Texto Amigos de Luis Fernando Verissimo

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Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie - nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.

Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há porém páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa selecta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. «Fabricou Salomão um palácio...» E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais - tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é - não - a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.

Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Lisboa: Ática. 1982

Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "A Última".

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Recomeçar... todos os dias temos a possibilidade e a bênção de uma nova oportunidade... o ontem foi uma experiência que ficará ali gravada no livro lindo da nossa vida... hoje você pode escolher ser mais feliz... pode sentir Deus nos pequenos detalhes... num sorriso sincero... em uma palavra de carinho... no gesto doce de um anjo amigo... apenas permita-se sentir o que lhe é oferecido com a alma leve e limpa... e que sejam intensos os momentos de paz e amor em seu coração.

Aceito sua rejeição, sua falta de vontade, suas idiotices, sua forma de me tratar, seu abraço, seu sorriso. Aceito de coração suas palavras, teu olhar, suas lágrimas. Aceito seu sentimento de amor que nunca foi amor de verdade, aceito teu colo, teu ombro amigo. Aceito suas considerações, aceito suas desculpas, seus erros e acertos, suas criticas e aceito a falta que você me faz, aceito tentar te esquecer, aceito você nunca me querer. Por fim, aceito você!

Aprendi que não vou conseguir agradar a todos! Que toda história contada tem mais de um lado, aliás, mais do que dois, três, pois cada um conta do seu jeito e pq não dizer se favorecendo, ou favorecendo as pessoa que gosta! Que, por mais que tu se esforce em explicar algo, as pessoas só entenderão o que estiver de acordo com o que elas querem entender, caso contrário, não entenderão ou não farão esforço pra entender! Que amigos tem de todos os tipos, veja bem, amigos... tem os que estão sempre presentes, mas alguns estarão somente quando tu os convidar pra ficar perto e que estarão presentes nas tuas dificuldades! Aprendi que posso achar o que eu quiser de qualquer um, pois qualquer um pode achar o que quiser de mim... Pq o que nos define são todas as experiências certas ou erradas e das atitudes que tivemos depois dessas escolhas, não os achômetros... Que pessoas perfeitas não existem, então não me cobrem tal coisa... Que, por mais que tu não queira, alguém sempre sai atingido com as frases que tu posta no teu Facebook (mesmo não sendo indireta)! E que só quem tá disposto a ser amigo de verdade é que respeita os outros com suas manias, imperfeições e erros, não significando que aceite os seus erros... Amigo é aquele que te puxa a orelha, sim, que não quer te ver cair, que briga, mas faz as pazes, pq amigo é direção, mesmo tendo que te dar uns tapas pra te acordar... afinal, pais são assim: Numa época que chinelada não matava ninguém e nem era crime, aliás, as chineladas nos desviavam de cometê-los!

Pessoas perfeitas não mentem, não bebem, não brigam, não erram e não existem. Nesse mundo só existem pessoas que fazem a diferença em meio às imperfeições. Enquanto alguns perdem tempo escolhendo pessoas perfeitas, eu escolho as que me fazem bem. Fala sério!! Querer um ser perfeito é o mesmo que desejar não existir!

Olhar de menino

O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:

- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.

O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.

- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.

Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.

Inserida por IsaqueGuimaraes

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.

*hehehe
*Que faço?
*Serei poeta eu?
*Que nada bufão eu sou!
*Chamam-me de bobo, idiota, imbecil...
*Concordo sem rancor!
*Mas, se me chamam de mongo...
*Ah....
*Choro!
*Com louvor!
*Fui coroado, rei dos bufões, dos bobos e dos Arlequinos.
*Sim sou palhaço
*amo o que faço
*vivo rindo, e fazendo os outros sorrir!
*E tu, o que fizeste pela vida!

Minha saudade tem cheiro...
E um abraço, mais que abraço, um dom...
Diz que não tenho 1.80...
Mas tem um apertar, tão bom...
Minha saudade tem cheiro...
Cheiro a amor, cheiro a carinho...
Porque quando sinto o teu aperto e te inalo...
Sei que não estou sozinho...
Minha saudade tem cheiro...
E para lá do cheiro, aquele olhar...
Que me mergulha na alma...
Que me salva de naufragar...
Minha saudade tem cheiro...
Esse cheiro, que é tão teu...
Que o meu coração te sente à distância...
E, embora distante, te sente tão seu!

Luis Miguel

Vestiu-se de vermelho.

Vestiu-se de vermelho em um dia ensolarado, com os seus cabelos empurrados pelo vento perturbado por tanta beleza, os seus olhos ocultados pelas lentes escuras ofuscando o brilho de possíveis hipnoses...

Vestiu-se vermelho...

Ondas ultravioletas debatem-se com tamanha beleza.

“B “de beleza... “B” de “Bru”

Vestiu-se de vermelho...

Cor da perdição e da paixão ... que ilusão, sobrevive coração.

Ivan Luís roseira da Costa

Infalival mãe natureza que com a suas linhas de beleza fascinam o nosso consciente, acalmam os nossos corações e alimentam a nossa alma..
Ao contemplar tal beleza sentimos os espíritos que cantam balanceando as folhas e estalando os galhos e em sua volta desfrutamos do gorjear dos pássaros que gorjeando massajam os nossos canais auditivos.

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:

- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranqüilidade o médico respondeu:

- Boa tarde senhora, em que posso ser útil?
Ríspida,ela respondeu :

- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando um médico?

Mantendo - se calmo, contestou:

- Boa tarde senhora! O médico sou eu, em que posso ajuda-la?!

- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!...

- Ah! Senhora! Desculpe! pensei que a senhora estava procurando um médico e não uma vestimenta...

- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que vestido assim, o senhor nem parece um médico...

- Veja bem como são as coisas - disse o médico - as vestes não parecem dizer muitas coisas, pois quando vi chegar, tão bem vestida, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente e depois daria ''Boa Tarde''.

MORAL DA HISTÓRIA:

Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito... As aparências nem sempre falam por si...Um dos mais belos trajes da alma ainda é a educação!

Meu amor
Estamos sozinhos
E só nos resta o depois

Meu amor
Estamos sozinhos
Desperdiçando arrepios

Ainda não aprendemos amar
Ainda não aprendemos nos dar
Ainda não aprendemos a calejar a dois

Eu já vou
Mas não partirei mais sozinho
Eu já vou
Mas levo você e o caminho

Eu nunca vou te deixar
Eu não vou desperdiçar
O que não foi
O que se vai de nós dois
O que ficou de você

Pode acontecer
Do mundo explodir amanhã
Tanto faz
No final, ainda sou eu e você

Pode acontecer
No mundo existir só nós dois
Tanto faz
No começo, sempre fui eu e você

O instante

Onde estarão os séculos, o sonho
de espadas, o que os tártaros sonharam,
onde os sólidos muros que aplanaram,
onde a árvore de Adão e o outro Lenho?
O presente está só. Mas a memória
erige o tempo. Sucessão e engano,
esta é a rotina do relógio. O ano
jamais é menos vão que a vã história.
Entre a alba e a noite há um abismo
de agonias, de luzes, de cuidados;
o rosto que se vê nos desgastados
e noturnos espelhos não é o mesmo.
O hoje fugaz é tênue e é eterno;
nem outro Céu nem outro Inferno esperes.

Os Justos

Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez nem lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de um certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.

Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.

"A maior forma de demonstrar o amor, não está em presentes caros, em palavras ditas, em textos bonitos, em belas músicas ou em lindos poemas copiados; mais sim nos gestos e pequenas atitudes impensadas que na maioria das vezes, são as mais nobres formas de expressar esse sentimento singular"

Esse vai parecer um texto bobo. Porque na verdade ele é. Tô escrevendo pra agradecer, sabe? Porque fazia tempo que tudo que eu escrevia era meia dúzia de frases sem graça, incapazes de expressar o que eu sentia de verdade. Daí você chegou, deu uma bagunçada na minha vida e deixou tudo clichê de novo, cheio de inspiração pra textos bobos.

Os sentimentos mais bonitos não surgem de um texto, surgem de frases, não surgem de demonstrações, e sim de sinceras atitudes, não surgem do que você escuta, e sim do que você sente. Esses sentimentos não precisam de exageros em palavras, não precisam de lindas demonstrações, e sim de pequenas e sinceras atitudes, não surgem do que você escuta, porque isso o vento leva, surgem do que você sente, e se for sincero, vai ter a intensidade de uma eternidade.

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