Tarde
LAGRIMA NA CALÇADA
Aquela lagrima...
Aquela lagrima cansada,
em toda tarde caída...
Despencava da sua janela
sobre a calçada sem vida.
Aquela lagrima
Ah! Aquela... Lagrima...
Aquela lagrima perdida
sob os ventos da saudade
caiu no tempo esquecida
pala paixão da vaidade.
Aquela lagrima furou pedras,
do paralelepípedos do amor
ao ficar sem sua entrega...
A minha alma, chorou!
Aquelas lagrima chorada
caída nos jardins tristonhos...
Regrou as flores da vida
quando a haste era um sonho.
Aquela lagrima molha a alma
orvalhando os sentimentos
nas água d'aquela lagrima
eu naveguei com meu intento.
Antonio montes
Saí do carro e vi o Sol rasar o topo das árvores. A tarde volatizava-se morna. Sacudi a cabeça, com a luz a ferir-me os olhos, e, sem querer, recordei uma velha canção. Uma sensação estranha percorreu-me o corpo, como se o meu coração adormecesse numa espécie de formigueiro, num daqueles segundos em que se sabe que não há retorno. Os meus lábios sorriram. De tanto perder, a verdade iluminada impede-nos de errar. Senti-me o extremo, querendo, de alguma forma surpreendente e nova, a seiva das árvores e o percurso da terra.
Apresente as pessoas os teus maiores defeitos, para que mais tarde possam descobrir suas qualidades, podendo assim surpreendê-las, tal atitude é mais inteligente do que fazer propagandas pessoais, apresentando-lhes apenas qualidades, para mais tardar descobrirem teus defeitos.
Nascemos com palmada no traseiro. Mais tarde, se nos portarmos conforme a sociedade deseja, tomamos tapinhas nas costas e, só ao final da existência, percebemos que passamos a vida levando na cara.
Sabe aquele cheirinho de café no fim de uma tarde fria? Ou melhor, sabe o cheirinho de chuva que sentimos sempre que saímos pra fora pra olhar o céu nublado? Ou sabe a sensação de pisar em folhas secas, de acordar em um feriado e continuar na cama o resto do dia? Pois é, tudo isso me traz uma sensação inexplicável, como conversar com você..
Até o cheiro dos livros me lembra você.
Espero que você também queira sentir o meu abraço mais uma vez, porque o seu, ah.. o seu abraço é como um café em um dia frio e chuvoso: quente e aconchegante.
Não sei se o que sinto é amor, mas se for, o amor tem gosto de brigadeiro!
Ao findar da tarde
Só estou ao deitar da luz;
Quão batente ao sol lutou.
E assim...
vamos...
... pra casa.
Mais um dia fenece
Vem vencedora ilusão
Estrela nova, vem riscar
Mais um traço em minha mão!
Juventude...
Jaz na aurora
No beijo doce: escuridão.
E a menina brincando outrora?
Senhora, agora...
Brinca mais não!
Nunca se é tarde para compartilhar o mais profundo que a alma pode chegar.
Mesmo com erros de gramática se expressar. Improvisar a dor em letras em um quarto sujo e escuro.
O que pode passar no coração de homem que não saber o que é realmente amar.
Ou pelo menos a muito tempo não percebe isso.
Pensamentos tristes e profundos, sonhos debaixo do chuveiro sem sentido.
Uma percepção das coisas que não existem ou são ilusórias.
A dor em saber que não tem forças para tentar alcançar esses sonhos.
A dor na alma tão profunda que nem o mais poderoso submarino conseguiria alcançar.
Não ter palavras para se expressar, a menos que seja de frente a mesa de um bar, com os "amigos" falando sobre mulheres ou subjugando as pessoas.
Um coração partido pelo passado e pelo o que deixou de fazer.
Que a tarde de todos seja iluminada!
Que os sorrisos e as gentilezas sejam exemplo a serem espalhados!
Viver por viver
dor sobre a dor
estupidez sem ador
mesmo que seja tarde,
tudo pode estar pronto,
proposito que se passa,
até morte seja vivo
no luar que embriaga
o destino em julgo
que paira por profundezas
sejas escura no primor
que viaja no impuro desejo,
seresteiro em outros dizeres,
fardos que assim te amo.
Trabalho como um louco.
Acordo cedo.
Durmo tarde.
Quase enlouqueço.
E no final ganho pouco.
E o pouco que tenho...
Faço muito,
pra conseguir
sobreviver neste mundo.