Te Conheci pela Internet
Hoje, aqui, conectados apenas pela solidão que nos une a todo instante, nessa tela luminosa sem fim... nesse mundo asséptico, esvaziado de aromas... Eu sei, eu sei, que ficar lembrando é coisa de velho. Mas por aqui, quando se tem tempo e quando venta... Ah, quando o vento canta cortante todo mundo sabe que ele não passa. Maeve Phaira, Outono em Copacabana.
Caiu nas minhas mãos, pena não ter caido no chão, uma revista especializada em negócios, daquelas empresas que dão tudo certo, pelo menos no papel, papel couchet, brilhoso, diga-se de passagem. Mas, esqueçamos da embalagem e nos atemos ao conteúdo. Não se fala em outra coisa em tempos de alta tecnologia senão da tal interatividade que nos aproxima a todo momento. Parece que vivemos 24 horas dentro de um vagão de trem lotado daqueles que chegam à Central do Brasil todos os dias, tal a sensação de estarmos tão juntos, tão colados o dia todo. O mundo, que deve estar do mesmo tamanho, parece, de fato, cada vez menor. " O mundo na palma da sua mão" apregoa vorazmente à indústria dos celulares, assassinos dos telefones fixos. Interativos e obcessivos que fazem com que as pessoas esperem respostas rápidas, mesmo que inadequadas, o que importa mesmo é estar "On Line". Pois é, atreva-se a não responder , e você pode perder um amigo em segundos. Ninguém vai querer falar com você, porque ninguém quer conversar com ninguém, o que importa mesmo é mandar "gifs, emojis, selfs e outras mensagens quase sempre fora de contexto do que alguém quer dizer, mas não tem coragem de falar.
Cadê o cartão de natal e as longas conversas ao telefone? Cartas de amor??? Deixa para lá...
Mas, eis que você, um simples mortal em busca de um lugar para curtir a si mesmo e o seu silêncio, encontra aquele Bistrô em Teresópolis onde encontra a solidão que tanto procura. Após o pedir aquele café expresso acompanhado do bolo de laranja que acabou de sair do forno, você desliga o celular, tá bom, vá lá, coloca no modo silencioso e começa o folhear o seu estimado livro que será sua única companhia na próxima hora. Após a primeira página, você percebe a chegada do casal de velhinhos que apoiando-do um ao outro, senta-se à mesa bem ao seu lado. Ameaça à vista? Você se pergunta. Claro que não, você responde aliviado ao lembrar que esta geração ainda prefere uma boa conversa ao pé da letra do que escrever mensagens naquelas letras miúdas que não cabem no raio de visão daquelas pessoas de cabelos ralos e brancos. Contudo, a tecnologia é para todos e o velhinho saca seu celular voltado para a terceira idade com teclas gigantescas e iluminadas e começa a teclar ferozmente as teclas do aparelhos para, pouco depois, colocar àquele vídeo irritante.. Sim, tem algo que estes moderníssimos aparelhos ainda não resolveram: a surdez. Assim, por mais qie você se concentre em sua leitura, ou pratique medição transcendental é impossível não ouvir aquela mensagem em alto e bom som onde o netinho relata eufórico a confusão no colégio quando o aluno tacou uma pedra na cabeça da professora de matemática. Alheio a tragédia humana, o moleque ainda envia um vídeo com o último clip que ele curtiu no You Tube: um inofensivo vídeo da Peppa Pig, a porquinha que estrela uma série infantil animada. A cena, que mais se parece com um thriller de terror, tem um dentista que aparece com uma seringa gigante e Peppa tem os dentes arrancados, tudo ao som de um choro angustiado.
Então, você bebe seu último gole de café, pede a conta e vai embora deixando a metade do bolo sentindo-se derrotado pela interatividade dos tempos modernos.
"Curta e compartilhe!"
A primeira coisa que você pensou foi em redes sociais, né?
Que mundo estranho vivemos.
Existem pessoas que não conhecemos de verdade, apesar de convivermos com elas diariamente. Não será na internet, onde todo mundo escolhe ainda mais o que quer mostrar, que você irá conhecer.
Nossas postagens e comentários nas redes sociais sinalizam claramente os limites intelectuais de que somos detentores.
No mercado virtual onde revela novos artistas e influenciadores conhecidos, a gente que trabalha com isso acaba descobrindo o segredo e a chave oculta para o sucesso, e muitas vezes são coisas escrotas e pertubantes que essas pessoas tem que fazer pra obter resultado de uma figura pública bonita e reconhecida.
Dominar apenas uma de tantas competências no marketing digital, é tão fácil quanto utópico. Depente da ótica e do braço forte.
"Não pense que o garoto é simplesmente mal criado,
é que ele apenas conhece um mundo de internet e feriado"
A Rede Social abriu um novo olhar sobre a dinâmica social humana e seus mecanismos de atuação. Não poucas das vezes que a mentira ou fantasia parecem ser mais reais que a própria realidade que se perde diante da sobreposição de seus contrários. Até mesmo conceitos feitos de si próprio estão ficando confusos e equivocados neste sistema.
Quem expõe a própria vida nas redes sociais sem medida, pode estar pagando um preço alto sem estar consciente disso.
Estamos vivendo uma época em que cada popular com um celular na mão se acha um herói, um verdadeiro guerreiro da honra e da justiça pelo povo. Mas, quando lutamos por algo que causa o mal, na verdade somos os verdadeiros vilões.
Hoje supervalorizamos a inteligência em detrimento da intuição. A inteligência passa pelo crivo do livre-arbítrio, o certo e o errado. A intuição nunca erra, ela é uma programação Divina, implantada em você. O melhor é usar as duas com sabedoria.
Por aqui não sou mais que pixel, sinal e algoritmo. Uma interpretação digital de quem eu realmente sou. O que chamamos de alma não pode ser visto ou sentido.
É engraçado como a tecnologia que tanto nos conecta e interliga também nos separa.
De belas palavras e lindas imagens, construimos o fantástico mundo virtual.
Algumas copias, reprises, palavras já ditas.
Falsas promessas, flores e poesia.
Tudo misturado ao belo momento que dividimos com pessoas que não conhecemos.
Tratamos bem pessoas que nunca vimos nesse mundo e passamos direto por pessoas real no verdadeiro mundo.
Somos doces, atenciosos e em casa não possuímos um único sorriso.
Assim se faz esse fantástico mundo virtual.
Humildade, respeito, carinho, amor verdadeiro são coisa do passado.
Mas para que se prender a coisas que já passaram? O legal hoje é ser descolado.
Nos bares, festas e até mesmo no hospital.
Parece que evoluímos, parabéns humanos da internet. Vamos esquecer o mundo real.
Há uma personalidade real e própria, e outra que se reproduz, superficialmente, de acordo com padrões de redes e telas, virtualmente.
Na verdadeira arte contemporânea dos séculos XX e XXI a função da arte não é só estética, é sim um canal livre de linguagem contra toda arbitrariedade, um instrumento propagador de novas ideias e um contra fluxo trans da mesmice pasteurizada imposta ao mundo dito civilizado pela nociva globalização.
A complexidade da criação do mundo e das espécies
DEUS É UM GAMER?
Para se chegar à criação se faz necessário, antes, a definição sobre o Criador. Foi dito a Allan Kardec que “Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas”, diferentemente do que a ciência já desconfia de que Deus é uma consciência cósmica, cuja proposta dos meios científicos é defendida aqui como qualidade dos arcanjos, seres criadores altamente poderosos que sustentam toda a estrutura universal com a grandeza e poder de suas auras e mentalizações, e não do Deus Supremo propriamente dito.
Dando um exemplo bastante grosseiro, o Universo foi criado, e continua sendo, com o mesmo padrão-estrutural–harmônico da internet, que pode ser chamado aqui de cosmo; o computador, de mundo; a placa-mãe, de natureza-mãe; a memória do computador, de espírito; a energia, de corpo sutil, e o arcabouço do aparelho, de corpo material, que é o modelo predisposto das tecnologias da realidade virtual do momento atual.
Este modelo é apenas uma pequena imitação da programação virtual lançada pelo Criador, onde há o princípio para o desenvolvimento e consecução de toda sorte de leis para o surgimento da vida em seus vários contextos. Os éteres cósmicos são pequenos fragmentos da Inteligência Suprema que enchem o cosmos caindo sobre a existência como fagulhas de fogos de artifício, programados para criarem os átomos, que como já foi dito pelas tradições esotéricas, possuem matéria, energia e consciência, e que se encarregam de criar os corpos pela lei de atração magnética, dando origem ao reino mineral, composto pelos seres inorgânicos, como, por exemplo, o solo, a rocha, a água e os minérios. Neste reino, a consciência que está impregnada nos átomos é nada mais, nada menos, do que um princípio inteligente, que pela lei do magnetismo se elabora de maneira tão espantosa a ponto de fazer condensar a matéria, até que ao longo de milhões de anos, alguns elementos vão sofrendo uma espécie de ruptura ou mutação para a eclosão do reino vegetal que mais tarde se encarrega de fazer surgir o reino animal onde impera a lei do instinto e da consciência fragmentada ou consciência-grupo.
A intermediação entre o reino mineral e o vegetal se dá através da geração espontânea dos vírus que se situam na encruzilhada de todos os reinos da natureza, como uma espécie de ensaio para as ordenações das transições entre os incontáveis estágios de vida da alma. Por este motivo observa-se que as algas se situam na zona de predisposição entre os reinos mineral e vegetal, ou seja, entre os seres inorgânicos e orgânicos, enquanto os fungos, as plantas carnívoras e as águas-vivas, por exemplo, entre o vegetal e o reino animal, seres inanimados e animados, porque não são as espécies que evoluem, mas a consciência. As espécies são criadas por força da evolução da consciência, e não o contrário. Os corpos são vestimentas da alma* durante toda a trajetória da vida na matéria, quando, a depender do seu patamar evolutivo, toma o envólucro adequado e necessário ao seu crescimento evolutivo. Na Bíblia, achamos palavras semelhantes, em Coríntios, 15: 37,38, quando diz que "a semeadora não é do corpo que virá a ser, mas de uma simples semente[...], e a cada espécie de semente (consciência) o seu corpo apropriado".
No entanto, na migração do princípio inteligente para o reino animal (reino da consciência grupal), os seus seres conquistam, definitivamente, a capacidade de agirem de maneira instintiva, conforme foi dito, manifestando-se em bandos, obedecendo ao mesmo ímpeto da consciência do espírito-grupo que os dirige, animando muitos de uma só vez, como as andorinhas, os cardumes de peixes da mesma espécie, etc., por não terem a noção de si mesmos, mas se elaborando de tal forma que os mais evoluídos já conseguem agir com um pouco mais de independência e mais próximos da individualidade dos seres humanos, a exemplo do cão como último estágio da alma-grupo, e do macaco na aurora da consciência individual, tudo obedecendo a leis complexas que vem sendo aplicadas desde os átomos para a constituição dos corpos das diferentes espécies até chegar aos seres humanos. Por este motivo, a célebre frase de Léon Denis: "A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem".
Mas, enfim, nisso tudo, o mais curioso é que mesmo os seres humanos sendo portadores de individualidade, precisam viver em sociedade, trabalhar em equipe e compartilhar experiências, porque a sua inteligência ainda é grupal, ou seja, a consciência é individual, mas a inteligência é de grupo, até que seja emancipada com a conquista da perfeição, sem mais precisar de corpos para se manifestar, a exemplo dos seres arcangélicos que são os administradores do Universo, logos planetários em harmonia com os logos solares, em total consonância com o Logos Cósmico que é Deus. Pois assim como na internet há um computador central de controle e administração, nos altos padrões da administração sideral, também há um computador cósmico de comando das leis da natureza sob os cuidados dos arcanjos, seres perfeitos, que são como Deus, mas que nenhum deles é o Deus supremo, assim como os robôs são como os seres humanos, mas que nenhum deles é humano.
Ironicamente, este texto é recheado de questionamentos ao invés de respostas.
Juahrez Alves
* "Alma" aqui, entende-se como princípio inteligente e também como consciência-grupal, espírito-grupo e consciência individual, para o texto ficar mais compreensível.
Eu não vou ser sua amiga de rede social
A gente vive hoje em um mundo que as pessoas medem a qualidade das amizades pela redes sociais. Pelas fotos postadas, pelos comentários e likes. Eu vim de uma geração que viu nascer a internet. Lá em casa tinha um computador que ficava no quarto dos meus pais, MS DOS. No início nem tinha internet. Quando ela surgiu, era caro demais e ainda ocupava a linha do telefone porque era internet discada. Pra entrar, eu tinha que revezar com meus irmãos. A gente combinava com os amigos de entrar de madrugada, era mais barato. Era tudo muito lento, e começamos a entrar na era digital com o falecido ICQ. Quando queríamos contar alguma coisa pros amigos, a gente usava o telefone. Quem não sabia de cor o telefone fixo dos amigos? É camarada, fixo, porque naquela epoca os celulares só mandavam SMS e ninguém tinha dinheiro pra bancar uma ligação de longos minutos. Também tinha a opção de ligar de três segundos (quem nunca?). Eu também mandava muita cartinha. Tinha uma caixa de cartas, nem sonhava na existência do whatsapp.
A gente comprava filme de 12, 16, 36 poses. Tirava foto e ficava torcendo (pelo amor de Deus) pra não queimar ou ter piscado na hora. A gente tinha que revelar as fotos, e também pagava por isso, fazia álbum de viagens, excursões, festas. A vida era analógica, e olha, a gente era feliz viu?
Temos vivido na era da paranóia. Todo mundo sabe que vida de instagram nem sempre (quase nunca) retrata a vida real. O problema é que, mesmo sabendo disso, muitos encaram a vida virtual como mais importante que a convivência offline. O fato de não te seguir no instagram ou no twitter, ou não te ter na lista de amigos do facebook, não significa que eu não goste de você. Tenho vários amigos que não tem rede social, e adivinha, sou mais próxima do que vários que me dão likes o dia inteiro. Posso não te seguir porque não curto suas postagens (nada pessoal ta?), ou porque as vezes meu feed ta lotado e numa dessas limpezas da vida, parei de te seguir sem querer. E será que isso é realmente o mais importante?
Há não muito tempo fui questionada sobre isso por algumas pessoas, uns amigos, outros nem tanto. O fato de não medir a intensidade e importância da amizade pela convivência digital me deixou perplexa por ver como as pessoas se importam com o que não deveria ter importância nenhuma. Pessoas que não fazem questão de encontrar pessoalmente, mas que se sentem extremamente ofendidas porque não são meus amigos na internet. Não leve pro pessoal, eu gosto de você, mas não vou ser sua amiga de rede social.
Transfira sua liberdade dos mundos virtuais para a vida real, quero ver o que acontecerá um dia se a internet acabar.
A privacidade hoje foi relegada ao status de ilusão. nunca foi tão difícil manter um segredo, talvez por isso mesmo seja uma escolha interessante resolver expor a si mesmo conforme o próprio desejo, já que, ao que parece, ainda há uma possibilidade de escolha, ainda que mínima, da forma, porém, não da exposição em si.
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