Tarde
Aquela tarde era completamente "inédita" para mim, foi a tarde mais esperada de todas as tardes dos dias de todos os anos.
Eu trêmula. Eu ansiosa. Eu chorando. Eu feia. Eu gargalhando. Eu desanimada. Eu esperançosa. Eu contundida. Eu empolgada. Eu arisca. E a avidez dominando meu Eu.
A conversa se aproximava.
Eu te esperava, sentada, deitada, levantava e andava. Rua, carro, outro carro, mais rua, rua, rua, ninguém, deserto... VOCÊ! Você no início e eu no fim, no fim da rua. A cada passo que dava em minha direção eu te contemplava imóvel, te olhava frigidamente, te queria decididamante, te renagava de uma forma sutil e enfim te abracei de um jeito como quem procura afago nos braços da mãe.
Talvez a conversa pudesse esperar. Talvez nem precisassemos conversar.
Um milhão de palavras queriam saltar da minha boca. Silenciei. A única frase que me escapou foi: " não é hora". Não era hora de quê, afinal? Não era hora do diálogo tão esperado acontecer? Não era hora de acabar? Não era hora do amor prevalecer? Não era hora de reiniciar? ...
Nada. Não era hora de nada. Aliás, a única coisa que a hora conseguira ser naquele momento, foi certeza. Certeza de que nenhuma palavra pensada antes precisava ser dita. Ou pelo menos, não àquela hora.
Quando você ia falar algo, eu, calmamente te beijava e intuitivamente te calava.
Era pra ser assim? Você queria assim?
Eu queria falar que ... ah, esquece... Não há mais nada a falar sobre ...
Você me deixa sem palavras!
Eu me sentia vazia, olhava ao redor e encontrava apenas a tarde fria. Precisava demais de você, pois sem você nada seria.
Me lembro perfeitamente das noites que a gente saia, ficavamos lá, cercados de uma paixão sem saída.
Somos de mundos opostos, e disso eu já sabia.. Só não sabia que por você, louca eu ficaria!
Solidão? Macia... Necessária. Assim a tarde passa, a noite chega, a musica muda, o cinzeiro enche. Dias e dias, a mesma janela... O mesmo quarto... O mesmo hábito... E um protagonista diferente.
Todos eles sou eu. Absoluta sinestesia.
Dependurei nas cordas do tempo meus sorrisos e minhas esperas. Quando a luz se cansou da tarde, vieram as certezas, disfarçadas de estrelas. E o breu que me deixava com medo prometeu abrir caminho pelo céu e me ensinar a voar.
Eu nunca quiz ter nada na vida que um dia eu pudesse perder, mais agora é tarde demais, não é poruqe você é linta e inteligente e perfeita..... você me completa!
S2
Quando acordar pela manhã medite na beleza da vida; à tarde demonstre apreço por ela e, quando chegar a noite no silêncio do teu quarto, medite o quanto você foi importante para aquele dia, e então te lembrarás do teu Criador.
E tudo acabou, tarde demais acredito eu.
Dolorido demais, e sofrido demais.
Sinto como se tudo não valesse a pena.
mas a única certeza que ainda me deixa em pé e confiante, é que não vai durar sempre, e que tudo um dia Passa.
Ritmo...
Impossível não pensar em uma tarde como essa o que o corpo e o coração desejam e não confrontar-me com o que a realidade e disponibilidade me dispõem.
Fico impassível, imóvel, respirando apenas o necessário p/ fazer-me valer da vida, para que aquiete meus pensamentos nesse redemoinho e tormenta.
E ele tranqüiliza-se...
Absorve a paz que rege a sua volta como se cedesse à ausência dos ventos, como se perdesse força e do redemoinho surgisse uma leve brisa tranqüilizadora e constante...
E impera o silêncio...
Impera a ponto de ouvir e sentir o ritmo de minha freqüência cardíaca.
Serena, constante...
O som me diz algo, os batimentos soam como sílabas separadas...
Reconheço o nome...
O seu nome...
E dessa respostas vejo o coração em disparada, acelerando abruptamente...
É você...
Minha paz, minha tormenta, meu sol...
Dona de meus momentos de aflição e destempero, dona de minhas palavras de carinho e amor.Motivo de meus sorrisos sinceros, embora tímidos, mas muito e acima de tudo sinceros.
Minha intempestividade, temporal de ventos sem nexo. Minha bonanza e meu furtivo sol das manhãs...
Se o fosse apenas um lado sem o viver e o criar dos contrastes não seria pleno, não seria repleto e único. Só é completo quem percorre os dois caminhos e muitas vezes mais que uma vez. Não seria esse comboio de emoções desordenadas, felizmente desordenadas e desse não nexo faço minhas surpresas e aprendizados, me entrego a esmo sem esperar o que me trazem os céus.
Escrevo hoje a mãos suadas, de onde molha-me o grafite por sobre o papel e borra-me algumas letras.
Talvez como o suor às letras, borre as pessoas à volta a forma como vejo...
Felizmente tenho luz e transparência para me iluminar, mesmo nessa tempestade que às vezes ronda-me.
E aí existe o milagre...
Na turbulência e na falta senso ou orientação abre-se o clarão e cessa-se a escuridão, nasce perante os ventos a paz e o caminho que necessito seguir, os ventos contra me são pró.
És um milagre...
Pura e simplesmente um milagre...
E no ritmo do batimento tenho saudades do que já vivemos e do que senti com a presença, porque o que sinto perdura...
Tenho saudades do toque, o carinho e o cheiro de mulher. Fruto único de meus anseios e desejos, sinto o coração ritmado, pulsante, como a um baile sem companhia, como a uma dança solo de onde me é permitido apenas meios passos...
Para que entendesse o ritmo precisaria apenas de uma parede e você levemente recostada...
Ora de frente, olhos nos olhos...
Ora de costas, mãos presas uma a parede para sua sustentação e outra entrelaçada por entre meus dedos, a sua cintura...submissão pura...presa e predador...
E nesse momento seria minha, pura e simplesmente minha e ali dançaríamos um enlace ao compasso de nossos batimentos, com a destreza e a sensualidade que a dança pedisse...
Seria um sonho...talvez o meu sonho, que para ser perfeito faltaria apenas aquele “beijo molhado”, hoje inspirador de minhas palavras...
Como faço pra gravar na minha memória, aquela tarde ao pôr-do-sol em que você me sussurrou ‘eu te amo’? Eu sei que está impregnado nos meus sonhos, mas eu tenho medo… Medo de esquecer. Imagina só, se por um lapso de memória, por destino, ou por uma doença eu venha a esquecer a nossa primeira noite, em que ficamos até o amanhecer contando as estrelas, desvendando as constelações mais bonitas… Queria ter o poder de pegar elas com a mão, embrulhá-las e te presentear com elas…
A melhor coisa do mundo, é fechar os olhos e vislumbrar seu sorriso, sentir o sono me puxar para o mundos dos sonhos guiado pelo brilho do seu olhar…
Deve ser paixão, não consigo deitar na cama e ir dormir, fico cantando, olhando as estrelas, andando… Vivendo. Cantando, gritando, sonhando acordade, pensando se minha vida já não está boa o bastante para eu encarar a morte de cabeça erguida.
Tem que haver um modo, de eu pegar um pouco das águas do mar, do dia em que nós ficamos nas areias da praia só por ficar, comentando sobre histórias de nossas vidas… Por que um ser humano é tão frágil ao ponto de não poder capturar o céu, o mar ou as estrelas? Meu único arrependimento é não poder te dá-los de presente.
Mas pelo menos, temos o poder de sentir… Sentir a nostalgia de uma nova recordação, a cada novo dia, repetindo o nosso primeiro encontro, quando o destino nos juntou, e nos fez assim… Perfeitos um para o outro.
Se hoje eu tenho orgulho de cantar, andar, gritar (que AMO VOCÊ) e viver é porque te conheci. Se já não tenho mais medo de cantar, gritar (sobre meus meus sentimentos), sonhar (sem ter medo de me frustrar) e morrer, é porque eu tenho algo que é mais forte que a morte. Eu tenho seu amor.
Não chores por quem não merece; não enfraqueças por quem não vale nada; mais tarde essa pessoa irá cair a teus pés e aí irás dizer-lhe: "pii - o seu tempo acabou!"
Ao cair da tarde,
Eu fui até a praia
Fiquei de pé no lugar mais distante,
E dei adeus ao sol,
Que parecia estar afundando.
Existem histórias feitas só de conhecidencias,
Nada acontece por acaso,
Preste atenção ao atrevessa a corda bamba,
Você não vai cair,
Eu sei que não,
Porém ainda sinto uma preocupação.
Mesmo antes de você se anunciar,
Eu ja sabia que milagres existem,
Afinal seu mais terno olhar,
É um presente divino...
Todas às vezes que tenho dificuldade em enxergar,
Apenas coloco meus óculos,
E só aí, sou capaz de perceber algo,
Não há tempo para o hesitar.
A vida é rápida demais,
E se você deixar passar,
Apenas num piscar,
Você vai ter perdido coisas valiosas o bastante,
Pra te criarem arrependimentos.
Estamos embaixo do mesmo toldo,
Nos apresentando no circo da vida,
Então porque não tentamos seguir com os dedos entrelaçados,
Enquanto arremessamos os dados,
Que definirão o caminho a seguir.
Não precisamos seguir por trilhas diferentes,
Tudo que está a nossa frente,
Nada mais é do que o reflexo,
Daquilo que escolhemos,
Então porque o medo de irmos juntos,
Nessa nova etapa?
Tenho que deixar minha voz sair,
Só que a timidez não deixa ela fluir,
É que eu simplesmente não consigo,
Ficar vendo você sorrindo comigo,
Me faz querer gritar,
"vamos nos tornar um só",
Só que a vergonha faz eu mal conseguir sussurrar.
Não são palavras maravilhosas,
Eu sei que não é o que você esperava,
De um cara que se auto intitula poeta,
Porém elas são cheias de sentimentos,
Logo, eu nao me importo.
O crépusculo está ai para nos mostrar,
Que dia e noite conseguem coexistir em harmonia,
Tão belamente unidos, que até parece magia,
Então porque nós não podemos dar certo?
Tudo coberto por esse toldo,
Em que o céu está em chamas,
O laranja, o azul, o lilás e o rosa,
Tantas cores numa paisagem tão poderosa,
A mais admirada pra aquele que ama.
Corremos com a impureza e a contradição em cada mão,
Escolhas são feitas a cada segundo,
É assim que é o nosso mundo,
Então vamos simplesmente dar as mãos,
E vagar juntos pelos redemoinhos do destino.