Tempo de Criança
O Brilho nos Olhos das Crianças: Uma História de Superação e Adversidades.
Houve um tempo em minha vida, na qual a escuridão parecia reinar, onde a infância, que deveria ser um tempo de alegria e inocência, se transformou em um pesadelo. Fui uma criança que enfrentou fome, maus-tratos e solidão. No entanto, o destino reservou para mim uma virada surpreendente: a adoção por uma família amorosa.
A jornada da infância à idade adulta foi repleta de desafios, traumas e fantasmas. O que poderia ter me afundado na amargura e no desespero, serviu como um impulso para a resiliência. Como diz as palavras sábias de um poeta: "as crianças são mensageiras de amor e simplicidade". Essas palavras ecoam em minha mente desde quando eu busquei transformar minha vida.
Ao olhar nos olhos de uma criança, é como se víssemos um reflexo da pureza do universo. Elas nos lembram da importância do amor e da simplicidade em nossas vidas, lições que muitos de nós esquecemos à medida que crescemos.
E foi com esse pensamento em mente que decidi trilhar o caminho da superação. Cada desafio, cada obstáculo, eu enfrentei com a determinação de que a pureza e a autenticidade presente nos olhos de uma criança que merece ser protegida e nutrida. Minha jornada me levou a me tornar um adulto de sucesso, um exemplo de como é possível transformar a escuridão em luz.
Hoje, sou um API (Aprendiz, Provedor e Inspirador) para as crianças, pois acredito que elas merecem respeito, cuidado e proteção. Minha história é um testemunho de que, não importa o quão sombrio seja o começo, a força da determinação e o amor podem iluminar o caminho.
Assim, convido a todos a lembrar que, no brilho dos olhos de uma criança, está a chama da esperança, a lembrança de que a simplicidade e o amor são as bases da nossa existência. Vamos garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de brilhar e prosperar, para que alegria e inocência prevaleçam.
Que o Dia das Crianças seja um lembrete constante de que devemos nutrir e proteger o brilho nos olhos das crianças, pois é lá que encontramos a verdadeira riqueza da humanidade.
ANO NOVO
Ano novo começando
Tempo de transformação
Alegria, boa nova
Sucesso e mais ação
Paz, saúde, esperança
Tenha alma de criança
Muito amor no coração
DOR E AFETO
Me vem ligeiramente na mente,
uma nostálgica lembrança.
Tempo em que os pés viviam empoeirados.
Poucas atribuições, muita ciranda.
Avistava as andanças pela fresta do
portão .
As mesmas pessoas rotineiramente por ali passavam, enquanto eu, ansiosamente lhe esperava descer da condução.
Infância que dói, sentimento que constrói.
O semblante é nítido da pureza,
e com tantas pedras no caminho,
esqueceu-se da dor e voltou a brincar de vida.
A magia do Dia das Crianças
No Dia das Crianças, somos chamados a escavar o que o tempo enterrou em nós. Crescer é como um lento naufrágio, onde nos afogamos nas correntes da rotina e no peso das horas que se multiplicam sem cor. Perdemos, entre os dedos, o assombro que outrora dançava livre em nossos olhos. O mundo, antes vasto e inexplorado, agora é uma paisagem estática, onde já não vemos a magia que as crianças respiram.
Lembro-me do dia em que observei meu filho na cozinha, como um pequeno alquimista, sorrindo ao transformar ingredientes comuns em arte efêmera. Mexia a colher com a solenidade de quem conhece segredos ancestrais, e o açúcar, dissolvendo-se, era um rio de luz. As gotas de chocolate caíam como constelações em um céu de farinha. Para ele, aquele bolo era mais que um simples bolo. Era um sonho que se formava entre suas mãos.
Nós, que já não sentimos o encanto nos gestos diários, repetimos nossos passos sem poesia. Perdemos o ritual da criação. Fazemos, mas já não criamos. Esquecemos a dança do instante, trocamos nossos olhos de espanto por uma lente endurecida, que só busca o fim, que só quer o resultado. Quando foi que deixamos de encontrar o universo em um grão de areia? Quando foi que a música da vida se calou dentro de nós?
Que neste Dia das Crianças possamos redescobrir o caminho perdido. Que voltemos a andar descalços na terra do encantamento. Que nos permitamos tocar, outra vez, a beleza das pequenas coisas – o riso de um amigo, a sombra de uma árvore no fim da tarde, o brilho de um olhar que nos acolhe. As crianças conhecem a canção secreta da vida. Elas sabem que o tempo não é uma linha reta, mas uma dança circular. Sabem que a alegria não se alcança, mas pode ser encontrada nos detalhes mais sutis.
O mundo nos ensina a sermos frios, a contarmos o tempo em segundos. Mas as crianças nos lembram que a vida se conta nos sorrisos e nos gestos despretensiosos. A criança antevê a felicidade, não espera que ela chegue para ser feliz. Elas sabem ver o voo delicado de uma borboleta como um milagre, sabem que uma flor pode conter todos os segredos do universo. Elas nos ensinam que a verdadeira sabedoria está em desaprender. Desaprender o peso, reaprender a leveza. E assim, voltar a acreditar naquilo que só o coração pode ver.
Que neste Dia das Crianças, aprendamos, assim como elas, a amar a véspera, a alegria que já habita o instante antes da chegada. Que possamos, enfim, abrir nossos corações para a inocência e para a curiosidade que nos habita, adormecida. Porque são elas que nos mostram o caminho de volta ao que sempre soubemos: a vida é um mistério a ser vivido, não resolvido. E, ao olhar novamente através de seus olhos, talvez, só talvez, reencontremos o brilho que deixamos cair ao longo da estrada.
SALPICO DE ESPERANÇA
.
Entre nós, não há sequer
um salpico de esperança.
O tempo reduziu a pó,
Fantasias de criança.
Sonho, apego e afeição
Nas brenhas do coração
Só a dor da saudade alcança!
