Tênis
Um pai marcado por sua austeridade e sua determinação em fazer do tênis a profissão de seu filho mais novo ocupa um importante lugar no testemunho de Andre Agassi. Como nos conta, desde antes de seu nascimento, seu pai havia decidido que ele seria o tenista número um do mundo.
Ainda quando ele era bebê, o pai prendia uma raquete de pingue-pongue em sua mão e o estimulava a bater no móbile de bolinhas de tênis que pendurara acima do berço do filho.
Tal investimento somado ao fato de o pai de Agassi ter sido um boxeador que teve sua carreira esportiva frustrada remetem-nos ao que Freud definiu como sendo o narcisismo parental.
Muitos pais acabam projetando em seus filhos “seu EU ideal”, oferecendo a eles e a si mesmos uma versão “aperfeiçoada e perfeccionista” do que eles acreditam ter sido ou gostariam de ter sido.
Há uma projeção dos pais sobre a criança que veem em seus filhos a representação perfeita de seu eu ideal.
Um eu ideal é concebido nos próprios filhos, tornando-os responsáveis por curar as frustrações.
Nesse Natal
Nesse Natal não quero brinquedo
Não quero bicicleta
Nem bola, nem esmola na sinaleira
Sou moleque brasileiro
Não conheço geladeira
Validade, já nem sei mais minha idade
Pra que bolo se não tenho
Com quem dividir
Se não tenho o que vestir
Para esquentar minha alma?
Nesse Natal não quero foguete
Não quero champanhe
Nem um amigo secreto
Nem foto
Para guardar de lembrança
Sou solitário, não tenho o par de tênis completo
Mas pareço um pé de pato bam, bam
No gasômetro, no parque
Pinto e bordo ligeiro...
Arrepio suspiro?
Para esquentar minha alma...
Nesse Natal não quero morrer
Quero um abrigo
Não quero chocolates
Mas uma palavra de carinho
Nem um inimigo
Porque somos filhos de Deus
E não estamos sozinhos
Nesse Natal quero
Um pai que se vista de Noel
E seja real, não desleal.
Ser doce não me interessa. Sou mulher de jeans e vans, sem batom vermelho, sem escova no cabelo… Se me quer, que venha por inteiro.
Peguei minha mochila, coloquei todas as minhas roupas dentro, vesti minha saia preta e minha jaqueta jeans que sempre usava para sair com você, calcei meu tênis.. e fui. -Pra onde?, você me pergunta. -Não sei, vou apenas á procura da felicidade, a procura do amanhã..
O FABINHO E A LÍNGUA INGLESA
Costumo embaralhar a cabeça do Fabinho [meu filho não alfabetizado, 46 anos, que tem síndrome de Down] com algumas palavras, e até frases, em inglês, que, aliás ele repete e entende muito bem. Exemplo: I love you; bye, bye; money; beautiful; darling; boy e por aí segue.
Agora mesmo, 13h15min, deixei o computador onde estou, há quatro horas corrigindo o novo livro; para descansar e preparar-me para o almoço vim até ao sofá. Sentado ao lado dele, que assiste tênis entre Federer e Isner (he’s a ‘big fan’ de tênis), disse, com natural alegria:
— Fabinho, I love you. Do you love me?
— No — disse ele; e continuou ligado no tênis.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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