Coleção pessoal de samirsenna

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Todo dia morre algo dentro da gente. Todos os dias algo novo nasce dentro de nós.

Seja uma pessoa à frente de seu tempo. Não há mais espaço para retrocessos.

Sucesso é encontrar-se com seu verdadeiro eu.

São sentimentos completamente diferentes mas nos relacionamentos é muito fácil confundir falta de amor próprio com amor.

Quanto menos de verdade se vive, mais teatral uma vida se faz.

Quem com o suficiente não se satisfaz, não é com muito que será feliz.

Podemos até não mandar no coração, mas na mente a gente manda (ou pelo menos deveria).

Que a vida seja intensa
Sem ser sofrida
Mas, se houver sofrimento,
Que ele não se prolongue de maneira indefinida.

Minha fé é do tipo que acredita em tudo e em nada ao mesmo tempo, que de tudo duvida e em tudo crê.

Existem pessoas tão inescrupulosas que nem a beleza é capaz de deixá-las bonitas.

Quanto pior lemos, menos bons livros teremos.

Somos um povo que insiste em atirar a primeira pedra mesmo tendo pecados.

No mundo pós-moderno, não há estabilidade na vida profissional, nos relacionamentos amorosos nem nas relações de amizade.

A morte de um ente querido, uma doença como o câncer ou a aids, a morte precoce de um jovem, o suicídio de um amigo ou conhecido, a perda de um filho antes do nascimento, são todos exemplos de eventos que passamos a vida inteira rezando para que não aconteça conosco ou perto de nós. Mas quando acontecem, toda nossa ânsia e ilusão de riqueza material, sucesso, fama, poder e status, ainda que temporariamente, caem por terra e nos tornamos só o que somos na essência, meros humanos.

A melhor estratégia pra que um futuro relacionamento dê certo é trabalhar o autoconhecimento e o amor próprio, porque, se não der certo com alguma outra pessoa, pelo menos vai ser melhor o relacionamento que a gente tem com a gente mesmo.

Julgando-nos livres acabamos vivendo subjugados pelos nossos vícios, paixões e até mesmo por outras pessoas. Nos metemos em prisões nas quais nós próprios escolhemos viver.

O homem e o tempo

No começo dos meus dias
Quando ainda eu nem andava
Mal havia começado
A viver e já sonhava
Ter ao menos 5 anos...
Mas o tempo não passava.

Aos cinco já crescidinho,
Porém não me contentava,
Olhando as pipas no ar
Distraído eu pensava
Um dia vou ter 10 anos
Mas o tempo não passava

Na idade das peraltices
Quando 10 anos contava
Já não era com as pipas
Que agora me preocupava
Queria era ter 14 anos...
Mas o tempo não passava

Querendo entrar no cinema
O porteiro me barrava
O filme era p’ra 18
Com 14 ainda estava
Que bom se eu fosse mais velho...
Mas o tempo não passava

Aos 18, então soldado,
um rapaz eu já estava,
entre fuzis e canhões
porém ainda eu pensava:
chega logo 21...
mas o tempo não passava.

Finalmente já adulto
Com 21 eu estava
Mesmo assim insatisfeito
Algo mais eu desejava
Sonhava ser mais maduro...
Mas o tempo não passava

O tempo agia calado
Por isso eu não notava,
Já maduro após 40
Com o futuro não sonhava,
Pois via o tempo passando...
Como antes não passava.

Depois que o tempo passou,
Quando já velho eu estava,
Vivendo só de lembranças
Em meus cochilos sonhava,
Aí sim era feliz...
No sonho o tempo voltava.

A desigualdade social transforma a vida dos cidadãos em uma corrida cuja distância a percorrer e obstáculos não são os mesmos para todos.

Desapego não é o mesmo que indiferença. Apego jamais foi o mesmo que amor.

Antes de sair do Brasil e me meter nessa aventura inimaginável em minha vida, assisti a uma palestra sobre autodesenvolvimento em que a psicóloga dizia que fazer um intercâmbio era como amadurecer cinco anos em um. Agora, faltando menos de dois meses para que eu volte pra casa, tenho que concordar com ela.
Esse semestre conheci pessoas especiais como no primeiro semestre. E umas das mais especiais eu conheci um pouco menos de dois meses antes de que eles voltassem para o país deles, Romenia. Talvez eu os tenha conhecido um pouco tarde. Mas pode ser que, se os tivesse conhecido antes, a amizade não teria sido tão boa como foi. Sabe aquelas pessoas que você conhece e com as quais em pouco tempo você se identifica e percebe que com elas você não precisa fazer esforço para fingir ser quem não é, e a amizade flui, e cada um acaba buscando a companhia do outro natural e reciprocamente? De modo que você se expõe, se torna vulnerável, mostra o que você tem de pior, e isso, em vez de te distanciar delas, acaba te aproximando? Então, minha amizade com eles foi assim, até que um mês e meio depois que os conheci, eles foram embora.
Porém se tem algo com que eu me resignei nesse intercâmbio é a dura verdade de que viver é despedir-se. Despedir-se do dia que passou, do amigo que foi e não volta, despedir-se da gente mesmo, de quem a gente era e agora já não é mais. Despedir-se da cidade da qual vamos embora e pra qual não sabemos se regressamos. Até que um dia chega a última despedida, que é o dia em que a gente tem que se despedir é da vida mesmo.
Mas viver também é reencontrar-se. Reencontrar-se com um amigo que há muito não se via. Reencontrar-se com a família que saudades de você sentia. Reencontrar-se com sua cidade natal, de onde você quase nunca saía até que uma experiência de intercâmbio te força a sair dela para, quem sabe, saindo da zona de conforto, você possa reencontrar-se consigo mesmo.
Ao voltar para o Brasil em algumas semanas, vou reencontrar minha família e amigos e vou precisar de muito tempo para tentar passar pra eles o que foi esse intercâmbio, mesmo sabendo que só saberão mesmo o que é um quando fizerem um. Vou ser cuidadoso, vou tentar não transformar tudo que passou em um conto idealizado, vou dizer que conheci lugares novos, pessoas especiais, fui a festas divertidas, mas vou dizer também que às vezes foi difícil, sabe, que tive momentos de estresses, momentos em que queria voltar para o aconchego da casa dos pais, voltar a comer a comida da mãe. Ou momentos comuns, em que não tinha nada para fazer, ou não queria fazer nada, e ficava “aburrido” (entediado) em casa navegando na internet. Que teve momentos que comparei o Brasil com os países da Europa e disse que queria viver aqui para sempre e outros momentos que achei que tudo no Brasil era melhor e queria voltar logo para casa.
Estou ansioso pelo reencontro. Pela troca de experiências, por saber também por quais dificuldades passaram durante esse ano e quais alegrias tiveram. Um reencontro com quem já não são mais os mesmos, ainda que o sejam. Eu também não sou o mesmo, mesmo que seja. Cinco anos mais maduro, embora só tenha passado um ano fora. Eles, também mais maduros, ainda que tenham passado no mesmo lugar.