Tédio
Dizem “dar tempo” como se fosse remédio,
mas tempo vazio só deixa o tédio.
Não cura ferida, não cola pedaço,
só cria distância, só aumenta o espaço.
Amor não espera sentado na esquina,
precisa de gesto, de voz que ilumina.
Quem dá só o tempo,
sem se entregar,
vai ver que a vida levou sem voltar.
O homem está fugindo.
Foge dos outros.
Foge do tédio, do perigo, da ansiedade, do vazio,
da fome, da guerra, da privação, da morte...
Mas a fuga principal é aquela com que procura escapar do
encontro consigo mesmo.
Cada um se sente, para si mesmo, a maior ameaça, a
decepção maior.
O homem tem medo de saber o que ele é.
Todas as portas de escape são buscadas, contanto que se
aliene do que é ou supõe ser.
ATÉ O FIM
Nunca toque numa mulher por tédio. Nunca toque uma mulher por tocar. Nunca toque uma mulher para completar uma palavra ou ocupar um silêncio.
Nunca toque para apoiar os medos, cobrir mágoas, equilibrar a nudez.
Nunca toque uma mulher por vingança, por carência, por controle.
Não toque se não pode andar na imaginação, se não tem vontade de segurar sua mão enquanto arde, de emparedar a respiração com os olhos.
Não toque se não está disposto a sofrer, se não está disposto a curar o sofrimento.
Nunca toque uma mulher por imprecisa hospedagem, para breve visita das pálpebras.
Toque se quiser morar, se quiser naufragar pelas janelas, se quiser morrer de ansiedade.
Não toque se não deseja, se não assumiu a ponta dos lábios nos dedos.
Não acorde o corpo de uma mulher se não irá acalmá-lo depois. Não importune a mulher se não sonha em laminar o rosto em sua pele.
Não convoque os seios para despistá-los. Não prenda a cintura se não mergulhará no cheiro.
O toque é uma promessa. Não se esvazie na repetição.
Não toque se resta dúvida, não toque se vem desistindo da relação.
Não toque uma mulher por luxo, para experimentar uma fantasia, para justificar uma ideia.
Não toque uma mulher porque não tem nada a fazer, se pensava em outro lugar.
Não toque uma mulher por vaidade, para testá-la.
Não toque para apenas para se deleitar com o prazer do suspiro, pela glória de vê-la excitada.
Não toque uma mulher à toa, por brincadeira, por maldade.
Não desonre a suavidade com a falta de firmeza.
Não toque se não precisa, se não tem urgência. Até a preguiça tem urgência.
Não toque se não ficará mais tempo, se não pode conversar, se não há como gemer.
Não se sinta melhor do que o tato.
Não se aproxime se não busca deitar. Não deite se não busca acordar. Não mexa se não tem como enlouquecer.
Não finja que não chamou, não minta que não ouviu.
Não simule pergunta para fugir da resposta.
Não menospreze a frustração.
Não cumprimente se não abraçar, não abrace se não roçar.
Não toque numa mulher por obrigação, para mostrar virilidade. Não a incomode com os beijos se não pretender soprar os ouvidos.
Não desperte as contradições, os tremores, se não pretende seguir adiante.
Nunca provoque uma mulher se não vai comê-la.
Meu tédio, não tem remédio! Não tem começo, nem fim! Por isso, tem horas, que me dá vontade de ir embora de mim.
Os malditos dias vagos e cheios de tédio sempre tentarão formar uma geleira, mas aqui dentro pega fogo baby.
O poeta é o craque da caneta
Ele dribla com as palavras o tédio, o mais do mesmo e o vício de linguagem
Ele encontra no peito o que alguém sentia desse jeito...
Domina a palavra descomplicando a interpretação colocando na ponta da língua o sabor da imaginação
O poeta dribla com facilidade frases sem jogo de cintura...
Esse tipo de craque não passa a bola pra amargura porque tem o tempo certo da palavra na situação
Ele tem o coração no outro ele é irmão de ação...
Ele grita EU junto com o próximo... O poeta costuma levantar razão
No campo da vida a gramática é sempre amiga
No papel as letras do poeta vibra
Costura a jogada e CHUTA sem chance pro BRANCO e grita que frase que frase
Junto com a imagem que fica...
A Magia Contra o Tédio ...
Imaginação é como "feitiço"
Alma inquieta,
foge do tédio que a rotina projeta.
Sonha com truques, com criação,
com literatura em transformação.
Na sala, olhos atentos e curiosos,
crianças em mundos maravilhosos.
Cada história é uma porta aberta,
cada verso, uma estrada descoberta.
Infância pulsa em imaginação,
em perguntas, em inquietação.
Ela planta atenção com afeto,
colhe ideias num campo repleto.
E o tédio, que ousa se aproximar,
é vencido pelo ato de imaginar.
Tédio existe ali na sala. É o chamado comum. O bom seria entrar em sala como quem prepara um espetáculo: Meu desejo é fazer um truque de mágica — não com varinha de condão, mas com palavras que brilham, com aulas que façam os olhos saltarem do rosto.
Sempre que possível, o plano será transformar cada aula de literatura em uma experiência viva/imersiva, onde os livros são apenas o ponto de partida, para que os olhos das crianças, atentos e curiosos, revelem que algo mágico está acontecendo.
O desejo é que mergulhem nas histórias, questionem, criem, reinventem. A literatura deve ser sentida, encenada, vivida.
O desejo é que todos os dias seja como se fosse um "feitiço"/encanto que nunca acabe. Que nunca falhe.
Folclore...
Ele falha/Eu falho.
“Quando estiveres no tédio, procura uma tarefa produtiva e verás que a cura aconteceu; nem só do ócio viverás.”
A ânsia de ter e o tédio de possuir.
É vívido em mim a ânsia por tudo aquilo que minha natureza persiste em me negar.
No entanto não me refiro a matéria perecível, que natureza pobre seria minha por me negar algo tão pequeno.
Minha natureza á muito foi baseada na busca incansável por honra, conhecimento divino, privilégios e a ilusão de controle.
E por mais que a maioria naturalmente duvidassem de mim, não por isso — eu alcancei cada uma delas até agora, a honra, o conhecimento divino, o privilégio e a ilusão de controle.
E agora que possuo tudo, sinto não ter nada além de um tédio brutal e infindável.
Senti um profundo vazio quando percebi que aquilo que realmente me dava prazer e significado, era a incerteza e a perplexidade de algo ainda não alcançado.
Porque só agora eu compreendo que a minha busca deve ser pelo que é eterno.
Pois aquilo que não pode ser alcançado, com a esperança de que se pode — é o que nos mantém em movimento.
Faróis, luzes à piscar
Em um cenário triste onde vemos
Cenas que parecem irreais...
Tédio, medo, miséria,
O bem contra o mal
Aqui parece que as alegrias são:
Mulheres, futebol e carnaval
Nesse país tropical
Vemos cenas de amor
Politicagem...
Tudo parece tão banal
Quero motivos pra viver
Já que dizem que a esperança
É a última, há morrer
Entro na contramão
Já que a todo custo
Procuram manipular
O cidadão ...
Não, não é ficção!
Mesmo não sendo o astro central
Tudo parece que gira ...
Rotativamente ao meu redor
Mas não pense que estarei
Fechado num pequeno mundo
Onde muitos pensam que me fechei...
Todas as noites irei dormir
Mesmo em noites de verão
Se dá pele, o suor molhar
O lençol...
Quando, eu acordar nascerá
Um outro dia...
Ahhhhh...
Um novo dia !...
... por vezes
virá do tédio; noutras,
dos recorrentes dissabores, a
tão esperada e inesperada 'luz no fim
do túnel' - de modo que, os ventos
damudança alcancem mais
justa relevância - nos
transformem!
... se os primatas,
mesmo que por um instante,
experimentassem o tédio, saberiam
o que é ser um homem; e, portanto,
entenderiam que sentimentos como o
tédio, bem mais do que uma sensação
de cansaço, significam uma precária
percepção do próprio
valor!
A onisciência divina deve ser um tédio absoluto. Imagina saber de antemão que cada oração é apenas um pedido de aumento de salário ou a cura de uma unha encravada.
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