Texto de Amor Ensinamentos de Vida

Cerca de 139935 frases e pensamentos: Texto de Amor Ensinamentos de Vida

⁠Menos vozes, mais certeza;
mais vozes, mais incerteza.

Menos vozes, mais decisão;
mais vozes, mais indecisão.

Menos vozes, mais atenção;
mais vozes, mais desatenção.

Menos vozes, mais noção;
mais vozes, mais distorção.

Menos vozes, mais solução;
mais vozes, mais discussão.

Menos vozes, mais razão;
mais vozes, mais tensão.

Menos vozes, mais união;
mais vozes, mais divisão.

Menos vozes, mais concentração;
mais vozes, mais distração.

Inserida por I004145959

⁠A cultura humana parece uma tapeçaria viva, nunca pronta.

Convenções e consensos construídos historicamente e socialmente se entrelaçam, se cristalizam e depois se desfiam, em processos constantes de construção, desconstrução e reconstrução.

Nada é absolutamente fixo, porque a realidade muda e nos convida a repensar.

Moral, costumes, leis — tudo parece provisório; tudo é relativizado, nada é absoluto.

Quando pensamos ter tecido um consenso duradouro, ele se transforma nos dedos inquietos de novas gerações e nas várias queixas que alimentam um ciclo sem fim.

A crítica constante é também força criadora, que renova mesmo diante do desgaste. Para uns, esse incessante desfiar é desesperador; para outros, libertador.

Inserida por I004145959

⁠Cultura: consensos tecidos, em teia entrelaçada entre passados e presentes.

Nada é fixo, tudo oscila e se desfaz, moral, ética e lei, fios que se fazem e refazem.

Várias queixas num ciclo sem fim, desfiar constante, dor e alívio, enfim.

Para alguns, pranto, trabalho e desespero, para outros, renasce o sonho verdadeiro.

Inserida por I004145959

⁠"Chama na Encruzilhada"

Não é só força que habita o fogo da encruzilhada,
Nem só segredo guardado na gargalhada.
É o Pai Criador que me molda na argila bruta, ofício de Oxalá
Manifestador da estrada que em sombras se dilata.
Seu amor por mim é o primeiro sopro na vereda escura,
É o dendê que acende a lâmpada mais pura.

Meu amor por Ti, Esú, não é só oferenda na pedreira, na encruzilhada
É raiz fincada na terra, é chama verdadeira.
É o olhar que reconhece, no caos, a mão que guia,
É a voz que Te chama, antes do amanhecer do dia.
É confiança de filho que sabe: o caminho aberto,
Por mais que doa, é por Ti, Pai, descoberto e certo.

Tua justiça não é espada fria, não é vingança cega,
É a balança do mercado que o egoísmo nega.
É o falo que corta o laço da mentira enleada,
É o "firme ponto" na estrada sacudida, na jornada.
É o lembrete severo: toda ação tem seu retorno,
Na medida exata do ferro, no forno mais interno.

Minha justiça por mim
é espelho que Tua lei me entrega:
Honrar a vida que criaste, com a força que me nega
A fraqueza que desvia, o medo que paralisa.
É lutar, com Tua garra, contra a própria covardia.
É erguer, com Teu exemplo, minha própria fronte erguida,
Fazendo de cada passo um ato de justa vida.

Ah, Pai de todas Encruzilhadas! Nosso amor é movimento:
Tu me crias a cada instante, no teu fogo, no teu vento.
Eu Te amo na travessia, no respeito ao teu poder,
Na aceitação do teu veredito, sem temer.
Tua justiça é meu alicerce, minha bússola na noite,
Minha justiça é a resposta, no meu peito, a Tua voz!
Juntos, na dança do destino, somos fogo e somos chão, choro sangue, gargalhada criação.
Tu és a Criação em marcha, eu sou o eterno aprendiz,
Numa só força, um só caminho, uma energia, um só amor, uma só raiz.
Laroyê

Inserida por OdaraAkessa

⁠ Ofício Solar

A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.

Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.

Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.

Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Raízes do Afeto

Nas fotos antigas, desbotadas no tempo,
Sorrisos guardados em preto e branco —
São laços que tecem, silentes, seu assento
No meu coração, como um rio sagrado.

Vejo nas tuas mãos as linhas que herdaste,
O mesmo tremor da avó ao cantar.
No teu olhar profundo, o que me contaste:
Amores antigos a nos sussurrar.

Na mesa posta, na receita esquecida,
No jeito de dobrar o pano de chão,
Vive a ternura de outra vida,
Semente lançada em gerações.

O amor ancestral não morre, repousa:
É seiva na árvore, é voz no vento...
Sangue que flui e não se esgota,
Abraço de séculos no meu momento.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Luz Simples

Cada dia acende
Uma luz diferente.
Não é nada complicado,
É um sol bem presente.

Luz que entra pela janela,
Aquece o chão da sala.
Luz que pinta a folha verde,
Que na roseira balança.

Essa luz não é só brilho
Pra clarear o lugar.
Ela é convite manso
Pra começar a olhar.

Olhar pro pão quentinho,
Pro cheiro do café.
Pro vizinho que acena,
"Bom dia!" pra você.

Olhar a nuvem viajante,
A formiga no caminho.
Ver que a vida, mesmo simples,
Tem um jeito de carinho.

É nesse olhar atento**
Que a luz vira alegria.
Não uma festa barulhenta,
Mas paz que todo dia cria.

Paz de sentir o tempo,
De agradecer o pão.
De saber que estar vivo
Já é grande lição.

E aí vem a felicidade,
Não um tesouro a guardar.
Mas o amor que se espalha
No simples compartilhar.

Amor no prato feito,
Na palavra de consolo,
Na mão que aperta a outra
Quando o caminho é um pouco só.

Cada dia tem sua luz,
Não precisa ser intensa.
Basta abrir os olhos
E a alma, com doçura imensa.

Deixe que essa luz simples
Te mostre o essencial:
A verdadeira alegria
Morando no amor, que é...
Eterno, e tão normal... Quanto essa canção que faz bem ao coração...

Inserida por OdaraAkessa

⁠O Fio Infinito

Não roda simples, nem espiral vã,
Mas tecido denso, sem começo ou grão.
O que hoje é chão, que hoje é dor,
Será novamente, sem perdão ou flor?

Cada instante, pesado de eterno,
Cada suspiro, cada inverno,
Cada riso que o vento levou,
Tudo voltará... Tudo voltará!

Não fuga no céu, nem porto além,
Só este mundo, sempre e também.
Amar o destino, dizer "Sim!" profundo,
Ao peso mais duro, ao abismo do mundo.

Seríamos deuses? Ou prisioneiros?
Criando eternos canteiros?
A vida, uma pedra que sempre se lança,
No lago do tempo, sem mudança.

Oh, volta que não é volta,
Mas presença absoluta, desenrolta!
Aceitar o mesmo que nunca se repete,
Pois só existe este instante que nos mete...

No centro do círculo, imóvel e ardente:
O eterno retorno é a vida consciente.
Amar cada sombra, cada luz que se acende,
Sabendo que tudo... Tudo... eternamente, desce e ascende.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Tardes com Teu Nome

Há um instante no crepúsculo que cai,
Quando a luz, já cansada de ser sol,
Se derrama nos vidros a cantar
Um segredo que o mundo não sabe ouvir.

É nessa hora branda, quase parada,
Que teu rosto se forma no ar morno:
Não é lembrança, é presença delicada,
Um refúgio de sombra no fim do dia.

Penso em ti — e o tempo se dobra:
O vento traz tua voz nas folhas secas,
A poeira dourada dança devagar
Como gestos teus pela sala vazia.

Ah, que ofício simples e profundo
Deixar que a saudade, lenta, se instale: Pois ainda não vivi.
Não dói, aquece. É um fogo brando
Que a tarde carrega em seu manto largo.

O mundo lá fora se tinge de mel,
As nuvens desfiam algodão doce,
E eu — apenas navego sem pressa
Nesse mar calmo onde teu nome é porto.

Porque pensar em ti à tarde não é fuga:
É encontrar, no meio do dia que finda,
A quieta certeza de que existes,
E que essa luz, por um instante,
É tua mão acariciando o horizonte...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Pequena Resistência

Era um grão no chão duro,
Pisada pela pressa do mundo.
Vozes grossas, vento cortante,
Vida apertada, mas não tanto.

Sob o peso do inverno longo,
Guardou calor no punho fechado.
Cada passo era montanha,
Mas seu sonho, semente teimosa.

Um dia a raiz furou o cimento,
Broto verde ergueu o dia.
Na altura do joelho alheio, foi quando eu conheci.
Floresceu sua quieta ousadia.

Hoje carrega o sol na palma,
Pequenina nave mestre
De si mesma —
Flor de asfalto.

Inserida por OdaraAkessa

⁠O capitalismo tem como vertente principal a propriedade privada e o mercado livre. Apoia-se nas contradições e ambivalências humanas, celebrando o individualismo.

O socialismo, assentado no coletivismo e composto por múltiplas correntes que oscilam entre o ideal igualitário e o controle rígido, ainda busca sua aplicação plena.

Essa abordagem pragmática — focada no real, sem idealizações, lidando com a vida como ela é — fez do capitalismo o sistema predominante globalmente, enquanto o socialismo permanece marcado por utopias e controvérsias.

Inserida por I004145959

⁠Amizade em Flor

Mais que a chama que incende o olhar,
Há a raiz que sabe aprofundar.
Philia – amizade, solo quieto,
Onde repousa o ser completo.

Não só paixão, fugaz e viva,
Mas mão segura, atenção tardia.
Silêncio que não pesa ou dói,
Lugar comum onde o eu despois.

E nesse campo, fértil e calmo,
Pode brotar um doce palmo
De algo mais... um tímido ardor,
Pergunta sem resposta, talvez amor.

Mas mesmo assim, se o fogo nasce,
Da amizade a base não despedaça.
Pois o afeto que primeiro veio
É o caule forte, o puro seio.
Amor de amigo, quieto e profundo,
Pode ser terra... ou ser o mundo.
Onde o romance, se vier, será
Raiz e flor, na mesma estação.
Dois amores numa só canção,
Um abrigando o outro, sem perder
A essência pura de se ver
Na mesma sombra compartilhada,
Cada um de nós, inteiro, na jornada.

Inserida por OdaraAkessa

⁠O Barrigudinho

No riacho claro e raso,
Nada um ser bem miudinho,
Com barriga que reluz
É o valente barrigudinho.

Peixe simples, sem vaidade,
Mas carrega uma missão:
Come larvas de mosquito,
Guarda a nossa proteção.

Colorido em tons discretos,
Com movimentos tão sutis,
Dança leve entre as pedras,
Nos aquários é feliz.

Nordestino por nascença,
Resistente ao sol ardente,
Mesmo em águas esquecidas
Segue firme e persistente.

Não se mostra por bravura,
Nem exige um pedestal,
Mas merece poesia
Por seu gesto natural.

Então viva o barrigudinho,
Nosso peixe pequenino,
Guardião das águas doces,
Campeão do nordestino

Inserida por igor_ciloe_oliveira

⁠Pensei em escrever porque alguém me perguntou:
“Cadê suas poesias? Tem escrito?”
A resposta veio assim:

Nem todo dia tem poesia.
Tem dia que amanhece seco,
sem metáforas, sem rima, sem vontade.
Tem prosa crua,
comunicado de despejo,
recado na geladeira,
mensagem não lida.
Tem carta escrita às pressas
só pra não dizer que ficou calado.
Palavras que se alinham não pra explicar,
mas pra confundir, provocar, desarrumar.

Nem todo dia tem bons pensamentos.
Tem dia em que o peito pesa,
e os sonhos dormem mais do que a gente.
Tem vontade de sumir,
e tem lembrança que insiste em ficar.
Tem o corpo presente e a alma ausente.
Tem desejo partido,
tem carta de amor rasgada antes de ser enviada.

Tem dia que tem só o silêncio —
mas é um silêncio cheio de barulho por dentro.
Tem dia que o mundo cala,
e mesmo assim, a palavra teima em transbordar.
Sai pelos olhos,
escorre na pele,
explode no papel.
E é nessa bagunça que, às vezes,
sem querer, a poesia volta a acontecer.

Inserida por mardoniobarros

⁠quando a cadeira,
estiver distante da mesa,
e isso incomodar,
é melhor que volte a cadeira
pro seu devido lugar
quando estiver acompanhado
E a cadeira estiver distante da mesa,
e isso não agradar,
é ideal comunicar.
se há ruído
é possível ser entendido.
A ponte que liga o querer ao poder
é a essência da liberdade
de se sentir a vontade
pra ser escolhido ou poder escolher.

Inserida por zer0esquerda

⁠não! Não somos suficientemente incríveis.
somos potenciais incríveis.
por mais avesso que possa parecer,
somos como as aves em migração,
sozinhos não conseguimos seguir.
sozinhos nos perdemos de todo o resto
só saberemos ser suficientemente "incríveis",
quando ouvirmos, percebermos ou sentirmos.
e é isso que sempre desloca,
que nos coloca
nos vértices triangulares das paredes.
bem já se sabe
"que os outros completam as faltas"
respire, relaxe olhe e vá.
o vértice triangular sustenta o zer0 nas paredes, que se levanta e mais uma vez segue, caminha - olha para o azul e diz:
não agradeça a companhia,
ser gentil, amável e cuidadoso,
tampouco é um esforço,
você mereceu.

Inserida por zer0esquerda

⁠14 de julho de 2025.

Ele se sentia incomodado com a minha presença, não me queria por perto, mas, ao mesmo tempo, me confundia com sinais de carinho e afeto.
Desde o início da relação, propus um diálogo aberto, expus minhas fragilidades e, muitas vezes, deixei-me levar pelas minhas inseguranças.
Inúmeras vezes convoquei conversas sobre isso, apontei a possibilidade de recuar, de darmos dois passos para trás na relação, entre outras alternativas.
O que mais me machuca é saber que fui subestimado. Quando mostrei minha vulnerabilidade, não foi para assustar, mas para alertar sobre minhas feridas emocionais.
Conheço muito bem os meus sentimentos e acredito que a sinceridade pode ser a chave para o diálogo — mas, nessa relação, não funcionou.
Várias mentiras foram empilhadas sobre a mesa. Falsos desejos foram compartilhados. Afetos e carinhos que nunca foram verdadeiros.
A verdade é que talvez não tenhamos sido permissivos. Talvez permitir-se fosse o caminho: permitir-se falar, conversar, dizer, explicar.
Mas não. Nunca houve a preocupação em me dizer que eu não era desejado na vida dele.
Posso parecer frágil, mas tudo o que quero é poder ser inteiro com alguém que partilhe a vida comigo.
Não é o amor no sentido idealizado da palavra, mas um amor real: a partir do desejo do outro, podemos florescer como na primavera, cair como as folhas no outono ou queimar com as geadas do inverno.
E, a partir do desejo, também podemos arder como fogo na pele alheia, sem que isso seja um ato de traição. Sou sincero e verdadeiro — a mentira me enoja como um regurgito.
Nos tempos em que vivemos, o amor é fragmentado. É preciso assumir isso para caminhar junto à verdade.
Assumir que, numa relação, o outro deseja o "nós", mas também deseja os "outros" — esse caminho parece ser mais justo, verdadeiro e coerente.
Não posso apagar o meu desejo, assim como você não pode apagar o seu. Então, por que não nos alinhamos para arder como chamas, enquanto nos espalhamos como brasas por aí?
As gerações se conflitam, os humanos gorjeiam, e as relações se enfraquecem. A hiperindividualização do eu dificulta o movimento do nós.
Na contemporaneidade, há uma necessidade de comportar os prazeres a partir das nossas liberdades — mas ser livre não significa estar sem o outro.
Como podemos compactuar com a verdade de forma equivalente aos nossos desejos?
Abdicar dos desejos é um caminho para o apagamento do eu?
Em que implica a ascensão do eu em uma relação que contraria o nós?
O que o fetiche pela mentira revela sobre o caráter de alguém?

Inserida por zer0esquerda

Filha da Natureza

Sou filha do Vento, do Mar, das Estrelas, da Lua…
Sou filha da Natureza, amante do Sol…
Levando a Luz no âmago de minha alma…
Sou filha da Deusa…
Levando todas as suas faces em mim…
Sou mística…
Sou mulher…
Sou bruxa…
Eu faço a vida se tornar mágica…
Sou filha da Terra, da Água, do Fogo, do Ar…
Sinto a energia da Vida fazendo parte da minha essência…
E assim…
Sou eu…
Somos nós…

A TORRE SEM DEGRAUS

No térreo se arrastam possuidores de ciosas recoisificadas.
No 1.° andar vivem depositários de pequenas convicções, mirando-as, remirando-as com lentes de contato.
No 2.° andar vivem negadores de pequenas convicções, pequeninos eles mesmos.
No 3.° andar - tlás tlás - a noite cria morcegos.
No 4.°, no 7.°, vivem amorosos sem amor, desamorando.
No 5.°, alguém semeou de pregos dentes de feras vacos de espelho a pista encerada para o baile de debutantes de 1848.
No 6.°, rumina-se política na certeza-esperança de que a ordem precisa mudar deve mudar há de mudar, contanto que não se mova um alfinete para isso.
No 8.°, ao abandono, 255 cartas registradas não abertas selam o mistério da expedição dizimada por índios Anfika.
No 9.°, cochilam filósofos observados por apoftegmas que não chegam a conclusão plausível.
Mo 10.°, o rei instala seu gabinete secreto e esconde a coroa de crisógrasos na terrina.
No 11.°, moram (namoram?) virgens contidas em cinto de castidades.
No 12.°, o aquário de peixes fosforecentes ilumina do teto a poltrona de um cego de nascença.
Atenção, 13.°. Do 24.° baixará às 23h um pelotão para ocupar-te e flitar a bomba suja, de que te dizes depositário.
No 15.°, o último leitor de Dante, o último de Cervantes, o último de Musil, o último do Diário Oficial dizem adeus à palavra impressa.
No 16.°, agricultores protestam contra a fusão de sementes que faz nascerem cereais invertidos e o milho produzir crianças.
No 17.°, preparam-se orações de sapiência, tratados internacionais, bulas de antibióticos.
Não se sabe o que aconteceu ao 18.°, suprimido da Torre.
No 19.° profetas do Antigo Testamento conferem profecias no computador analógico.
No 20.°, Cacex Otan Emfa Joc Juc Fronap FBI Usaid Cafesp Alalc Eximbanc trocam de letras, viram Xfp, Jjs, IxxU e que sei mais.
Mo 22;°, banqueiros incineram duplicatas vencidas, e das cinzas nascem novas duplicatas.
NO 23.°, celebra-se o rito do boi manso, que de tão manso ganhou biograifa e auréola.
No 24.°, vide 13.°.
No 25.°, que fazes tu, morcego do 3.°? que fazes tu, miss adormecida na passarela?
No 26.°., nossas sombras despregadas dos corpos passseiam devagar, cumprimentando-se.
O 27.° é uma clínica de nervosos dirigida por general-médico reformado, e em que aos sábados todos se curam para adoecer de novo na segunda-feira.
Do 28.° saem boatos de revolução e cruzam com outros de contra-revolução.
Impróprio a qualquer uso que não seja o prazer, o 29.° foi declarado inabitável.
Excesso de lotação no 30.°: moradores só podem usar um olho, uma perna, meias palavras.
No 31.°, a Lei afia seu arsenal de espadas inofensivas, e magistrados cobrem-se com cinzas de ovelhas sacrificadas.
No 32.°, a Guerra dos 100 Anos continua objeto de análise acuradíssima.
No 33.°, um homem pede pra ser crucificado e não lhe prestam atenção.
No 34.°, um ladrão sem ter o que roubar rouba o seu próprio relógio.
No 35.°, queixam-se da monotonia deste poema e esquecem-se da monotonia da Torre e das queixas.
Um mosquito é, no 36.°, único sobrevivente do que foi outrora residência movimentada com jantares óperas pavões.
No 37.°, a canção

Filorela amarlina
lousileno i flanura
meleglírio omoldana
plunigiário olanin.

No 38.°, o parlamento sem voz, admitido por todos os regimes, exercita-se na mímica de orações.
No 39.°, a celebração ecumênica dos anjos da luz e dos anjos da treva, sob a presidência de um meirinho surdo.
No 40.°, só há uma porta uma porta uma porta.
Que se abre para o 41.°, deixando passar esqueletos algemados e coduzidos por fiscais do Imposto de Consciência.
No 42.°, goteiras formam um lago onde bóiam ninféias, e ninfetas executam bailados quentes.
No 43.°, no 44.°, no... continua indefinidamente).

Diálogo entre o médico e Margaret Thatcher:
Médico:
- O que voce sente?
Thatcher:
- O que eu teho que Sentir?
OS pensamentos se tornam palavras,
As pessoas Não Pensam mais elas sentem.
Como se sente? Não me sinto cofortável (...)
Um dos maiores problemas da nossa era é porque somos governados por quem mais liga para sentimentos
do que para pensamentos e ideias.
OS pensamentos se tornam palavras
Cuidado com seus pensamentos, pois eles tornam-se palavras.
Cuidado com as palavras, pois elas tornam-se ações.
Cuidado com as ações, pois elas tornam-se hábitos.
Cuidado com os hábitos, pois eles tornam-se a tua personalidade.
Cuidado com a tua personalidade, pois ela torna-se o teu destino.
Nós nos tornamos, O que nós pensamos.

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