Te Tira do Eixo
A massa estúpida é, durante a vida toda, escrava de Deus, através da religião, que usa o inferno como chicote psicológico, com isto ainda toma seu dinheiro, com dízimos e contribuições compulsivas. A mesma masa é escrava do diabo, por meio da política, com uma diferença, no segundo caso só ocorre de 4 em 4 anos.
Quem diz saber de tudo.
Diz a filosofia
por pura ironia e modéstia
" ninguém sabe tudo."
Diz a poesia, " Quem precisa
saber de um tudo que é um nada?"
Embriagado com a sua
Ante metafísica Nietzsche diz:
" Quantas verdades suporta a tua alma? "
Há momentos em que a presunção de poetas, de filósofo e de homens de várias formações e ofícios, diz saber de tudo, momento este em que o ser se contenta com o que possui. Pois tem a alma e o ventre cheio de ilusão.
Um problema indissolúvel, é o fato do homem, por ser mortal, nunca poderá constatar a inverossímil tese eclesiástica da metafísica.
O fim do mito
Em vão tentamos construir
com o verbo aflito,
um deus, um mito
a paz sem conflito.
No silêncio do espírito
se esconde uma verdade
aquilo que intelecto apaga
não se escreve mais.
Assim se vai a calma
quando vem na alma
os temporais...
se dissolve o mundo
e fé no homem
tudo vira sombra
que se desmorona
com a luz do entendimento.
Então o verbo se fez carne
e a carne se fez homem
e o homem se fez poeta
e poeta se fez Deus
e Deus se fez musa
e a musa era mulher
e se chamou Ariadne
Ariadne foi morar no labirinto
para onde conduziu o poeta
de olhos vendados
e poeta habitou sozinho
entre anjos e demônios
com a palavra eternidade.
"Evitemos todo tipo de insanidade religiosa concernente à
eternidade, pois a única possível ao homem até agora foi a
literatura.”
ENGANOS DO CORAÇÃO.
Márcio Souza.
Nos giros desse mundo louco,
De surpresas, de alegria, tristeza e emoção,
A gente cada dia, vive-se e morre-se um pouco,
Trazendo na alma a dor, que devagar, dói e sangra o coração!
Quando ela se despediu eu sofri,
Meu coração sofreu tanto!
Foi uma dor tão grande, quase não resisti,
Chorei, lamentei, mas segurei o meu pranto.
Não tive coragem, porém, de vê-la embora e partir,
E naquela hora bem longe, ouvia-se uma canção,
Era uma canção melancólica que tomava conta de mim,
Era a canção do adeus, era a canção da saudade, em forma de oração.
Na noite do nosso adeus eu não dormi, passei em claro,
Não conseguia entender e me remoía por dentro,
Pensei por horas a fio, tentando um motivo raro,
Que passava pela cabeça em confusos pensamentos.
Ao amanhecer, no entanto, sentindo que não resolvia,
E sem encontrar a razão, da grande desilusão,
Jurei por mais que doía.
Radicalmente fluía, minha última decisão.
De não mais me lastimar e nem tampouco sofrer,
Jogar fora a emoção, voltei a pensar com a razão,
Pois se ela foi embora alguém há de me querer,
Vou ressurgir-me das cinzas e tirá-la do coração.
Hoje, já não sofro mais, encontrei felicidade,
Dissiparam-se as dúvidas, cheguei a feliz conclusão,
Que dessa aventura infeliz, não restou lembrança ou saudade.
Tudo que se passou, foi mero engano do coração, não foi AMOR, foi PAIXÃO.
Márcio Souza.
"Há uma fatalidade caótica, tanto na vida quanto na morte"
"O amor é um absurdo misterioso, quando é recíproco!!!"
Mesmo que pareça clichê, seria sereno demais, um dia encontrar um homem que ainda presenteasse uma mulher com rosas..
Um diálogo entre o filósofo e o poeta- ambos habitam em mim
- A vida está passando, meu caro poeta, então o que foi que fizeste da vida?
- Fiz muitas coisas, aliás fiz mais poesia do que coisas, afinal as coisas se diluem com o tempo; já a poesia, esta flui como o rio de Heráclito, se transforma.
- Nada permanece para sempre, poeta, nem mesmo o rio, tampouco tua poesia se transformará em algo concreto.
- Mas o que queres dizer com isto, meu caro filósofo, tens tu produzido algo imortal, algum pensamento que suportará o crivo da eternidade, caso ela exista de fato?
- Creio que não, e, todavia, enquanto observo e descrevo o mundo sensivel, tu ficas aí com as tuas viagens metafisicas, tentando encontrar a razão para a existência do tudo e do nada.
- Quem de nós dois é mais alienado? As coisas são o que são, e isto não tem autoria intelectual, elas são como são, nós é que tentamos lhes dar outro sentido ou significado...
DICA DO EDITOR
"Preze pelo conteúdo, uma mente sã não despercebe a beleza do texto e do contexto... "
Evan do Carmo
O QUE É FELICIDADE?
Só tenta descrever a felicidade quem não é feliz completamente. A felicidade não deve ser um conjunto de coisas agrupadas em ordem de valor e importância.
A felicidade, contudo, caso eu pudesse a descrever, caso fosse eu uma pessoa comum, dessas que se preocupa demasiadamente em justificar sua pueril alegria como extrema realização existencial, diria que a felicidade não se define, apenas se vive.
Não podemos indicar a outros o que significa felicidade plena... São pontos de vista sobretudo o que nos define como seres humanos imperfeitos.
O que procuramos quando escrevemos?
Ser lido, mas não ser lido por qualquer pessoa,
desejamos alcançar mentes que nos assemelham,
no verbo e no espírito, que compreendam o que escrevemos.
Portanto elogios simples nunca devem ser o parâmentro ideal
para nos contentar. Contudo, se os elogios vierem de alguém
que sabe o que diz, e que assim como nós,
sabe escrever mais de um verbo em ações e tempos distintos
e sabe usar mais de meia dúzia de adjetivos,
para se expressar, assim, talvez assim, nos sintamos realizados
pela alegria inarrável de termos sido achados
por alguém no meio da multidão de pessoas comuns....
O bom crítico deve ser alguém com a mesma capacidade
de criar aquilo que critica.
Escrever uma poesia
Não acontece todo dia
Pode ser um estado de graça
Ou de melancolia.
Djanira do Carmo Lopes
Há flores por toda parte.
Na natureza e na arte.
Flores de todas as cores
Flores lindas coloridas
Se as flores enfeitam a morte
Muito mais enfeitam a vida!
Sou escravo de uma ilusão de liberdade
Não sou,
nem nunca serei
escravo de ideologia
nem escravo do amor
nem da alegria...
Sou livre
assim penso e vivo
tenho um coração calmo,
ativo com muito defeito
um coração que ama
que ri, que chora e sangra.
Escravo do riso eu seria,
se não soubesse
como tolos são os que riem à toa
contudo, no meu universo
não há espaço para distração
de natureza humana.
Há contradição no meu discurso
e confusão no curso da minha epígrafe
enquanto escrevo e penso
outra ideia surge, no subterrâneo
onde o meu inconsciente
trava luta com minha lucidez
superficial.
Sou escravo de mim mesmo
dos meus servos-heterônimos
que conscientemente me guiam
quando eu divago sobre as suas teses
e admito que na obscuridade,
na verdade, são todas minhas.
Sim, sou seletivo e chato mesmo, pois o próprio Jesus disse: "...Não se deve dar pérolas aos porcos..." MT. 7.6
Então não posso perder meu precioso tempo com pessoas hipócritas, frias e insensíveis, saio de cena e busco novas oportunidades. Kkk
