...
Sinto o quanto cresci e principalmente, ao que sobrevivi.
Então, em forma de oração, deixo escorrer o lacrimejar e aquieto o peito com a chama da esperança. Sempre certa de que não estou sozinha ou desamparada. O criador está atento e todas as provações fazem parte de um grande critério DEle para os meus passos futuros e para que minha comunhão com Ele seja a maior certeza de minha existência, sem medos, sem dores, sem sentimentos de fracassos, sem torturas e ciladas mentais.
Sigo com a verdade que o meu coração alcança:
"A minha primavera vai chegar"!"
Vida Barroca
(Victor Bhering Drummond)
Lá dentro da igreja deixei meus agradecimentos, mantras, conexão com o divino e orações.
Aqui fora, deixei meus pecados, meus desejos, o corpo, o suor, a pele.
Não sou apenas um ou outro. Sou o misto dos dois mundos. O santo e o profano. O claro e o escuro. A leveza e a dor.
E nestes contrastes me entrego à alegria e prazeres de ser quem eu sou.
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Gostaria de pensar que minha vida é algo além do que eu posso imaginar, como o cosmo hoje em dia - um universo infinito, cheio de surpresas- mas não, não sou capaz de imaginar algo tão complexo, e talvez essa seja a ilusão que me prende dos meus desejos, conceitos e até mesmo ao afeto por pessoas mais proximas. Como dever do ser humano, eu devia pelo menos tentar quebrar essa barreira, me livrando dessa prisão para que ele seja abranjida por todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza, mas sinto que não alcançarei completamente esse desafio, porem talvez se eu lutar pela sua realização me liberte.
Pode ser que um dia nos afastemos, e se esse dia chegar por favor me perdoe, a primeira coisa a fazer é permitir-se dizer adeus. Muitas vezes temos medo de finais, e assim não deixamos um adeus... Os adeus são temporários porque ninguém realmente sai, e se você se lembrar dessas duas coisas: que as pessoas estão sempre conosco porque estão dentro dos corações e em nossa memória, e a única coisa em que podemos depender é a mudança, talvez você me deixa ir.
Eu estou em guerra, e eu acho que a guerra é a coisa mais desprezível que existe. Prefiro deixar-me assassinar a participar dessa indignidade, amanho que não existe caminho para paz, talvez a paz seja o caminho, e por sinal, deve ser um um caminho cheio de espinhos e obstaculos.
A vida é menos chata no outro lado da rua
Todos os dias eu tento me convencer de que em qualquer circunstância que eu me encontrar, sempre terei que escolher entre o certo e o melhor. E a variação de escolhas certas e escolhas melhores é surpreendentemente inclinada à sensatez do erro. Acordo com vontade de dormir, e tenho que escolher entre ir trabalhar e dormir mais cinco minutos – levanto atrasado. Me apronto as pressas, e tenho que escolher entre tomar o café quente de uma vez ou deixar pra comer na rua – passo a manhã com fome. Ouvi no rádio que o tempo está se fechando, e tenho que escolher entre levar o guarda-chuva ou sair com menos peso – chego no trabalho ensopado. Saio do trabalho, e tenho que escolher entre pegar o ônibus ou ir caminhando – quase sou atropelado por um táxi.
Não importa a escolha feita, se é a certa ou a melhor, você sempre vai se perguntar “porque não escolhi a outra?”. E sabe o que é mais interessante nisso tudo? Nada. Você só termina o dia se perguntado como foi seu dia e tentando planejar um novo sentido pra tudo que está ao seu redor, sendo que o sentido é só não procura-lo ao redor.
E agora estou aqui. Onde tudo começa. No fim do dia com a sensação de um péssimo começo, comendo um cachorro quente e a calça suja de mostarda. No outro lado da rua.
Não tenho motivos para brigar com a vida...
Deus me ofereceu ótimos presentes, discernimento suficiente quando precisei e preciso, lutas que atravessei e atravesso de salto alto ou chinelos -tanto faz eu saio delas do mesmo jeito- que me fizeram ser o “ser” humano flamejante que sou.
Obtive recompensas que nunca imaginei receber, ganhei pessoas que jamais poderia esnobar e deixar para trás...
Jamais é forte, mas essa palavra é sim, força absoluta, não sou metade de nada, portanto, que seja tudo uma fortaleza entre “meus” ditos em jamais ou nunca mais...
Decidi ser quem eu sou, quando comecei a ter ao meu redor, por força aleatória da vida, princípios pequenos e mentes minúsculas em lugares sujos que por ventura temos de atravessar, com pessoas “porcas” de alma e sem piedade de coração.
Desculpa às más interpretações, mas não faço questão em explicar “passados”, faço o favor de deixá-los às claras, pois tenho essa mania em ser autêntica e flertar com a transparência!
Nunca precisei mendigar amor e respeito, no entanto, sou a justiça em pessoa, trago marca de guerreira e alfineto quando preciso só encostar e já logo dou o tiro de misericórdia quando só poderia dizer: chega!
Não gosto de tempestades em copinhos de xarope, sou mais de exageros em pequenezes...
À vida, nos abre portas e janelas todos os dias, começando pelos olhos, que são duas lindas portas de amor, fonte de ternura e assim vou alcançando, desgastando e revitalizando constante meus limites e saturações.
Quem não sabe ditar às próprias regras me assusta, tenho medo de quem não têm opiniões formadas e decisões imediatas, eu persisto nas urgências, já não é à toa que vivo atropelando minhas tristezas, sou uma má condutora da hipocrisia, das mesmices e da falta de um belo sorriso no rosto, mesmo quando tudo cospe "nãos" em minha "cara" e mesmo que eu tenha que enfiar meus sentimentos no bolso, não sei assim fazer, sou ousada quando se trata em ser feliz e fazer “os meus” felizes...
O Tempo
Não existe nada tão temerário como o tempo, porque a vida é um cristal bruto esperando a ser burilado, e só o tempo faz esse trabalho. E para isso leva um período que depende de nossos atos e de nosso querer, vividos na forma que cada um escolhe.
Guardamos nas gavetas de nossa alma, tudo o que acontece, quer de bom ou de mau que se passa em nossas vidas. Essas gavetas ficam cheias de saudade, lembranças, mágoas, alegrias, tristezas e amores.
Quando abrimos essas gavetas, ficamos surpresos com a capacidade que temos de deixar nos cantos da vida, as coisas que fazem o nosso caminhar. Vemos que caminhamos ao lado, na frente, atrás, de pessoas que nos deram carinho, nos fizeram felizes, que juntaram aos nossos, os seus momentos.
Também, percebemos que embora tivéssemos sofrido, os maus momentos nos deram mais força, mais conhecimento, aprendemos com eles a ser mais fortes, ter maior poder sobre nossos sentimentos e o poder de realizar. Ganhamos forças para enfrentar todos os desafios, porque o sofrimento nos faz mais fortes.
Amores vêm e vão, alguns ficam um pouco mais, enchendo essas gavetas de jóias que representam o que temos de mais puro, que são os nossos sentimentos. Nem a solidão leva esses guardados, pelo contrário, ela nos dá a grande presença de nossas lembranças.
E o grande acumulador dessas lembranças, que na imensa energia da vida armazena os batimentos do coração nas superfícies sólidas dessas gavetas, é o tempo.
Quem me dera se os azares da vida tivessem o cheiro do seu casaco preto. Os abraços não são desconfortáveis quando cabe o nosso mundo dentro. As cores são mais vivas quando o amor pincela o cinza.
Quem me dera fosse um tempo atrás, eu teria a coragem de sussurrar a música que fala de azar ao pé do teu ouvido. Quem me dera, e por isso, eu vou arder por dentro, sabe lá se de vontade ou amargo arrependimento.
E se por acaso, alguém citar o teu nome em qualquer ambiente, deixo o meu sorriso fluir naturalmente. Você é um acaso que me faz bem. E você sabe disso. Azar de quem não entende. Azar que, por um acaso planejado, é o meu abrigo preferido.
@pd_hud
O teatro itinerante.
A vida é como um teatro itinerante, ao acordarmos as cortinas se abrem e a partir desse momento o espetáculo se inicia. O nosso lar é o palco, e a platéia representa todos os nossos desafios, alguns são maiores e outros nem tanto. A cada respirar uma nota é exalada, vivencie esse momento tão especial e único, vista-se com o mais belo sorriso e demonstre o quão forte você é, apresente a vida o Artista que à em você e por menos faça todos os dias o melhor espetáculo!
A vida é algo a ser superado!
Superamos a infância e a perda do colo. Superamos os ralados do joelho e os pratos de legumes, ausentes de batatas fritas gordurosas que tanto queríamos.
Superamos o fato de sermos magros demais, gordos demais, negros, brancos, nerds, lentos, hiperativos, gays, atirados ou tímidos demais.
Superamos a adolescência e o fato de tudo dar errado só com a gente. Superamos o primeiro porre e aquele trago escondido.
Superamos as provas finais e a faculdade, superamos o fato de não sairmos prontos pra nada de lá.
Superamos o envelhecer dos nossos heróis que chamamos de pais, superamos a perda de amigos, de empregos e de coisas que pareciam vitais.
Superamos o fato de que cada dia surge um novo cabelo branco ou desaparece um fio aqui e acolá.
Superamos as doenças, crises de tenra, meia e avançada idade.
Superamos o ódio, mágoas e até o amor é preciso ser superado por vezes.
Superamos fraquezas tolas, e todos os dias é preciso matar um fantasma para poder superar o próximo que estará a espreita.
E nunca, nunca se supera o suficiente enquanto se vive!
Cada dia é uma nova existência a ser construída com base no : " EU SUPEREI"
Nos momentos felizes "aproveitamos da vida" e devemos nos abastecer de energia.
Para que assim, em momentos difíceis a vida possa "se aproveitar de nós", exigindo que sejamos fortes em energia e força. Em retribuição a ciclos onde a história do mundo se faz.
É uma troca justa e saudável. E para ambas a gratidão é válida. E o aprendizado fundamental.
Vivemos pouco demais para que entendamos a vida. Por isso se erra tanto.
Passamos por esse "lado" construindo e nos desconstruindo o tempo todo.
Em nenhuma idade se está pronto ou, repleto em convexo de felicidade e paz.
Aquele que julga estar em plenitude por mais que alguns segundos, típicos da emoção, é a mais perdida e desamparada criatura, pois sequer reconhece sua inevitável transitoriedade.
A vida é Bela
Com o tempo a vida vai sumindo com a gente aos poucos, vai nos transformando naquele retrato amarelado de pessoas desaparecidas no final da página de um jornal antigo.
Não vamos permitir que isso aconteça. Vamos colorir nossas fotos, e colocar no topo novamente.
Vamos dizer as pessoas que nos amam, o quanto elas são importantes em nossas vidas.
Vamos dar risadas de nós mesmos, Vamos sentar na relva úmida pelo orvalho da manhã.
Vamos caminhar numa ponte e sentir o balouçar dela em nossos pés.
Vamos colocar uma música na velha vitrola e perguntar a nós mesmos, me concede esta dança?
Vamos roubar uma rosa de um jardim e sair correndo, somente para oferecer a alguém que nos roubou um sorriso.
Vamos viajar para um lugar distante, só para tomar um café com bolinhos de chuvas com alguém que sabemos que vai estar a nossa espera.
Vamos nos permitir ser feliz sem medidas, ter fé sem dúvidas, ter sonhos sem limites, e principalmente, acreditar que não existem problemas maiores que a nossa capacidade de resolvê-los.
Vamos dizer a nós mesmos o quanto a vida é bela e que vale a pena viver cada minuto.
Esta sou eu! Ainda prefiro a minha ternura inócua, um cheiro de saudade em meu travesseiro, o meu silêncio entregue para as estrelas, do que viver desabitada de mim mesma.
